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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Ne Zha 2: o Renascer da Alma'

Sinopse: Um garoto nascido com poderes únicos, é recrutado para combater demônios e salvar a comunidade que o teme. 

O mercado de cinema da China tem se tornado um dos mais poderosos do mundo, ao ponto de fazer com que Hollywood se curvasse ao gigante para implorar que um dos seus filmes sejam exibidos por lá. Porém, acima de tudo, os Chineses pensam na valorização de sua cultura, ao ponto de produzirem diversos filmes a todo ano e agora mostrando força com o mercado de animação. "Ne Zha 2: o Renascer da Alma" talvez seja o primeiro grande super sucesso por lá ao ponto de chamar atenção ao redor do mundo.

Dirigido por Yu Yang, o filme conta a história de Ne Zha, um menino que nasceu predestinado para ser um demônio e cujo conhecimento faz com que os habitantes de um vilarejo temam a sua presença. Porém, ele é ensinado pelos seus pais e mestre a ser alguém melhor em sua cruzada e para que assim derrote o seu próprio destino. Porém, o pequeno protagonista conhece Ao Bing, do qual desejam que sejam amigos, mas acontece algo de errado no percurso.

A premissa me lembrou bastante do filme da Netflix "Nimona" (2023), já que ambos os protagonistas são temidos por serem diferentes das demais pessoas. Porém, as comparações param por aí, já que o filme é todo inspirado na mitologia Chinesa, sendo que os personagens centrais já são bastante conhecidos através dos séculos e fazendo com que isso o público de lá se identifique ainda mais. Uma resposta superior das mais diversas tentativas que o cinema norte americano tentou em criar heróis do país de lá, mas não tendo exatamente o sucesso esperado.

Tecnicamente o filme é impecável, já que animação digital é um verdadeiro colírio para os olhos e cuja sua fotografia e edição de arte se casam com perfeição para nos brindar com um verdadeiro espetáculo. Em termos de comparação com os estúdios americanos, vide Pixar e Disney, a produção não deve em nada, sendo que eu ouso dizer que seja até melhor e principalmente nas cenas em que surge fogo e água, pois tais elementos eu nunca havia visto tão vivos neste tipo de formato.  Pelo visto, um novo salto em termos técnicos não está surgindo em solo americano.

Quanto aos personagens destaque para o próprio protagonista Ne Zha, cujo seu lado impulsivo e gênio fortíssimo o faz ser uma verdadeira entidade da natureza em cena e da qual dificilmente pode ser parada.  Já Ao Bing é aquele personagem ambíguo inicialmente, mas que aos poucos é revelado a sua verdadeira origem e cujo seu destino não é muito diferente do protagonista. Ao final, o filme é uma bela lição de moral sobre enfrentar o seu próprio destino e do qual merece ser combatido.

"Ne Zha 2: o Renascer da Alma" é uma grata surpresa para aqueles que apreciam filmes de animação e surpreendendo ainda mais pelas suas qualidades impecáveis sintetizando a força do mercado cinematográfico Chines. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 02 A 08 DE OUTUBRO

 ESTREIA:

MALÊS

Brasil/Drama/2024/ 113min.

Direção: Antonio Pitanga

Sinopse: O filme retrata uma jornada de resistência e coragem, ambientada na vibrante Salvador de 1835. Durante seu casamento, dois jovens muçulmanos são arrancados de sua terra natal na África e vendidos como escravos no Brasil. Separados pelo destino cruel, ambos lutam para sobreviver e se reencontrar, enquanto se veem envolvidos na maior insurreição de escravizados da história do Brasil: a Revolta dos Malês.

Elenco: Camila Pitanga, Rocco Pitanga, Antonio Pitanga, Samira Carvalho, Patricia Pillar, Edvana Carvalho, Bukassa Kabenguele


EM CARTAZ:


PARAÍSO EM CHAMAS

Suécia, Itália, Dinamarca, Finlândia/Drama/ 2023/110 min

Direção: Mika Gustafson  

Sinopse: Numa região operária da Suécia, as irmãs Laura, Mira e Steffi sobrevivem sozinhas, deixadas à própria sorte pela mãe ausente. Com o verão chegando e sem os pais por perto, elas levam uma vida anárquica, sem preocupações. Mas quando o conselho tutelar convoca uma reunião, Laura precisa encontrar alguém que se passe pela mãe, ou as meninas serão levadas para um orfanato e separadas. Ela mantém essa ameaça em segredo, mas à medida que o momento da reunião se aproxima, as três garotas se veem forçadas a encarar os conflitos entre a liberdade e a dura realidade do amadurecimento.

Vencedor do prêmio de melhor direção da seção Horizontes do Festival de Veneza. Elenco: Bianca Delbravo, Dilvin Asaad, Safira Mossberg, Ida Engvoll, Mitja Siren, Marta Oldenburg, Andrea Edwards.


 Bicho Monstro  

Brasil/ Drama/2024/74min.

Direção: Germano de Oliveira

Sinopse:Em um vilarejo rural de colonização alemã, a pequena Ana assiste a uma peça sobre a história do Thiltapes. É um perigoso animal que vive na mata, mas ninguém conhece sua forma real. Duzentos anos antes, um botanista que escreve sobre a região ouve falar sobre esse mesmo bicho. As histórias desses personagens se intercalam, ambos em uma obcecada busca pelo Thiltapes imaginário, ao mesmo tempo em que encaram os próprios demônios: o debilitado botanista ávido por uma descoberta que justifique a viagem e Ana intrigada com o pai, suspeito de ter cometido um crime brutal contra a vaca de um vizinho. Elenco: Kamilly Wagner, Araci Esteves, Décio Worst, Daniel Tonin Lorenzon, Pascal Berten, Geraldo Souza, Alex Pantera.


HORÁRIOS DE 02 A 08 DE OUTUBRO(não há sessões nas segundas-feiras):

15h: PARAÍSO EM CHAMAS

17h: BICHO MONSTRO

19h: MALÊS


Ingressos: Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos PIX, cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas. EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Uma Batalha Após a Outra'

Sinopse: Um ex-membro de um grupo busca ajuda de outros revolucionários para encontrar sua filha.  

Quando Paul Thomas Anderson lançou o seu primeiro grande sucesso "Boogie Nights - Prazer Sem Limites" (1998) alguns críticos da época apontavam como um novo Quentin Tarantino, o que é na verdade um grande erro, já que o realizador tem uma visão própria para realização dos seus longas. Tanto "Magnólia" (1999) como "Sangue Negro" (2008) se percebe um ritmo constante, alinhado com uma trilha sonora frenética e fazendo com que a gente não pisque na frente da tela. "Uma Batalha Após a Outra" (2025) não é somente um dos seus grandes filmes de sua carreira, como pode entrar facilmente na lista dos melhores filmes deste século, mesmo correndo o risco de eu estar errado.

Na trama, Bob Ferguson (Leonardo DiCaprio) é um ex-revolucionário que sai da aposentadoria para resgatar a sua filha (Chase Infiniti). O sequestrador é o capitão Steven J. Lockjaw (Sean Penn) e que no passado possuía certa ligação com a guerrilheira erfidia Beverly Hills (Teyana Taylor). Nesta cruzada, as verdades vem à tona em meio a uma realidade opressiva.

Embora o filme se passe em um futuro distópico dos EUA não há como negar que ele não é muito diferente da nossa realidade atual, já que o governo norte americano está cada vez mais se isolando do mundo devido às suas leis retrógradas contra a imigração e revelando ainda mais um cenário racista em tempos comandados Donald Trump. Por conta desse cenário, acaba se tornando um prato cheio para realização de uma trama que possa se tornar, não somente ser uma crítica lúcida sobre a nossa realidade, como também uma forma de alerta sobre o cenário que estão nos levando, se é que já não estamos nele. Por conta disso, Paul Thomas Anderson acerta precisamente ao pegar uma trama aparentemente simples, mas introduzindo nela reflexão e o seu lado autoral em potência máxima.

Para aqueles que estavam com saudades da sua forma de filmar, posso dizer com tranquilidade que o realizador usa e abusa de sua câmera, desde ao realizar planos sequências absurdos, como também alinhado com uma trilha sonora nervosa e composta pelo artista Jonny Greenwood. Neste último caso, por exemplo, as passagens onde é tocado um piano enquanto ocorrem diversas cenas de perseguição dentro de um prédio se tornam um dos pontos altos do filme como um todo. Se essa trilha não for indicada no próximo Oscar com certeza será outra injustiça da história vindo da academia.

Além disso, Paul Thomas Anderson surpreende ao realizar as cenas de perseguição de carros mais eletrizantes e das quais faziam um bom tempo que não assistia algo parecido no cinema recente. Em tempos em que o CGI se encontra desgastado é sempre bom ver um cineasta que se volta para as raízes de como se fazia cinema com a mão na massa e fazendo com que as cenas ganhem peso e maior relevância. Atenção para a incrível cena de subidas e descidas em uma estrada no deserto e desde já uma das melhores cenas de ação do ano dito e feito.

Ao mesmo tempo, o cineasta consegue extrair o melhor desempenho de cada um dos envolvidos e nos surpreendendo em cada atuação digna de Oscar para dizer o mínimo.  Leonardo DiCaprio faz o seu personagem transitar entre a lucidez e de uma mente prestes a explodir, ao fazer com que o seu personagem perceba que não possui controle sobre as suas próprias escolhas e nos brindando com momentos até mesmo hilários. Ao mesmo tempo, é preciso destacar os intérpretes que possuem poucos momentos em cena, mas que nos proporcionam situações dignas de nota, como no caso da atriz Teyana Taylor e principalmente do ótimo Benicio Del Toro.

Porém, é com Sean Penn que eu testemunho uma das melhores atuações do ano, ao dar vida a um típico vilão que adoramos odiar, mas que não consegue esconder a sua fragilidade mesmo com toda a pinta de durão. Aliás, a figura do personagem de Penn nada mais é do que uma síntese sobre o lado hipócrita dos fascistas e racistas de hoje, ao abominar aqueles que o mesmo acha diferente, mas que acaba se envolvendo até mesmo de forma direta e fazendo de sua pessoa perder por completo a sua identidade própria. Graças aos seus trejeitos esquisitos, além de um cacoete vindo da boca de forma absurda, não me surpreenderia que o intérprete venha a se tornar um dos favoritos para o próximo Oscar na categoria de ator coadjuvante.

Acima de tudo, é um filme que fala sobre os tempos nebulosos atuais, onde querendo ou não, será preciso um dia ter que lutar contra esse sistema opressivo antes que todos terminem em gaiolas. Paul Tomas Anderson consegue elaborar esse quadro com reflexão, humor ácido e acima de tudo com o melhor que o cinema pode oferecer. Em tempos em que entretenimento e reflexão em um único longa está cada vez mais raro, o filme acaba se tornando um prato cheio.

"Uma Batalha Após a Outra" é uma surpreendente cruzada pessimista e ao mesmo tempo bem-humorada sobre os EUA cada vez mais isolado do mundo e adentrando ao seu inevitável declínio.    

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Cine Dica: Cinemateca Capitólio - PROGRAMAÇÃO 02 a 08 de outubro de 2025

PEQUENOS GUERREIROS

JARDS MACALÉ E REJANE ZILLES DEBATEM FILME

No sábado, 04 de outubro, às 17h, a Cinemateca Capitólio recebe a sessão de Macaléia, filme de Rejane Zilles. A diretora e o músico Jards Macalé conversam com o público após a projeção. A sessão faz parte da Mostra Internacional de Arte Contemporânea. O valor do ingresso é R$ 16,00.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9283/macaleia-debate-com-jards-macale/


ALUCINAÇÃO DOS MAPAS – SEGUNDA SEMANA

A segunda semana da mostra Alucinação dos Mapas apresenta sessões especiais gratuitas. Como Era Gostoso o Meu Francês, de Nelson Pereira dos Santos, será exibido no sábado, 04 de outubro, às 19h30. No domingo, às 19h, ocorrerá a sessão de Drapo A e Fé Mye Talè, comentada pelo diretor Henrique Lahude e Clao Brigile, integrante da comunidade haitiana no Rio Grande do Sul.

Mais informações:  https://www.capitolio.org.br/novidades/9218/alucinacao-dos-mapas/


PEQUENOS GUERREIROS NA SESSÃO VAGALUME

Em outubro, a Sessão Vagalume apresenta Pequenos Guerreiros (1998), de Joe Dante, uma aventura cheia de ação e crítica bem-humorada que marcou os anos 1990. O valor do ingresso é R$ 4,00.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9281/sessao-vagalume-pequenos-guerreiros/


LANÇAMENTO DE UM FILME DE BR

No dia 8 de outubro, quarta-feira, às 19h, a Cinemateca Capitólio recebe a sessão de lançamento em Porto Alegre de Um Filme de BR, documentário de Wender Zanon. Entrada franca

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9287/um-filme-de-br/


GRADE DE HORÁRIOS

02 a 08 de outubro de 2025


02 de outubro (quinta-feira)

15h – Os Malditos

17h – Gente da Sicília

19h – Deuses da Peste


03 de outubro (sexta-feira)

15h – Os Malditos

17h – Stromboli

19h30 – Os Garotos de Fengkuei


04 de outubro (sábado)

15h – Sessão Vagalume: Pequenos Guerreiros

17h – Macaléia + debate

19h30 – Como Era Gostoso o Meu Francês 


05 de outubro (domingo)

15h – Sessão Vagalume: Pequenos Guerreiros

17h – A Pele Queimada

19h – Drapo A + Fé Mye Talè + debate


07 de outubro (terça-feira)

15h – Stromboli

17h – Os Malditos

19h30 – 7 Mulheres


08 de outubro (quarta-feira)

15h – O Desprezo

17h – Os Malditos

19h – Um Filme de BR

domingo, 28 de setembro de 2025

Cine Especial: Próximo Cine Debate - ‘O Professor Que Prometeu o Mar’

Por mais que os governos ditatoriais do passado tenham cometido atos desumanos eles foram descobertos no seu devido tempo. Infelizmente muita dessa história foi enterrada junto com aqueles que buscaram defender a sua liberdade mesmo tendo um alto preço a se pagar. "O Professor Que Prometeu o Mar" (2023) fala sobre a descoberta do mundo através da escrita em meio a desconfiança e o desinteresse pelo conhecimento que pode nos levar para novos caminhos.

Dirigido por Patricia Font, na trama acompanhamos Antoni Benaiges (Enric Auquer), que é contratado como professor em uma pequena e remota vila em Burgos, Espanha. Lá, ele constrói um relacionamento intenso com seus alunos, todos com idades entre seis e doze anos. Ele lhes faz uma promessa: Ele os levará ao mar pela primeira vez em suas vidas. 75 anos depois, Ariadna (Laia Costa), neta de um desses alunos que foi em busca do avô, se depara com a história maravilhosa, mas trágica, de seu professor e com a história por trás de uma promessa que nunca foi cumprida.

Embora já tenhamos diversos filmes que contam as histórias por detrás dos desaparecimentos de determinadas pessoas em tempos ditatoriais nunca é demais conhecermos outras vidas que sintetizam a força de vontade diante da desumanidade. Acima de tudo, é um filme que fala sobre como o conhecimento pode lhe abrir novas portas, mesmo em lugares esquecidos pelo mundo e dos quais são doutrinados por uma igreja que não deseja que os seus fiéis conheçam o outro lado dessa realidade. Antoni foi, por assim dizer, um lutador contra essa realidade, mesmo de uma forma indireta, mas tendo a consciência dos perigos que poderia lhe prejudicar um dia.

O filme transita por elementos delicados, trágicos, mas dando sempre aquela pincelada de esperança mesmo em meio aos tempos nebulosos. Mesmo de forma econômica, Patricia Font capricha em sua direção, ao saber diferenciar o passado e o presente, onde esse último mantem uma fotografia que simboliza o ar de incertezas sobre o passado, enquanto esse mantém os tons dourados de tempos inocentes que são ameaçados por uma tirania opressora no futuro.

Embora o filme se encaminhe para um final que já temos uma noção sobre o que irá acontecer, ele nos conquista graças a simpatia do personagem principal e isso se deve ao ótimo desempenho de Enric Auquer. Acima de tudo, o filme é um exemplo de que o conhecimento se torna a principal arma contra o esquecimento e cuja verdadeira história não pode ser esquecida através do tempo. "O Professor Que Prometeu o Mar" é um delicado conto sobre a força de vontade de um, mas que modelou o futuro de muitos. 

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Cine Dica: Cinema da UFRGS homenageia o cinema de patrimônio em nova mostra

De 29 de setembro a 17 de outubro, a Sala Redenção promove a mostra “Patrimônio”, com mais de 17 longas-metragens considerados filmes de patrimônio em seus respectivos países. A programação busca estabelecer uma conexão entre obras que atravessam barreiras geracionais e geográficas. A seleção, dividida em dois blocos, inclui clássicos do cinema que, além de apresentarem grandes cineastas, também são referências nos movimentos artísticos de seu tempo e inspiram novos realizadores em suas produções.

O dia de abertura homenageia a obra de Glauber Rocha, principal nome do chamado “cinema novo” do Brasil. Às 16h, é exibido “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), seguido de bate-papo com Fatimarlei Lunardelli, jornalista, escritora, professora e crítica de cinema brasileira; e, às 19h, “Terra em Transe” (1967), com conversa com Fatimarlei e com o filho de Glauber, Pedro Paulo Rocha. Além disso, a programação contempla filmes de Jean-Luc Godard, Costa-Gavras e René Clair, ícones do cinema francês. Destaque para a sessão que celebra o aniversário da Aliança Francesa, no próximo dia 9, com a exibição de “Paris Adormecida” (1924), de René Clair, e que recupera o formato de sessões do período do cinema silencioso, com trilha-sonora ao vivo realizada pela pianista Aline Araújo e comentários de Mirna Spritzer, bonimentista da sessão.

A mostra tem entrada franca e é aberta à comunidade em geral. A Sala Redenção está localizada no campus central da Universidade, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333.

Confira a programação completa no site oficial da sala clicando aqui. 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Cine Especial: Revisitando 'Era Uma Vez no Oeste'

É curioso que um dos principais artífices do mais americano dos gêneros seja um italiano que nunca fez muita questão de aprender uma palavra em inglês. Apaixonado pelo faroeste desde jovem, Sergio Leone se consagrou com a sua trilogia dos dólares formada por "Um Punhado dos Dólares" (1964), "Por Uns Dólares a Mais" (1965) e "Três Homens e um Conflito" (1966), todos estrelados pelo então iniciante Clint Eastwood e realizados na Itália. Além disso, principalmente com relação aos dois títulos, a ação é ininterrupta e há espaço para diálogos.

Todos fizeram um enorme sucesso nos cinemas americanos, fazendo com que a Paramont a oferecer ao diretor um grande orçamento para rodar um filme, mas Leone não queria fazer outro faroeste. Sua intenção era dirigir adaptação de um livro que posteriormente anos mais tarde resultaria em "Era Uma Vez na América" (1984), mas aceitou diante da possiblidade de compor uma trilogia épica, composta com o filme do meio intitulado "Quando Explore a Vingança" (1971). Trabalharam no roteiro "Era Uma Vez no Oeste" dois importantes nomes do cinema italiano, sendo Bernardo Bertolucci e Dario Argento.

Terríveis pistoleiros, entre o assustador Frank, interpretado de forma magistral por Henry Fonda, são enviados para convencer um fazendeiro a ceder as suas terras para a construção de uma enorme ferrovia que cruzará o oeste. Acabam matando o homem e os filhos em um verdadeiro massacre que marcou os cinéfilos da época e provocando certa rejeição inicialmente com relação a Henry Fonda a ser um vilão, já que até então sempre interpretava o bom moço da trama. A viúva Jill, interpretada de forma magnética pela inesquecível Claudia Cardinale, recém-chegada do Leste e em busca de riquezas, decide ficar nas terras e se une a um pistoleiro misterioso, interpretado por Charles Bronson, para ajudá-la na vingança e com ajuda do cavaleiro solitário Chayenne, interpretado por Jason Robards.

Para aqueles que esperam encontrar um ritmo dinâmico visto na trilogia dos dólares vai talvez se espantar com esse filme. "Era uma Vez no Oeste" é uma espécie de representação do que poderia ser o encerramento do gênero do faroeste. Embalado com a inesquecível trilha sonora de Ennio Morricone que se casa com perfeição com a proposta principal do cineasta e cujo seu ápice se encontra nos derradeiros minutos finais do longa.

Acima de tudo, esse épico fala sobre o início do fim, sobre a morte do cavaleiro solitário, o lado poético das planícies com seu amanhecer e pôr do sol dando lugar ao progresso que se iniciou com a chegada das locomotivas e simbolizando o fim de uma era. Sergio Leone talvez não tivesse o interesse de realizar mais um faroeste, mas a sua mudança de ideia fez com que tivesse a chance de realizar o que talvez seja a sua maior obra prima. "Era uma Vez no Oeste" é o Adeus perfeito para esse popular gênero do cinema norte americano. 


NOTA: Em memória de Claudia Cardinale (1938 - 2025)


Filmografia: 

2017 Niente di Serio

2017 Piccolina bella

2015 Todos os Caminhos Levam a Roma

2014 Effie Gray - Uma Paixão Reprimida

2013 O Artista e a Modelo

2013 The Silent Mountain

2011 O Gebo e a Sombra

2009 Le Fil

2002 Amantes & Infiéis

1998 Meu Melhor Inimigo

1993 O Filho da Pantera Cor de Rosa

1987 Un Homme Amoureux

1982 A Trilha da Pantera Cor de Rosa

1982 Fitzcarraldo

1979 Fuga para Athenas

1977 Jesus de Nazaré

1974 Violência e Paixão

1972 À Sombra do Vaticano

1971 As Petroleiras

1970 As Aventuras de Gerard

1968 Era uma Vez no Oeste

1966 Os Profissionais

1965 Vagas Estrelas da Ursa

1964 O Mundo do Circo

1963 A Pantera Cor-de-Rosa

1963 O Leopardo

1963 Oito e Meio

1961 A Moça com a Valise

1960 O Belo Antônio

1960 Rocco e seus Irmãos

1958 Os Eternos Desconhecidos

1958 Goha

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