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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 23 de março de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: O Caso do Homem Errado



Sinopse: O CASO DO HOMEM ERRADO conta a história do jovem operário negro Júlio César de Melo Pinto, que foi executado pela Brigada Militar, em 1987, em Porto Alegre/RS. O crime ganhou notoriedade após a imprensa divulgar fotos de Júlio sendo colocado com vida na viatura e chegar, 37 minutos depois, morto a tiros no hospital.
 

Embora alguns ainda neguem os fatos, estamos vivendo em tempos de retrocesso, onde pessoas que praticam um lado mais socialista acabam sendo calados por unicamente abraçar um bem maior em ajudar o próximo. O recente caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, não é somente uma situação em que sintetiza o estado de calamidade em que o nosso país se encontra como também ele reflete uma realidade que perdura já em décadas. Por coincidência, chega ao cinema O Caso do Homem Errado, onde explora o lado racista e despreparado de uma policia  que ainda carrega resquícios dos tempos da ditadura.
Dirigida por Camila Moraes, o documentário investiga passo a passo, através de depoimentos, sobre o caso do jovem operário negro Júlio César que, durante um confronto entre a brigada militar e bandidos no centro de Porto Alegre, acabou sendo levado pelos primeiros sem ao menos saber do por que. Pouco mais de meia hora depois, Júlio César chega morto ao hospital, sendo que ele nem estava armado e dando a entender que a brigada havia lhe executado. Através dos depoimentos, como de um jornalista da época, por exemplo, acabamos então encarando a trágica e real verdade sobre o corrido.
Diferente da maioria dos documentários, a diretora Camila Moraes não moldou a sua obra com imagens da época sobre o acontecido, mas que, através dos depoimentos de pessoas em cena, obtemos então uma construção de imagens surgindo em nossas mentes e se criando certa tensão de acordo com o andamento das entrevistas. O depoimento emocionado do fotografo Ronaldo Bernardi, que havia fotografado Júlio César jaz morto na maca do hospital, sintetiza bem esse clima mórbido e do qual não é preciso de uma representação ou de imagens a todo o momento sobre o que havia acontecido. Bastam então as palavras emocionadas para então termos a dimensão da trágica verdade.
O que indigna mais o caso do assassinato de Júlio César é que ele não estava somente no lugar errado ou na hora errada, mas somente pelo fato de ser negro, foi julgado em poucos minutos e sendo sentenciado à morte de uma forma tão sem sentido. O mais chocante, porém, é do fato dele ter caído nesse olho do tornado de uma forma tão estúpida, moldada pelas palavras de pessoas inconsequentes que se encontravam no local e que o julgaram somente pela sua cor de pele. Um acontecimento criado de uma forma errônea e catastrófica.

Embora Camila Moraes não deixe de uma forma mais explicita, ela foi hábil em nos colocar numa situação que ressoe o clima da época de nosso país. Ouvindo os depoimentos nos colocamos então em 1987, época em que a recém o povo havia reconquistado a democracia, tendo o desmonte final da ditadura, mas ao mesmo tempo, havia ainda aqueles resquícios de um tempo em que a brigada militar ainda se sentia com o direito de fazer o que bem entender contra a vida daqueles que eles acreditavam serem minorias. Rapidamente me veio então na mente o clássico curta metragem O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, de Jorge Furtado, obra que havia sido lançada um ano antes da morte de Júlio César e que sintetizava a imagem falida de uma brigada militar dependente de métodos errôneos e tão pouco humanos.
A sensação que passa é que, entre o final dos anos 80, até os dias de hoje, tivemos um grande avanço, mas sendo então freado e nos colocando então na estaca zero. É como se os recursos dos dias de hoje como, por exemplo, as redes sociais da internet, cujo recurso poderia nos dar mais beneficio, se tornam então um palco para o nascimento de depoimentos preconceituosos e de até mesmo de alguns manifestando o desejo pelo retorno dos tempos de chumbo. Em um país pós-golpe, onde há um desejo cada vez maior pelo controle do capitalismo, os direitos humanos acabam, infelizmente, se tornando algo secundário pelo olhar dos que se dizem poderosos.
O documentário O Caso do Homem Errado, felizmente, veio para nos dizer que as vozes de Júlio César, assim como a de Marielle Franco e de muitos inocentes jamais se calarão, mas sim soarão fortes e muito além da eternidade.



Onde assistir: Cinebancários: Rua General da Câmara, nº 424, centro de Porto Alegre. Horário: 19h.    


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Cine Dica: Projeto Raros 200



MADRUGADA NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS PARA CELEBRAR A EDIÇÃO 200 DO PROJETO RAROS
 
O Projeto Raros da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia de Porto Alegre chega a 200ª edição em março de 2018! Para celebrar a data histórica, a Cinemateca Capitólio Petrobras realiza uma programação especial durante a madrugada com exibição de cinco filmes, distribuição de um fanzine com a história do projeto e muitas surpresas nos intervalos entre as sessões! Com entrada franca, o evento começa às 20h da sexta-feira, 23 de março, e segue até a manhã de sábado.
“Filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido com a intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas, procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no CineSesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a Cinemateca Capitólio Petrobras passa a receber provisoriamente o Projeto Raros.

PROGRAMAÇÃO

20h – A NOITE DO TERROR (Night Tide)
Estados Unidos, 1961, 86 minutos
Direção: Curtis Harrington
A maratona do Raros 200 começa elegante e vistosa com o primeiro longa-metragem de Curtis Harrington: A Noite do Terror (Night Tide, 1961, 86 minutos). Exibição em HD com legendas em português.
O jovem Dennis Hopper é o protagonista da estreia de Harrington, um marinheiro que encontra uma misteriosa mulher chamada Mora em um passeio noturno. Aos poucos, a fascinação toma conta de seu estado de espírito. Mas assassinatos e as aparições de uma mulher ainda mais misteriosa (interpretada por Marjorie Cameron, ocultista discípula de Aleister Crowley) imprimirão uma aura de suspense e terror na jornada romântica dos dois.
Colaborador de Maya Deren e Kenneth Anger, pupilo de James Whale e Josef von Sternberg, Harrington fez de seu cinema um encontro extraordinário entre a vanguarda e o horror. A grande referência de A Noite do Terror é o lendário ciclo produzido por Val Lewton na produtora RKO, nos anos 1940, em especial o clássico Sangue de Pantera, de Jacques Tourneur.

22h – UMA MULHER CHAMADA SADA ABE
(Jitsuroku Abe Sada)
Japão, 1975, 76 minutos
Direção: Noboru Tanaka

O segundo filme da maratona do Raros 200 é Uma Mulher Chamada Sada Abe (Jitsuroku Abe Sada, 1975, 76 minutos), um dos mais representativos da série Roman Porno da tradicional produtora Nikkatsu, dirigido pelo mestre do cinema erótico japonês Noboru Tanaka. Exibição digital com legendas em português.
No filme, dois hospedes dão entrada em uma pousada em Arakawa, Tóquio: um homem chamado Ishida Kichizo, dono de um restaurante em Nakano, e uma mulher chamada Abe Sada, empregada em seu estabelecimento. Eles se conhecem há cerca de um mês, quando começaram a trabalhar juntos, e logo se tornaram íntimos. A visita à pousada trata-se na verdade de uma fuga, visto que o casal acaba de ser descoberto pela esposa de Kichizo. Durante vários dias eles mal deixarão o quarto, entregando-se aos prazeres de seus corpos noites e dias a fio, entre jogos de submissão, sexo e morte levados ao extremo.
Se a sinopse soa familiar, é porque Uma Mulher Chamada Sada Abe é baseado na mesma história real que aconteceu na década de 1930 e inspirou Nagisa Oshima a realizar, em 1976, seu clássico O Império dos Sentidos. Mas a abordagem política de Tanaka e o interesse pela contextualização da personagem da mulher, num claro aceno à arte de outro mestre da Nouvelle Vague Japonesa, o Shohei Imamura (de A Mulher Inseto), leva o filme a um território do erotismo ainda mais desconcertante.

00h - MYSTICS IN BALI
(Leák)
Indonésia, 1981, 86 minutos
Direção: H. Tjut Djalil

Cabeças voarão no terceiro filme da maratona do Raros 200, Mystics in Bali (Leák, 1981, 86 minutos), uma obra mítica do terror indonésio, dirigida por um dos grandes nomes do cinema exploitation do sudeste asiático, H. Tjut Djalil. Exibição digital com legendas em português.
A premissa é simples: uma jovem norte-americana vai a Bali para pesquisar a magia oculta local. Lá ela conhecerá através de um amante a magia leák, “a mais poderosa do mundo”. A partir do primeiro encontro com a grande bruxa do culto, cada noite revelará uma nova experiência de delírio e horror.
Com uma narrativa minimalista, efeitos especiais singulares e uma apropriação inventiva do folclore do sudoeste asiático e da mitologia balinesa, Mystics in Bali tornou-se rapidamente um marco do cinema de horror da Indonésia e, nas décadas seguintes, um objeto de culto entre fãs do gênero do mundo inteiro.

02h - VIOLÊNCIA E TERROR
(Intruder)
Estados Unidos, 1989, 88 minutos
Direção: Scott Spiegel

Não poderia faltar um slasher na maratona do Raros 200! A quarta atração da noite, já na madrugada de sábado, é Violência e Terror (Intruder, 1989, 88 minutos), dirigido por Scott Spiegel, um dos principais parceiros criativos de Sam Raimi, que aqui ataca de produtor e ator. Exibição em HD com legendas em português.
A trama é promissora: funcionários que trabalham à noite na remarcação de preços de um supermercado acabam encurralados por maníaco homicida que começa a matá-los: um a um. Spiegel usa a locação única com uma criatividade invejável, experimentando enquadramentos atípicos e criando cenas de mortes dignas de qualquer antologia do cinema de horror.
A demência do assassino é agraciada pela violência gráfica extrema do filme, cortesia do trio Gregory Nicotero, Howard Berger e Robert Kurtzman, responsáveis pelos efeitos de clássicos dos anos 1980 como Dia dos Mortos, A Noite dos Arrepios, O Predador, Uma Noite Alucinante, entre outras obras-primas. O filme ainda conta com Ted Raimi no elenco e tem uma participação especial do inestimável Bruce Campbell.

04h - PURANA MANDIR
Índia, 1984, 138 minutos
Direção: Shyam Ramsay e Tulsi Ramsay

Para encerrar a noite em grande estilo, o clássico do terror de Bollywood Purana Mandir (1984, 128 minutos), dos irmãos Shyam Ramsay e Tulsi Ramsay, os grandes mestres do gênero na Índia. Exibição digital com legendas em português.
Uma nobre família indiana convive há 200 anos com uma maldição: todas as mulheres se transformarão em monstros hediondos e morrerão no parto. Apaixonada por um fotógrafo desprovido de muitas rendas, em um romance iniciado a contragosto do pai, a jovem Suman tentará acabar com a maldição viajando para o templo antigo onde tudo começou. Mas nessa jornada ela vai experimentar o terror para além de seus pesadelos mais selvagens.
Com antológicos momentos musicais, passeando pelo terror, a ação e a comédia, Purana Mandir tem todos os elementos que fazem das produções indianas do gênero as mais singulares do mundo. Sucesso de público, o filme assustou toda uma geração de espectadores e iniciou o boom do horror na Bollywood dos anos 1980.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Cine Especial: Cinema Russo: Parte 2


 Nos dias 07 e 08 de Abril eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre participando do curso Cinema Russo: Diretores, Diretoras e um pouco de História, criado pelo Cine Um e ministrado pela editora da revista cinema Teorema Ivonete Pinto e pela pesquisadora de cinema Juliana Costa. Antes disso, eu estarei por aqui postando sobre os melhores filmes daquele país, cujo alguns clássicos nos ensinam até mesmo o verdadeiro significado da palavra “socialismo”.


OUTUBRO (1928)


Sinopse: Filme de comemoração ao 10º Aniversário da Revolução Soviética de 1917, na qual os Bolcheviques derrubaram o governo de Kerensky. Também conhecido como ‘Os Dez dias que Abalaram o Mundo’, foi realizado com recursos imensos, utilizando gente do povo que havia realmente participado da Revolução nas ruas.


O cinema nasceu como curiosidade, como entretenimento, mas ao mesmo tempo ganhou status de arte e do qual também documenta a verdade. Porém, ao longo da história, o cinema também foi usado como é uma ferramenta da qual pode desvirtuar uma história verídica, ou passando uma ideia para ser consumada pelo público geral. Se Adolf Hitler, por exemplo, usava o cinema para passar a sua propaganda nazista, recentemente o cinema brasileiro foi invadido pelo filme Lava Jato: A lei é para todos, do qual desvirtua por completo os verdadeiros fatos e passando a ideia de que há somente um único inimigo a ser combatido em nossa realidade política.
Portanto é preciso ter um cuidado para não cair no conto do vigário, mesmo sendo através de uma arte como cinema da qual nós apreciamos tanto. Ao longo de sua existência, o cinema nos brindou com títulos que tenta nos passar certo grau de verossimilhança com relação aos verdadeiros fatos da história, mas sendo poucos cineastas que ousaram tamanho feito ao longo dessas décadas. Sergei Eisenstein (O Couraçado Potemkine) talvez pertença essa minoria, ao criar com precisão, mas ao mesmo tempo passando um olhar autoral, sobre os verdadeiros fatos ocorridos na revolução soviética em Outubro de 1917.
Usando “não atores”, sendo eles próprios que haviam participado dos dez dias do governo provisório após a queda do Czar, Eisenstein cria um minucioso retrato daquele período, beirando a quase uma espécie de documentário e se distanciando de qualquer momento previsível. Da queda da estátua de Czar, para então invasão do povo dentro do palácio, é como se Eisenstein realmente tivesse participado daquele movimento e registrando as principais mudanças ao longo do seu percurso. Porém, o cineasta vai além, ao criar uma montagem engenhosa, quase frenética, onde determinadas cenas se sobrepõem a outras e criando um mosaico cheio de detalhes. 
Segundo as próprias palavras do cineasta na época, ele usou a sua obra para desenvolver suas teorias sobre as estruturas dos filmes, usando um conceito que ele apelidou de “montagem intelectual”, editando junto às filmagens de objetos aparentemente desconexos em ordem para criar e encorajar comparações intelectuais entre eles. Um dos exemplos mais notáveis no filme dessa técnica é uma imagem barroca de Jesus que é comparada, através de uma série de sequências de imagens, com ideias hinduístas, Buda, deuses astecas e finalmente ídolos primitivos a fim de sugerir as igualdades entre as religiões: o ídolo é comparado com o militarismo para criar uma ligação entre o patriotismo e fervor religioso pelo estado. 
Tendo exibido no Cinebancários no ano passado em de Porto Alegre, OUTUBRO é um filme histórico pela sua proposta, em querer nos passar os verdadeiros fatos da história, que vai contra os movimentos conservadores de ontem e hoje e dos quais querem sempre desvirtuar os fatos históricos. 
   
Mais informações sobre o curso você clica aqui.


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (22/03/18)

Círculo de Fogo: A Revolta
Sinopse: Filho de Stacker Pentecost, responsável pelo comando da rebelião Jaeger, Jake Pendergast era um promissor piloto do programa de defesa, mas abandonou o treinamento e entrou no mundo do crime. Quando uma nova ameaça aparece, Mako Mori assume o lugar que era do pai no comando do grupo Jaeger e precisa reunir uma série de pilotos. Ela procura o irmão Jake e decide lhe oferecer uma segunda chance para ajudar no combate e provar seu valor.

A Odisséia de Jacques
Sinopse: Jacques Cousteau, sua mulher e dois filhos vivem em alto mar, no grande navio Calypso. Mas Cousteau quer algo além da aventura. Graças à sua invenção de um escafandro autônomo que permite respirar debaixo d'água, ele descobre um novo mundo. Obstinado em suas descobertas, não percebe que se afasta da família.

A Livraria
Sinopse: A história gira em torno de uma viúva que decide reconstruir sua vida e, para isso, resolve abrir uma livraria, apesar da oposição da população do vilarejo onde vive, na Inglaterra, em 1950.

A Melhor Escolha
Sinopse: Trinta anos após servirem juntos no Vietnã, o ex-marinheiro Larry Doc Shepherd se reúne com seus velhos amigos, Sal Nealon e o reverendo Richard Mueller, para enterrar seu filho, um jovem marinheiro morto na guerra do Iraque.

Pedro o Coelho
Sinopse: Pedro Coelho é um animal rebelde que apronta todas no quintal e até dentro da casa do Mr. McGregor (Domhnall Gleeson), com quem trava uma dura batalha pelo carinho da amante de animais Bea (Rose Byrne).

Por trás dos seus olhos
Sinopse: Mulher cega que volta a enxergar entra em crise com o marido após descoberta de situações pertubadoras. 

 

Cine Dica: A LUTA DO SÉCULO estreia dia 22 de março no Cinebancários



Documentário sobre à história de ascensão e queda dos boxeadores Luciano “Todo Duro” Torres e Reginaldo “Holyfield” Andrade
A Luta do Século, dirigido por Sérgio Machado (Cidade Baixa), estreia em 22 de março de 2018, nas sessões das 15h e 17h. O longa foi premiado pelo júri oficial do Festival do Rio 2016 como Melhor Documentário. A produção é da Lata Filmes, Mar Filmes, Mar Grande Produções, Muiraquitã Filmes e Ondina Filmes. A coprodução é do Canal Brasil e Vitrine Filmes é a distribuidora.
O documentário conta a lendária rivalidade entre os boxeadores nordestinos Luciano “Todo Duro” Torres e Reginaldo “Holyfield” Andrade, dois ídolos do esporte na década de 90, que hoje vivem fragilizados pela extrema pobreza após toda uma era de estrelato.
A Luta do Século narra a trajetória dos pugilistas Reginaldo Holyfield e Luciano Todo Duro, que encontraram no boxe uma maneira de escapar da miséria e tornaram-se dois dos maiores ídolos do esporte nordestino. A rivalidade entre eles colocou em pé de guerra Bahia e Pernambuco nos anos 90. Durante mais de 20 anos, os dois se odiaram tanto que não podiam dividir o mesmo espaço sem se agredir. Eles se enfrentaram 6 vezes, com 3 vitórias para cada lado. Durante as filmagens, os inimigos, já com mais de 50 anos, resolveram se enfrentar pela última vez.

FICHA TÉCNICA:
Produção: Lata Filmes, Mar Filmes, Mar Grande Produções, Muiraquitã Filmes e Ondina Filmes.
Coprodução: Canal Brasil
Distribuição: Vitrine Filmes
Direção: Sérgio Machado
Produtores: Diana Gurgel, Eliane Ferreira, Joana Mariani, Lázaro Ramos, Tânia Rocha
Produção Executiva: Eliane Ferreira
Trilha Sonora: Beto Villares
Direção de Fotografia: Breno Cesar e Jeronimo Soffer
Montagem: Hélio Vilela e Quito Ribeiro
Desenho de Som: Beto Ferraz
Mixagem: André Tadeu
Som Direto: Kleber Morais e Lucas Ramalho
Direção de Produção: Chica Mendonça e Fabíola Aquino
Roteiro: Sérgio Machado e Eli Ramos
Design Gráfico: Daniel Wildberger

SOBRE O DIRETOR
Sérgio Machado foi assistente de direção de Central do Brasil e roteirista de Abril Despedaçado, de Walter Salles. Dirigiu o documentário Onde a Terra Acaba vencedor de 16 prêmios incluindo melhor filme nos Festivais de Biarritz, Rio e Mostra de SP. Cidade Baixa, seu primeiro longa de ficção, foi vencedor de 30 prêmios, entre eles o da Juventude no Festival de Cannes e melhor filme nos festivais do Rio e Huelva. Junto com Karim, dirigiu a série Alice, para a HBO. Tudo Que Aprendemos Juntos, o mais novo filme, foi eleito o melhor longa da 39ª Mostra de SP e vendido para mais de 20 países.

Filmografia
2001: Dirigiu o documentário Onde a Terra Acaba, sobre o cineasta Mário Peixoto.
2005: Dirigiu e roteirizou Cidade Baixa, vencedor de 30 prêmios, entre eles: o Prêmio da Juventude no Festival de Cannes e Festival do Rio.
2007: Dirigiu e roteirizou, com Karim Aïnouz, a série Alice, da HBO.
2009: Dirigiu e adaptou Quincas Berro D’Água, de Jorge Amado.
2014: Dirigiu o documentário Aqui Deste Lugar, com Fernando Coimbra.
2015: Dirigiu e roteirizou Tudo Que Aprendemos Juntos, vencedor da Mostra de SP.

SOBRE A PRODUTORA – LATA FILMES:
A Lata Filmes foi fundada em 2008 pelo ator, diretor e dramaturgo Lázaro Ramos em associação com a produtora cultural Tânia Rocha. Tem em seu currículo como produtora, coprodutora ou produtora associada, programas e séries para TV, curtas-metragens e longas-metragens, tais como: Programa Espelho (Canal Brasil – 11 Temporadas), Programa O Bagulho é Doido (Canal Brasil – 3 Temporadas), O Curioso (TV Globo – 4 episódios para o Fantástico), Parabólico (série para TV com 2 temporadas - 20 episódios para Canal Futura e Canal Brasil). Os curtas: Braseiro, O Caso de Ester, Como as Nuvens São, A Batalha e Imagens de Cuba. Do Outro Lado de Lá - Piloto de série para TV com 25 min. Os longas-metragens: Tudo que Move (produção), A Luta do Século (produção), O Grande Kilapy (produção associada) e Medida Provisória (coprodução – projeto em desenvolvimento).

SOBRE A PRODUTORA – MAR FILMES:
Joana Mariani Iniciou sua carreira na publicidade enveredando para o audiovisual como assistente de direção. A primeira produção de longa-metragem foi em 2006, com o premiado filme 'O cheiro do ralo'. A partir deste filme, surgiu a Primo Filmes. Pela Primo, Joana esteve envolvida em diversos projetos audiovisuais, como Produtora e Diretora, tanto em longas, curtas e séries de tv. Em 2014 Joana deixou a sociedade para seguir com sua outra produtora: Mar Filmes. Pela Mar, segue realizando seus projetos tanto como produtora e/ou diretora, associando-se à talentos e produtoras renomadas do mercado.

SOBRE A PRODUTORA – MUIRAQUITÃ FILMES:
A Muiraquitã Filmes foi fundada pela produtora Eliane Ferreira e foi uma das produtoras do longa “Fabricando Tom Zé” de Décio Matos Jr, premiado no Festival Rio e Mostra de São Paulo. Produziu outros 2 longas para cinema, além de vários curtas e medias metragens.
Em Setembro de 2015 Pablo Iraola tornou-se sócio da Muiraquitã Filmes trazendo sua experiência internacional para a produtora.
Este ano os filmes recém finalizados, “Vermelho Russo” de Charly Braun e “A Luta do Século” de Sergio Machado, estreiam no Festival do Rio.
A Muiraquitã Filmes tem mais 3 longas em finalização: “Bala Sem Nome” de Felipe Cagno, “Fazenda do Ribeirão do Qüeba” de Helvécio Marins Junior e o documentário Cine Marrocos de Ricardo Calil.
Seus próximos projetos para produção são os longas “Os Arrependidos” de Ricardo Calil, “Para Francisco” de Dainara Toffoli, “Um Animal Amarelo” de Felipe Bragança e “Sol” de Lô Polliti.
Em sua carteira de desenvolvimento de projetos destacam-se entre os projetos desenvolvidos o longa “Aurora” de Karim Aïnouz e a série documental “Verger” de Sérgio Machado.

SOBRE A COPRODUTORA – CANAL BRASIL:
O Canal Brasil tem um papel fundamental na produção e coprodução de longas-metragens, história que começou em 2008 com “Lóki – Arnaldo Baptista”, de Paulo Henrique Fontenelle, que mostrou a vida do eterno mutante. Agora em 2017, o canal atinge a marca de 250 filmes.
Sair do campo da exibição e partir também para feitura fez com que o Canal Brasil atingisse em poucos anos uma importância imensurável dentro do cenário do cinema brasileiro recente. Entre os longas recém coproduzidos estão “Animal Cordial” de Gabriela Almeida; “Divinas Divas”, de Leandra Leal; “Não Devore o Meu Coração” de Felipe Bragança e “Pendular” de Julia Murat.

SOBRE A DISTRIBUIDORA - VITRINE FILMES:
Em sete anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 100 filmes. Entre seus maiores sucessos estão "Aquarius", de Kleber Mendonça Filho, que competiu no Festival de Cannes e levou mais de 360 mil pessoas aos cinemas brasileiros, o documentário "Cinema Novo", de Eryk Rocha, também selecionado para o festival. "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", que alcançou mais de 200 mil espectadores; o americano "Frances Ha", dirigido por Noah Baumbach, indicado ao Globo de Ouro em 2014; Em 2017, a Vitrine lançou "O Filme da Minha Vida", terceiro longa do ator e diretor Selton Mello, e "Divinas Divas", o documentário mais visto no ano.

Grade de horários:
*Não abrimos segundas-feiras

22 de março (quinta-feira)
15h - A luta do século
17h - A luta do século
19h - O caso do homem errado (com a presença da advogada Karla Meura, da produtora executiva Mariani Ferreira, do Major da Brigada Militar Dagoberto Albuquerque da Costa e a mediação do jornalista Airan Albino)

23 de março (sexta-feira)
15h - A luta do século
17h - A luta do século
19h - O caso do homem errado

24 de março (sábado)
15h - A luta do século
17h - A luta do século
19h - O caso do homem errado

25 de março (domingo)
15h - A luta do século
17h - A luta do século
19h - O caso do homem errado

27 de março (terça-feira)
15h - A luta do século
17h - A luta do século
19h - O caso do homem errado

28 de março (quarta-feira)
15h - A luta do século
17h - A luta do século
19h - O caso do homem errado

C i n e B a n c á r i o s
Rua General Câmara, 424, Centro
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230
Fone: (51) 34331204