A fábula infantil de L. Frank Baum já foi adaptada para as telas diversas vezes ao longo da história, seja para o cinema ou para a tv, mas nenhuma delas supera até hoje aquela do estúdio MGM e que é apontado por muitos como um dos grandes filmes de todos os tempos. "O Mágico de Oz" (1939) revolucionou o processo de Technicolor, além de ser revolucionário pelo uso de efeitos práticos para a época, mas acima de tudo fez de Judy Garland uma estrela da noite para o dia. Com apenas 16 anos, ela substituiu Shirley Temple que estava comprometida com outros estúdios, e assim obtendo o papel de Dorothy. Dali em diante se tornaria uma das cantoras e atrizes mais populares de Hollywood, mas devido ao peso do sucesso e por problemas pessoais ela partiu logo cedo em 1969.
Na trama, Dorothy é uma menina do Kansas que sonha com um lugar melhor para fugir dos seus problemas do dia a dia. Em certa ocasião, ela e seu cachorro Totó são pegos por um tornado e fazendo com que ambos caiam em um mundo cheio de magia. Lá ela conhece um elenco extraordinário de personagens carismáticos: o carinhoso Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde. Unidos eles seguem a estrada de tijolos amarelos em direção a cidade de Esmeralda, onde lá se encontrarão com o mágico Oz e para que ele possa realizar o desejo de cada um.
A trilha sonora de Harold Arlen transformou-se num punhado de standards da música americana. O maior destaque fica por conta de "Over Th Rainbow, canção eleita pelo American Film Institute principal de um filme americano do século 20. A interpretação de Judy Garland rendeu um Oscar para a composição. Contudo, a produção teve problemas parecidos com os de outro longa rodado por Victor Fleming em 1939.... "E o Vento Levou".
Antes de ele assumir o posto, Mervyn LeRoy e Richard Thorpe já haviam passado pela cadeira de diretor, e King Vidor terminou o trabalho quando Fleming foi contratado para filmar o drama de Scarlett O Hara. Embora tenha colocado as mãos em dois dos maiores clássicos do século vinte, Fleming raramente é levado ao panteão dos grandes cineastas americanos. Contudo, segundo as palavras de Clark Gable, ninguém dirigia melhor do que ele.
Além disso, os atores Ray Bolger, Jack Haley e Bert Lahr que deram vida aos personagens Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde sofreram com as suas maquiagens pesadas, além de um figurino extremamente quente e o que os deixavam sufocado em vários momentos. Margaret Hamilton que faz a Bruxa Malvada do Oeste também é outra que sofreu com a sua maquiagem verde, por vezes toxica, além de ter sofrido queimaduras durante a sua primeira aparição quando ela subia de um alçapão do estúdio. Isso, porém, não impediu para que se tornasse uma das grandes vilãs da história do cinema e cuja sua imagem se tornaria extremamente clássica e sendo revisitada até hoje por outras mídias.
Porém, acho que Judy Garland é o que mais sofreu durante o processo de produção, já que constantemente ela era esnobada pelo restante do elenco por ser jovem demais para ser a protagonista de um filme. Além disso, os atores que fazia os Munchkins constantemente assediavam a jovem atriz, ao ponto de ela quase desistir da produção em um determinado ponto. Essa e outras lendas urbanas alimentaram a imaginação dos fãs ao longo dos anos.
Porém, uma das histórias mais surpreendentes que envolvem o clássico está a de que a banda inglesa Pink Floyd teria composto o megassucesso Dark Side Of The Moon como uma trilha incidental do filme. Mitos como esse e o apelo que possui sobre qualquer geração de crianças e adultos fizeram de "O Magico de Oz" uma das produções norte americanas mais amadas de todos os tempos.
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