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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Cine Especial: O PLANETA DOS MACACOS: A CONSTRUÇÃO DE UM CLÁSSICO



O último curso do Cine Um desse ano (dias 19 e 20 de dezembro, no Cine Capitólio) será dedicado exclusivamente ao clássico O Planeta dos Macacos (1968), filme que foi um marco da ficção científica e que gerou uma das primeiras franquias da história do cinema. Abaixo, segue em ordem cronológica a cine série clássica do cinema:     

 

O PLANETA DOS MACACOS (1968)


Baseado no romance de Pierre Boulle (autor da Ponte do Rio Kwai) que julgava a história infilmável. Um triunfo dos roteiristas Michael Wilson e Rod Serling (criador do seriado Além da Imaginação) e de Schaffner. Rendeu quatro continuações e duas series de TV, uma delas como desenho animado. Ganhou um Oscar especial de melhor maquiagem para John Chambers. Com personagens cativantes, o grande destaque fica para o casal de macacos Cornelius (Roddy McDowell) e Zira (Kim Hnter) que seriam peças importantes de toda a saga. O filme em si, era um retrato do medo daquela época perante as mudanças que poderiam surgir futuramente e ao mesmo tempo uma espécie de critica a hostilidade, crenças e a guerra uns contra os outros. Tudo moldado num único filme e que se encerra com chave de ouro devido à inesperada cena final que entrou para história do cinema.

Curiosidade: O Oscar especial dado a John Chambers aconteceu porque na época o Oscar não tinha entre suas categorias a de melhor maquiagem. Assim sendo, como forma de reconhecimento pelo trabalho feito em O Planeta dos Macacos nesta área, resolveu-se por dar a Chambers um Oscar honorário;

 

De Volta ao Planeta dos Macacos (1970)


Em termos de comparação, essa sequência é inferior ao original, tanto em história como tecnicamente em termos de produção. Tudo devido a um orçamento apertado que acabou em parte prejudicando o filme em alguns momentos (como alguns macacos figurantes usando somente máscara inanimada em vez da maquiagem especial do primeiro filme). Porém, o ato final reserva momentos emocionantes, com uma sequência final que, se por um lado não superou a cena final marcante do filme anterior, por outro demonstrou novamente ousadia em terminar a trama de uma forma pessimista e que faz pensar.

 Curiosidade: É o único dos cinco filmes da série que não é estrelado por Roddy McDowell, que não pôde participar por já estar comprometido com outro filme.

 

Fuga do Planeta dos Macacos(1971)

 

Pode não ser o melhor, mas é o filme que mais tenho carinho por focar no casal Cornelius (Roddy McDowell) e Zira (Kim Hnter) que antes personagens secundários, (mas que roubavam a cena nos filmes anteriores), desta vez são os protagonistas no passado, onde os humanos ainda dominavam a terra. Os momentos em que os personagens contracenam e são paparicados no mundo dos humanos são as melhores partes do filme, mas ao mesmo tempo, a trama não foge do lado mais sério dos filmes anteriores. O final é trágico e talvez o mais triste da serie, mas como sempre, deixa uma luz de esperança futura e ao mesmo tempo uma desculpa para dar continuidade à série cinematográfica.


 

A Conquista do Planeta dos Macacos (1972)


O mais violento filme da serie, tanto que muitos considerarão na época violento demais para ser assistido por certos jovens, mas se a intenção era mostrar os macacos dominando a terra e derrotando uma humanidade sem escrúpulos, não havia como ser diferente. Principalmente que os filmes da série Planeta dos Macacos caminhavam um pouco com a realidade do que estava acontecendo e quando essa quarta parte foi lançada (1973) havia um numero cada vez maior de atos de violência, rebeldia, protestos e a luta cada vez maior pelo direito de expressão do lado discriminado, como no caso a comunidade negra. Visualmente o filme lembra por alguns momentos Fahrenheit 451 (de François Truffaut) que era a mais recente referencia em retratar um futuro opressor onde os governantes que comandavam com mão de ferro. Roddy McDowell, que antes havia feito Cornelius nos filmes anteriores, aqui era mais do que lógico interpretar o seu filho Cesar que se levanta contra os humanos e liderará os macacos para um futuro melhor para a sua raça, e aqui, consegue obter uma de suas melhores interpretações de toda a série.

Curiosidades: A Conquista do Planeta dos Macacos traz a primeira aparição de Natalie Trundy como macaca. Nos filmes anteriores ela foi vista como humana. A cena da batalha final sofreu cortes da 20th Century Fox, devido à violência. A intenção era obter uma censura mais branda para o filme.

 

A Batalha do Planeta dos Macacos (1973)


Diferente do filme anterior, esse é o mais leve da série e que encerra de uma forma satisfatória toda a saga, mostrando os macacos e os humanos que restaram de uma guerra nuclear, unidos de uma forma pacifica. McDowall novamente interpreta o líder Cesar e encerrando um circulo que começou no primeiro filme ao interpretar o personagem Cornelios. Atualmente, muitos fãs da serie reconhecem que o grande segredo do sucesso dessa saga cinematográfica se deve a, não somente ter tido boas histórias, como também por ter personagens carismáticos e interpretados com atores competentes (como Mcdowall) que atuaram como se fossem seus últimos papeis de suas carreiras.

Durante a produção desse filme, foi acertado que esse seria o ultimo da saga, mas a mania pelo mundo dos macacos falantes continuaria: série de TV de 13 capítulos e numa série de desenho animado. Isso fora uma série de HQ e inúmeros brinquedos que foram lançados, após o grande sucesso de audiência que os filmes obtiveram quando foram exibidos para TV. Situação como essa que só se viria de novo no final dos anos 70 com a chegada de Star Wars, mas como a história conta, foram os macacos que chegaram primeiro.

Curiosidade: Roddy MacDowall e Natalie Trundy são os únicos atores a aparecerem em quatro dos cinco filmes da série. Roddy MacDowell apenas não esteve em De Volta ao Planeta dos Macacos (1970), enquanto que Natalie Trundy não integrou o elenco de O Planeta dos Macacos (1968).

Inscrições para o curso cliquem aqui. 



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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: O CLÃ

Sinopse: Em meados dos anos 1980, a Argentina passava pelo fim da Guerra das Malvinas e da ditadura militar. No meio desse clima, o patriarca da família Puccio, Arquímesdes (Guillermo Francella), seus filhos Daniel e Alejandro e alguns amigos sequestram e matam empresários, enquanto tentam manter as aparências de uma família normal.


Não é somente o cinema Brasileiro que, uma vez ou outra, retrata o turbulento período da ditadura militar. Na realidade boa parte da América latina sofreu com as mazelas desse período, mais precisamente durante as décadas de 60, 70 e metade da década de 80. Portanto, não é surpresa que Argentina se encontre nessa fileira em colocar tudo pra fora sobre os atos e consequências desse período e O Clã vem para fortalecer isso.
Na realidade o filme retrata mais as consequências daquele tempo, já que o filme retrata uma família, cujo patriarca (Guillermo Francella, extraordinário) trabalhava para o governo e o que dá entender é que ele sujava as mãos, desde sequestrando ou até matando determinados alvos políticos. Com o fim da ditadura, mas nenhum pouco satisfeito com isso, o protagonista então decide sequestrar pessoas, que por sua vez possui parentescos com pessoas poderosas, para assim então extorquir dinheiro através de sequestro. O problema é que ele mata as pessoas que ele sequestra, e o que é pior, com ajuda de sua própria família que não enxerga o próprio horror acontecendo dentro de casa.
Baseado em fatos verídicos ocorridos na década de 80, o filme somente agora ganhou vida através das mãos do cineasta Pablo Trapero. Não poderia ser mais do que oportuno, já que Trapero gosta de tocar nas feridas de diversos assuntos, seja política, corrupção e o lado podre da sociedade contemporânea. Revendo filmes como Abutres e Elefante Branco, se percebe que eles pareciam uma espécie de ensaio para algo maior que estaria por vir e O Clã é a peça que faltava. Fora o fato de uma reconstituição de época perfeita, Trapero prossegue com o seu vicio na criação dos planos sequência que já foram vistos em seus filmes anteriores. Se a pessoa é familiarizada com a sua obra, ela já estará preparada para o que está por vir, já que quando começa um plano sequência, é sinal que o cineasta irá nos impressionar no final da cena. Pegamos, por exemplo, um sequestro orquestrado pelo protagonista, mas que o resultado acaba sendo de uma chocante reviravolta. Porém, mesmo com toda mão firme do cineasta, o filme não funcionária sem um elenco afiado, mas isso é o que ele tem exatamente em mãos. Arquímedes Puccio, o patriarca da família, com certeza entrará na lista dos melhores vilões do ano e muito disso se deve ao ator  Guillermo Francella: visto em filmes como o já clássico o Segredo dos Seus Olhos, Francella se apresenta aqui envelhecido, mas com uma força que vem através da  insanidade do seu personagem e isso se fortalece ainda mais com o seu olhar frio e calculista.
Nos não sentimos remorso vindo da sua parte, mas sim uma convicção de que ele acredita que está fazendo a coisa certa, tanto para ele como para sua família. Embora não aja um discurso vindo de suas palavras, suas ações e convicções me lembraram muito a interpretação de Charles Chaplin em Monsieur Verdoux (1947), em que o personagem matava as suas mulheres para pegar a sua parte da herança e que, faz uma crítica sobre o governo no final do filme, já que a guerra matou muito mais do que ele próprio, segundo ele. Aqui o protagonista se encontra num terreno familiar, aonde o seu governo e guerras das quais ele veio a presenciar o moldaram a ser o que ele veio a se tornar, dando a entender que, tudo o que ele faz, é porque acredita que o país lhe deve. Com uma família condizente (em aparências) com relação às ações do patriarca, o lado de conflito e remorso se encontra nos ombros do personagem Alejandro (Peter Lanzani). Jogador, e com uma bela namorada, o rapaz sonha com um futuro promissor, mas que se vê sempre arrastado ao  trabalho obscuro vindo do seu pai. Peter Lanzani se sai bem em cena, não devendo nada perante o desempenho magnético Guillermo Francella e sua cena final está entre os momentos mais imprevisíveis da trama e fazendo com que o tal momento não saia tão fácil de nossas lembranças.
Com um final que não há vencedores e nem perdedores nessa realidade crua, O Clã é uma mostra de que como determinados governos são culpados ao criarem determinados monstros e até quando eles conseguem manter escondidos dentro dos seus armários.


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Cine Dica: Sessão Plataforma exibe A Professora do Jardim de Infância

DESTAQUE DO CINEMA ISRAELENSE
NA SESSÃO PLATAFORMA
 
Na terça-feira, 15 de dezembro, às 20h30, acontece na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) a última Sessão Plataforma de 2015, com o filme A Professora do Jardim de Infância (2014, 119 minutos), do israelense Nadav Lapid. Reprise única no sábado, 19 de dezembro, às 19h. O ingresso custa R$ 4,00.  
Nira é professora do jardim de infância em Tel Aviv há 15 anos. Quando um de seus alunos, Yoav, recita um surpreendente poema sobre amor não correspondido, Nira pergunta para a babá do menino de onde vem os versos. Ela descobre que Yoav é um menino prodígio que consegue improvisar versos e decide utilizar a poesia dele como se fosse sua própria criação, com a ambição de se tornar poeta. Mas sua paixão pelo talento de Yoav torna-se uma obsessão, com consequências perigosas.
Nadav Lapid nasceu em Tel Aviv em 1975. Estudou cinema na Sam Spiegel Film & Television School em Jerusalem. Dirigiu três curtas-metragens BORDER PROJECT (2004), ROAD (2005), e EMILIE'S GIRLFRIEND (2006). Seu primeiro longa, POLICEMAN (2011), foi desenvolvido na Cinefondation Residence do Festival de Cannes e estreou no Festival de Locarno, onde recebeu o Prêmio Especial do Júri, além de ter sido selecionado para festivais importantes como BAFICI (Prêmio de Melhor Filme e Melhor Direção), New York, London e San Francisco (Melhor Filme). THE KINDERGARTEN TEACHER (2014) é seu segundo longa e estreou na Semana da Crítica do Festival de Cannes.
 


Serviço:
A PROFESSORA DO JARDIM DE INFÂNCIA (Haganenet / The Kindergarten Teacher) dir: Nadav Lapid, 119min, ISR/FRA, 2014.
Sessão 15 de dezembro (terça) - 20h30
Única reprise 19 de dezembro (sábado) - 19h
Local: Sala P. F. Gastal - Usina do Gasômetro 
Ingresso: R$ 4,00
Projeção: Bluray com legendas em português e espanhol
Realização: Tokyo Filmes em parceria com a Coordenação de Cinema e Video da Prefeitura de Porto Alegre.
 Plataforma é uma sessão de cinema, realizada desde agosto de 2013 na cidade de Porto Alegre (RS), que exibe filmes recentes e inéditos na cidade, de qualquer nacionalidade, duração e bitola, sem distribuição garantida no Brasil.

Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Cine Dicas: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo:



Missão Impossível: Nação Secreta

 

Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 

 A Dama Dourada 
Leia a minha crítica já publicada clicando aqui.
 

Quarteto Fantástico (2015)

 Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 



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