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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Cine Especial: Projeto Abraccine: Quarto Camarim



Sinopse: O filme, por meio de uma abordagem documental, mostra o reencontro, depois de vinte e sete anos, entre uma sobrinha, que é a própria diretora, e a sua tia, com quem não manteve nenhum contato desde a sua infância. Sua tia se chama Luma, é travesti, trabalha como cabeleireira e vive em São Paulo.

O documentário brasileiro vem ganhando força cada vez maior nos últimos anos seja por questões sociais ou políticas. Ao mesmo tempo, a transição entre ficção e realidade de determinados projetos acabam se tornando mero detalhe, pois alguns títulos como, por exemplo, Castanha e Branco Sai Preto Fica, obtém o feito de ter a nossa atenção a cada minuto de projeção. Mais do que uma obra que levanta questões sobre a temática LGBT, Quarto Camarim fala um pouco sobre o nosso Brasil atual, onde se encontra cada vez mais sugado por um conservadorismo irracional, mas não conseguindo esconder a diversidade que a tradicional família brasileira tem e que eles tentam esconder.
Dirigido pela dupla de cineastas baianos Fabrício Ramos e Camele Queiroz (“Cruzes e Credos”; “Muros”), acompanhamos a cruzada dessa última na tentativa de reencontrar a sua tia Luma que, aos seis anos, ela havia conhecido como tio Roniel. Decidida a reencontrá-la, Camele decide fazer um documentário a partir sobre o que conhece e querendo entrevistar Luma. No principio Luma se recusa, porém, ela muda de ideia e Camele parte para um projeto pessoal, familiar e que logo vai mudando conforme o tempo vai passando.
Totalmente fora do convencional, Camele não tem um roteiro pronto, mas somente a ideia de se reencontrar com a sua tia que vai então crescendo. Portanto, não há aqui nenhuma encenação, ou tão pouco um preparo para determinadas cenas, mas sim tudo é utilizado com que está em mãos, assim como ação e reação da cineasta e sua tia que surge posteriormente ao longo da projeção. Além disso, a obra nos pega desprevenidos quando a tela fica preta, onde somente ouvimos a conversa pelo telefone entre tia e sobrinha e tendo somente na tela letreiros sobre como a última se encontrava quando estava conversando com ela.
O segundo e terceiro ato da obra explora o reencontro dessas duas figuras distintas, mas que possuem uma ligação forte, não somente pelo sangue, mas por terem personalidades fortes. Curiosamente, Fabrício Ramos e Camele Queiroz fazem questão da câmera se destacar em duas formas, tanto quando ela se encontra em movimento, como também em cenas paradas em que somente foca a tia e sobrinha e tornando o cenário ao redor como algo simbólico, como se cada peça do lar de Luma fizessem parte de sua própria história. Gradualmente, se tem uma desconstrução entre ambas, onde se é revelado suas dores, paixões, desejos e anseios com relação ao futuro e sobre reencontros de pessoas as quais Luma, por exemplo, não as vê já faz um bom tempo.
Mesmo com todas as suas limitações, o documentário é hábil em falar sobre o próprio Brasil atual, mesmo somente com apenas duas pessoas em cenas. Ambas demonstram possuir a cada momento um enorme talento, mas que poderiam ir ainda muito mais longe se, por exemplo, não houvesse tamanha burocracia, preconceito, mas sim um maior investimento cultural e melhor reconhecimento para pequenos grandes talentos. Facilmente é um filme do qual nos identificamos, graças a sua humanidade que molda a obra e pela sinceridade de ambas as protagonistas em cena. 
Quarto Camarim é sobre a pequena história de um reencontro, mas tendo um enorme significado, além de ser uma representação de grandes talentos de nosso país escondidos e muito mais próximos de nós do que imaginamos.

Nota: Mais informações sobre o filme e Abraccine clique aqui.

Cine Dicas: Estreias do final de semana (05/04/18)



Um lugar silencioso
Sinopse: Em uma fazenda nos Estados Unidos, uma família do Meio-Oeste é perseguida por uma entidade fantasmagórica assustadora. Para se protegerem, eles devem permanecer em silêncio absoluto, a qualquer custo, pois o perigo é ativado pela percepção do som.
  
1945
 
Sinopse: Em agosto de 1945, uma pequena aldeia húngara se prepara para o casamento do filho de um importante secretário da cidade. Mas um acontecimento estranho os apavora repentinamente: um grupo de judeus ortodoxos chegou na estação ferroviária da cidade portando caixas misteriosas. O medo deles é que tudo aquilo faça parte de algum plano de vingança, pelos atos cometidos na Segunda Guerra Mundial.

Com Amor, Simon

Sinopse: Aos 17 anos, Simon Spier aparenta levar uma vida comum, mas sofre por esconder um grande segredo: não revelou ser gay para sua família e amigos. E tudo fica mais complicado quando ele se apaixona por um dos colegas de classe, anônimo, na internet.

Covil de ladrões
 
Sinopse: Em Los Angeles, uma saga de crimes coloca em intersecção a vida de dois grupos: a unidade de elite do departamento de polícia local e a equipe de assaltantes de banco mais bem sucedida do estado, formada por ex-militares que usam suas habilidades e experiências para infringir as leis. Os criminosos planejam um roubo que aparentemente é impossível, em um banco localizado no centro da cidade.

Ella e John

Sinopse: Usando o antigo furgão da família, John e Ella Spencer fazem sua última viagem. De Boston, eles planejam cruzar os EUA até a famosa casa de Ernest Hemingway, nas Florida Keys, isso tudo antes que o Alzheimer dele e o câncer dela os atinjam de vez.

 Homem das cavernas
 
Sinopse: Nos tempos em que os dinossauros e mamutes ainda percorriam a face da terra, um corajoso homem das cavernas une sua tribo contra um inimigo poderoso da Idade do Bronze para tentar vencê-lo em uma grande batalha.


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Cine Dica: Grande vencedor do Festival de Brasília de 2017, “Arábia”’ estreia no CineBancários dia 5 de abril




A vida comum de um trabalhador, com frustrações, sofrimento e felicidade, revela uma realidade obscura do desenvolvimento social e econômico no Brasil dos últimos dez anos. Com estreia em 5 de abril no CineBancários, com sessões às 15:00 e 19:00, “ARÁBIA”, de Affonso Uchôa e João Dumans, narra esta história através da trajetória de Cristiano (Aristides de Sousa), um operário de uma velha fábrica de alumínio, que sofre um acidente no trabalho e desperta a curiosidade de André (Murilo Caliari), um jovem morador do bairro vizinho.
André é quem ajuda a tia enfermeira Marcia a prestar os primeiros socorros a Cristiano. E, atendendo a um pedido da tia, ele vai à casa do trabalho para pegar roupas e documentos. Lá, encontra um misterioso caderno e não resiste à curiosidade de lê-lo. “Desde o começo queríamos dizer algo sobre a nossa própria realidade, sobre as vidas e histórias dos jovens e dos trabalhadores do nosso país. Mas queríamos contar essas histórias de uma maneira mais literária, como numa narrativa épica... ou talvez como uma peça teatral. Nesse sentido, fomos muito inspirados por autores que conseguiram representar em narrativas fortes e sensíveis a vida dos trabalhadores e pessoas comuns de seu tempo, como James Joyce, Joseph Conrad, John dos Passos, Brecht. Mas também, e especialmente, alguns autores brasileiros”, conta Dumans.

Ingressos: R$ 12,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$6,00. Os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingresso.com . Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.

Narrado em primeira pessoa, ou seja, é o personagem Cristiano que conta a própria história, o longa é um retrato político da vida de pessoas marginalizadas. “Essa decisão de ter a história do protagonista contada através de seu próprio caderno foi determinante para a estrutura do filme. Para nós, pessoas como Cristiano – e claro, Aristides de Souza, o ator – são como os heróis da literatura do passado: suas vidas são simplesmente incríveis na sua grandeza e na sua força. Queríamos dar à história de Cristiano essa qualidade literária, mas ao mesmo tempo, o caderno parecia ser um tipo de escrita mais plausível, e também menos nobre: não é um livro, não é uma novela, é uma espécie de diário. É o trabalho de um sujeito normal, não de um intelectual”, revela um dos diretores, Affonso Uchôa.
Ganhador de cinco prêmios na última edição do Festival de Brasília, entre eles, Melhor Filme e Melhor Ator, o longa circulou por mais de 50 festivais no mundo, entre eles, o de Roterdã, New Films/ New Directors (Nova York), BFI London Film Festival e o Viennale. Ao todo, foram mais de dez prêmios conquistados lá fora. Com distribuição da Embaúba Filmes e da Pique Bandeira, “ARÁBIA” é uma produção das mineiras Katásia Filmes e Vasto Mundo.

 Arábia [ Brasil, 2017, Drama, 96', Direção e roteiro: Affonso Uchôa, João Dumans]



GRADE DE HORÁRIOS:

5 de abril (quinta-feira)
15h - Arabia
17h - Zama
19h - Arabia

6 de abril (sexta-feira)
15h - Arabia
17h - Zama
19h – Arabia

7 de abril (sábado)
15h - Arabia
17h - Zama
19h - Arabia

8 de abril (domingo)
15h - Arabia
17h - Zama
19h – Arabia

10 de abril (terça-feira)
15h - Arabia
17h - Zama
19h - Arabia

11 de abril (quarta-feira)
15h - Arabia
17h - Zama
19h - Arabia

C i n e B a n c á r i o s
Rua General Câmara, 424, Centro
Porto Alegre | RS | CEP 90010-230
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