Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Além da escuridão - Star Trek

Leia a minha critica já publicada clicando aqui.

 Me Sigam no Facebook e Twitter: 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: POR QUE VOCÊ PARTIU?


Sinopse: Documentário investiga as motivações de cinco chefs de cozinha franceses que se mudaram para o Brasil.

Abandonar sua família por uma paixão, assim é o documentário Por que você partiu?, do diretor Eric Belhassen. No filme, o cinéfilo é apresentado a seis chefs franceses que vieram para o Brasil para expandir os seus horizontes com relação a sua profissão. Através de depoimentos de familiares, mais as horas de gravação, acompanhamos o dia a dia de cada um, onde o cinéfilo começa ficar se aproximando cada vez mais dessas pessoas, passando a sentir suas tristezas e momentos de felicidades, além de se emocionar com a cruzada de cada um. Uma interessante fusão entre Brasil e França que envolve laços familiares, desejos e um belo cardápio da gastronomia.
Erick Jacquin, Emmanuel Bassoleil, Roland Villar, Alain Uzan, Frédéric Monnier e Laurent Suaudeau são os cozinheiros profissionais desse documentário que busca, explicações sobre do  por que pessoas com vida bem definida, decidem de uma hora pra outra, deixar para traz suas raízes, em busca de respostas para a vida em outro lugar distante. No caso desses seis personagens, eles jogaram tudo para o auto e partindo para o outro lado do mundo, deixando para traz os seus laços de sangue. Entre o dia a dia no restaurante, dramas, e momentos de muito humor, Por que você partiu? disseca passo a passo, que existe muito mais do que além de chefes de cozinha francesa.
Selecionada para inúmeros festivais, a obra de Eric Belhassen  se mostra em alguns momentos bem amadora.  Contudo, é por essa observação que faz com que a trama chegue mais perto do cinéfilo que assiste, tornando então mais real e emocionante. Dividindo espaço dos momentos dramáticos, como lembranças de Emmanuel sobre o seu laço forte com o seu pai, com momentos de puro humor, como quando Erick lança inúmeras broncas em seus funcionários, o documentário segue uma linha de historias com  começo, meio e fim, apresentando logo no início todas as peças desse tabuleiro, e intercalando suas histórias ao longo do longa.
Ao que tudo indica, segundo o próprio cineasta, esse será o primeiro filme de uma trilogia, onde tema principal será sobre as separações em diversas formas. Enquanto os outros dois filmes não chegam, com esse já temos uma boa dose de emoção na medida certa. Não apenas nas declarações de cada um dos envolvidos da trama, como também nas inúmeras  mensagens deixadas pelo filme, que alcança rapidamente sua principal proposta, de fazer com o que o cinéfilo sinta cada história do seu modo e que cada um levante  a sua própria interpretação com relação ao que viu.
Mas o que significa o titulo da obra? A resposta vária para cada pessoa, principalmente para os pais que viram os seus filhos partirem pra longe e viver novas vidas num país distante do seu. Nos os compreendemos e acima de tudo entendemos suas ações.  


 Me Sigam no Facebook e Twitter: 

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Antes da Meia Noite

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

 Me Sigam no Facebook e Twitter: 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Cine Dica: O Melhor do Nosso Cinema: É PROIBIDO FUMAR


Sinopse: Baby (Glória Pires) é uma professora de violão, romântica e solitária, que deseja ardentemente viver uma grande paixão. Com a mudança de Max (Paulo Miklos), um músico de bar recém-separado, para o apartamento vizinho ao seu, Baby tem a chance de realizar seu sonho. Mas, para conquistar o amor, ela terá que abrir mão de seu mais antigo e fiel companheiro, o cigarro.


Anna Muylaert dirige essa curiosa comédia em que retrata um pouco de um relacionamento inusitado de duas pessoas presas no passado, que devido a isso irão enfrentar conseqüências, mas aliado a momentos de humor no bom sentido. O legal do filme é que o apartamento onde se passa a trama se torna também um personagem de inúmeros detalhes, tanto que o apartamento de Baby se diferencia dos outros. Vencedor de inúmeros prêmios,  É Proibido Fumar é um pequeno, mas um delicioso filme que foi me conquistando aos poucos e mais uma pequena prova da ótima fase do cinema brasileiro.

 Me Sigam no Facebook e Twitter: 

Cine Dica: Alemã Ulrike Ottinger Ganha Retrospectiva na Capital Gaúcha

RETROSPECTIVA APRESENTA OBRA TRANSGRESSORA DA ALEMÃ ULRIKE OTTINGER

Em uma parceria entre o Goethe Institut e a Secretaria da Cultura de Porto Alegre, através de suas Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia e Coordenação de Artes Plásticas, o público porto-alegrense terá acesso a partir da próxima semana à obra da alemã Ulrike Ottinger. Uma oportunidade única para entrar em contato com a produção desta que é uma das cineastas e artistas mais transgressoras surgidas na Alemanha do pós-guerra. A programação inclui uma mostra de filmes na Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro - 3º andar), entre os dias 10 e 17 de outubro, e uma exposição com 52 fotografias no Porão do Paço Municipal, que pode ser visitada entre 11 de outubro e 8 de novembro. Ottinger estará presente na sessão de abertura da mostra de filmes, na qual será exibido seu trabalho mais recente, o longa-metragem Sob a Neve, rodado no Japão. Toda a programação, incluindo o coquetel de abertura da mostra de filmes, no dia 10 de outubro, às 19h30, é aberta ao público e tem entrada franca. 
Nascida em 1942, a cineasta Ulrike Ottinger faz parte da mesma geração dos diretores Rainer Werner Fassbinder (1945-1982) e Werner Schroeter (1945-2010), dois dos principais expoentes do cinema alemão do pós-guerra, com os quais sua filmografia costuma ser associada. A exemplo de seus colegas Fassbinder e Schroeter, Ulrike Ottinger é autora de uma obra extremamente original, que a colocou entre os realizadores de vanguarda em seu país a partir da primeira metade da década de 70. Desde seus primeiros filmes, ainda no formato de curta-metragem, Ottinger atraiu a atenção da crítica por sua peculiar visão de mundo, pela profusão de referências eruditas e por sua extravagante direção de arte, tornando-se internacionalmente conhecida através de títulos como Retrato de uma Alcoólatra (1979), Freak Orlando (1981), Dorian Gray no Espelho da Imprensa Marrom (1984) e Joana d’Arc da Mongólia (1989).
 Entre seus habituais colaboradores, estão as atrizes Delphine Seyrig (de O Ano Passado em Marienbad) e Magdalena Montezuma, os atores Eddie Constantine (o Lemmy Caution de Alphaville, de Godard) e Kurt Raab, a modelo Veruschka von Lehndorff e o compositor Peer Raben (responsável pela trilha sonora dos principais filmes de Fassbinder).
 Ao longo de sua festejada carreira, Ulrike Ottinger já mereceu retrospectivas em instituições de prestígio como a Cinemateca Francesa, em Paris, e o Museu de Arte Moderna de Nova York. Além disso, é presença frequente no circuito de arte contemporânea, tendo apresentado seus trabalhos na Bienal de Veneza, na Documenta de Kassel e na Bienal de Berlim.
 A obra de Ulrike Ottinger vai da representação teatral à observação antropológica, da ficção ao documentário. Ao observar suas imagens, o espectador se desloca: o distante torna-se próximo, o estranho, familiar. A artista não se propõe a apresentar um retrato fiel da realidade: seu olhar subjetivo e o foco de sua câmera são perceptíveis em cada um de seus trabalhos. Espanto, beleza, alegria e questões psicológicas permeiam toda a sua produção.

Mais informações vocês conferem no folder abaixo.
  

ATENÇÃO PARA CORREÇÃO NA GRADE
dia 15 de outubro (terça-feira)
15:00 – Sob a Neve
17:00 – O Baú do Casamento Coreano
18:45 – Freak Orlando.
20:45 – Sessão Plataforma (The Invader).

 Me Sigam no Facebook e Twitter: 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Cine Dica: O Melhor do Nosso Cinema: VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO



Sinopse: José Renato (Irandhir Santos) tem 35 anos, é geólogo e foi enviado para realizar uma pesquisa, onde terá que atravessar todo o sertão nordestino. Sua missão é avaliar o possível percurso de um canal que será feito, desviando as águas do único rio caudaloso da região. À medida que a viagem ocorre ele percebe que possui muitas coisas em comum com os lugares por onde passa. Desde o vazio à sensação de abandono, até o isolamento, o que torna a viagem cada vez mais difícil.
  
Nas mãos de Karim Ainouz e Marcelo Gomes, o conhecido gênero road movie, que dele nasceram obras como Sem Destino,  é reinventado por um protagonista nunca visto, mas que fica narrando sempre a sua cruzada de auto descobrimento. O filme levou uma década para ser finalizado, sendo que as imagens começaram a ser criadas antes mesmo da criação dos filmes de cada um dos cineastas (de Karim e Marcelo). Reunidas numa caixa cheia de imagens captadas, elas foram montadas e remontadas inúmeras vezes, mas que aos poucos foi nascendo algo completamente diferente do que se previa anteriormente.
Numa verdadeira experiência de montagem e roteiro, Karen Harley fez um trabalho de gênio na montagem, reunindo na época registros em super-8, 16 mm e digital numa concisão narrativa que emociona embalada pela trilha sonora de Chambaril e a voz do personagem principal que, apesar de nunca ser visto, está presente o tempo todo. Ao final da trama, o objetivo da viagem é sobrepujado pela força da travessia. Travessia apresentada em exuberantes e delicadas imagens captadas em diferentes suportes, sendo que um deles imprimindo defeitos nas paisagens, que foram propositadamente mantidas assim na montagem e que fazem um percurso que vai dos feixes de rocha do semi-árido nordestino até o ser humano que habita essa geografia.
Se fossemos resumir a obra, seria uma espécie de retrato da reação do homem perante a rejeição de um amor. A vontade de botar o pé na estrada, viajar sem rumo certo, a mentira pra si mesmo de que tudo está bem, a aceitação do "pé na bunda", o sexo que não pode parar na figura de diferentes parceiras, a bebida, a música de amor. Tudo isso sem excluir a lágrima, ou, como diria o poeta, "os sócios vis do amor: rancor, dor, ódio, solidão" (Antonio Cícero).
O homem sai pelas estradas do Ceará. Sua voz narra à situação em que vive, sem que sua imagem apareça. Antes, ela se reflete no cenário vazio, árido e sofrido do sertão brasileiro: seca, fome e abandono. O filme se inicia com supostas cartas escritas à amante, como se dele ela ainda fosse. Mente então em uma delas, com a frase que dá título ao filme.Termina concluindo:
 "Viajo porque preciso, não volto porque ainda te amo."

Me Sigam no Facebook e Twitter: 

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: OS CROODS

Leia a minha critica já publicada clicando aqui.

  Me Sigam no Facebook e Twitter: