Sinopse: Mark Renton tem amigos estranhos: um psicopata alcoólatra, um desesperado, um fã de Sean Connery mulherengo e um viajante. Todos buscan superar o desemprego, os relacionamentos e as drogas.
O tempo passa e cada vez fica mais notório que durante os anos noventa foram lançados filmes que serviriam de base para o que o cinema se tornaria posteriormente. Filmes como, por exemplo, "Clube da Luta" e "Matrix", ambos de 1999, foram o que melhor sintetizam o que acontecia naqueles tempos, onde a sociedade cada vez mais se tornava alienada, consumista e presa ao sistema capitalista. Porém, antes disso, um pequeno filme tomou por assalto o mundo cinematográfico em 1996, o britânico "Trainspotting" e se tornando facilmente um dos grandes filmes de uma época em que a juventude procurava se definir na vida.
Dirigido por Danny Boyle, que na época já era badalado pelo filme "Cova Rasa" (1994), a trama é baseado no livro do escritor escocês Irvine Welsh, onde a trama se passa em Edimburgo, na Escócia, onde vive Renton (Ewan McGregor), um jovem usuário de heroína que leva uma vida despreocupada, dividindo-se entre seu romance com a estudante colegial Diane (Kelly Macdonald) e os encontros com seus quatro amigos viciados: Sick Boy, (Jonny Lee Miller), um imoral desenhista de HQs fanático por Sean Connery; Tommy (Kevin McKidd), um atleta responsável; Spud (Ewen Bremner), um bobalhão de bom coração e Begbie (Robert Carlyle), um violento sociopata.
Vindo de clipes e curtas metragens, Danny Boyle se aproveita ao máximo para fazer o que bem entender com a sua câmera e isso é bem perceptível nos primeiros minutos de filme vistos na tela. Vemos os protagonistas correndo, com sua narração off disparando, trilha sonora pesada da época e cuja a edição de cenas a tornam bastante dinâmica. Tudo isso para nos colocar naquele universo cheio de bebidas e drogas em meio a jovens perdidos na vida, porém, com opções demais de consumo e fazendo deles ainda mais viciados.
O filme pode facilmente ser comparado a outras obras primas do cinema como, por exemplo, "Taxi Driver" (1976) já que em ambos os casos fala do indivíduo em meio a muitas possibilidades para melhorar a vida, mas presos a elas e se enveredando para o consumo ilícito e, por vezes, vicioso. É nas cenas de consumo de drogas, por exemplo, que Danny Boyle comprova porque veio a se tornar um dos grandes diretores que surgiram naquele momento.
'Trainspotting' é um daqueles filmes que possui tantas cenas imperdíveis que acaba se tornando até mesmo difícil escolher qual a sua favorita. Em alguns casos, elas se tornam uma espécie de símbolo abstrato com relação a situação que o protagonista se encontra naquele momento e, portanto, não se surpreenda do próprio se enfiar em um vaso cheio de excremento para somente obter de volta a sua preciosa droga. Se isso não é o suficiente se prepare então para a sequência da abstinência, com o direito de haver um bebê andando no teto e deixando o protagonista ainda mais enlouquecido devido à falta de consumo.
O filme não só consagraria o diretor como também o seu protagonista. Após "Trainspotting", Ewan McGregor testemunharia a sua carreira chegar a um novo patamar, atuando tanto em superproduções, como no caso da segunda trilogia "Star Wars", como também continuando atuando em filmes mais autorais, como no caso, por exemplo, "Peixe Grande" (2003) de Tim Burton. Tanto ele como os demais do elenco retornaram "T2 Trainspotting" (2016) mas jamais superando o impacto que foi a obra original como um todo.
Quase vinte e cinco anos depois do seu lançamento, "Trainspotting" é uma obra prima de sua época, mas servindo de modelo para outros cineasta para tentarem fazer a sua Mona Lisa cinematográfica.
Dirigido por Danny Boyle, que na época já era badalado pelo filme "Cova Rasa" (1994), a trama é baseado no livro do escritor escocês Irvine Welsh, onde a trama se passa em Edimburgo, na Escócia, onde vive Renton (Ewan McGregor), um jovem usuário de heroína que leva uma vida despreocupada, dividindo-se entre seu romance com a estudante colegial Diane (Kelly Macdonald) e os encontros com seus quatro amigos viciados: Sick Boy, (Jonny Lee Miller), um imoral desenhista de HQs fanático por Sean Connery; Tommy (Kevin McKidd), um atleta responsável; Spud (Ewen Bremner), um bobalhão de bom coração e Begbie (Robert Carlyle), um violento sociopata.
Vindo de clipes e curtas metragens, Danny Boyle se aproveita ao máximo para fazer o que bem entender com a sua câmera e isso é bem perceptível nos primeiros minutos de filme vistos na tela. Vemos os protagonistas correndo, com sua narração off disparando, trilha sonora pesada da época e cuja a edição de cenas a tornam bastante dinâmica. Tudo isso para nos colocar naquele universo cheio de bebidas e drogas em meio a jovens perdidos na vida, porém, com opções demais de consumo e fazendo deles ainda mais viciados.
O filme pode facilmente ser comparado a outras obras primas do cinema como, por exemplo, "Taxi Driver" (1976) já que em ambos os casos fala do indivíduo em meio a muitas possibilidades para melhorar a vida, mas presos a elas e se enveredando para o consumo ilícito e, por vezes, vicioso. É nas cenas de consumo de drogas, por exemplo, que Danny Boyle comprova porque veio a se tornar um dos grandes diretores que surgiram naquele momento.
'Trainspotting' é um daqueles filmes que possui tantas cenas imperdíveis que acaba se tornando até mesmo difícil escolher qual a sua favorita. Em alguns casos, elas se tornam uma espécie de símbolo abstrato com relação a situação que o protagonista se encontra naquele momento e, portanto, não se surpreenda do próprio se enfiar em um vaso cheio de excremento para somente obter de volta a sua preciosa droga. Se isso não é o suficiente se prepare então para a sequência da abstinência, com o direito de haver um bebê andando no teto e deixando o protagonista ainda mais enlouquecido devido à falta de consumo.
O filme não só consagraria o diretor como também o seu protagonista. Após "Trainspotting", Ewan McGregor testemunharia a sua carreira chegar a um novo patamar, atuando tanto em superproduções, como no caso da segunda trilogia "Star Wars", como também continuando atuando em filmes mais autorais, como no caso, por exemplo, "Peixe Grande" (2003) de Tim Burton. Tanto ele como os demais do elenco retornaram "T2 Trainspotting" (2016) mas jamais superando o impacto que foi a obra original como um todo.
Quase vinte e cinco anos depois do seu lançamento, "Trainspotting" é uma obra prima de sua época, mas servindo de modelo para outros cineasta para tentarem fazer a sua Mona Lisa cinematográfica.
Onde assistir: DVD, Netflix e Net Now
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