Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Esses dias se foi Sidney Lumet para um mundo melhor e foi ai que me dei conta de uma coisa. Puxa, eu vi pouca coisa desse grande diretor. Ouvia falar muito dele, criou 50 filmes e muitos deles otimos ou até mesmo classicos mas que infelismente, acabei vendo pouca coisa. É aquela historia, que por mais que eu ceja cinefilo e tenha visto bastante filmes, um ou outro acabo não assistindo, como no caso de ter conhecido a pouco tempo Luis Bunuel, que havia feito varios classicos mas até ano passado não tinha visto nenhum, felizmente, graças a minha insistencia, caçei todos os seus filmes.
No caso de Lumet farei a mesma coisa, pelo menos, dois dos seus maiores classicos já esta registrado em minha memoria, confiram:
DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA
Sinopse: Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado número 8 não deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretação dos fatos para achar a inocência do réu, mas também a má vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas casas.
Excelente filme de julgamento, mas diferente da maioria, esse foca somente os jurados do caso em andamento e durante as suas discussões em condenar ou não o rapaz. O grande atrativo do filme esta pelo fato que toda a ação se passa em um único cenário, o que torna as discutições dos doze jurados cada vez mais sufocante, beirando a quase agressão física. Destaque para Henry Fonda interpretando o jurado bom moço que inicia a questão se o acusado é realmente culpado ou inocente o que desencadeia inúmeras reviravoltas, tanto no caso como nos próprios jurados.
Um dia de Cão
Sinopse: Em agosto de 1972 um assalto em um banco no Brooklyn chama a atenção da mídia e transforma-se em um show com uma enorme audiência. Era um roubo que teoricamente duraria apenas dez minutos, mas após várias horas os assaltantes estavam ainda cercados com reféns dentro do banco. Sonny (Al Pacino), o líder dos assaltantes, planejou conseguir dinheiro para Leon (Chris Sarandon), seu amante homossexual, fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Enquanto tudo se desenrola a multidão apóia e aplaude as declarações de Sonny e fica contrária ao comportamento da polícia.
Em meio a crise econômica, escândalos políticos e guerra do Vietnã interminável, estava um povo norte americano revoltado com a situação em que vivia e Um Dia de Cão é um ótimo retrato dessa época. Vendo um assaltante que faz discursos inflamados na frente do banco, as pessoas que pararam para ver o aplaudem e torna a situação em um espetáculo, o que será bom para inúmeros lados, tanto para os assaltantes como para mídia, fazendo lembrar logicamente outro clássico do gênero como A Montanha dos Sete Abutres ou até mesmo o mediano filme da decada de noventa O Quarto Poder. Al Patino novamente entrega um papel intenso e único que nos faz imediatamente torcer por ele, mesmo estando fazendo algo que não é certo. Destaque para o personagem de John Cazale, ator que teve carreira curta mas sempre é bem lembrado por esse papel e pelo seu desempenho como Fredo no Poderoso Chefão I e II
Curiosidades: A conversa que os personagens de Al Pacino e Chris Sarandon têm ao telefone foi toda improvisada pelos atores. Um Dia de Cão não tem trilha sonora em momento algum do filme.
Sinopse: Canadá. Jeanne (Mélissa Désormeaux-Poulin) e Simon (Marwan Maxim) são irmãos gêmeos e acabaram de perder a mãe, Nawal Marwan (Lubna Azabal). Eles vão ao escritório do notário Jean Lebel (Rémy Girard) para saber do testamento deixado por ela. No documento, Nawal pede que seja enterrada sem caixão, nua e de costas, sem que haja qualquer lápide em seu túmulo. Ela deixa também dois envelopes, um a ser entregue ao pai dos gêmeos e outro para o irmão deles. Apenas após a entrega de ambos é que Jeanne e Simon receberão um envelope endereçado a eles e será possível colocar uma lápide. Só que Jeanne e Simon nada sabem sobre a existência de um irmão e acreditavam que seu pai estava morto. É o início de uma jornada em busca do passado da mãe, que os leva até a Palestina.
Produção Canadense e francesa foi uma das sensações do ultimo Oscar onde concorreu entre os finalistas do Oscar de filme estrangeiro e com razão, pois o filme é um eletrizante drama sobre a jornada de dois irmãos gêmeos na tentativa de buscar respostas sobre o passado da sua mãe, além de tentar descobrir quem foi o pai deles e de um irmão que não sabiam de sua existência.
O filme mostra que muitas vezes, por mais que queiramos, jamais conhecemos 100% uma pessoa, mesmo conhecendo-a tão bem e certas historias jamais podem ser contadas porque uma vez contada não existe um caminho de volta para o que era antes.
O passado de Nawal em meio a um conflito que gerou uma guerra é a parte mais rica do filme, onde a dolorosa batalha de uma mulher em busca de algo que deixou para traz esta entre os melhores momentos da trama (a parte do ônibus que é incendiado é sufocante). Mas nada se compara ao grande mistério do porque ela ter morrido, que há o que tudo indica, foi devido ao fato de ter visto algo (ou alguém) numa piscina em que ela estava nadando e a revelação é surpreendente mas é guardada até os momentos finais da trama.
Um excelente filme que poucos viram ate agora, mas merece ser descoberto.
RIO
Sinopse: Blu é uma ararinha domesticada que nunca aprendeu a voar e vive pacatamente com sua dona e melhor amiga Linda na pequena cidade de Moose Lake Minnesota. Blu e Linda acreditam que ele seja o último de sua espécie mas quando descobrem a existência de outra arara que mora no Rio de Janeiro parte em busca para encontrar Jade a única fêmea da espécie. Pouco depois de sua chegada Blu e Jade são perseguidos por um grupo de atrapalhados contrabandistas de aves. Blu terá que buscar coragem para aprender a voar estragar os planos dos seqüestradores que estão em sua cola e regressar com Linda - a melhor amiga que uma ave pode ter.
Quando A Era do Gelo 3 faturou quase um bilhão de dólares para a FOX, era inevitável que o nosso diretor Carlos Saldanha ganhasse total liberdade para escolher e criar qualquer filme da sua maneira, porque uma vez que um diretor gere esse lucro para um estúdio, respeito e liberdade criativa é o que sempre ira ter. Com isso, Saldanha cria uma verdadeira carta de amor em forma de filme para a sua terra natal, o Rio de Janeiro. Rio é mais do que um filme, é um cartão de boas vindas para qualquer estrangeiro que queira ir à cidade maravilhosa, uma forma de dizer “seja bem vindo” porque aqui é tudo de bom, mesmo que o filme tenha alguns estereótipos que americano esta acostumado a assistir quando retratam o Rio pra lá, mas o próprio Saldanha faz disso uma espécie de piada no bom sentido e se alguém reclama dizendo que Rio não é toda essa maravilha que é mostrada no filme isso é o que menos importa, pois estamos falando de uma animação para todas idades e não de um documentário que mostra 100% a verdadeira cidade Carioca.
Como a cidade, suas paisagens e atrativos são o principal chamariz do filme, a dupla de aves protagonistas Blu e Jade pouco podem fazer para conquistar a simpatia do publico. Não que eles sejam chatos, mas o drama do fato de Blu não poder voar se torna o único elo para enlaçar o espectador, mas isso não o torna assim tão interessante. Sorte para os coadjuvantes que roubam a cena a cada momento que aparecem na tela como no caso dos hilários pássaros Rafael, Pedro e Nico, esses ultimos dois responsaveis pelas melhores piadas do filme.
Com a mensagem de preservação a natureza e contra ao trafico de avez, RIO esta faturando alto nesse momento em todo mundo, por possuir uma simples historia de superação, preservação e amizade. Esses ingrendientes podem estar cheios no cinema atualmente, mas sendo bem feito é muito bem vindo novamente.
Com tantos lançamentos nas locadoras, sempre fica um para traz. Ontem falei sobre os melhores lançamentos lançados em DVD e Blu-ray e acabei me esquecendo desse. Vacilo mas corrigido, confiram:
Relaxe e divirtas se com o melhor filme B dos últimos tempos
Sinopse: Depois de enfrentar Torrez um famoso chefe do tráfico o ex-agente federal mexicano Machete Cortez escapa para o Texas procurando esquecer o passado. Mas lá aceita a missão de matar o senador corrupto McLaughlin. Traído pela organização que o contratou Machete percebe que o plano era culpar os imigrantes mexicanos ilegais pela tentativa de assassinato e com isso ganhar apoio público para o senador. Ajudado por Luz uma sensual cozinheira de tacos e pelo padre local Machete parte para a vingança. Adaptado do falso trailer criado para o lançamento de Grindhouse em 2007.
Nascido apartir de um trailer falso antes da exibição do filme Planeta Terror, Machete se tornou clássico já antes de nascer. Talvez nem o próprio Rodriguez imaginasse que esse pequeno trailer faria sucesso, mas o publico via ali um herói de filme de ação como antigamente e que não leva desaforo para casa. Com isso, Rodriguez, com seu pequeno orçamento, reuniu uma penca de astros de todos os tamanhos e criou um filme que mais parece saído de uma sessão de cinema barato dos anos 70. Tudo é muito B, as cenas de mortes são chocantes e hilárias ao mesmo tempo, a critica feros sobre os imigrantes ilegais mortos pelo governo norte americano é de uma coragem só. Rodriguez atira para todos os lados com sua critica, ninguém esta a salvo, sobra para os dois lados em que ambos são retratados de uma forma caricata, mas não menos verdadeira.
Danny Trejo ganha (finalmente) o papel de sua vida. Visto sempre como vilão na maioria de filmes de ação (e dentro da filmografia de Rodriguez) ele sempre aparecia na maioria das vezes como capanga com cara de mau, mas sempre com as mesmas características, como as facas que ele usa desde os tempos da Balada do Pistoleiro e Um Drink no Inferno. Aqui ele finalmente mostra no que sabe fazer melhor, ser ele mesmo, mas dessa vez no lado dos mocinhos, o que não quer dizer menos mortífero, já que o cara mete medo com sua cara e seus facões. Dos demais do elenco, Steven Seagal mais canastrão do que nunca como vilão, Robert DeNiro como um político em versão divertida e caricata da era Bush, Jessica Alba apenas bela, mas segura as pontas, Michelle Rodriguez no seu melhor momento do cinema como uma sex guerrilheira caolha e Lindsay Lohan como ... Lindsay Lohan, o que não seria muito diferente, já que da para entender que o filme aproveitou para tirar sarro da vida problemática da atriz e pelo visto ela gostou da idéia, o que não quer dizer que tenha ajudado a melhorar a imagem dela fora das telas.
Com todos os elementos que fizeram sucesso nos filmes anteriores do diretor e com um ato final que corre morte, tiroteio e sangue para todos os lados, Machete termina dando entender que vem mais por ai. Nada mau para um filme que começou como uma brincadeira, mas as vezes, de uma boa brincadeira surge uma boa idéia, que criança engenhosa esse Rodriguez.
sinopse: Adaptação da clássica história da Rapunzel princesa que vive presa numa torre e tem longos cabelos. Um atrapalhado ladrão entra acidentalmente na torre e decide ajudá-la a fugir de lá.
Para muitos, Enrolados é mais uma produção Disney que apresenta a mais nova princesa na área, Rapunzel, mas o filme é mais do que isso. Para começar, essa 50ª animação estúdio apresenta algo de novo no qual o estúdio demorou a acrescentar neste gênero de contos de fadas que é ação e humor na medida certa e é isso que o filme tem de melhor. A produção continua com seu estilo musical que muitos criticam, mas sinceramente gosto bastante e o filme possui inúmeros números musicais maravilhosos como o engraçadíssimo “Um Sonho Tenho Sim” mas as cenas de ação e humor pastelão cartunesco é o que da vida genuína a produção.
Com relação a dupla de protagonistas, eles são diferentes do que estamos acostumados ao assistir um conto de fadas Disney. Para começar, Rapunzel não é nenhuma princesa indefesa e inocente, ela tem claro sua ternura e doçura, mas é sonhadora, aventureira e sabe se defender bem com uma frigideira. Já Flynn é o típico anti-herói que se importa somente consigo mesmo e se mete em varias enrascadas para se dar bem e pelo visual, o personagem é uma clara referencia ao ator Errol Flynn que se tornou famoso nos anos trinta ao atuar em filmes de aventura como Robin Hood.
Visualmente, o filme é de uma beleza sem tamanho com inúmeras cenas maravilhosas nas quais elas aumentam ainda mais sua grandiosidade graças ao 3D muito bem empregado na trama e um dos melhores momentos em que essa ferramenta da um show aos olhos é na parte do lançamento de balões iluminados ao céu, onde a tecnologia e o romantismo da trama se casam de uma maneira jamais vista até então.
Com produção de John Lasseter (criador de Toy Story) que agora comanda as rédeas das idéias criativas do estúdio, parece que agora finalmente a Disney se encontrou para o caminho do sucesso depois de muito tempo. Resta torcer que as aventuras de Rapunzel sirvam de exemplo para as próximas produções seguintes do estúdio.
Nota: Não posso deixar de comentar a polemica escolha de Luciano Hulk para dublar o personagem Flynn. Para começar, Hulk não é ator e muito menos dublador e com essa infeliz escolha do estúdio de dublagem daqui é que por pouco não arruína as melhores partes do filme. Mas eu sou um de muitos que criticaram essa escolha errônea e por causa disso isso não passou batido. Contudo que isso sirva de exemplo para não brincar com a inteligência do espectador, eles sabem muito bem o que estão escutando na tela. Estamos de olho e ouvindo.
MEGAMENTE
Sinopse: Megamente é um vilão magro usa roupas nas cores azul e preta e sua cabeça é careca e grande devido ao cérebro privilegiado. Ele deseja conquistar a cidade de Metro City e faz diversas tentativas muitas delas são frustradas. O vilão precisa ter oponentes para que sua vida tenha sentido e após a morte de Metro Man (Brad Pitt) Megamente cria Titan um herói para ter com quem rivalizar.
Afinal, nascemos bons ou maus ou nos tornamos bons ou maus ao longo da vida? Essa é a questão levantada na mais nova animação da DreamWorks, em uma aventura que satiriza o mundo dos super heróis e ao mesmo tempo desconstrói o mito do herói. Aqui o herói é na verdade o vilão, mas que de vilão tornasse herói, confuso? Não é pra ser. O filme apresenta os dois lados da mesma moeda, o herói Metro Man (voz de Bratt Pitt) e de Megamente (voz Will Ferrell), ambos vindos de planetas diferentes prestes a serem destruídos (já viu essa historia né) e que acabam caindo na terra, só que cada um de um lado. Metro Man numa casa de classe media alta com pais carinhosos que dão a melhor educação, já Megamente teve o azar de cair num presídio e ser adotado pelos piores bandidos que acabaram lhe ensinando o mundo da maldade.
Crescidos, ambos se tornaram herói e vilão e brigavam a todo custo pelo domínio da cidade, até que um dia, Megamente (meio que sem querer) mata MetroMan e assim conquista a cidade que tanto queria. Mas é ai que o filme se torna bem original, pois Megamente se da conta que a vida não faz mais sentido sem um desafio e de que adianta ser vilão se não tem ninguém para enfrentá-lo? E é então, que ele decide criar outro super herói através do DNA de Metro Man para então assim as coisas voltarem nos eixos.
É neste momento que o filme soube bem explorar a personalidade de Megamente, pois, apesar de tudo, ele é vilão unicamente porque achava que era o seu destino, mas ira descobrir com o tempo (e da aparição de alguém inesperado) que não é bem assim que a coisa funciona.
O legal do filme são as inúmeras referencias que faz ao mundo dos super heróis, ao começar pelo visual bem cartunesco e cheio de luz, fazendo uma referência a era de ouro das HQ, isso sem contar uma porções de referencias ao Superman. Nem mesmo uma versão descarada de Jo-El (meio poderoso Chefão) fica atrás em um momento muito engraçado que só lamento que nem todos irão entender a piada.
Alias, essa é a aposta mais certeira da casa de Sherk em sempre manter o humor de primeira em suas animações e com pitadas de lição de moral aqui e ali. Nada que rivalize com a campeã Pixar, mas pelo menos a DreamWorks fala por si,
Harry Potter: E as Relíquias da Morte: Parte 1
Sinopse: Começa com Harry Ron e Hermione em uma perigosa missão para encontrar e destruir o segredo da imortalidade e destruição de Voldemort as Horcruxes.Sozinhos sem seus mentores ou a proteção de Dumbledore os três amigos agora dependem um dos outros mais do que nunca. Mas no caminho estão Forças das Trevas que ameaçam acabar com eles.Paralelamente o mundo da magia se tornou um local perigoso para todos os inimigos do Lorde das Trevas. A guerra aguardada com temor há muito tempo já começou e os Comensais da Morte de Voldemort tomaram o controle do Ministério da Magia e até mesmo de Hogwarts assustando e capturando qualquer um que se oponha a eles. Mas eles ainda buscam o prêmio de maior valor para Voldemort: Harry Potter. O Escolhido se tornou o caçado quando os Comensais da Morte saem em sua busca com ordens de levá-lo para Voldemort vivo.A única esperança de Harry é achar as Horcruxes antes de ser encontrado por Voldemort. Mas à medida que procura por pistas ele descobre uma lenda antiga e quase esquecida: a lenda das Relíquias da Morte. E se a lenda for verdadeira isso poderia dar a Voldemort o imenso poder que ele tanto busca.Harry nem imagina que seu futuro já foi decidido pelo seu passado quando naquele dia fatídico ele se tornou o Menino Sobrevivente . Não mais só um menino Harry Potter está cada vez mais próximo da tarefa para a qual está se preparando desde o primeiro dia em que pisou em Hogwarts: a batalha final com Voldemort.
E lá se vão quase dez anos desde que a saga Harry Potter começou no cinema. De La pra cá, a saga do pequeno bruxo que começou em um mundo colorido e cheio de fantasia, foi transformado aos poucos em um ambiente sombrio e opressivo. A transformação foi gradual, começando a ser sentida apartir do terceiro filme e atualmente, qualquer imagem que lembre um tempo mais tranqüilo na vida do jovem bruxo, não passa de uma pálida e boa lembrança.
David Yates que começou a comandar a saga apartir de A Ordem de Fênix, soube dosar esse clima sombrio na medida certa e ao mesmo tempo, soube tirar melhor proveito de cada um dos atores com seus respectivos personagens. Em um mundo cada vez mais perigoso, devido as forças sombrias, nosso trio de heróis troca a escola de magia que ao longo dos anos era o cenário de todas as aventuras, para inúmeras partes do globo, na chance de encontrar as relíquias da morte e destrui las para sim, se livrarem de Voldemort. Talvez esse seja um dos pontos mais positivos desse novo capitulo, onde se foca somente o trio em sua cruzada e com isso, é bem explorada as características dos três e a amizade, amor, traição e união foram postos a prova ao longo da projeção. Mas nada disso funcionaria se o trio de atores não se empenhasse bem, mas para os fãs, fica o alivio que em cada filme eles foram amadurecendo nas interpretações, principalmente Emma Watson a grande estrela desse capitulo que rouba a cena em cada momento, mas o mesmo pode se dizer de Daniel Radcliffe e Rupert Grint, esse ultimo que continua como alivio cômico mas surpreende nos momentos de tensão em que o grupo começa a ter desavenças um com outro.
Não posso deixar de destacar a origem das Relíquias da morte, sublime, feita tanto com desenho tradicional como também em computação gráfica, um pequeno e sombrio conto que por um momento me lembrou os fantásticos contos do escritor e desenhista inglês Neil Gaiman.
Com um inicio trágico em que três personagens morrem (um de uma forma chocante) e um final que termina com mais um personagem partindo em sacrifício para um bem maior, Harry Potter: E as Relíquias da Morte: Parte 1 termina com um belo gancho para o grande final que será lançado daqui a seis meses, até lá, se aprontem para despedida pois não haverá mais volta para a saga do jovem bruxo (por enquanto).
Segredos de um Funeral
Sinopse: Em “Segredos de um Funeral”, Robert Duvall vive homem que organiza seu próprio funeral.Excelente como um ermitão bravo, mal humorado, e depois emociona até insensíveis com suas razões escondidas a sete chaves.Começa como uma comédia leve: a morte discutida com muito humor negro, avança para um mistério: que diabos aquele ermitão esconde? E depois penetra no terreno do drama.
Em sua estréia como diretor, Aareon Shneider cria uma curiosa história de um homem que deseja morrer mas que quer participar do funeral ainda vivo e a pergunta que paira no ar é, mas porque ele quer dessa maneira? A revelação vem nos momentos finais da trama e talvez esse seja o único ponto negativo, já que a revelação não se compara ao tamanho da expectativa em tentar descobrir o porquê disso tudo. Pelo menos a produção guarda inúmeros momentos primorosos como ótima atuação de Robert Duvall e a sempre impecável atuação de Bill Murray como o trambiqueiro dono da funerária
O Garoto de Liverpool
Sinopse John Lennon (Aaron Johnson) é um jovem que não aceita bem as regras impostas na escola e dentro de casa. Abandonado pela mãe quando tinha cinco anos, ele vive com seus tios George (David Threfall) e Mimi (Kristin Scott Thomas). Quando George morre, Lennon é obrigado a viver com Mimi, extremamente austera e sisuda. No funeral do tio ele vê sua mãe (Anne-Marie Duff), que se mantém afastada. Seu primo consegue o endereço dela, o que faz com que Lennon resolva visitá-la. O reencontro com o filho é a realização de um sonho para Julia, que passa cada vez mais seu tempo com ele. Animada e um tanto quanto inconsequente, ela apresenta ao filho o rock'n'roll. Logo, desperta nele a vontade de montar uma banda de rock
Como todo critico que se preze que repetiu a mesma coisa que outros críticos falaram, direi aqui a mesma coisa, Aeron Johnson (Kiss Kass) não tem nada haver com John Lennon fisicamente mas isso é o que menos importa, devido ao fato que nos simpatizamos com ele nos primeiros minutos em cena e devido a isso, ser parecido ou não é um mero detalhe
O diretor Sam Taylor-Wood cria um belo retrato de uma época ate então meio obscura sobre o passado do cantor e de suas mães que o moldaram e fizeram dele o que é hoje. Falando nelas, não há como negar que ambas as atrizes Kristin Scott Thomas e Anne-Marie Duff dão um show de interpretação quando aparecem, principalmente a ultima que rende momentos inusitados devido o seu comportamento incomum.
Com bela fotografia de cor pastel e uma ótima trilha sonora que resgata inúmeras musicas clássicas do grupo, O Garoto de Liverpool é um pequeno belo filme que conta somente um pouquinho desse grande cantor que pode muito bem render inúmeras tramas para o cinema.
Demônio
Sinopse: Cinco pessoas que nunca se viram ficam presas num elevador de um arranha céu comercial. Enquanto rumavam para seus respectivos andares, algo acontece e ele para no meio do caminho. E o que para muitos já seria motivo de tensão, piora ainda mais porque estranhos e violentos acontecimentos começam a surgir dentro do pequeno espaço. Alguém ali dentro não é quem aparenta ser. O medo e a maldade tomam conta do local e do lado de fora, ninguém conseguie arranjar um jeito de ajudá-los. (RC).
Demônio é o primeiro conto de M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido) que ele adapta para o cinema na série de filmes baseado em suas histórias que ele batizou de The Night Chronicles e que serão realizados por jovens talentos do cinema.
Uma boa idéia vindo de um diretor (autor) que de uns anos para cá andou saindo dos trilhos, só resta saber se isso gerara frutos.
Pelo menos, esse primeiro filme rende momentos de muita tensão na medida certa, principalmente pelo fato de que a trama se passa dentro de um elevador e a pergunta que fica é, qual deles é o demônio?
Embora a revelação seja de espanto, o filme talvez decepcione um pouco alguns com sua lição de moral em meio a uma situação inusitada. Resta saber como será nos capítulos seguintes.
E ai gente estou de volta. Andei sumido devido a problemas de computador em casa, fazer o que né. Ocorreu muita coisa nesta semana como estréias de cinema, DVD, noticias de ultima hora do mundo do cinema e infelizmente não pude postar aqui.
Mas gradualmente vou estabilizando as coisas aqui porque deixar morto esse blog jamais, sempre quando puder ele sempre estará atualizado.
Confiram as estréias neste final de semana em nossas terras gauchas:
Pânico 4
Sinopse: Em Pânico 4 Sidney Prescott (Neve Campbell) agora é autora de um livro de auto-ajuda e retorna para Woodsboro na última parada de sua turnê para promover o lançamento. Lá ela reconecta-se com o sherife Dewey (David Arquette) e Gale (Courteney Cox) - agora casados - assim como sua prima Jill (Emma Roberts) e sua tia Kate (Mary McDonnell). Infelizmente o retorno de Sidney também traz Ghostface de volta colocando Sidney Gale e Dewey junto com Jill seus amigos e toda a cidade de Woodsboro em perigo. Inspirado em vários filmes de terror o assassino retorna mas desta vez as regras são baseadas no novo clichê.
Eu Sou o Número Quatro
Sinopse: Os Números Um Dois e Três estão mortos. O tempo está acabando para o Número Quatro. brNo novo thriller de ação do diretor D.J. Caruso o ator britânico novato Alex Pettyfer estrela como John Smith também conhecido como o Número Quatro - um adolescente sem vínculos fugindo de inimigos cruéis que foram enviados para destruí-lo. brÉ óbvio que John Smith não é um típico adolescente americano. Tirado de sua terra natal ainda criança ele é agora um dos nove fugitivos espalhados pelo mundo tentando se esconder de cruéis matadores que destruíram seu mundo e que estão determinados a matá-los um por um. Sempre trocando de identidade enquanto muda de cidade junto com seu guardião (Timothy Olyphant de Deadwood) as coisas começam a melhorar quando ele inicia uma nova vida em uma pequena cidade de Ohio. Lá John encontra o amor (Dianna Agron de Glee) além de seus poderes emergentes e uma ligação com os outros que têm o mesmo destino que ele.
Met Ópera - O Conde Ory
Sinopse: Ópera cômica na qual o Conde Ory disfarçado de eremita e se dizendo especialista em questões do coração pretende seduzir a Condessa Adele se aproveitando da ausência do Lorde de Formoutiers irmão da Condessa e de seus homens que estão longe em uma cruzada para entrar no castelo.
Turnê
Sinopse: Joachim ex-produtor de televisão francês largou tudo para recomeçar a vida na América onde formou um grupo de show-girls no estilo New Burlesque. Agora leva a turma numa grande turnê pela França. Apesar dos hotéis vagabundos e da falta de dinheiro as moças não se deixam abalar e fazem muito sucesso esbanjando um mundo de fantasia repleto de hedonismo e ternura. No entanto a tão sonhada noite de encerramento em Paris tem que ser cancelada quando Joachim traído por um velho amigo perde o teatro que hospedaria o espetáculo. Prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes 2010.
Bebês
Sinopse: O documentário simultaneamente acompanha quatro bebês através do mundo. Da Ponijao vive perto de Opuwo Namibia Bayarjargal na Mongolia aos arredores de Bayanchandmani - ambos de áreas rurais. Mari mora em Tokyo Japão e Hattie é residente de São Francisco Estados Unidos -contemplando as áreas urbanas. Através da convivência dos bebês com suas famílias e das primeiras descobertas e experiências são capturados os primeiros estágios da jornada humana universal para todos nós.
Difícil haver inúmeras estréias num circuito quando um filme acaba por dominar tudo. Mas é exatamente isso que acontece nesse final de semana com a chegada de RIO, a mais nova animação do diretor brasileiro Carlos Saldanha. O filme esta sendo exibido em mais de mil salas no circuito e a estréia é mundial por aqui, mas não poderia ser diferente, pois tratasse de uma das maiores superproduções americanas cujo cenário é 100 % brasileiro. Fazer sucesso aqui o filme com certeza fará e não resta duvida que ira bater recordes de bilheteria, a pergunta que fica é como será seu desempenho em outros países. Por conta disso, aqui pelo menos no RS, ouve pouquíssimas estréias, pois a maioria não quer concorrer com as araras azuis e com isso somente O Retrato de Dorian Gray fica como opção para aqueles que não querem ver a animação (o que eu acho muito difícil)
Confiram as estréias e aguardem minha critica de RIO na próxima semana.
RIO
Sinopse: Blu é uma ararinha domesticada que nunca aprendeu a voar e vive pacatamente com sua dona e melhor amiga Linda na pequena cidade de Moose Lake Minnesota. Blu e Linda acreditam que ele seja o último de sua espécie mas quando descobrem a existência de outra arara que mora no Rio de Janeiro parte em busca para encontrar Jade a única fêmea da espécie. Pouco depois de sua chegada Blu e Jade são perseguidos por um grupo de atrapalhados contrabandistas de aves. Blu terá que buscar coragem para aprender a voar estragar os planos dos seqestradores que estão em sua cola e regressar com Linda - a melhor amiga que uma ave pode ter.
O retrato de Dorian Gray
Sinopse: Inglaterra século XIX. O jovem e atraente Dorian Gray acaba de se mudar para a efervescente Londres Vitoriana. Ao tornar-se amigo do dandy Henry Wotton Dorian é apresentado à sociedade local e aos prazeres hedonistas que a cidade oferece. Obcecado por sua própria beleza e juventude ele aceita que lhe pintem um retrato desafiando-se a dar sua própria alma para ter para sempre a aparência nele registrada. Mas conforme os anos passam o quadro desenvolve um ar sombrio e maligno enquanto as feições de Dorian mantêm-se inalteradas. Adaptação do romance clássico de Oscar Wilde.
Sempre tem lançamentos de filmes novos no mercado, mas você já se imaginou assistindo a um clássico como Casablanca num cinema? Hoje atualmente, a cidade de Porto Alegre conta com boas cinematecas que exibem, em muitas vezes, semanas especiais onde exibem determinados filmes de grande clássicos da 7ª arte. Eu comecei a freqüentar essas sessões apartir da Usina do Gasômetro, quando ouve o especial “Os 80 anos da Usina” e um mês muito especial que foi a exibição de filmes de terror como dos estúdios Hammer, com direito a cartazes da época na entrada do cinema.
Atualmente a três sessões especiais de cinema neste momento na capital, Cinema Noir: Entre sombras e zinzas (Sala da Redenção), Elizabeth Taylor: A Ultima Diva (Usina do Gasometro) e minha preferida:
MOSTRA 1959: O ANO MAGICO DO CINEMA FRANÇÊS
Cuja as sessões irão até domingo (10 de abril) no Cine Bnncários, e os filmes são esses:
Os Incompreendidos
Sinopse: Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud) é o filho negligenciado de Gilberte Doinel (Claire Maurier), que parece ter tempo para tudo menos o bem-estar da criança. Julien Doinel (Albert Rémy) não é o pai biológico, mas cria o menino como se fosse seu filho. Gilberte está tendo um caso e não se surpreende quando, por acaso, Julien fica sabendo que Antoine não está indo à aula, pois ela sabia que na hora do colégio o filho a tinha visto com seu amante. A situação se agrava quando Antoine, para justificar sua ausência no colégio, "mata" a mãe. Quando seus pais aparecem na escola, a verdade é descoberta e Julien o esbofeteia na frente de seus colegas. Após isto ele foge de casa e arruma um lugar para dormir. Paralelamente seus pais culpam um ao outro pelo comportamento dele, após lerem a carta na qual ele se despede. No outro dia Antoine vai à escola normalmente. Lá sua mãe o encontra e se mostra preocupada por ele ter passado a noite em uma gráfica. Ela alegremente o aceita de volta, mas os problemas não acabam. Antoine se desentende com um professor, que o acusa de plagiar Balzac. Como ele odeia a escola, sai de casa de novo e para viver é obrigado a fazer pequenos roubos.
Acossado
Sinopse:Após roubar um carro em Marselha, Michel Poiccard (Jean-Paul Belmondo) ruma para Paris. No caminho mata um policial, que tentou prendê-lo por excesso de velocidade, e em Paris persuade a relutante Patricia Franchisi (Jean Seberg), uma estudante americana com quem se envolveu, para escondê-lo até receber o dinheiro que lhe devem. Michel promete a Patricia que irão juntos para a Itália, no entanto o crime de Michel está nos jornais e agora não há opção. Ele fica escondido no apartamento de Patricia, onde conversam, namoram, ele fala sobre a morte e ela diz que quer ficar grávida dele. Ele perde a consciência da situação na qual se encontra e anda pela cidade cometendo pequenos delitos, mas quando é visto por um informante começa o final da sua trágica perseguição.
HIROSHIMA MEU AMOR
Sinopse: Hiroshima, 1959. Uma atriz francesa casada (Emmanuelle Riva) veio de Paris para trabalhar num filme sobre a paz. Ela tem um affair com um arquiteto japonês (Eiji Okada) também casado, cuja esposa está viajando. Nos dois dias que passam juntos várias lembranças vêem à tona enquanto esperam, de forma aflita, a hora da partida dela. Ela conta que foi "tosquiada", pois se apaixonou por um alemão (Bernard Fresson) quando tinha apenas 18 anos e morava em Nevers, sendo libertada no dia em que seu amor foi morto, já no final da 2ª Guerra Mundial. Por ter amado um inimigo ela foi aprisionada por sua família numa fria e escura adega e agora, 14 anos depois, novamente sente o gosto de viver um amor quase impossível.
Quem Matou Leda?
Sinopse: Quem Matou Leda é o terceiro filme de Chabrol, e seu debut no thriller psicológico, gênero também de seus dois próximos filmes: Les Bonnes Femmes e L’Enfer. Usando com perícia os flashbacks e vinhetas, Chabrol cria um pertubador enredo de infidelidade, obsessão e assassinato num vinhedo em Provença. O negociante Henri Marcoux tem um caso amoroso com uma bela e jovem vizinha, bem debaixo do nariz da sua esposa Thérèse. A linda filha de Henri, ao conhecer o húngaro fica apaixonada, enquanto o filho voyeur de Henri começa a ter liberdades com a amante do pai. Com o amadurecimento das paixões na família, deslumbra-se uma tragédia. Obra-prima no gênero.
O Batedor de Carteiras (Pickpocket)
Sinopse: O personagem principal é Michel (Martin LaSalle), um jovem que começa a bater carteiras por prazer e pela emoção do roubo, e isso vira uma compulsão. Ele é preso, percebe o choque que isso causa em sua mãe e em seus amigos e reflete sobre seus atos. Porém, depois de solto, ele se junta a um ladrão veterano e volta ao crime. Sua consciência pesa, bem como a memória de sua mãe. Também a presença de Jeanne (Marika Green), uma jovem por quem se apaixona, lhe faz pensar em deixar o crime, o que acontece de forma irônica. O filme contou com um batedor de carteiras como consultor. A frieza do tratamento, o rigor e a economia dos efeitos psicológicos faz deste filme um grande clássico da escola Bresson. Inspirado em Crime e Castigo, de Dostoievski.
Só gostaria de dizer que gostaria de fazer minha critica de cada um desses grandes filmes mas por falta de tempo, infelismente não pude hoje. Mas assim que possivel irei criar um post sobre o que eu achei sobre cada um desses filmes, aguardem.