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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 8 de março de 2018

Cine Especial: Narrativa Cinematográfica: Parte 1



Nos dias 17 e 18 de Março eu estarei na Cinemateca Capitólio, participando do curso Narrativa Cinematográfica, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e professora de história de cinema Fatimarlei Lunardelli. Enquanto os dias não chegam por aqui eu irei relembrar dos principais clássicos do cinema que serão analisados durante atividade.   

Cidadão Kane (1941)

 

Sinopse: Dono de um império jornalístico murmura a palavra "rosebud" antes de morrer solitário em sua gigantesca mansão; repórter entrevista seus amigos na tentativa de descobrir o significado desta última palavra.


Esse filme de Orson Welles sempre figura em primeiro lugar dentre os melhores filmes de todos os tempos e com razão. Clássico inspirado na vida do empresário William Ransolph Hearst, que chegou a processar Welles. Visão intrigante do poder de manipulação da opinião pública e da ambiguidade de caráter do ser humano, considerada uma das obras mais importantes da história do cinema. Oscar de roteiro original. 
Interessante notar na história do cinema que este filme, mesmo se tornando a obra máxima da sétima arte para muitos, acabou não reconhecido naquela época, pois a academia deu o Oscar de melhor filme e diretor para John Ford em Como era Verde o meu vale. Anos mais tarde fica mais do que evidente que às vezes a academia erra, e feio com relação as suas escolhas, Cidadão Kane é uma genuína prova disso.



A Dama do Lago (1947)



Sinopse: Hollywood, anos 40. Phillip Marlowe, detetive particular, é encontrado pelo editor Derace Kingsby, para encontrar sua última esposa, que no mês anterior teria enviado um telegrama, dizendo que estava indo para o México, para se casar com um homem chamado Chris Lavery. Entreanto, Kingsby avistara recentemente Lavery em Hollywood, e este demonstrou desconhecer a viagem ao México. Marlowe começa sua investigação na casa de campo da família ao lado de um lago.


Baseado no livro de Raymond Chandler, o longa se tornou notável por ser inteiramente filmado a partir do ponto de vista do detetive. Montgomery, que também assinou a direção, aparecia na tela apenas quando era refletido num espelho.


A época da Inocência (1993)



Sinopse: Nova York, 1870. Um advogado (Daniel Day-Lewis) está de casamento marcado com uma jovem (Winona Ryder) da aristocracia local, quando uma condessa (Michelle Pfeiffer), prima de sua noiva, volta da Europa após separar-se do marido. As idéias dela chocam a tradicional sociedade americana e, ao tentar defendê-la, o advogado se apaixona por ela e correspondido.

Fiel adaptação do romance homônimo de Edith Wharton. É o primeiro drama histórico-romântico de Scorsese. Produção requintada, fotografia impecável e elenco que responde a altura, a uma história de preconceitos, paixões caladas e frustrações. O filme tem um ritmo lento e suas emoções demoram a explodir, o que apenas incrementa o retrato elaborado. Levou o Oscar de melhor figurino (de Gabriella Pescussi). Narração off de Joanne Wood.
    
Curiosidade: A previsão inicial era que "A Época da Inocência" estreasse nos cinemas americanos no outono de 1992, mas o filme apenas estreou realmente quase um ano depois, para que o diretor Martin Scorsese tivesse mais tempo para editar o filme do jeito que queria.
 
Mais informações sobre o curso você encontra clicando aqui. 


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Cine Dica: Documentário sobre Torquato Neto estreia dia 8 de março

ARTISTA MÚLTIPLO, TORQUATO NETO GANHA CINEBIOGRAFIA INÉDITA NO CINEBANCÁRIOS A PARTIR DE 8 DE MARÇO
























Com distribuição do Projeto Sessão Vitrine Petrobras, o documentário , que traz depoimentos de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Tom Zé, entre outros, e voz de Jesuíta Barbosa, entra em cartaz na sessão das 17h.
Pela primeira vez, a vida e obra do poeta piauiense Torquato Neto ganha as telas dos cinemas no documentário “TORQUATO NETO – TODAS AS HORAS DO FIM“, dirigido por Eduardo Ades e Marcus Fernando, que estreia dia 8 de março, pelo projeto Sessão Vitrine Petrobras. Um dos pensadores e letristas mais ativos da Tropicália, Torquato Neto atuou em diversas frentes, deixando sua marca inventiva na poesia, na música, no cinema, no jornalismo e na produção cultural.
“A ideia do filme é jogar uma luz sobre a vida e a obra desse personagem tão importante - e ao mesmo tempo ainda tão obscuro - da cultura brasileira”, diz um dos diretores, Marcus Fernando. “Torquato Neto é um personagem imenso e se revelou um desafio gigantesco para a montagem do filme. A gente percebeu que só daria conta de trazer a verdade dele se o colocasse em primeiro plano mesmo, como protagonista do filme. E assim evitando que o filme se tornasse frio e o Torquato, apenas um assunto. Pra isso, selecionamos dezenas de textos e músicas dele – era preciso que ele falasse em todas as sequências, sobre todos os assuntos que abordamos”, completa o também diretor Eduardo Ades.
Torquato começou na música na década de 60, compondo em parceria com Edu Lobo, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Na mesma época, aderiu ao movimento Tropicália, sendo responsável por algumas das mais importantes músicas do período: “Geléia Geral“ e “Marginália II“ (ambas em parceria com Gilberto Gil) e “Mamãe, Coragem“ (em parceria com Caetano Veloso). Com o fim do movimento, foi passar uma temporada na Europa. De volta para o Brasil no início dos anos 70, atua como o personagem-título de “Nosferato no Brasil“, de Ivan Cardoso.  Em seguida, roda em Teresina seu primeiro filme, “O Terror da Vermelha“. Na madrugada do dia 10 de novembro de 1972, após seu aniversário de 28 anos, suicida-se em seu apartamento, no Rio de Janeiro.
Ao todo, 26 textos da autoria de Torquato Neto foram selecionados para contar a sua história. Poemas, colunas de jornal, cartas para amigos e parentes, e trechos de diários são interpretados pelo ator Jesuíta Barbosa, que dá voz ao poeta. Além dos textos, o doc conta ainda com uma entrevista em áudio do poeta, depoimentos de amigos e parceiros, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Tom Zé, e 19 músicas de Torquato interpretadas por nomes como Elis Regina, Edu Lobo, Gil e Caetano, incluindo seus maiores sucessos, “Pra dizer adeus”, “Geleia Geral”, “Mamãe, coragem” e “Let’s play that”.
Para construir o visual do filme e reconstruir o contexto da época, a produção utiliza mais de 200 fotos, maior parte delas do Arquivo Torquato Neto, e trechos de 40 filmes, maioria deles do Cinema Novo e do Cinema Marginal. Cidades por onde Torquato passou, como Teresina, Rio, São Paulo, Paris e Londres, também foram registradas em Super-8mm.
TORQUATO NETO – TODAS AS HORAS DO FIM é o primeiro longa do produtor e pesquisador musical Marcus Fernando e o segundo filme do diretor Eduardo Ades, que lançou em 2017 o documentário “Crônica da demolição”, após ter dirigido e roteirizado o premiado curta “A Dama do Estácio”, estrelado por Fernanda Montenegro. O filme é uma produção da Imagem-Tempo, distribuído pelo Projeto Sessão Vitrine Petrobras, com patrocínio da Riofilme e da Secretaria de Cultura do Estado do Piauí, e coprodução do Canal Brasil.
O filme teve lançamento no Festival do Rio, em outubro passado, já passou por 15 festivais e mostras, em oito estados com uma recepção calorosa e recebeu nove prêmios. “Estamos descobrindo que Torquato tem uma pequena legião de fãs ardorosos por todo o país, gente que conhece tudo que ele fez e vai atrás de ver o filme. E também um público muito grande que quer saber mais sobre quem foi essa misteriosa figura, que participou de tantos movimentos importantes e acabou se matando”, diz Eduardo Ades.
Sinopse:
Torquato Neto (1944-1972) vivia apaixonadamente as rupturas. Atuando em múltiplas frentes – no cinema, na música, no jornalismo –, o poeta piauiense engajou-se ativamente na revolução que mudou os rumos da cultura brasileira nos anos 60 e 70. Foi um dos pensadores e letristas mais ativos da Tropicália, parceiro de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jards Macalé. Junto à arte marginal, radicalizou sua atuação e crítica cultural, com Waly Salomão, Ivan Cardoso e Hélio Oiticica. Por fim, rompe com sua própria vida. Suicida-se no dia de seu aniversário de 28 anos
SOBRE TORQUATO NETO
Torquato Neto é um dos poucos artistas da Tropicália que ainda não teve sua vida e obra documentada em audiovisual. Em sua breve trajetória, atuou em múltiplas frentes, sempre deixando sua marca inventiva: na poesia, na música, no cinema, no jornalismo, na produção cultural. Nascido em Teresina, em 1944, filho de funcionários públicos (Heli da Rocha Nunes e Salomé Nunes), na adolescência Torquato muda-se para Salvador para terminar os estudos do ensino médio – é quando conhece Caetano Veloso.
Chega ao Rio de Janeiro para estudar direito – mas acaba optando pelo curso de jornalismo, que acabaria por abandonar depois. Mesmo assim, o jornalismo acabará se tornando um importante meio para a expressão de sua poética. Em 1965 e 1966, começa a fazer letras de música em parceria com artistas como Edu Lobo (Pra dizer adeus, Veleiro, Lua nova), Caetano Veloso (Nenhuma dor) e Gilberto Gil (Meu choro pra você).
Em 1967, adere ao movimento da Tropicália, sendo responsável por algumas das mais importantes músicas do período: Geléia Geral e Marginália II (ambas em parceria com Gilberto Gil) e Mamãe, Coragem (em parceria com Caetano Veloso). No fim de 1968, com o movimento tropicalista sofrendo duros ataques e a conjuntura política do país se fechando, parte para a Europa, apenas uma semana antes do AI-5. Primeiro mora em Londres, onde colabora para a realização da exposição de Helio Oiticica, seu amigo, na White Chapel Art Gallery. E depois, vive uma temporada em Paris.
No início de 1970, já de volta ao Brasil, nasce seu único filho, Thiago, do seu casamento com Ana Maria Duarte. Passa por internações no Sanatório Meduna e no Hospital Psiquiátrico Pedro II, onde escreve o Diário do Engenho de Dentro. Em 1971, participa da criação do suplemento cultural Plug, do Correio da Manhã, e depois assina a coluna Geleia Geral, no jornal A Última Hora. Aproxima-se cada vez mais de artistas mais “marginais”, como o artista plástico Hélio Oiticica (com quem mantém intensa correspondência), o poeta Waly Salomão (com quem colabora no Plug), o cineasta Ivan Cardoso, e o músico Jards Macalé (com quem compõe Let’s play that).
Atua como o personagem-título de Nosferato no Brasil, filme em super-8mm de Ivan Cardoso e encampa o movimento super-oitista. Sua coluna Geleia Geral acaba se firmando como o grande veículo de propagação do imaginário marginal desse período. Em 1972, realiza em Teresina seu primeiro filme, desejo acalentado há vários anos: O Terror da Vermelha, em super-8mm. Participa como ator em outros três filmes: Dirce e Helô (de Luiz Otávio Pimentel), e O padre e as moças e A múmia volta a atacar (de Ivan Cardoso). Em parceria com Waly Salomão, concebe e organiza a revista Navilouca (que só seria lançada anos mais tarde).
Na madrugada do dia 10 de novembro, após seu aniversário, suicida-se em seu apartamento, no Rio de Janeiro. Em 1973, Ana Maria Duarte e Waly Salomão organizam seus escritos e lançam a primeira edição do livro Os últimos dias de Paupéria. Em 1974, a Navilouca é publicada.
FICHA TÉCNICA
Documentário, cor, DCP 2K, 88 minutos
Empresa produtora: Imagem-Tempo
Coprodução: Canal Brasil
Produtora Associada: Link Digital
Patrocínio: Riofilme e Secretaria de Cultura do Estado do Piauí
Direção e roteiro: Eduardo Ades e Marcus Fernando
Argumento: Marcus Fernando
Com: Jesuíta Barbosa (como Torquato Neto, voz)
Produzido por: Daniela Santos, Eduardo Ades, João Felipe Freitas
Produção executiva: Daniela Santos, Bibiana Osório
Montagem: João Felipe Freitas
Pesquisa iconográfica: Remier Lion, Marcus Fernando, João Felipe Freitas, Eduardo Ades
Edição de som: Thiago Sobral
Mixagem: Jesse Marmo
SOBRE OS DIRETORES:
Marcus Fernando é pesquisador e produtor musical. Ao longo dos últimos 20 anos, trabalhou com diversos nomes da música brasileira, como João Bosco, Moraes Moreira, Flavio Venturini, Joyce, Quarteto em Cy, Leila Pinheiro, Nei Lopes e Beth Carvalho. Idealizou e dirigiu diversos shows, produziu discos e foi diretor artístico da gravadora Fina Flor e diretor de produção da Rob Digital. Roteirizou e dirigiu a série de TV “Cale-se – a censura musical” (Canal Brasil, 2016).
Eduardo Ades é formado em Cinema pela UFF, é diretor, roteirista e produtor. Sócio-fundador da Imagem-Tempo, produtora carioca com 14 anos de atividade. Diretor e roteirista do documentário “Crônica da demolição” (90 min, 2015) e do premiado curta “A Dama do Estácio” (22 min, 2012), estrelado por Fernanda Montenegro, Nelson Xavier e Joel Barcellos. Produziu os documentários “Morro dos Prazeres” (Maria Augusta Ramos, 2013) e "Yorimatã" (Rafael Saar, 2014), além de diversos curtas. 
Sobre a SESSÃO VITRINE PETROBRAS:
Projeto de distribuição coletiva criado pela Vitrine Filmes, e com o patrocínio da Petrobras, com o intuito de levar ao público um cinema de qualidade, expondo a diversidade da produção audiovisual contemporânea. Em 2018, a SESSÃO VITRINE PETROBRAS fica em cartaz permanentemente, com ingressos reduzidos de até R$ 12. Com um lançamento por mês e horários fixos em cinemas de mais de 20 cidades, com sessões diárias ou semanais, dependendo da demanda de cada praça. Os filmes ficarão em cartaz por no mínimo duas semanas em cada cidade. A intenção é que uma programação mensal e um horário fixo tornem-se um referencial e criem um público cativo.
Serviço:
Ingressos: R$ 12,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$6,00. Os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingresso.com . Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard. 

Grade de horários:
*Não abrimos apenas nas segundas-feiras

8 de março (quinta-feira)
15h - Minha Amiga do Parque
17h - Torquato Neto - Todas as Horas do Fim
19h - Minha Amiga do Parque

9 de março (sexta-feira)
15h - Minha Amiga do Parque
17h - Torquato Neto - Todas as Horas do Fim
19h - Minha Amiga do Parque

10 de março (sábado)
15h - Minha Amiga do Parque
17h - Torquato Neto - Todas as Horas do Fim
19h - Minha Amiga do Parque

11 de março (domingo)
15h - Minha Amiga do Parque
17h - Torquato Neto - Todas as Horas do Fim
19h - Minha Amiga do Parque

13 de março (terça-feira)
15h - Minha Amiga do Parque
17h - Torquato Neto - Todas as Horas do Fim
19h - Minha Amiga do Parque

14 de março (quarta-feira)
15h - Minha Amiga do Parque
17h - Torquato Neto - Todas as Horas do Fim
19h - Minha Amiga do Parque  

Mais informações sobre a SESSÃO VITRINE PETROBRAS:
Site: http://www.sessaovitrine.com.br
Facebook: http://www.facebook.com/sessaovitrine/
Instagram: http://www.instagram.com/vitrine_filmes/

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331204 

quarta-feira, 7 de março de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: A Maldição da Casa Winchester


Sinopse: Sarah Winchester é herdeira de uma empresa de armas de fogo e acredita ser assombrada por almas que foram mortas pelo rifle criado por sua família, os Winchester. Após as repentinas mortes do marido e filho, ela decide construir uma mansão para afastar os espíritos. Quando o psiquiatra Eric Price parte para avaliar o estado psicológico de Sarah, ele percebe que talvez a obsessão dela não seja tão insana assim.



O filme Invocação do Mal gerou a nova onda de sucesso dos filmes de terror atualmente no cinema. Usando técnicas simples de antigamente, desde o uso de sombras, ruídos e vultos surgindo repentinamente, o filme foi um grande sucesso, gerando continuação, derivados e filmes que seguiam essa tendência, como no caso da franquia Sobrenatural. Porém, usar a mesma formula não significa sucesso na certa, pois durante o trajeto de criação sempre pode se perder a chance de se construir algo mais original, que é no caso desse A Maldição da Casa Winchester, filme com grande potencial, mas que se perde no famigerado lugar comum.
Dirigido por Michael Spierig e Peter Spierig (do último Jogos Mortais), o filme acompanha a história do médico Eric Price (Jason Clarke, de Planeta dos Macacos: O Confronto), que possui um passado traumático e se afundando nas drogas e na sua própria profissão. Ele é então convocado para analisar o comportamento de Sarah Winchester (Helen Mirren) é herdeira de uma empresa de armas de fogo e que criou uma imensa casa que, segundo ela, é para afastar os espíritos. Não demora muito para Eric descobrir que se encontra numa fina linha em que se separa a razão do sobrenatural.
Tecnicamente o filme possui um belo visual gótico, onde o cenário da mansão em si já nos deixa assombrado pelos seus inúmeros detalhes. Visualmente o filme remete as velhas e boas produções do estúdio inglês Hammer, do qual era especializado nos filmes de horror e o sobrenome do protagonista é, obviamente, uma homenagem ao astro do gênero de horror Vincent Price (A Casa dos Maus Espíritos). Portanto, para os amantes do cinema clássico de horror o filme é um prato cheio, mas até certo ponto.
O problema principal de A Maldição da Casa Winchester é ter aquele famigerado Déjà vu que assombra o gênero, onde em algumas situações, por exemplo, já advínhamos com antecedência o que irá acontecer em seguida. Além disso, as soluções criadas para o protagonista enfrentar os seus próprios demônios do passado acabam soando forçados demais. Por um momento o filme quase se envereda para algo que nós já vimos em filmes como o Sexto Sentido, mas ao tentar criar algo criativo, acaba soando como forçado e muito ingênuo.
Ainda não foi dessa fez que Jason Clarke conseguiu obter uma atuação num filme que o consagrasse por definitivo, pois mesmo sendo talentoso, o seu desempenho em filmes errados o tornam um ator de segundo escalão dos estúdios. E se a veterana Helen Mirren faz o seu trabalho com uma enorme competência num filme que tem pouco a lhe oferecer, é triste ver atriz Sarah Snook não obter um papel digno que lhe tornasse mais popular entre o público. Conhecida mais pela sua atuação no surpreendente O Predestinado, Snook interpreta um papel de grande potencial, mas que fica sumindo e reaparecendo e tendo só melhor destaque nos minutos finais da trama.
Com um final que dá entender que o estúdio deseja fazer mais continuações, A Maldição da Casa Winchester é um exemplo de potencial desperdiçado, no qual nos prega grandes sustos, mas que esperávamos no fundo algo bem mais criativo.