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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 30 de julho de 2021

Cine Dica: Em cartaz: 'Um Lugar Silencioso - Parte II'

Sinopse: A família Abbott precisa enfrentar os terrores do mundo exterior enquanto luta pela sobrevivência em silêncio. Forçados a se aventurar no desconhecido, eles percebem que as criaturas que caçam pelo som não são as únicas ameaças no caminho da areia. 

"Um Lugar Silencioso" (2018) foi sem sombra de dúvida uma grande surpresa para os aficionados por filmes de terror. Ao testemunharmos personagens principais em não fazerem barulho para não atraírem os monstros em cena se cria um verdadeiro jogo de gato e rato e a construção de momentos de pura tensão e medo. Pois bem, "Um Lugar Silencioso - Parte II" (2021) não é superior ao filme original, mas dá continuidade a trama de forma coerente e mantendo o ritmo tenso do qual nos havia conquistado.

Dirigido novamente John Krasinski, o longa se passa logo após os acontecimentos do filme anterior, onde família Abbott (Emily Blunt, Millicent Simmonds e Noah Jupe) precisa agora encarar o terror mundo afora, continuando a lutar para sobreviver em silêncio. Obrigados a se aventurar pelo desconhecido, eles rapidamente percebem que as criaturas que caçam pelo som não são as únicas ameaças que os observam pelo caminho de areia.

É curioso que o prólogo desse segundo filme dá uma chance para aqueles que não haviam assistido ao primeiro, já que ele mostra exatamente como as criaturas chegaram a terra e o começo do pesadelo para os nossos protagonistas. Em um determinado momento, por exemplo, há um plano-sequência espetacular, onde vemos as criaturas chegarem sem que os protagonistas principais percebam e fazendo com que fiquemos a frente deles por alguns instantes sobre os fatos. Uma abertura digna de nota e que merece sempre ser revisitada.

Voltando ao presente, vemos a família tentando sobreviver com o que tem e com a herança que o pai havia deixado e que pode ajudar no combate contra os monstros. Na ausência do ator e também diretor John Krasinski, entra em cena o personagem Emmett, interpretado por um quase irreconhecível Cillian Murphy e que cumpre com dignidade o espaço vazio que o protagonista havia deixado no filme anterior. Embora seja um personagem interessante o protagonismo ainda pertence a personagem Regan.

Interpretada pela jovem atriz Millicent Simmonds, que é realmente surda na vida real, Regan é força matriz contra os monstros que atacam através do som e sendo ela, talvez, a única esperança para a família sobreviver perante esse pesadelo. É por ela, por exemplo, que testemunhamos os principais momentos de pura tensão da trama, mas que ao mesmo tempo é intercalado por situações quando a família está dividida e fazendo a gente testemunhar dois acontecimentos tensos no mesmo momento. Embora isso pareça um tanto que forçado, não deixa de ser angustiante esses momentos, pois nunca sabemos ao certo se algum irá ou não sobreviver ao longo do percurso.

Curiosamente, o filme não tem a pretensão de dar uma solução definitiva com relação as criaturas, sendo que podemos interpretar a continuação como uma releitura em potência máxima sobre o que já havia sido visto anteriormente. Se por um lado isso soa frustrante para aqueles que desejavam uma solução definitiva para a jornada dos protagonistas, do outro, é notório que o sucesso do primeiro filme tenha elevado os ânimos dos realizadores em querer, no mínimo, que a trama se encerre em uma possível trilogia.

Polêmicas à parte, Um Lugar Silencioso - Parte II" é uma prova que continuações não precisam ser necessariamente obrigadas a superarem o filme original, desde que se mantenha o que já havia funcionado no passado e mantendo assim atenção do cinéfilo. 


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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (29/07/21)

 Tempo 

Sinopse: O visionário cineasta M. Night Shyamalan revela um novo thriller misterioso e arrepiante sobre uma família em um feriado tropical que descobre que a praia isolada onde eles estão relaxando por algumas horas está de alguma forma os fazendo envelhecer rapidamente... reduzindo suas vidas inteiras em um único dia.


Jungle Cruise

Sinopse: Jungle Cruise gira ao redor do malandro e brincalhão Frank Wolff (Dwayne Johnson), capitão do barco La Guilla. Ele é contratado pela Dra. Lily Houghton (Emily Blunt) e seu irmão McGregor (Jack Whitehall) para levá-los em uma missão pelas densas florestas amazônicas com a intenção de encontrar uma misteriosa árvore com poderes de cura que poderá mudar para sempre o futuro da medicina. No caminho, eles viverão inúmeros perigos, enfrentando animais selvagens e até mesmo forças sobrenaturais.


NOTA: Confira também as estreias e programação completa da Cinemateca Capitólio clicando aqui. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 29 DE JULHO A 4 DE AGOSTO DE 2021 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

Todos os Mortos


SALA 1 / PAULO AMORIM


15h30 – UM DIVÃ NA TUNÍSIA

(Un Divan à Tunis - França/Tunísia, 2020, 90min. Direção de Manele Labidi, com Golshifteh Farahani, Majd Mastoura, Aïcha Ben Miled. Imovision, 12 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Depois de muitos anos vivendo e estudando na França, a psicanalista Selma resolve abrir uma clínica em Túnis, capital da Tunísia, onde nasceu. Ela se depara com um país moderno, tomado de contrastes e conflitos culturais latentes, e tudo isso se reflete em seus novos pacientes. Assista o trailer aqui.


17h30 – DOCE ENTARDECER NA TOSCANA

(Dolce Fine Giornata - Itália/Polônia, 2019, 95min). Direção de Jacek Borcuch, com Krystyna Janda, Kasia Smutniak, Vincent Riotta. Arteplex Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Marie Linde é uma poeta de origem polonesa, que vive na região italiana da Toscana e é festejada por ter sido reconhecida com o Prêmio Nobel de Literatura. Progressista e independente, ela não aceita o sentimento de xenofobia que toma conta do lugarejo onde mora depois de um ataque terrorista à Roma – e isso pode trazer consequências difíceis para sua família. Krystyna Janda ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Sundance. Assista o trailer aqui.

SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h30 – TODOS OS MORTOS *ESTREIA*

(Brasil, 2020, 120min). Direção de Caetano Gotardo e Marco Dutra, com Mawusi Tulani, Clarissa Kiste, Carolina Bianchi, Alaíde Costa e Thomás Aquino. Vitrine Filmes, 14 anos.  Drama fantástico.

Sinopse: Na São Paulo do finalzinho do século XIX, os resquícios da escravidão ainda são recentes. As irmãs Soares, da aristocracia paulista, acabam de perder sua última criada e não conseguem se adaptar a uma sociedade sem terras e sem escravos. Ao mesmo tempo, a família Nascimento, que trabalhava como escrava na fazenda dos Soares, agora se depara com uma sociedade na qual não há espaço para os negros recém-libertos. Mesmo com as diferenças sociais, todos lutam para sobreviver neste mundo moderno. Prêmios de melhor ator e atriz coadjuvante (para Thomás Aquino e Alaíde Costa) no Festival de Gramado 2020. 


17h – MÚSICA PARA QUANDO AS LUZES SE APAGAM

(Brasil, 2019, 70min). Direção de Ismael Caneppele, com Emelyn Fischer e Júlia Lemmertz. Arthouse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Primeiro título do gaúcho Ismael Caneppele como diretor, o filme mistura ficção e documentário para mostrar a trajetória de Emelyn, uma jovem trans. A história se passa em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, onde uma autora começa a seguir os passos da jovem insatisfeita com seu corpo. Assim, ela inicia o processo para se tornar Bernardo e vive várias inquietações pessoais e também com os pais e amigos. O filme é adaptado do livro de mesmo nome, que o diretor lançou em 2007. Assista o trailer aqui.


18h30 – RODANTES *ESTREIA*

(Brasil, 2019, 100min). Direção de Leandro Lara, com Caroline Abras, Félix Smith, Jonathan Well, Murilo Grossi. Zeta Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Um Brasil desconhecido se apresenta neste projeto, que marca a estreia do diretor Leandro Lara na direção de longas-metragens. Durante seis meses, ele viajou por Rondônia, na região amazônica, para contar as histórias de três personagens que tentam seguir seus caminhos em um cenário hostil. Tatiane é uma jovem mulher que foge para esquecer um passado traumático, enquanto Odair precisa deixar a casa dos pais para protagonizar suas próprias descobertas; já Henry é um imigrante haitiano que enfrenta várias dificuldades para sobreviver em meio à miséria brasileira. Assista o trailer aqui.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala. A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Ana. Sem Título'

Sinopse: Misto de documentário e ficção, o filme acompanha Stela, uma jovem atriz brasileira, que decide fazer um trabalho sobre as cartas trocadas entre artistas plásticas latino-americanas nos anos 1970 e 1980. 



Em tempos em que a extrema direita pelo mundo, principalmente na América Latina, tenta governar usando diversos fake news para até mesmo acobertar passados tenebrosos da opressão, por outro lado, o cinema foi peça fundamental para que a verdade sobre os fatos jamais seja esquecida. O documentário "Santiago, Itália" (2018), por exemplo, mostra o horror do golpe no Chile, onde os militares mataram o até então Presidente Salvador Allende, além de diversas pessoas terem sido presas, torturadas e mortas em um estádio de futebol. "Ana, Sem Título" (2021), por sua vez, procura não somente revisitar esses cenários, como também diversos pontos da América latina que sofreram com golpes militares e procurando reaver pistas de pessoas que viveram e morreram naqueles tempos.

Dirigido por Lucia Murat, do filme "Praça em Paris" (2016), o documentário é livremente inspirado na peça “Há mais futuro que passado”, onde conta a história de Stela (Stella Rabello), uma jovem atriz brasileira, que decide fazer um trabalho sobre as cartas trocadas entre artistas plásticas latino-americanas nos anos 70 e 80. Viaja para Cuba, México, Argentina e Chile à procura de seus trabalhos e de depoimentos sobre a realidade que elas viveram durante as ditaduras que a maior parte desses países enfrentaram na época.  Em meio à investigação, Stela descobre a existência de Ana, uma jovem brasileira que fez parte desse mundo, mas desapareceu. Em 1968, Ana foi do sul do Brasil, de uma pequena cidade do interior, para a efervescente Buenos Aires, que vivia um momento de mudança nas artes plásticas e no comportamento. Obcecada pela personagem, Stela resolve encontrá-la e descobrir o que aconteceu com ela.

Assim como diversas obras brasileiras recentes como, por exemplo, "Branco Sai, Preto Fica" (2014), a obra de Lucia Murat transita entre a ficção e a realidade, sendo que chegamos ao ponto que acreditamos realmente que Ana existe, pois todos os lugares e fatos que a protagonista testemunha realmente aconteceram, seja como uma possível artista chamada Ana, ou com qualquer outra pessoa que pensava diferente com relação a realidade em que vivia em sua volta. A procura por Ana é uma bela desculpa para Stela se aventurar nos principais cenários que serviram de palco em tempos, tanto revolucionários, como também aqueles que sofreram fortes golpes militares entre os anos sessenta e setenta. Se por um lado vemos uma Cuba sobrevivendo entre a cultura, socialismo, além de servir de exemplo positivo com relação ao seu regime Comunista, do outro, vemos países como Argentina, México e Chile que hoje vivem através da democracia, mas que não escondem cicatrizes que ainda carregam de tempos ditatoriais e que procuram não se esquecer. 

Em cada lugar que Stela passa ela vai conhecendo pessoas, das quais sofreram perseguições ferrenhas dos governos daqueles tempos, que lutaram para manter e viver com as suas ideias culturais e sociais intactas. Além disso, o documentário faz questão de se aventurar em museus que servem de memorial para as pessoas que morreram ou ainda se encontram desaparecidas até hoje. Cada foto vista na tela é uma história a ser contada, das quais a maioria se assemelha uma com a outra.

No ato final, talvez o mais emblemático, testemunhamos o cenário do estádio de futebol onde serviu de prisão e tortura para milhares de pessoas após o golpe no Chile e cuja as marcas daquele período ainda se encontram nas paredes até hoje. Dentre essas diversas pessoas uma poderia ser Ana, mas cuja a mesma poderia ter sido calada unicamente por ser negra, politizada, socialista e que não se enquadrava na realidade daqueles que davam ordens ou matava. O ponto final da vida de Ana, enfim, se encontra em uma cidade comum do RS, mas se tornando uma representação de diversas vidas que queriam ser lembradas, mas cuja as adversidades políticas frearam as suas vidas precocemente.

"Ana, Sem Título" não é sobre uma personagem, mas sobre diversas vozes reais que não serão caladas, mesmo quando houver opressores que acham que terminaram o trabalho contra elas. 



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terça-feira, 27 de julho de 2021

Cine Especial: 'O Violinista que Veio do Mar' (2004)

Sinopse: Após uma tempestade, um misterioso rapaz polonês aparece na praia em frente à casa de duas irmãs solteironas. Elas cuidam de seu tornozelo quebrado e descobrem que se trata de um ótimo violinista. Inevitavelmente se apaixonam e começam a disputá-lo. 

São tanto longas metragens que são lançados anos após anos que alguns passam desapercebidos aos nossos olhos. Em alguns casos, por exemplo, se percebe que tal filme não recebeu a sua merecida atenção, talvez por má divulgação ou simplesmente por ter estreado em época errada. "O Violinista que Veio do Mar" (2004) é um desses casos sobre filmes que passa distante dos nossos olhos, mas que vale uma conferida através da curiosidade e que logo nos conquistar facilmente.  

Dirigido pelo veterano ator Charles Dance, o filme é baseado no conto do consagrado escritor William Locke, onde a trama se passa em 1936. As idosas, irmãs Janet (Maggie Smith) e Ursula (Judi Dench), vivem em uma velha casa na pequena vila em Cornwall, no sudoeste da Inglaterra. Após uma tempestade violenta perto da praia, elas encontram um jovem ferido chamado Andrea (Daniel Brühl) – provavelmente sobrevivente de um naufrágio - levam-no para sua casa e cuidam para que se recupere. Descobrem que ele não fala nenhuma palavra em inglês, mas é um talentoso violinista polonês que queria emigrar para os Estados Unidos. As duas irmãs se enamoram dele, o que conduz a uma rivalidade de quase possessiva tutela. Ele lembra Janet do amor que ela perdeu, quando o marido foi morto na I Guerra Mundial, e desperta em Ursula sentimentos românticos que ela nunca tinha sentido.  

A relação, seja ela de amizade ou amorosa, de pessoas com idades diferentes não é novidade dentro da história do cinema, sendo que muitos casos isso é sempre retratado de forma delicada, pois nem todos enxergam esse quadro com bons olhos. No caso desse filme, logo se percebe que o jovem desperta algo em ambas as irmãs, principalmente em Ursula, cuja as lembranças douradas de um passado distante vem à tona, mas cuja as adversidades do mundo real lhe tiraram tudo e somente restante a companhia de sua irmã. Com a presença de Andrea se abre uma nova janela para as suas vidas, assim como também para os demais do vilarejo que começam a ter bastante curiosidade com o novo visitante.  

Tecnicamente o filme é suave em sua fotografia, mas ao mesmo tempo possuindo uma ótima edição de arte e reconstituindo uma época em que o mundo não sabia ao certo por onde ir, principalmente após o encerramento de uma guerra e o começo de uma outra. Embora aja uma desconfiança sobre a real origem do rapaz, os conflitos entre países e posições políticas ficam em segundo plano, já que arte da música ganha um maior espaço. Falando nela, para os amantes violinistas o filme é um prato cheio, principalmente para aqueles que ainda admiram uma música clássica em todos os sentidos.  

Em termos de atuação é preciso tirar o chapéu para as duas veteranas em cena. Tanto Judi Dench como Maggie Smith estão ótimas em seus respectivos papeis, sendo que a primeira consegue passar em seu olhar os desejos nunca antes conquistados e vendo em Andrea a chance de, enfim, conseguir senti-los mesmo que parcialmente. Embora seja um ótimo interprete, Daniel Brühl economiza na atuação para a construção de seu Andrea, muito embora os seus momentos em que ele toca o violino impressiona em diversas formas. O ato final pode até ser previsível para alguns, mas não deixa de ser emocionante ao vermos os principais personagens da trama alcançando um cenário incomum fora do seu cotidiano e aproveitando, enfim, um momento único em que somente a arte da música pode proporcionar.  

"O Violinista que Veio do Mar" é uma pequena joia a ser descoberta, ao nos revelar o nascimento do amor de diversas formas e cuja a arte da música se torna o coração pulsante da obra.  

Onde Assistir: Youtube 

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segunda-feira, 26 de julho de 2021

Cine Dica: Desconstruindo Woody Allen

UM HOMEM DAS LETRAS, DO JAZZ,

DO HUMOR REFINADO E SARCÁSTICO

Apresentação 

Woody Allen começou a trabalhar como redator de comédia e humor na década de 50, inicialmente para a televisão e o teatro. Na virada da década venceu sua reconhecida timidez e encarou o palco atuando em antológicas apresentações solo de comédia stand up. Logo foi reconhecido por seu talento peculiar que unia humor, crítica e ironia em piadas impagáveis. Em rápido destaque na indústria do entretenimento, Allen logo foi convidado para escrever também para o cinema. Iniciou então uma carreira de roteirista, cujo primeiro trabalho foi o longa-metragem O Que é Que Há, Gatinha? de 1965. Já no ano seguinte estreia como diretor com a comédia What's Up, Tiger Lily?, que no Brasil recebeu o título de O Que Há, Tigresa?. A partir destas duas experiências Woody Allen passa a se dedicar quase que exclusivamente para o cinema.

Desde então foram mais de 50 longas-metragens como diretor, roteirista e ator. Em 1977 recebe a consagração da Academia ao receber quatro prêmios Oscar (Filme, Roteiro, Direção e Atriz) pela comédia Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall). Woody Allen já foi indicado mais de 20 vezes para a maior premiação do cinema norte-americano. Destas indicações, 16 delas foram para o Oscar de Melhor Roteiro, um recorde na categoria. No entanto, apesar de toda esta atenção da Academia para seu trabalho, Woody Allen mantém uma distância regulamentar de Hollywood. Ao invés de comparecer à cerimônias de entrega do Oscar, Allen prefere ir tocar clarinete com seu grupo de Jazz no Bar Carlyle de Nova Iorque.

Objetivos

O Curso online Desconstruindo Woody Allen, ministrado por Josmar Reyes, vai explorar a filmografia do realizador a partir de um olhar analítico sobre sua obra. O curso ressaltará os aspectos narrativos, estéticos e técnicos, bem como as particularidades da carreira do diretor e suas influências artísticas. Serão abordados também os temas recorrentes em seus filmes, assim como curiosidades relativas à produção de seus filmes.


Ministrante: Josmar Reyes

Doutor em Ciências da Comunicação e da Informação, Novas Tecnologias e Artes do Espetáculo (Université de Paris III - Sorbonne Nouvelle). Professor do Curso de Realização Audiovisual (Unisinos). Licenciado em Letras / Português - Francês (UFRGS), Mestre em Estudos Francófonos (UFRGS) e Pós-doutorando em Cinema Coreano. Já ministrou os cursos “Todas as Cores de Pedro Almodóvar” e “Nouvelle Vague do Cinema Coreano” pela Cine UM.


Curso online

DESCONSTRUINDO WOODY ALLEN

de Josmar Reyes

Datas: 07 e 08 / Agosto (sábado e domingo)

Horário: 


Aula 1 - 14h às 16h30

Aula 2 - 15h às 17h30


Duração: 2 encontros online 

(carga horária total: 5 horas / aula) 

Material: Certificado de participação + Apostila 

Investimento 

R$ 90,00 (parcelado em até 12x)


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Valor Especial para as primeiras 10 inscrições

com 20% de desconto: R$ 70,00 

Informações

cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714 

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http://cinemacineum.blogspot.com/


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Ainda dá tempo para se inscrever

Curso online A ARQUITETURA DO CINEMA

de Paulo Leônidas

* Dias 24 e 25 / Julho (sábado e domingo)

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https://cinemacineum.blogspot.com/2021/07/arquitetura-do-cinema.html


quinta-feira, 22 de julho de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Loki'

Sinopse: Após roubar o roubar o tesserato dos Vingadores, Loki se vê em uma aventura de viagens no tempo, realidade alternativas e que pode provocar a extinção da linha natural da história.    

Uma coisa que se deve reconhecer é que muitos dos personagens da editora Marvel que foram levados para as telas acabaram sendo muito melhor aproveitados do que nas HQ. Homem de Ferro, por exemplo, ganhou uma personalidade contagiante e que se difere muito de sua contraparte e isso, logicamente, se deve muito a Robert Downey Jr. Se isso ocorreu com o vingador dourado o mesmo aconteceu com Loki.

Vilão megalomaníaco das HQ, Loki sempre foi o principal rival de Thor, mas até onde eu me lembro ele nunca ganhou uma trama que melhor aprofundasse a sua pessoa. Porém, para o cinema, o personagem ganhou novas camadas de conteúdo e isso graças à atuação de Tom Hiddleston e fazendo de Loki um dos personagens mais queridos pelo público. Por conta disso, eis que o personagem ganha a sua própria série intitulada "Loki" (2021) e que nos brinda com diversas possibilidades futuras para o universo do MCU.

A série é um spin-off que segue os passos de Loki (Tom Hiddleston), mais conhecido como Deus da Trapaça, que conseguiu roubar o tesserato dos Vingadores durante a missão de recuperar as Joias do Infinito em "Vingadores - Ultimato" (2019). Com o poder da gema do espaço, o Asgardiano começa a pular no tempo com a intenção de chegar a Midgard. Ao longo de sua jornada, ele acaba interferindo em momentos importantes da história da humanidade – seja para cumprir seus próprios objetivos, seja para se divertir um pouco. O que ele não sabe é que sua intervenção pode gerar uma catástrofe nas linhas do tempo e, assim, colocar em risco todo o universo.

Sendo morto tragicamente pelas mãos de Thanos em "Vingadores -Guerra Infinita" (2018), Loki ganhou uma nova chance no filme seguinte, mas em uma realidade alternativa e desencadeando uma nova linha temporal capaz de influenciar as outras. O charme da série está no fato de não seguir regras, já que o novo cenário em que Loki se encontra, um local em que um grupo de agentes cuida da linha do tempo do universo, acaba se tornando um material farto de inúmeras ideias a serem aproveitadas. Por conta disso, há diversos Lokis que vão surgindo na história, com direito até mesmo uma versão feminina e interpretada com intensidade pela atriz Sophia Di Martino.

Tecnicamente a série é um colírio para os olhos e que o cinéfilo precisa ficar bastante atento, pois visualmente a produção presta homenagem a diversos clássicos da ficção, tanto "Brazil - O Filme" (1985) como o cultuado "Blade Runner" (1982). Curiosamente, a história dá espaço a bastante diálogos, ao ponto de até mesmo esquecermos que estamos diante de uma produção da Marvel e isso é muito bem representado pelo agente Mobius e que é interpretado pelo ator Owen Wison.

Alias, é preciso reconhecer que Owen Wison rouba a série para si em alguns momentos e até mesmo ofuscando atuação de Tom Hiddleston. Astro de filmes como "Marley e Eu" (2008), o ator foi construindo uma carreira sólida em filmes autorais orquestrados, tanto pelo cineasta Woody Allen, como também pelo cineasta Wes Anderson. Aqui, ele está mais do que a vontade como um agente tagarela, que levanta inúmeras teorias sobre Loki e criando uma dualidade entre esse último de uma forma contagiante.

Os últimos capítulos acabam se tornando cruciais, principalmente pelo fato de a história manter inúmeras pontas soltas que que serão, ou não, respondidas em uma segunda temporada ou nos filmes seguintes do estúdio. Embora curta, a série diverte, surpreende e provando que o estúdio não está se limitando a somente a sua fórmula de sucesso da qual a fez chegar até aqui. "Loki" é mais um passo à frente em que estúdio Marvel dá em termos de criatividade e lançando diversas novas possibilidades futuramente. 

Onde Assistir: Disney+ 

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