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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Especial Wicked: 'O Mágico de Oz'


A fábula infantil de L. Frank Baum já foi adaptada para as telas diversas vezes ao longo da história, seja para o cinema ou para a tv, mas nenhuma delas supera até hoje aquela do estúdio MGM e que é apontado por muitos como um dos grandes filmes de todos os tempos. "O Mágico de Oz" (1939) revolucionou o processo de Technicolor, além de ser revolucionário pelo uso de efeitos práticos para a época, mas acima de tudo fez de Judy Garland uma estrela da noite para o dia. Com apenas 16 anos, ela substituiu Shirley Temple que estava comprometida com outros estúdios, e assim obtendo o papel de Dorothy. Dali em diante se tornaria uma das cantoras e atrizes mais populares de Hollywood, mas devido ao peso do sucesso e por problemas pessoais ela partiu logo cedo em 1969. 

Na trama, Dorothy é uma menina do Kansas que sonha com um lugar melhor para fugir dos seus problemas do dia a dia. Em certa ocasião, ela e seu cachorro Totó são pegos por um tornado e fazendo com que ambos caiam em um mundo cheio de magia. Lá ela conhece um elenco extraordinário de personagens carismáticos: o carinhoso Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde. Unidos eles seguem a estrada de tijolos amarelos em direção a cidade de Esmeralda, onde lá se encontrarão com o mágico Oz e para que ele possa realizar o desejo de cada um.  

A trilha sonora de Harold Arlen transformou-se num punhado de standards da música americana. O maior destaque fica por conta de "Over Th Rainbow, canção eleita pelo American Film Institute principal de um filme americano do século 20. A interpretação de Judy Garland rendeu um Oscar para a composição. Contudo, a produção teve problemas parecidos com os de outro longa rodado por Victor Fleming em 1939.... "E o Vento Levou". 

Antes de ele assumir o posto, Mervyn LeRoy e Richard Thorpe já haviam passado pela cadeira de diretor, e King Vidor terminou o trabalho quando Fleming foi contratado para filmar o drama de Scarlett O Hara. Embora tenha colocado as mãos em dois dos maiores clássicos do século vinte, Fleming raramente é levado ao panteão dos grandes cineastas americanos. Contudo, segundo as palavras de Clark Gable, ninguém dirigia melhor do que ele.    

Além disso, os atores Ray Bolger, Jack Haley e Bert Lahr que deram vida aos personagens  Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde sofreram com as suas maquiagens pesadas, além de um figurino extremamente quente e o que os deixavam sufocado em vários momentos. Margaret Hamilton que faz a Bruxa Malvada do Oeste também é outra que sofreu com a sua maquiagem verde, por vezes toxica, além de ter sofrido queimaduras durante a sua primeira aparição quando ela subia de um alçapão do estúdio. Isso, porém, não impediu para que se tornasse uma das grandes vilãs da história do cinema e cuja sua imagem se tornaria extremamente clássica e sendo revisitada até hoje por outras mídias.     

Porém, acho que Judy Garland é o que mais sofreu durante o processo de produção, já que constantemente ela era esnobada pelo restante do elenco por ser jovem demais para ser a protagonista de um filme. Além disso, os atores que fazia os Munchkins constantemente assediavam a jovem atriz, ao ponto de ela quase desistir da produção em um determinado ponto. Essa e outras lendas urbanas alimentaram a imaginação dos fãs ao longo dos anos.  

Porém, uma das histórias mais surpreendentes que envolvem o clássico está a de que a banda inglesa Pink Floyd teria composto o megassucesso Dark Side Of The Moon como uma trilha incidental do filme. Mitos como esse e o apelo que possui sobre qualquer geração de crianças e adultos fizeram de "O Magico de Oz" uma das produções norte americanas mais amadas de todos os tempos.   


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Cine Dica: Sessão Dupla Clube de Cinema: As Diabólicas (Sábado) + Deixe-me (Domingo)

 Este final de semana teremos sessão dupla no Clube de Cinema de Porto Alegre!

No sábado, sessão de "As Diabólicas" (1955), suspense psicológico que se tornou um clássico do cinema. Emoji Todas as sessões na Sala Redenção são abertas ao público e gratuitas, convide seus amigos para conhecer o CCPA!

Já no domingo, o drama suíço "Deixe-me" traz uma história tocante sobre desejos pessoais e os dilemas de uma mulher dividida entre o dever e a busca por sua própria identidade.


Confira mais informações sobre a programação!


SESSÃO DE SÁBADO: AS DIABÓLICAS

Local: Sala Redenção (Campus central da UFRGS - Rua Eng. Luiz Englert, 333 - Bairro Farroupilha)

Data: 09/11/2024, sábado, às 10:15 da manhã

As Diabólicas (Les Diaboliques)

França, 1955, 116 min, 14 anos

Direção: Henri-Georges Clouzot

Elenco: Vera Clouzot, Simone Signoret, Paul Meurisse

Sinopse: Christina Delassalle (Vera Clouzot) é casada com Michel Delassalle (Paul Meurisse), um sádico e cruel diretor de um internato, odiado por todos ao seu redor. Junto com Nicole (Simone Signoret), amante de Michel, Christina trama a morte do marido e o esconde na piscina da escola. Quando o corpo desaparece misteriosamente, as duas mulheres se veem envolvidas em uma espiral de loucura, com o suspense aumentando a cada minuto. Este é um dos maiores clássicos do gênero e certamente vai prender sua atenção do início ao fim.



SESSÃO DE DOMINGO: DEIXE-ME


Local: Sala Paulo Amorim, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico)

Data: 10/11/2024, domingo, às 10:15 da manhã

Deixe-me (Laissez-moi)

Suíça, 2023, 1h33min, 16 anos

Direção: Maxime Rappaz

Elenco: Jeanne Balibar, Thomas Sarbacher, Pierre-Antoine Dubey

Sinopse: Claudine (Jeanne Balibar) leva uma vida marcada pelas responsabilidades da maternidade, criando seu filho sozinha. Para escapar da rotina, ela se entrega a encontros secretos toda terça-feira em um hotel nos Alpes Suíços, onde encontra homens de passagem, buscando breves momentos de liberdade. Porém, sua vida é abalada quando um dos homens, interpretado por Thomas Sarbacher, decide prolongar sua estadia, e Claudine começa a questionar suas escolhas. O filme mergulha nas complexas emoções de uma mulher que busca equilibrar seus deveres com seus desejos, levando a uma reflexão sobre a liberdade, o amor e a reinvenção pessoal.

Esperamos por você nas nossas sessões!


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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (07/11/24)

 AINDA ESTOU AQUI

Sinopse: Rio de Janeiro, início dos anos 1970. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Os Paiva — Rubens, Eunice e seus cinco filhos — vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice, cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos. Baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva.


OPERAÇÃO NATAL

Sinopse: Em OPERAÇÃO NATAL, depois que o Papai Noel – codinome: Das Neves – é sequestrado, o Chefe de Segurança do Polo Norte deve se unir ao mais infame caçador de recompensas do mundo em uma missão global e cheia de ação para salvar o Natal.


Arca de Noé

Sinopse: Tom, um guitarrista talentoso e pragmático, e Vini, um poeta romântico e sonhador, são uma dupla carismática e caótica de ratos. Quando o grande dilúvio se aproxima, apenas um macho e uma fêmea de cada espécie são permitidos na Arca de Noé. Tom consegue entrar, mas Vini fica para fora e conta com a ajuda de uma barata engenhosa e a boa sorte do destino para se juntar ao amigo. Durante a viagem, brigas por território e alimentos se instauram, deixando os animais mais fortes contra os mais fracos. Surge a ideia de um concurso de música, que vira o maior objetivo de todos eles e que faz Tom e Vini, os verdadeiros músicos dali, se destacarem e serem requisitados.


Não Solte!

Sinopse: Neste novo thriller/terror psicológico, enquanto um mal toma conta do mundo, a única proteção para uma mãe - interpretada pela ganhadora do Oscar® Halle Berry - e seus filhos gêmeos é sua casa e o vínculo protetor de sua família. Precisando estar conectada o tempo todo - até mesmo se amarrando com cordas - a família se agarra um ao outro sem poder nunca se soltar. Mas quando um dos meninos questiona se o mal é real, os laços que os unem são rompidos, desencadeando uma terrível luta pela sobrevivência.

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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 7 A 13 DE NOVEMBRO DE 2024

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A cinemasemana de 7 a 13 de novembro destaca a programação do Festival Varilux de Cinema Francês, com uma programação de filmes inéditos e aguardados nos cinemas. Também temos a continuidade da Mostra Frapa, que traz sessões com acessibilidades a partir desta semana.

Outra novidade é a Mostra Virada Sustentável, com um conjunto de filmes que reflete sobre a importância da preservação da natureza e nossos ecossistemas. Confira nossa programação completa e portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


MOSTRA FRAPA – ENTRADA FRANCA

Sessões gratuitas, com distribuição de ingressos uma hora antes da exibição.

07/11- 19h - "A FILHA DO PALHAÇO" - Sessão seguida de debate com os roteiristas e diretores Pedro Diógenes, Amanda Pontes e Michelline Helena.

08/11 - 19h - "RETRATO DE UM CERTO ORIENTE" - Sessão seguida de debate com o roteirista e diretor Marcelo Gomes.


MOSTRA VIRADA SUSTENTÁVEL – ENTRADA FRANCA

Sessões gratuitas, com distribuição de ingressos uma hora antes da exibição.


09/11

15h - DILÚVIO, de Gustavo Spolidoro

16h - KUNHÃ KARAI E AS NARRATIVAS DA TERRA, de Paola Mallman

19h - FUTUROS SUSTENTÁVEIS - O PODER DA JUVENTUDE, de Ailim Schwambach


10/11

15h - DILÚVIO, de Gustavo Spolidoro

16h - SOCIEDADE REGENERATIVA, de Pedro Zimmermann

17h30 - AMIGO LUPI, de Beto Rodrigues

18h - LUPICÍNIO RODRIGUES – CONFISSÕES DE UM SOFREDOR, de Alfredo Manevy


14h45 – CONTINENTE (TERÇA E QUARTA) Assista o trailer aqui.

(Brasil/França/Argentina, 2023, 115min). Direção de Davi Pretto, com Olivia Torres, Ana Flavia Cavalcanti, Corentin Fila. Vitrine Filmes, 18 anos. Terror.

Sinopse: Depois de 15 anos fora do país, Amanda volta ao sul do Brasil, na fazenda onde cresceu, para rever seu pai, que está em coma. Helô é a única médica que atende no lugarejo e acompanha uma crescente tensão entre os trabalhadores da terra. Quando o pai de Amanda morre, um antigo acordo gera uma perturbadora reação coletiva da população.


17h15 – DEIXE-ME (TERÇA E QUARTA) Assista o trailer aqui.

(Laissez-moi - Suíça, 2024, 92min). Direção de Maxime Rappaz, com Jeanne Balibar, Thomas Sarbacher, Pierre-Antoine Dubey. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Claudine é uma mãe amorosa que jamais abandona o filho deficiente. A exceção são as terças-feiras, quando ela deixa o jovem com uma vizinha e se hospeda em um hotel nos Alpes. Lá, ela se assume como uma mulher cheia de desejos e passa as tardes em encontros amorosos com desconhecidos. Claudine nunca pensou em mudar de vida, até que um homem pede que ela fique mais tempo com ele no hotel.


19h15 – INVERNO EM PARIS (SOMENTE TERÇA) – ÚLTIMA EXIBIÇÃO Assista o trailer aqui.

(Le Lyceén - França, 2024, 125min). Direção de Christophe Honoré, com Paul Kircher, Vincent Lacoste, Juliette Binoche. Pandora, 14 anos. Drama.

Sinopse: Lucas tem 17 anos e vê seu mundo desmoronar após a morte do pai. Apoiado pela mãe, o adolescente vai passar uns dias em Paris, onde seu irmão mais velho estuda. Nessa cidade repleta de possibilidades, Lucas vai conhecer pessoas de todas as índoles, enfrentar seus medos e, principalmente, tentar ser compreendido.  O longa é inspirado nas lembranças do próprio diretor.


SESSÃO COM DEBATE


QUARTA, DIA 13

19h30 - OS BLACKBAGUALNEGOVÉIO

(Brasil, 2024, 50min). Documentário de Marcelo Corsetti.

Sinopse: O filme faz uma homenagem ao compositor Bebeto Alves, que morreu há dois anos. A banda BlackBagual acompanhou Bebeto por 20 anos e é formada por Marcelo Corsetti (guitarra), Rodrigo Rheinheimer (contrabaixo e vocais) e Luke Faro (bateria).


SALA EDUARDO HIRTZ


MOSTRA FRAPA ACESSÍVEL – ENTRADA FRANCA

As exibições serão com acessibilidades abertas, incluindo legendas, audiodescrição e Libras. Distribuição de ingressos uma hora antes da exibição.


9/11 - 14h - "A FILHA DO PALHAÇO" - de Pedro Diógenes.

13/11 – 10h – “O DIA QUE TE CONHECI”, de André Novais

13/11 - 14h - “UM DIA ANTES DE TODOS OS OUTROS”, de Fernanda Bond e Valentina Homem.


14h30 – MEGALÓPOLIS (DOMINGO E TERÇA) Assista o trailer aqui.

(Estados Unidos, 2024, 138min). Direção de Francis Ford Coppola, com Adam Driver, Giancarlo Esposito, Nathalie Emmanuel, Aubrey Plaza, Shia Labeouf. O2 Play, 18 anos. Drama.

Sinopse: A cidade de Nova Roma é o cenário de um grande conflito entre Cesar Catilina, um arquiteto visionário, e seu rival, o ganancioso prefeito Franklin Cicero. Ambos têm visões distintas sobre o futuro e sobre como deve ser uma cidade ideal.  No meio deles está Julia Cicero, que ama Cesar mas também apoia seu pai. Considerado o filme mais ambicioso do diretor, o projeto existe desde os anos 1980 e foi financiado pelo próprio Coppola, a um custo de US$ 120 milhões.


FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2024

Programação completa em www.cinematecapauloamorim.com.br


PROGRAMAÇÃO:


SÁBADO, DIA 9

17h - A FANFARRA

 19h – A FAVORITA DO REI


DOMINGO, DIA 10

17h - MEGA CENA

 19h – TRÊS AMIGAS


TERÇA, DIA 12

17h - O ÚLTIMO JUDEU

19h – O ROTEIRO DA MINHA VIDA – FRANÇOIS TRUFFAUT


QUARTA, DIA 13

17h – 1874: O NASCIMENTO DO IMPRESSIONISMO

 19h – APENAS ALGUNS DIAS


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 16,00 (R$ 8,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 20,00 (R$ 10,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.


Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos.

Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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Cine Dica: Sexta e sábado de intensa programação no Cineclube Torres

 Sexta e sábado de intensa programação no Cineclube Torres, com as exibições de "Dromedário do Asfalto" e "Ainda Orangotangos", com a presença de seus diretores, às 20h.

Na sexta dia 8 o Gilson Vargas vai apresentar seu "Dromedário no Asfalto" e no sábado dia 9 é a vez do Gustavo Spolidoro com seu histórico longa em plano-sequência.Fim de semana com dois filmes marcantes da produção audiovisual gaúcha, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo do Cineclube, pelo projeto "Um Certo Cinema Gaúcho de Porto Alegre em Torres".

Na sexta dia 8, às 20h, será exibido o longa "Dromedário no Asfalto" com a presença do diretor e histórico componente da produtora Clube Silêncio, Gilson Vargas.O filme é uma versão gaúcha de um gênero cinematográfico clássico, um road movie por terras fronteiriças e Cisplatinas: depois de perder a mãe, Pedro se sente devastado e determinado a conhecer a identidade de seu pai. A única informação que ele tem é que o homem partiu para o Uruguai para viver isolado.

No sábado, dia 9, sempre às 20h, o único filme produzido diretamente pela Clube Silêncio, "Ainda Orangotangos" dirigido pelo Gustavo Spolidoro, uma adaptação do livro homônimo do escritor Paulo Scott. O diretor, que estará presente para encontrar o público cineclubista presente, em curtas anteriores já tinha explorado a técnica do plano-sequência (uma gravação contínua sem cortes) e, partindo destas experiências, em 2006, num exemplo único de virtuosismo técnico, controle artístico e esforço de produção, filma os 80 minutos de "Ainda Orangotangos" sem qualquer solução de continuidade.

O filme, ainda um unicum na filmografia brasileira, apresenta uma agitada Porto Alegre, percorrendo com a câmera ligada 15 km da área central, apresentando vários cenários e situações, com duas dezenas de protagonistas e mais de 180 figurantes. Na segunda seguinte, dia 11 às 20h, o ciclo continua com o segundo longa da dupla Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, "Tinta Bruta", premiado no Festival de Berlim.

As sessões, com entrada franca, integram a programação continuada realizada na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

Projeto realizado com recursos da Lei Complementar n.195/23 - Lei Paulo Gustavo.


SEXTA FEIRA DIA 8 DE NOVEMBRO:

“DROMEDÁRIO NO ASFALTO”


Serviço:

O que: Exibição de "Dromedário no Asfalto", de Gilson Vargas, ficção, 83min., 2014, com a presença do diretor.


Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando:

Sexta-feira, dia 8/11, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Mulher com a mão na cabeça

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa


SÁBADO DIA 9 DE NOVEMBRO:

“DROMEDÁRIO NO ASFALTO”


Serviço:

O que: Exibição de "Ainda Orangotangos", de Gustavo Spolidoro, ficção, 81min., 2007, com a presença do diretor.

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres


Quando: Sábado, dia 9/11, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).

Projeto realizado com recursos da Lei Complementar n.195/23 - Lei Paulo Gustavo.


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Cine Dica: Streaming - 'Agatha Desde Sempre'

 Sinopse: A trama se passa alguns anos após os eventos vistos da série Wandavision. Agatha relembra quem é e decide ir em busca de mais poder.  

"WandaVision" (2021) foi sem sombra dúvida uma das melhores coisas que a Marvel lançou para o seu universo do MCU, ao saber explorar melhor as origens da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e ao mesmo tempo prestando uma curiosa homenagem a fase de ouro das séries norte-americanas. O que ninguém poderia imaginar é que uma personagem secundária roubaria a cena na reta final da história que foi Agatha, antiga feiticeira que estava por trás das manipulações da história e sendo brilhantemente interpretada pela atriz Kathryn Hahn. "Agatha Desde Sempre" (2024) não é somente um Spin-off digno de nota, como também um exemplo de um  personagem da Marvel não precisa necessariamente da sombra de outros para obter o seu grande brilho.

Realizado pela produtora Jac Schaeffer, responsável também por "WandaVision", a trama vemos Agatha acordar do feitiço que a Feiticeira Escarlate havia imposto contra ela, mas ao mesmo tempo se encontra mais do que disposta em obter poder e para isso decide adentrar no Caminho das Bruxas, uma cruzada da qual quem conseguir chegar até o seu final obterá o tão sonhado desejo. Porém, ela precisa da ajuda de outras bruxas, sendo que cada uma tem o seu desejo particular e por conta disso se aliam à protagonista mesmo não confiando nela. Além disso, um jovem misterioso (Joe Locke) se alia à trupe, mas mal sabendo dos segredos que guarda dentro de si.

Mesmo com um orçamento limitado de produção é surpreendente como a realizadora Jac Schaeffer consegue construir uma trama que vai se elevando cada vez mais na medida em que as personagens vão adentrando no Caminho das Bruxas. A cruzada é dividida em etapas, sendo que cada uma acontece em uma determinada casa e lá há novamente referências, seja da cultura pop, assim como também da maneira em que as feiticeiras eram vistas em cada época. Portanto, é muito divertido não somente referências a moda e a música dos anos oitenta em uma determinada etapa, como também uma curiosa homenagem aos filmes protagonizados por Bruxas clássicas, como a Bruxa do Oeste do clássico "O Mágico de Oz" (1939).

É impressionante que no decorrer de cada episódio vamos nos simpatizando com cada uma das personagens, mesmo a gente sabendo que o risco de elas morrerem se torna cada vez mais inevitável. As Atrizes Sasheer Zamata, Ali Hahn, Debra Jo Rupp, Aubrey Plaz e Patti Lupone obtém cada uma o seu espaço na trama, sendo que Lupone protagoniza um dos melhores episódios em que se explora as idas e vindas no tempo. Porém, a estrela da série é realmente Kathryn Hahn.

Certa vez o escritor Alan Moore disse que não há personagens ruins, mas sim roteiristas ruins. Esse pensamento pode ser muito bem lembrado quando pensamos na personagem Agatha, sendo uma figura não muito importante nas HQ, mas ganhando aqui sua origem de maneira convincente, uma construção gradual de sua real personalidade e cuja a mesma é imprevisível e sendo justamente por isso nos simpatizamos com ela como um todo. Kathryn Hahn consegue construir uma personagem que transita entre o humor e dramaticidade na medida certa e a série não obteria esse status que obteve sem o seu incrível desempenho em cena.

Contudo, é preciso dar crédito também ao ator Joe Locke, cujo seu personagem, aparentemente, sem nome se torna aos poucos peça importante desse jogo de xadrez da trama e tendo até mesmo laços fortes com "WandaVision". Tudo isso é para ser encaminhado para os dois últimos capítulos dos quais nos brinda com desdobramentos emocionantes, revelações surpreendentes e nos gerando emoções devido aos destinos destes ricos personagens. Nada mal para uma personagem obscura do universo Marvel e provando que a teoria de Alan Moore dita acima está mais do que certa e que deve ser sempre lembrada.

"Agatha Desde Sempre" é aquele típico projeto que a gente não esperava nada, mas nos entregou tudo e conquistando os nossos corações como um todo. 

Onde Assistir: Disney+

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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Quarto ao Lado'

Sinopse: Martha e Ingrid são duas amigas de longa data, mas que não se viam há um bom tempo. Quando Martha fica doente, elas retornam a se verem e juntas se unem neste momento tão delicado. 

Pedro Almodóvar já estava namorando a ideia de trabalhar em obras de língua inglesa já algum tempo. Embora isso possa soar estranho em um primeiro momento, ele prova que ainda manteve a sua visão com relação ao mundo mesmo em território americano como no curta "Voz Humana" (2021) e na média metragem "Estranha Forma de Vida" (2023). Em seu primeiro longa-metragem em língua inglesa, "O Quarto ao Lado" (2024) revela um Almodóvar mais sintonia com relação ao mundo e revelando os seus pensamentos através das duas protagonistas da trama como um todo.

Na história, baseada na obra da escritora Sigrid Nunez, acompanhamos sobre as jornalistas Ingrid (Julianne Moore) e Martha (Tilda Swinton), que foram muito amigas no passado quando trabalhavam juntas em uma mesma editora. Devido aos trabalhos distintos, isso fez com que elas se distanciassem ao longo dos anos, mas se reencontrando após Martha revelar para a sua amiga que está sofrendo de um câncer terminal. Em meio a isso, Ingrid carrega uma grande responsabilidade com relação a um pedido que Martha faz para ela.

Pode parecer estranho em um primeiro momento o filme ser em inglês e se passar inicialmente na cidade de Nova York. Porém, Almodóvar mantém as suas características intactas, ao fazer uma trama em que há várias passagens de que estamos diante de um teatro filmado e que nos relembra dos seus primeiros grandes sucessos como "Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos" (1988). Além disso, como não poderia deixar de ser em sua filmografia, o filme possui uma fotografia com cores quentes bastante vivas, como se quase a obra tivesse sido filmada nos tempos da technicolor.

Com relação a isso, é notório que Almodóvar faz, a partir de sua fotografia, uma homenagem ao pintor americano Edward Hopper, sendo que a pintura "A Arte Pessoas no Sol" realizada em 1960 é vista em uma passagem do filme e se casando com a sua proposta no decorrer da obra. Tanto o filme, como as pinturas de Edward Hopper, falam de uma sociedade com as suas vidas vazias, mesmo com todo o colorido e realizações que elas podem obter.

E as referências sobre as pinturas não param por aí, pois em um determinado momento da trama, onde ocorre um flashback, Almodóvar presta uma homenagem a pintura Christina's World, do artista americano Andrew Wyeth, em que simboliza a casa como sendo o centro de um mundo do qual não conseguimos escapar. Isso, portanto, se casa com a situação de ambas as protagonistas vistas na história, das quais retornam ao ponto zero de suas vidas para se unirem no momento mais delicado da vida de uma delas.

Com relação a essa amizade, Almodóvar constrói de forma serena, delicada e especialmente humana. O realizador até faz uma ligeira referência ao clássico "Persona" (1960), de Ingmar Bergman em um determinado enquadramento de cena, mas aqui não há troca de papéis de ambas as atrizes, pois as suas personalidades se diferem uma da outra, mesmo quando a ligação entre as duas se torna bastante intensa. Curiosamente, há uma questão da ideia do duplo vista no ato final do filme, sendo que aqui Almodóvar faz uma ligeira homenagem ao clássico "Um Corpo Que Cai" (1958) de Alfred Hitchcock, mas que simboliza somente um desejo de Ingrid que não pode mais ser alcançado após os desdobramentos da história.

Falando sobre o mestre do suspense, é notório que desde "Julieta" (2016) eu sinto que Almodóvar presta uma homenagem ao realizador inglês em algumas passagens de suas tramas recentes. Porém, mesmo de forma subliminar, isso é notado principalmente em suas trilhas sonoras e das quais são compostas pelo seu antigo colaborador, o compositor Alberto Iglesias. Nota-se, por exemplo, que as suas notas remetem até mesmo aos melhores trabalhos do compositor Bernard Herrmann e, portanto, não estranhe que ao soar as suas notas o clássico "Psicose" (1960) surge em nossas cabeças.

Falando em "Julieta", é notório também que desde aquele filme Almodóvar percebe as mudanças retrógradas e significativas que acontecem no mundo, seja com relação ao mundo político, religioso e as mudanças climáticas que nos aflige a todo momento. Em um determinado momento, por exemplo, o personagem Damian, interpretado pelo veterano John Turturro, faz um pesado desabafo para a personagem Ingrid, desde os retrocessos que andam acontecendo, como também pela possibilidade de estarmos nos encaminhando para a extinção. Neste momento, é mais do que nítido que Almodóvar faz de Damian o seu Avatar para se expressar, mesmo quando as palavras sejam meramente jogadas ao vento, mas que cumpre com certo êxito.

Porém, acima de tudo, o filme toca em um assunto espinhoso com relação a eutanásia, sendo algo revisitado em títulos recentes como "Está Tudo Bem" (2022) de François Ozon. Almodóvar, por sua vez, procura explorar esse assunto da forma mais humana possível, sendo que Martha não demonstra dúvidas na sua escolha, mas sim somente o desejo de obter uma transição tranquila. O cineasta procura não se estender com relação aqueles que são contrários a essa escolha, sendo que isso é somente colocado em pauta de forma rápida no final da obra e cujo personagem contrário nada mais é do que uma síntese sobre os fanatismos religiosos que rondam pelo mundo.

Tanto Tilda Swinton como Julianne Moore estão ótimas em seus respectivos papéis, sendo que ambas são uma representação da forma como Almodóvar enxerga o universo feminino desde o início de sua carreira e que também fala da sua própria pessoa. Das duas, Swinton é a que melhor se sobressai em cena, ao construir uma personagem cheia de camadas, onde os erros do passado lhe assombram, mas não influenciando na sua decisão como um todo. Já Moore seria uma representação do nosso olhar perante aquele cenário, que nos convida para refletirmos com a mente aberta e para ouvirmos o que a personagem Martha tem a dizer no decorrer dessa encruzilhada.

Ao final, constatamos que não é somente um filme de Almodóvar em sua essência, como também uma obra que fala sobre a solidão que a vida pode nos provocar e tornando ela cada vez mais vazia na medida em que o tempo passa. Mesmo em território americano, o tema é universal, do qual Almodóvar poderia ter feito na sua amada Barcelona, mas optando em explorar novos territórios, mas sempre sendo ele mesmo. Ao meu ver, a temática de Almodóvar pode ser degustada em qualquer lugar e cujo sabor sempre nos soará familiar.

"A Porta ao Lado" é uma delicada história de amor e amizade sobre duas mulheres perante uma realidade vazia, mas que obtêm cores e vida nas mãos autorais de Pedro Almodóvar. 

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