Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 20 de março de 2018

Cine Dica: Curso CINEMA RUSSO

Curso


Apresentação

Em 2017 comemorou-se o centenário da Revolução Russa. Evento fundamental da história moderna, seu aniversário foi motivo de inúmeras publicações e muitas mostras de filmes. Oportunidade também para, à luz das revisões críticas, pensarmos alguns diretores e diretoras que de alguma maneira representam esta cultura tão rica e tão complexa. Partindo daí, o curso objetiva traçar um breve panorama da produção circunscrita à Rússia, embora a geopolítica em muitos dos filmes remeta à União Soviética.


Com uma história extensa e longeva, optou-se por recortes precisos, privilegiando títulos que se expressam pela reconhecida relevância em termos temáticos e estéticos. Assim, o painel contempla diretores da vanguarda russa, como Eisenstein, nomes canônicos para a história do cinema, como Tarkovski, ao mesmo tempo em que investe em produções que trabalham temas caros à identidade russa, como a Segunda Guerra Mundial e a invasão alemã, em clássicos como Vá e Veja, por exemplo. A literatura russa, cuja magnitude é inquestionável, também é explorada, em especial as adaptações das obras de Dostoievski, como "Crime e Castigo". O cinema contemporâneo, ilustrado por filmes de Sokurov e Zvyagintsev, igualmente terá espaço.


Em outro bloco, serão estudadas no curso cinematografias de diretoras que muitas vezes estão ausentes da(s) história(s) do cinema russo, mas guardam importância equivalente a seus pares canônicos. Cineastas como Esfir Shub e Olga Preobrazhenskaya, expoentes da vanguarda dos anos 20; Larisa Sheptiko e Kira Muratova, representantes do cinema moderno russo dos anos 60, e contemporâneo no caso de Muratova e Yuliya Solntseva, esta a primeira mulher a ganhar prêmio de melhor direção no Festival de Cannes em 1961.


Objetivos

O Curso CINEMA RUSSO: DIRETORES, DIRETORAS E UM POUCO DE HISTÓRIA, ministrado por Ivonete Pinto e Juliana Costa, vai traçar um panorama da cinematografia russa, desde o início do século XX até os dias atuais, revisitando suas diversas fases, começando com os pioneiros filmes de propaganda soviética, passando pelos experimentalismos da vanguarda, o reconhecimento mundial nos maiores festivais de cinema nos anos 50 e 60, chegando aos dias atuais com sua vigorosa produção que circula por todos os continentes. O destaque do estudo será os realizadores e suas obras mais significativas, com um capítulo especialmente reservado às mulheres realizadoras.


Os Filmes

O Encouraçado Potemkin (Serguei Eisenstein, 1925); Women of Ryazan (Olga Preobrazhenskaya, 1927); A Queda da Dinastia Romanov (Esfir Shub, 1927); Um Homem com Uma Câmera (Dziga Vertov, 1929); Hoje (Esfir Shub, 1929); The Last Attraction (Olga Preobrazhenskaya, 1929); Quando Voam as Cegonhas (Mikhail Kalatozov, 1957);Desna Encantada (Yuliya Solntseva, 1964); Asas (Larisa Sheptiko, 1966); Andrei Rublev (Andrei Tarkovski, 1966);O Inesquecível (Yuliya Solntseva, 1967); O Longo Adeus (Kira Muratova, 1971); Solaris (Andrei Tarkovski, 1972);Stalker (Andrei Tarkovski, 1979); A Ascensão (Larisa Sheptiko, 1977); Vá e Veja (Elem Klimov, 1985); O Sacrifício(Andrei Tarkovski, 1986); Síndrome Astênica (Kira Muratova, 1990); Páginas Ocultas (Alexandr Sokurov, 1994); O Sol Enganador (Nikita Mikhalkov, 1995); Arca Russa (Alexandr Sokurov, 2002); Leviatã (Andrey Zvyagintsev, 2014); Sem Amor (Andrey Zvyagintsev, 2017) e Masha e o Urso (curtas animados).



Ministrantes

Ivonete Pinto
Doutora em Cinema pela ECA/USP, professora no curso de Cinema e Audiovisual da UFPel; editora da revista Teorema; sócia-fundadora e integrante da diretoria da Abraccine - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Participou do júri da crítica em festivais como FestRio, Gramado, Mar del Plata, Havana, Cartagena, Teerã e Toronto. É autora dos livros A Mediocridade, Descobrindo o Irã e Samovar nos Trópicos. Organizou, com Orlando Margarido, o livro Bernardet 80: Impacto e influência no cinema brasileiro e, com Fatimarlei Lunardelli e Humberto Silva, o livro Ismail Xavier 70 (no prelo). Já ministrou o curso "Abbas Kiarostami: A invenção do real" pela Cine UM.

Juliana Costa
Pesquisadora de cinema; Mestre em Educação pela UFRGS, com pesquisa em Cinema e Educação. Sócia fundadora do Cineclube Academia das Musas, dedicado a estudar e difundir a cinematografia de diretoras mulheres, e editora da revista virtual de mesmo nome. Editora do Zinematógrafo, fanzine de crítica de cinema, e sócia da ACCIRS -Associação de Críticos de Cinema do RS.


Curso
CINEMA RUSSO:
DIRETORES, DIRETORAS E UM POUCO DE HISTÓRIA
de Ivonete Pinto e Juliana Costa

Datas: 07 e 08 de Abril (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio Petrobras

Investimento: R$ 95,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 80,00 (para as primeiras 10 inscrições)
b) R$ 90,00 (demais inscrições)

Formas de pagamento: Depósito ou transferência bancária / Cartão de crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila

Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714


Realização
Cine UM Produtora Cultural

Patrocínio
Apoio
Cinemateca Capitólio Petrobras

Cine Dicas: Em Blu-Ray - DVD – VOD:



 A Vilã

Leia a minha crítica já publicada clicando aqui.




Detroit Em Rebelião

Leia a minha crítica já publicada clicando aqui.


Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

segunda-feira, 19 de março de 2018

Cine Especial: Narrativa Cinematográfica: Extra



 A Chegada

Nesse último final de semana ocorreu na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre o curso Narrativa Cinematográfica, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e professora de história de cinema Fatimarlei Lunardelli. Em dois dias, Fatimarlei nos convidou para embarcarmos nas inúmeras maneiras de se contar uma história na tela do cinema e de como alguns títulos nos pegam desprevenidos na sua maneira de apresentá-las. Curiosamente, títulos clássicos, por exemplo, foram revisitados durante a aula e fazendo a gente se dar conta de como construtivos e a frente dos seus tempos eles foram com relação apresentação de suas respectivas  tramas.
Se títulos memoráveis como Cidadão Kane foram pioneiros na apresentação de sua narrativa, é preciso tirar o chapéu de filmes menores como, por exemplo, o filme noir A Dama do Lago, onde o protagonista se apresenta de uma forma que se quebra a quarta parede já no início da trama e para que logo em seguida a câmera se tornar o seu próprio olhar com relação aos eventos que nos são apresentados no decorrer da obra. Falando em câmera, não tem como deixar de nos esquecermos de títulos do mestre Alfred Hitchcock como Janela Indiscreta, em que a câmera do cineasta, por vezes, nos apresentava situações que nos colocava a frente do protagonista com relação aos eventos que nos eram apresentados. 
 Janela Indiscreta


Outro momento analisado durante atividade foi o fato de alguns títulos terem duas ou mais linhas narrativas num único longa metragem. Se Pulp Fiction foi lembrado de uma forma rápida, Amnésia, As Horas e os recentes A Chegada e Dunkirk foram analisados por nos pegarem desprevenidos em suas linhas narrativas e da maneira com que elas se cruzavam na reta final dos respectivos longas. Uma das alunas, por exemplo, reconheceu como o cineasta Denis Villeneuve foi criativo na adaptação do conto A Chegada para o cinema, já que no livro não há uma grande revelação em seu ato final, mas o cineasta difere esse problema na adaptação, ao colocar as linhas narrativas indo e voltando durante o decorrer da obra e fazendo com que ela nos faça montar um quebra cabeça e pensarmos e repensarmos sobre o que havíamos testemunhado. 
 Amnésia

Embora em tempos atuais, em que cada vez mais se desenvolve tramas das quais tentam nos surpreender, a narrativa clássica ainda é moldada e apresentada para os novos públicos. Fatimarlei destaca então Menina de Ouro, do veterano Clint Eastwood, em que a trama com o seu começo, meio e fim, da qual é apresentado de uma forma familiar, nos surpreende pela inserção de assuntos até mesmo espinhosos que perduram até hoje, mas com que fazem serem aceitos e gerar inúmeros momento de reflexão após o encerramento da sessão.
Novamente um curso criativo, do qual nos faz dar conta que, embora com mais de cem anos de vida, o cinema ainda nos surpreende na construção e apresentação de determinados filmes que são lançados anos após anos.
 Menina de Ouro
 

E que venha o curso sobre o cinema Russo.      

Leia mais sobre o meu especial Narrativa Cinematográfica clicando aqui.

Cine Dica (breve em cartaz): The Breadwinner



Sinopse: Parvana é uma jovem de 11 anos que vive no Afeganistão em 2001, época em que o país é comandado pelo Talibã. Quando seu pai é preso, ela tenta ajudar no sustento da família, mas percebe que a realidade do país é perigosa para jovens meninas. Ela decide então se vestir como um garoto e procurar pelo pai.
A história de The Breadwinner é inspirada no livro A Outra Face, escrito por Deborah Ellis. A direção é de Nora Twomey, que codirigiu Uma Viagem ao Mundo das Fábulas, também indicado ao Oscar em 2010, e Angelina Jolie é uma das produtoras. O longa transporta para as telas a parte do mundo assolada pela ditadura islâmica, a qual o ocidente não quer ver e muito menos o público em geral.
O longa animado ganha cores quentes e um traço simplificado, mas com uma narrativa que vai, gradualmente, crescendo a tal ponto que faz com que temamos pela vida da jovem protagonista (Saara Chaudry). O encanto da obra se deve à perspectiva da história, isto é, a narração se desencadeia pelo olhar de Parvana, que tem apenas 11 anos e que cresce sob o regime do Talibã no Afeganistão no período de guerra em 2001. A cineasta Nora Twomey nos envolve emocionalmente com os acontecimentos, os  personagens e de um conto mágico do qual Parvana abraça e tenta por ele conseguir forças para enfrentar o seu mundo real. 
The Breadwinner possui todos os elementos das grandes obras cinematográficas: um roteiro perfeitamente amarrado, personagens cativantes, o suspense crescente, revelações estarrecedoras e as aspirações juvenis de meninas aprisionadas por terem apenas nascido em um determinado local neste vasto mundo.



Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram