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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 7 de março de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Entre Mulheres'

Sinopse: Mulheres em uma colônia isolada lutam para se reconciliar com sua fé após uma série de agressões. 

Embora vivemos em tempos de igualdade é notório que há também um retrocessos cada vez maior em nossa sociedade e do qual aflige principalmente as mulheres. Se existem filmes ou séries como, por exemplo, "Contos da Aia", é porque eles nos dizem que a ficção não está muito distante do nosso mundo real. "Entre Mulheres" (2022) fala sobre tempos não muito distantes, em que um grupo de mulheres procuram decidir qual é o melhor caminho para se trilhar, pois dominadas pelos homens isso é uma coisa que elas não podem mais suportar.

Dirigido por Sarah Polley, além de ser produzido e atuado por Frances McDormand, o filme é baseado no livro homônimo de Miriam Toews e inspirado em eventos reais ocorridos na colônia de Manitoba, na Bolívia, A trama é sobre mulheres de uma comunidade religiosa que lutam para conciliar sua fé com a realidade. Em 2010, as mulheres da comunidade isolada seguem a religião da igreja Menonita, e acabam descobrindo um segredo chocante sobre os homens da comunidade que controlaram suas vidas e fé. É revelado que os homens usaram anestésicos para drogar e estuprar mulheres e meninas durante a noite por muitos anos, às vezes resultando em gravidez.

O filme se torna forte em sua proposta principalmente se você for ir assisti-lo sem nenhuma informação, pois achamos em um primeiro momento que a trama se passa no século 19, quando na verdade ocorre em pleno século 21. Isso acontece porque a trama se passa em uma colônia isolada do mundo, onde a tecnologia quase não existe e fazendo com que a fé se torne a palavra dominante. Por outro lado, a fé em Deus se torna somente uma cortina de fumaça para o mundo dos homens, sendo que eles usam e abusam de suas mulheres e fazendo despertar nas mesmas o desejo de se questionar se aquele mundo ainda vale a pena em se manter nele.

Curiosamente, a presença dos homens é quase nula, sendo que quando eles aparecem são somente de costas ou nas sombras, pois se tornam pela perspectiva das protagonistas como verdadeiros monstros uma vez que praticam tamanho abuso. Somente August, interpretado pelo ator Ben Whishaw, é o que se torna a figura masculina constante, mas sendo alguém cheio de amor, com enorme conhecimento e que usa esses dons para ajudar as suas amigas a todo custo. Uma vez que as atrocidades acontecem elas decidem se reunirem em um celeiro é então que o filme toma forma como um todo.

Vale destacar a esplendida fotografia acinzentada, quase sem vida, como se aquele universo particular não houvesse muito perspectiva de tempos mais dourados. Há, por exemplo, a promessa da vinda como sempre de Jesus Cristo, da qual elas ainda possuem a crença nisso, mas que acabam começando a questionar por que acontece essas coisas quando Deus poderia protegê-las. O filme transita entre a lógica e a fé, onde a crença dá força para aquelas mulheres, mas não significa que ficaram cegas totalmente e abrindo as suas mentes com relação a possibilidade do que fazerem melhor para elas.

Com grande elenco, cada uma das personagens é interpretada por atrizes poderosas, das quais conseguem construir para elas mulheres fortes, mas que não escondem a sua fragilidade e cansaço perante horror que passaram. Destaque para Claire Foy e Rooney Mara, sendo que ambas não escondem a fúria em seus olhares perante a situação em que estão vivendo, mas também procurando a usar a lógica para não se rebaixarem perante os seus algozes. A violência, por sua vez, está sempre presente, mas nunca de forma explicita, mas sim nos revelando as suas consequências.

Vale destacar e muito os diálogos das protagonistas, sendo que eles são extensos, ao ponto de ficarmos nos perguntando qual será a sua conclusão, pois a reunião entre elas provoca desdobramentos impressionantes. Ao final, concluímos que não cabe aos homens decidirem os destinos das mulheres, pois elas próprias têm o poder para isso uma vez que o horizonte está bem na frente para ser explorado. Infelizmente o percurso é árduo, mas que precisa ser enfrentado.

Indicado a dois Oscar, incluindo Melhor Filme, "Entre Mulheres" fala sobre a força das mulheres com relação as suas escolhas e cuja decisão acontece no momento em que todas se unem para obterem novos rumos e abraçar a liberdade.    


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segunda-feira, 28 de março de 2022

Cine Especial: Vencedores do Oscar do Tapa

Nos últimos anos tenho tido cada vez menos interesse em assistir à cerimônia do Oscar.  Preocupada com a audiência, os produtores vivem ano após ano remodelando o evento para atrair o público, mas isso tem afastado cada vez mais o cinéfilo que se vê sendo menosprezado pela forma como os organizadores tem tratado determinadas categorias. Esse ano, por exemplo, diversas categorias técnicas foram entregues antes do programa entrar ao vivo, sendo que boa parte foi entregue a "Duna", ´épico de ficção cientifica que acabou levando para casa seis prêmios, incluindo de melhor trilha sonora para o mestre Hans Zimmer.

Durante a cerimônia ao vivo aquele mesmo roteiro de sempre, desde os atores e atrizes subindo ao palco para anunciar os vencedores dos prêmios, como também do fato de sempre fazerem comentários e piadas sem graça e que nem o norte americano aguenta. Como se não bastasse eles tentaram alegrar o momento em que se faz homenagem aos que partiram no último ano, mas de uma forma rápida, mal organizada e que mal se via na tela quem havia perecido recentemente. Mas o pior estava por vir.

Infelizmente o Oscar 2022 entra na lista de tempos recentes em que a academia tem se mostrado conservadora e premiando filmes bons, mas que não mereciam nem de longe levar o prêmio principal da noite. Ao lado de exemplos semelhantes como "Spotlight"(2015) e "Green Book" (2018), "No ritmo do coração" será aquele bom filme para ser assistido e apreciado, mas que não será lembrado pelas próximas décadas, pois não tem peso para isso e tão pouco possui uma visão autoral de um realizador que faz do filme se tornar inesquecível. Ao menos, ver o ator surdo e mudo Troy Kotsur  levar o prêmio de melhor ator coadjuvante pelo filme é algo para ser sim ser lembrado com gosto.

Outro ponto negativo foi a forma como eles prestaram a homenagem para alguns clássicos que estavam fazendo ano. A obra prima "O Poderoso Chefão" (1972) foi homenageada devido aos seus cinquenta anos e ver os veteranos Al Pacino, Robert De Niro e o diretor Francis Ford Coppola subindo ao palco não tem preço. Porém, o clipe que fizeram em homenagem ao filme foi totalmente pobre, rápido demais, além de criar uma trilha sonora que não tinha nada a ver com a essência principal da trilogia mafiosa.

As homenagens se seguiram com o trio John Travolta, Samuel L. Jackson e Uma Thurman subindo ao palco para o público relembrar de "Pulp Fiction" (1994), clássico dos anos noventa que está chegando perto dos seus trinta anos. Novamente, a homenagem é curta, onde somente vemos o casal central do filme reconstituindo a clássica dança que ambos haviam protagonizado, mas sem aquele mesmo brilho. Uma cerimônia que se diz lembrar dos grandes clássicos, mas que na prática fizeram tudo na má vontade e sem nenhum carinho.

Das demais premiações fiquei muito feliz em ver Kenneth Branagh finalmente levar o seu Oscar por "Belfast", mais precisamente na categoria de roteiro original. O surpreendente filme japonês "Drive my car" ganhou o prêmio de Melhor Filme Internacional de forma merecida, muito embora torcesse por ele nas outras categorias. E se por um lado não foi dessa vez que Kristen Stewart levou o prêmio pela sua ótima atuação em "Spencer", ao menos, Jessica Chastain finalmente consegue levar o prêmio de atriz pelo filme "Os olhos de Tammy Faye" após anos sendo injustiçada sempre quando era indicada.

Mas sejamos sinceros, boa parte do público não irá se lembrar dos premiados da noite, mas sim da cena grotesca protagonizada por Will Smith em Chris Rock. Durante a cerimônia, Rock subiu ao palco para apresentar o vencedor da categoria de melhor documentário. Em seu discurso, ele fez piadas com a cabeça raspada de Jada Pinkett-Smith, mulher de Will, comparando-a com a personagem de Demi Moore, em "Até o limite da honra" (1997). O ator foi até o palco e deu um tapa na cara do comediante, que ficou sem graça. Entre os presentes e o público nas redes sociais, não ficou imediatamente claro se era um momento combinado ou uma reação genuína.

No meu entendimento, ambos erraram em toda a situação, sendo que Smith deveria ter se contido e tirado satisfação com o comediante nos bastidores. Ao receber o prêmio de Melhor Ator pelo filme "King Richard: criando campeãs" vemos Smith abalado e tendo a consciência do absurdo que protagonizou e que pode muito bem prejudicar a sua carreira futuramente. Se a troca dos envelopes da cerimônia do Oscar em 2017 foi desastroso, esse tapa protagonizado por ambos os interpretes foi a síntese genuína de um Oscar entrando de vez em uma fase de pura decadência.

Por conta disso, os prêmios dos festivais pelo mundo, desde Veneza a Cannes, acabam se tornando muito mais relevantes, pois nessas premiações não há uma preocupação doentia pela audiência, mas sim dos realizadores procurarem premiar os filmes indicados de forma justa. Enfim, só o tempo dirá se o Oscar voltará a se estabilizar, pois por enquanto está indo a ladeira abaixo e nem todas as mudanças do mundo na forma de apresentar o evento irão salva-lo. Confira abaixo a lista dos indicados e vencedores. 


Melhor filme

"Belfast"

"Não olhe para cima"

"Duna"

"Licorice pizza"

"Ataque dos cães"

"No ritmo do coração" (vencedor)

"Drive my car"

"King Richard: criando campeãs"

"O beco do pesadelo"

"Amor, sublime amor"


Melhor atriz

Jessica Chastain - "Os olhos de Tammy Faye" (vencedor)

Olivia Colman - "A filha perdida"

Penélope Cruz - "Mães paralelas"

Nicole Kidman - "Apresentando os Ricardos"

Kristen Stewart - "Spencer"


Melhor ator

Javier Bardem - "Apresentando os Ricardos"

Benedict Cumberbatch - "Ataque dos cães"

Andrew Garfield - "Tick, tick... Boom!"

Will Smith - "King Richard: criando campeãs" (vencedor)

Denzel Washington - "A tragédia de Macbeth"


Melhor direção

Kenneth Branagh - "Belfast""

Hamaguchi Ryusuke - "Drive my car"

Jane Campion - "Ataque dos cães" (vencedor)

Steven Spielberg - "Amor, sublime amor"

Paul Thomas Anderson - "Licorice Pizza"


Canção original

"Be Alive" - "King Richard: criando campeãs"

"Dos Oruguitas" - "Encanto"

"Down To Joy" - "Belfast"

"No time to die" - "Sem tempo para morrer" (vencedor)

"Somehow you do" -"Four good days"


Melhor documentário

"Ascension"

"Attica"

"Flee"

"Summer of Soul (...ou Quando A Revolução Não Pôde Ser Televisionada)" (vencedor)

"Writing with fire"


Melhor roteiro adaptado

"No ritmo do coração" (vencedor)

"Drive my car"

"Duna"

"A filha perdida"

"Ataque dos cães"


Melhor roteiro original

"Belfast" (vencedor)

"Não olhe para cima"

"King Richard: criando campeãs"

"Licorice pizza"

"A pior pessoa do mundo"


Melhor figurino

"Cruella" (vencedor)

"Cyrano"

"Duna"

"O beco do pesadelo"

"Amor, sublime amor"


Melhor filme internacional

"Drive my car" - Japão (vencedor)

"Flee" - Dinamarca

"A Mão de Deus" - Itália

"A Felicidade das Pequenas Coisas" - Butão

"A Pior Pessoa do Mundo" - Noruega


Melhor ator coadjuvante

Ciarán Hinds - "Belfast"

Troy Kotsur - "No ritmo do coração" (vencedor)

Jesse Plemons - "Ataque dos cães"

J.K. Simmons - "Apresentando os Ricardos"

Kodi Smit-McPhee - "Ataque dos cães"


Melhor animação

"Encanto" (vencedor)

"Flee"

"Luca"

"A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas"

"Raya e o último dragão"


Efeitos visuais

"Duna" (vencedor)

"Free guy"

"Sem tempo para morrer"

"Shang-Chi e a lenda dos dez anéis"

"Homem-Aranha: Sem volta para casa"


Melhor fotografia

"Duna" (vencedor)

"Ataque dos cães"

"Beco do pesadelo"

"A tragédia de Macbeth"

"Amor, sublime amor"


Melhor atriz coadjuvante

Jessie Buckley - "A filha perdida"

Ariana DeBose - "Amor, sublime amor" (vencedor)

Judi Dench - "Belfast"

Kirsten Dunst - "Ataque dos cães"

Aunjanue Ellis - "King Richard: criando campeãs"


Maquiagem e cabelo

"Um Príncipe em Nova York 2"

"Cruella"

"Duna"

"Os olhos de Tammy Faye" (vencedor)

"Casa Gucci"


Melhor som

"Belfast"

"Duna" (vencedor)

"Sem tempo para morrer"

"Ataque dos cães"

"Amor, sublime amor"


Melhor trilha sonora

"Não olhe para cima"

"Duna" (vencedor)

"Encanto"

"Mães paralelas"

"Ataque dos cães"


Melhor edição

"Não olhe para cima"

"Duna" (vencedor)

"King Richard: criando campeãs"

"Ataque dos cães"

"Tick, tick... boom!"


Melhor design de produção

"Duna" (vencedor)

"Ataque dos cães"

"O beco do pesadelo"

"A tragédia de Macbeth"

"Amor, sublime amor"


Melhor curta-metragem em live action

"Ala kachuu - Take and run"

"The long goodbye" (vencedor)

"The dress"

"On my mind"

"Please hold"


Melhor documentário de curta-metragem

"Audible"

"The queen of basketball" (vencedor)

"Onde eu moro"

"Três canções para Benazir"

"When we were bullies"


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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Cine Curiosidade: Indicados ao Oscar 2022

Duna

Foi anunciado hoje a lista dos indicados ao Oscar 2022. "Ataque dos Cães" e "Duna" se destacam com o maior numero de indicações, sendo que o primeiro obteve doze indicações enquanto o segundo obteve dez. Indo contra as previsões negativas por parte da crítica Kristen Stewart é indicada pelo seu desempenho por "Spencer" onde ela interpretada a princesa Diana. A grande surpresa fica por conta do documentário animado "Flee" que foi indicado nas categorias de melhor documentário e melhor longa de animação. 


Veja a lista completa de nomeados: 


Melhor Filme:

Belfast

No Ritmo do Coração

Não Olhe para Cima

Drive My Car

Duna

King Richard

Licorice Pizza

Nightmare Alley

Ataque dos Cães

Amor, Sublime Amor


Melhor Direção:

Belfast

Drive My Car

Licorice Pizza

Ataque dos Cães

Amor, Sublime Amor


Melhor Ator:

Javier Bardem (Apresentando os Ricardos)

Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)

Andrew Garfield (Tick, Tick… Boom!)

Will Smith (King Richard)

Denzel Washington (A Tragédia de MacBeth)


Melhor Atriz:

Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)

Olivia Colman (A Filha Perdida)

Kristen Stewart (Spencer)

Penélope Cruz (Madres Paralelas)

Nicole Kidman (Apresentando os Ricardos)


Melhor Ator Coadjuvante:

Ciarán Hinds (Belfast)

Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)

Jesse PLemons (Ataque dos Cães)

J.K. Simmons (Apresentando os Ricardos)

Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)


Melhor Atriz Coadjuvante:

Jessie Buckley (A Filha Perdida)

Ariana Debose (Amor, Sublime Amor)

Judi Dench (Belfast)

Kirsten Dunst (Ataque dos Cães)

Aunjanue Ellis (King Richard)


Melhor Roteiro Original:

Belfast

Não Olhe para Cima

King Richard

Licorice Pizza

A Pior Pessoa do Mundo


Melhor Roteiro Adaptado:

No Ritmo do Coração

Drive My Car

Duna

A Filha Perdida

Ataque dos Cães


Melhor Fotografia:

Greig Fraser (Duna)

Dan Lautsen (O Beco do Pesadelo)

Ari Wegner (Ataque dos Cães)

Bruno Delbonnel (A Tragédia de Macbeth)

Janusz Kominski (Amor, Sublime Amor)


Melhor Trilha Sonora Original:

Não Olhe para Cima

Duna

Encanto

Madres Paralelas

Ataque dos Cães


Melhor Canção Original:

“Be Alive” (King Richard)

“Dos Oruguitas” (Encanto)

“Down To Joy” (Belfast)

“No Time To Die” (007 – Sem Tempo para Morrer)

“Somehow You Do” (Four Good Days)


Melhor Edição/Montagem:

Não Olhe para Cima

Duna

King Richard

Ataque dos Cães

Tick, Tick… Boom!


Melhor Figurino:

Cruella

Cyrano

Duna

O Beco do Pesadelo

Amor, Sublime Amor


Melhor Cabelo e Maquiagem:

Um Príncipe em Nova York 2

Cruella

Duna

Os Olhos de Tammy Faye

Casa Gucci


Melhor Design de Produção:

Duna

Ataque dos Cães

O Beco do Pesadelo

A Tragédia de MacBeth

Amor, Sublime Amor


Melhor Filme Internacional:

Drive My Car (Japão)

Flee (Dinamarca)

A Mão de Deus (Itália)

Lunana (Butão)

A Pior Pessoa do Mundo (Noruega)


Melhor Documentário em Longa-metragem:

Ascension

Attica

Flee

Summer of Soul

Writing with Fire


Melhor Documentário em Curta Metragem:

Audible

Lead Me Home

The Queen of Basketball

Three Songs for Ben Azir

When We Were Bullies


Melhor Animação em Longa Metragem:

Encanto

Luca

Flee

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

Raya e o Último Dragão


Melhor Animação em Curta Metragem:

Affairs of the Art

Bestia

Robin Robin

Boxballet

The Windshield Wiper


Melhor Curta Metragem em Live-action:

Ala Kachuu – Take and Run

The Dress

The Long Goodbye

On My Mind

Please Hold


Melhor Som:

Belfast

Duna

007 – Sem Tempo para Morrer

Ataque dos Cães

Amor, Sublime Amor


Melhores Efeitos Visuais:

Duna

Free Guy

007 – Sem Tempo para Morrer

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa


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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Cine Curiosidade: Vencedores do Oscar 2021

Chloé Zhao – Nomadland  - Vencedora

Mesmo com as restrições devido a pandemia ocorreu, enfim, o Oscar 2021 e coroando a diversidade que já havia sido sentida no ano passado com a vitória do filme Coreano "Parasita". Chloé Zhao, por exemplo, se torna a segunda mulher a ganhar o Oscar de Melhor Direção pelo filme "Nomadland" e sendo a primeira mulher Chinesa a ganhar o tão sonhado prêmio. O filme, aliás, levou os prêmios também de Melhor Filme e, novamente, Oscar de Melhor Atriz para Frances McDormand e tornando uma das atrizes mais premiadas da academia.

A expectativa maior da noite ficou por conta da categoria de melhor ator, já que a maioria estava apostando em uma vitória póstuma para o falecido ator Chadwick Boseman pelo filme "A Voz Suprema do Blues". Porém, os membros da academia precisaram reconhecer a fantástica atuação de Anthony Hopkins pelo filme "Meu Pai" e recebendo, enfim, o seu segundo Oscar na carreira. Por outro lado, não foi dessa vez Glenn Close ganhou o seu tão sonhado primeiro Oscar pelo seu desempenho pelo filme "Era Uma Vez um Sonho", mas sim a veterana atriz coreana Yuh-Jung Youn pelo filme  "Minari".

Com diversos filmes com teor bastante político, muitos dos indicados e que saíram vencedores são uma representação do discurso contra o fascismo de hoje, principalmente em um EUA pós Donald Trump. "Judas e o Messias Negro", por exemplo, foi coroado com dois Oscar, dentre eles para Daniel Kaluuya ao interpretar um famoso líder do partido Panteras Negras e que foi brutalmente assassinado por agentes do governo dos EUA. Em tempos em que o país sofre novamente com atentados e mortes provados pelas armas, o curta "Se Algo Acontecer...Te amo" saiu triunfante com o Oscar de Melhor Curta de Animação e cuja sua mensagem emocional contra as armas encantou o público e a crítica.  


Confira todos os vencedores:


Melhor Filme

Bela Vingança

Judas e o Messias Negro

Mank

Meu Pai

Minari

Nomadland - Vencedor

Os 7 de Chicago

O Som do Silêncio


Melhor Direção

Lee Issac Chung – Minari

Emerald Fennel – Bela Vingança

David Fincher – Mank

Thomas Vinterberg – Druk: Mais Uma Rodada

Chloé Zhao – Nomadland  - Vencedora


Melhor Ator

Riz Ahmed – O Som do Silêncio

Chadwick Boseman – A Voz Suprema do Blues

Anthony Hopkins – Meu Pai  - Vencedor

Gary Oldman – Mank

Steven Yeun – Minari


Melhor Atriz

Viola Davis – A Voz Suprema do Blues

Andra Day – The United States vs. Billie Holiday

Vanessa Kirby – Pieces of a Woman

Frances McDormand – Nomadland  - Vencedora

Carey Mulligan – Bela Vingança


Melhor Ator Coadjuvante

Sacha Baron Cohen – Os 7 de Chicago

Daniel Kaluuya – Judas e o Messias Negro  - Vencedor

Leslie Odom Jr. – Uma Noite em Miami

Paul Raci – O Som do Silêncio

Lakeith Stanfield – Judas e o Messias Negro


Melhor Atriz Coadjuvante

Maria Bakalova – Borat 2

Glenn Close – Era uma Vez um Sonho

Olivia Colman – Meu Pai

Amanda Seyfried – Mank

Yuh-Jung Youn – Minari  - Vencedora


Melhor Roteiro Original

Judas e o Messias Negro

Minari

Bela Vingança  - Vencedor

O Som do Silêncio

Os 7 de Chicago


Melhor Roteiro Adaptado

Borat 2

Meu Pai  - Vencedor

Nomadland

Uma Noite em Miami

O Tigre Branco


Melhor Animação

Dois Irmãos

A Caminho da Lua

A Shaun the Sheep Movie: Farmaggedon

Soul - Vencedor

Wolfwalkers


Melhor Direção de Fotografia

Judas e o Messias Negro

Mank  - Vencedor

Relatos do Mundo

Nomadland

Os 7 de Chicago


Melhor Documentário

Collective

Crip Camp

The Mole Agent

Professor Polvo  - Vencedor

Time


Melhor Figurino

Emma

A Voz Suprema do Blues  - Vencedor

Mank 

Mulan

Pinocchio


Melhor Montagem

Meu Pai

Nomadland

Bela Vingança

O Som do Silêncio  - Vencedor

Os 7 de Chicago


Melhor Trilha Sonora Original

Terence Blanchard – Destacamento Blood

Trent Reznor e Atticus Ross – Mank

Emile Mosseri – Minari

James Newton Howard – Relatos do Mundo

Trent Reznor, Atticus Ross e Jon Batiste – Soul  - Vencedor


Melhor Canção Original

“Fight for You” – Judas e o Messias Negro  - Vencedor

“Hear my Voice” – Os 7 de Chicago

“Husavik” – Festival Eurovision da Canção

“Io Sí” – Rosa e Momo

“Speak Now” – Uma Noite em Miami


Melhor Filme Internacional

Druk: Mais uma Rodada (Dinamarca)  - Vencedor

Better Days (Hong Kong)

Collective (Romênia)

The Man Who Sold His Skin (Tunísia)

Quo Vadis, Aida? (Bósnia)


Melhor Curta Animado

Burrow

Genius Loci

Se Algo Acontecer… Te Amo  - Vencedor

Opera

Yes-People


Melhor Curta em Live-action

Feeling Through

The Letter Room

The Present

Dois Estranhos  - Vencedor

White Eye


Melhor Curta em Documentário

Collete  - Vencedor

A Concerto is a Conversation

Do Not Split

Hunger Ward

A Love Song for Latasha


Melhor Som

Greyound

Mank

Relatos do Mundo

Soul

O Som do Silêncio  - Vencedor


Melhor Maquiagem

Emma

Era uma Vez um Sonho

A Voz Suprema do Blues  - Vencedor

Mank

Pinóquio


Melhores Efeitos Visuais

Amor e Monstros

O Céu da Meia-Noite

Mulan

O Grande Ivan

Tenet  - Vencedor


Melhor Design de Produção

Meu Pai

A Voz Suprema do Blues

Mank  - Vencedor

Relatos do Mundo

Tenet

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domingo, 25 de abril de 2021

Cine Especial: Oscar 2021: 'Nomadland' e 'Bela Vingança'

Enfim, estamos na reta final para o Oscar 2021 e deixo aqui a minha última postagem especial sobre os favoritos "Nomadland" e "Bela Vingança". 

'Nomadland' 

Sinopse: Após o colapso econômico de uma cidade na zona rural de Nevada, nos Estados Unidos, Fern, uma mulher de 60 anos, entra em sua van e parte para a estrada, vivendo uma vida fora da sociedade convencional como uma nômade moderna. 

Nos próximos anos especialistas farão uma análise mais profunda sobre os tempos de hoje em que vivemos e dos quais o cinema nos revelou como um todo.  Se por um lado "Parasita" (2019) fala sobre os problemas que o mundo capitalista faz com que tudo transborde, do outro, "Coringa" (2019) fala sobre o indício comum abandonado por esse mesmo sistema e que não excita mais em estourar a bolha. "Nomadland" vem para complementar ainda mais esse quadro, do qual retrata um lado dos EUA sem nenhuma glória e que se sustenta somente com a força de vontade que lhe resta.

Dirigido pelo cineasta Chloé Zhao, o filme se passa logo após o colapso econômico de uma cidade na zona rural de Nevada, nos Estados Unidos.  Fern (Frances McDormand), uma mulher de 60 anos, entra em sua van e parte para a estrada, vivendo uma vida fora da sociedade convencional como uma nômade moderna. Durante o percurso, trabalha em diversos empregos, além de conhecer pessoas comuns e com o mesmo destino.

A crise econômica de 2008 serviu como pano de fundo para a realização de diversos filmes que revelaram um olhar mais sujo e sofrido do povo americano, pois basta pegar o filme "Inverno da Alma" (2010) como um bom exemplo. Porém, "Nomadland" se encaixa mais com os dois filmes citados acima, ao retratar uma protagonista presa as regras capitalistas, mas obtendo a chance de sair dessa bolha e dando de encontro com uma realidade até então desconhecida. Com a sua Van, Fern dá de encontro com pessoas iguais a ela e das quais cada história são maiores do que a vida.

Ao procurar nos passar maior realismo possível, a cineasta Chloé Zhao procurou pessoas reais para que as mesmas atuassem e revelassem as suas vidas reais de Nômades na frente da tela. O resultado é uma bela transição entre ficção e realidade, onde Frances McDormand para por uns instantes de atuar para então ouvir as palavras dessas pessoas sofridas, mas que não se abalam nem mesmo quando o estado lhe dá as costas. Pessoas que foram engolidas pelas consequências do capitalismo desenfreado, mas que se viram livres ao sair dessa realidade cheia de regras e que sempre cobram um alto preço.

Como não poderia deixar de ser, Frances McDormand dá novamente um show de interpretação, ao colocar para fora as suas raízes humildes de sua vida pessoal e revelando uma faceta de sua pessoa até então inédita nas telas. Sua personagem nunca se dá por vencida, ao escolher continuar trabalhando em empregos sem nenhum futuro, mas cujo os mesmos a fazem esquecer um pouco do seu passado dolorido. Passado, aliás que se encontra nos mais pequenos detalhes dentro de sua Van, desde a pratos raros, como também fotos preciosas e que valem muito para ela.

Na reta final, a protagonista tem a chance de se encaixar novamente no mundo em que ela havia deixado para atrás. Porém, as cicatrizes vindas do passado falam mais alto e constatamos que, mesmo com um sistema cada vez mais no controlando, há ainda lugares intocáveis e dos quais vale a pena testemunharmos e senti-los. Talvez seja a hora de começarmos a enxergarmos o que há além dos muros desse sistema doentio.

"Nomadland" é um filme universal sobre o nosso tempo atual, onde a sociedade não tem mais para onde se esconder desse sistema capitalista, a não ser estourar a bolha e colocar o pé na estrada. 


Nota: Em Cartaz nos cinemas. 

'Bela Vignça’  

Sinopse: Cassie (Carey Mulligan) é uma jovem que sempre sonhou em ser médica. No entanto, um acontecimento traumático fez ela largar a faculdade e voltar para a casa dos pais. Agora perto dos 30 anos, ela decide se vingar dos predadores sexuais que se aproveitam das mulheres bêbadas. 

Quando os escândalos de abuso sexual cometidos por Harvey Weinstein explodiram e caíram no colo da grande imprensa, vários outros escândalos foram noticiados, pois as vítimas perceberam que, enfim, poderiam sair do armário e sem medo. A cultura do estupro é algo que, infelizmente, se encontra ainda muito incrustado na nossa sociedade, pois a maioria dos homens que cometem jamais irão admitir tais atos, ao ponto de usar todos os meios para persuadir a justiça a qualquer custo. Neste caso, "Bela Vingança" (2020) vem para nos dizer que a situação transbordou, não há mais volta e que as mulheres não podem mais recuar perante tais violências físicas e psicológicas.
Dirigido por Emerald Fennell, o filme conta a história de Cassie (Carey Mulligan), uma mulher com muitos traumas do passado que frequenta bares todas as noites e finge estar bêbada. Quando homens mal intencionados se aproximam dela com a desculpa de que vão ajudá-la, Cassie entra em ação e se vinga dos predadores que tiveram o azar de conhecê-la e o mau caráter de tentar abusá-la. Aos poucos é revelado os motivos de suas ações ao longo do percurso.
Diferente do que se imagina, principalmente se levar muito em consideração o título, o filme não se enverada para os típicos filmes de vingança, onde há muita violência e sangue, mas sim tudo de uma forma mais sugestiva e deixando a nossa imaginação trabalhar após cada importante cena apresentada. Embalado com uma sedutora trilha sonora, da qual é moldada com vários sucessos, Emerald Fennerll procura ser bastante perfeccionista, pois se percebe que cada cena filmada foi criada de uma forma muito bem pensada e para assim ficarmos prestando atenção em cada ação de sua protagonista, desde aos gestos com as mãos, como também pelo seu olhar que tem muito a dizer. O prólogo, por exemplo, é um belo exemplo do que veremos no decorrer do filme e fazendo da obra algo bem diferente do que estamos acostumados em assistir dentro do gênero.
Mais do que uma obra com um teor de humor sombrio, o filme também é uma crítica ácida contra uma sociedade machista, onde filhinhos de papai ricos acham que podem fazer o que bem entenderem, quando na verdade não passam de homens fracos perante ao momento que terão que sofrer as consequências dos seus atos monstruosos. Além disso, o filme destrincha como certas bases importantes da sociedade tentam acobertar esses atos, sendo que acabam se tornando tão culpados quanto os que praticam o ato e provocando assim uma bola de neve que vai aumentando conforme o tempo vai passando. As justificativas são quase sempre as mesmas e fazendo a gente ter menos pena das partes que se acharam um dia intocáveis.
Carey Mulligan, vista em filmes como "As Sufragistas" (2015) obtém aqui o melhor papel de sua carreira, onde interpreta uma Cassie marcada pelos horrores do passado e não conseguindo seguir em frente na vida como um todo. Reparem que a fotografia, assim como determinadas cores de certos objetos vistos na tela, sintetizam elementos inocentes que ela ainda mantém em seu dia a dia, mesmo tendo consciência da real realidade nua e crua em sua volta. E quando se achava que ela se encaminhava para a chance de obter  a sua redenção, eis que situações a fazem se dar conta que o único jeito de obter justiça é do seu jeito, pois o estado acaba se tornando ineficaz para praticar tal ato.
Chegando neste ponto, adentramos em um ato final muito bem dirigido, onde Emerald Fennell não tem medo de nos colocar frente a frente a uma situação inusitada e criando um plano sequência que faz a gente se afundar na cadeira. Os minutos finais a gente pode até adivinhar o que acontece, mas não prejudica o resultado final, mas sim somente fortifica a ideia de que algo precisa ser feito em nosso mundo real. O abuso e a violência precisam acabar, ou então terá várias Cassies que irão aparecer por aí.
"Bela Vingança" e uma síntese de nossa época atual, onde as mulheres não podem somente esperar por justiça, mas sim agir contra os lobos fantasiados de cordeiros.  

Nota: O filme tem previsão de estrear nos cinemas brasileiros em Maio. 

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