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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 05 a 11 DE SETEMBRO DE 2024

 ESTREIA:


Brasil/Drama/ 2023 / 89min

Direção: Flavio Botelho

Sinopse: Francisca e Carlos lutam para se adaptar à nova realidade após o suicídio do único filho, Felipe. Mergulhados em fantasias, medos e melancolia, cada um a seu modo vivencia experiências radicais. Carlos se muda para o antigo apartamento de Felipe, alienando-se na vida do filho morto. Já Francisca, assombrada pela culpa, dedica-se a desvendar o enigma do suicídio.

Elenco: Cacá Amaral, Denise Weinberg, Kelner Macêdo, Clarice Niskier


EM CARTAZ:



CIDADE;CAMPO

Brasil/ Drama /120min

Direção: Juliana Rojas

Sinopse:Duas histórias sobre migração entre a cidade e o campo. Na primeira parte, após o rompimento de uma barragem inundar sua terra natal, a trabalhadora rural Joana se muda para São Paulo para encontrar sua irmã Tânia, que mora com o neto Jaime. Joana luta para sobreviver na 'cidade do trabalho'. Na segunda parte, Flávia se muda com Mara, sua companheira, para a fazenda que herdou do pai, falecido recentemente. A natureza obriga as duas mulheres a enfrentar frustrações e lidar com memórias e fantasmas.

Elenco: Fernanda Vianna,Mirella Façanha,Bruna Linzmeyer


MOTEL DESTINO

Brasil/drama/ 2023 /112min.

Direção: Karim Aïnouz

Sinopse: Sob o céu em chamas numa beira de estrada do litoral cearense, o Motel Destino é palco de jogos perigosos de desejo, poder e violência. Uma noite, a chegada do jovem Heraldo transforma em definitivo o cotidiano do local.

Elenco: Iago Xavier,Nataly Rocha,Fábio Assunção



HORÁRIOS DE 05 A 11 DE SETEMBRO (não há sessões nas segundas):

15h: MOTEL DESTINO

17h: CIDADE;CAMPO

19h 15: A METADE DE NÓS


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 12 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.

EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 6,00. 

CineBancários/ Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre/ (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Cine Especial: Próximo Clube de Cinema - 'Tipos de Gentileza'

Neste sábado, 7 de setembro, teremos o prazer de apresentar o mais recente trabalho de Yorgos Lanthimos, "Tipos de Gentileza", no Espaço de Cinema do Bourbon Country. O cineasta grego é conhecido por filmes impactantes como "Pobres Criaturas" e "A Favorita".

Considerando a duração do filme, convidamos todos para uma recepção especial a partir das 9h30, com café (e bolo!) para aquecer a manhã. A sessão começará pontualmente às 10h. E além disso: na sexta-feira, 6, a partir das 19h30, vamos nos reunir no Vesper Bar (R. Duque de Caxias, 1348 - Centro Histórico) para celebrar o lançamento da 2ª Edição do nosso ZineClube. Venha brindar conosco e compartilhar este momento especial com a equipe!


SESSÃO CLUBE DE CINEMA DE PORTO ALEGRE

Local: Espaço de Cinema, Sala 3, Bourbon Shopping Country (Av. Túlio de Rose, 80 - Passo d'Areia)


Data: 07/09/2024, sábado

09h30 Recepção

10h Sessão do filme


"Tipos de Gentileza" (Kinds of Kindness)

EUA, 2024, 165 min, 18 anos

Direção: Yorgos Lanthimos

Elenco: Emma Stone, Jesse Plemons, Willem Dafoe, Hong Chau, Margaret Qualley

Sinopse: "Tipos de Gentileza" é uma fábula em três partes: acompanha um homem sem escolhas que tenta assumir o controle de sua própria vida; um policial que fica alarmado ao descobrir que sua esposa, que estava desaparecida no mar, retornou, mas parece ser uma pessoa diferente; e uma mulher determinada a encontrar alguém específico com uma habilidade especial, destinado a se tornar um prodigioso líder espiritual. (Searchlight Pictures)

Contamos com sua presença, até lá!


Sobre o Filme:

Yorgos Lanthimos é um diretor autoral que desafia as convenções atuais, seja ela política ou religiosa, através dos seus filmes e nos colocando de frente com relação a sua análise sobre os significados do que nos faz humanos atualmente. Curiosamente, não há um antes e depois na forma dele fazer os seus projetos, já que mesmo em território norte-americano os seus filmes ainda se diferem e muito com relação ao que o público de lá está acostumado e o seu último "Pobres Criaturas" (2024) foi uma prova viva disso. Porém, "Tipos de Gentileza" (2024) vai mais além, cuja ousadia remete ainda mais aos seus tempos de filmes como "A Lagosta" (2015) e por isso mesmo bem anti-Hollywoodiano.

O filme nos é apresentado três histórias entrelaçadas que exploram os desafios que os protagonistas enfrentam para obter os seus grandes desejos. Na primeira trama, um homem busca recuperar o controle de sua vida após se perder em um caminho incerto. Em outra, um policial tenta reconstruir seu relacionamento com a esposa, que retorna misteriosamente após um período desaparecida, mas há algo errado em sua volta. Por último, uma mulher determinada em se entregar a sua religião, se lança em busca de uma pessoa dotada de habilidades únicas, ou seja, uma predestinada.

Embora distintas uma da outra, as três tramas são protagonizadas pelos mesmos atores, sendo que cada um cresce na medida em que uma história termina e a outra começa. Se, por exemplo, achamos que Emma Stone pouco cresce em termos de atuação na primeira história, logo ela se sobressai na segunda e ganhando total protagonismo na terceira e última parte. Curiosamente, embora sejam histórias sem nenhuma ligação, prestem atenção em um determinado personagem que possui uma sigla em sua camiseta e se tornando a peça principal que enlaça os três capítulos.

Mesmo sendo mais ousado do que o seu filme anterior, é curioso observar que Yorgos Lanthimos opta em frear em termos de sexo e violência, mesmo quando se fazem presentes, mas trabalhando mais no lado psicológico e imprevisível vindo dos seus respectivos personagens. Na medida em que cada trama avança, constatamos que eles vão deixando cair as suas máscaras e revelando pessoas dispostas a venderem a sua pessoa pelo que eles acreditam, seja pelo capital ou religioso, desde que eles se sintam acolhidos por aqueles que vendem uma ideia, mesmo quando ela não passa de uma grande cortina de fumaça. Não há convenção que o diretor não possa desconstruir dentro da trama, pois em sua visão tudo não passa de uma grande piada para alimentar os sonhos de uma população cada vez mais alienada em pleno século vinte e um.

Falando em sonhos, novamente Yorgos Lanthimos brinca ao elaborar uma fotografia em preto e branco que remete algo fora da linha convencional da narrativa. Aqui, os sonhos são apresentados em preto e branco, como se eles fossem um fio de esperança que os protagonistas guardam em seus subconscientes, mas a falta da cor representaria uma fantasia falsa e da qual se desconstrói quando se acorda. Curiosamente, a falta de cor também acontece em determinados flashbacks, mas lançando em nós a dúvida se realmente tais fatos haviam acontecido, pois quase nenhum personagem aqui presente seja realmente confiável.

Yorgos Lanthimos não mede esforços para extrair o melhor de cada um do seu grande elenco, mesmo que para isso um ou outro extrapole o bom senso. Jesse Plemons, por exemplo, talvez entregue aqui um dos seus trabalhos mais complexos de sua carreira, pois embora os seus personagens sejam diferentes um do outro, ambos em comum  possuem uma obsessão em adquirir o que mais anseia, nem que para isso tenha que sujar as mãos em situações que beira ao surreal. Embora a sua atuação de espaço ao ótimo desempenho de Emma Stone na segunda parte, o ator ainda sim constrói um personagem obsessivo pela volta de sua esposa na sua maneira, mesmo quando ela já encontrava presente, ou não, em sua vida.

Contudo, é curioso a maneira como Emma Stone cresce no decorrer dos três capítulos, começando na primeira parte de uma forma bem secundária, mas se destacando na segunda parte e ganhando o seu protagonismo na última história. É notório, porém, que a terceira parte é uma espécie de releitura da primeira, sendo até mais arrastada das três histórias e testando a nossa própria paciência. Porém, tudo é compensado pelo ótimo desempenho da atriz, culminando com minutos finais desconcertantes e cuja cena pós crédito deixará muitos perplexos.

Em resumo, não creio que Yorgos Lanthimos vá se vender tão cedo pelo lado convencional do cinema hollywoodiano após assistir a esse filme. Ao meu ver, o realizador está mais interessado em fazer longas de acordo com a sua essência do que se ser comprado facilmente pelos grandes estúdios e cujo intuito é apenas arrecadar bilhões ao longo dos anos. "Tipos de Gentileza" é o cinema de Yorgos Lanthimos em sua essência e nos convidando novamente para sairmos de nossa zona de conforto, mesmo quando sentimos certos receios. 

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Cine Dica: CINEMATECA CAPITÓLIO PROGRAMAÇÃO 05 a 11 de setembro de 2024

Fantasia

 

DESVIOS + DEBATE COM PEDRO GUINDANI

Na sexta-feira, 6 de setembro, às 19h, a Cinemateca Capitólio promove uma sessão especial gratuita de Desvios, seguida de debate como o realizador Pedro Guindani.

A sessão faz parte da mostra Stroheim, Ouro e Maldição.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7596/desvios-2/


FANTASIA NA SESSÃO VAGALUME

Nos dias 07 e 08 de setembro, às 15h, a Sessão Vagalume do Programa de Alfabetização Audiovisual da Cinemateca Capitólio apresenta um clássico produzido por Walt Disney que encanta gerações: Fantasia! O valor do ingresso é R$ 4,00.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7623/sessao-vagalume-fantasia/


ENCONTROS E DESENCONTROS NA SESSÃO RECONTO

No sábado, 7 de setembro, às 18h, a Cinemateca Capitólio e o Reconto, coletivo clínico de psicanálise, apresentam uma sessão com debate de Encontros e Desencontros, de Sofia Coppola. Os ingressos serão vendidos no dia da sessão, nos horários de abertura da bilheteria (14h30 e 17h30), e custarão R$10.


Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/7621/sessao-reconto-encontros-e-desencontros/


GRADE DE HORÁRIOS

05 a 11 de setembro


05 de setembro (quinta-feira)

15h – Django vem para Matar!

17h – Banho de Sangue

19h – Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia


06 de setembro (sexta-feira)

15h – O Tesouro de Sierra Madre

17h15 – Absolutamente Certo

19h – Desvios + debate


07 de setembro (sábado)

15h – Sessão Vagalume: Fantasia

18h – Sessão Reconto: Encontros e Desencontros


08 de setembro (domingo)

15h – Sessão Vagalume: Fantasia

17h10 – Django vem para Matar!

19h15 – Weekend à Francesa


10 de setembro (terça-feira)

15h – Desvios

17h – Weekend à Francesa

19h – Banho de Sangue


11 de setembro (quarta-feira)

15h – Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia

17h – Dodeskaden – O Caminho da Vida

19h30 – O Mensageiro do Diabo

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Balzac e a Costureirinha Chinesa'

Sobre o Filme:  

Publicado em 1953, o livro “Farenheit 451” de Ray Bradbury é sem sombra de dúvida uma fonte de inspiração para outras obras, da qual nos ensina que não importa o quanto uma política ditatorial possa ser opressora, pois no final das contas os livros sempre nos darão a chance de abrirmos uma nova porta. Portanto, “Balzac e a Costureirinha Chinesa”, publicado em 1999 pelo escritor Dai Sijie não foge da mesma regra, principalmente quando a arte literária invade um local sem recursos, mas fazendo do mesmo se tornar um lugar inesquecível uma vez que os habitantes começam a sonhar por novos caminhos. Já a sua adaptação cinematográfica, "Balzac e a Costureirinha Chinesa" (2001) é bastante fiel a sua fonte original e por isso mesmo se tornando genial.

Dirigido pelo próprio Dai Sijie, o filme conta a história sobre  Luo (Chen Kun) e Ma (Liu Ye), dois jovens de 17 anos que, em plenos anos setenta, vivem na China comandada por Mao Tsé-Tung. Os dois são encarados como sendo inimigos do povo por seus pais serem médicos e dentistas, considerados burgueses reacionários. Luo e Ma são então presos e encaminhados a um "campo de reeducação", em uma vila isolada no Tibet. Todos os livros de Luo são queimados, mas Ma consegue manter seu violino ao alegar que Mozart compunha para o Presidente Mao. No campo eles apenas encontram alívio nas músicas tocadas por Ma e nas histórias narradas por Luo, até que conhecem uma costureirinha (Zhou Xun) por quem ambos se apaixonam.

Obviamente o conto é uma reconstituição das lembranças do escritor que hoje vive na França, mas que jamais se esqueceu do período em que o seu país estava vivendo uma grande metamorfose cultural e política. Embora eu ainda não tenha lido eu creio que o longa seja bastante fiel a sua fonte original, principalmente com relação as passagens em que a dupla central conta os principais contos de Flaubert, Tolstói, Victor Hugo e Balzac e dos quais eles obtiveram através de outro personagem sendo acusado também de ser subversivo. O filme em si é uma bela homenagem com relação a esses escritores, assim como também um pequeno ensinamento sobre o poder do conhecimento mesmo em tempos complexos.

Curiosamente, o triangulo amoroso visto na trama remete alguns clássicos com uma temática semelhante, como no caso de "Jules e Jim - Uma Mulher para Dois" (1962), de François Truffaut, mas obtendo contornos menos trágicos e até mesmo com alguns momentos cômicos no decorrer da narrativa. Entre as restrições nascidas através das velhas tradições, o trio central vai mudando gradativamente na medida em que o tempo passa naquele local e fazendo com que certos sonhos comecem a florar. Porém, todo o sonho tem um desafio e deste mesmo vem as mudanças inevitáveis mesmo quando não desejamos elas.

Ao final constatamos que, infelizmente, o tempo destrói tudo, seja ele orquestrado pela própria natureza ou pela ambição do homem pelo progresso desenfreado. Portanto, ao vermos a dupla central se reunir para se lembrarem daqueles tempos em que eles viviam, se constata que o passado se tornou mais dourado devido ao que haviam sentido e aprendido, enquanto o presente se torna nebuloso, pois o futuro se torna indefinido a partir dos ventos da mudança que vão acontecendo. Ao final, o que resta aos personagens é nadarem pelo passado e voltarem a se sentirem vivos e mais maduros perante ao que está vindo.

"Balzac e a Costureirinha Chinesa" é um delicado romance sobre a transição da inocência para a fase adulta e cuja cultura, política e velhas e novas tradições moldam as pessoas de acordo com os caminhos que irão trilhar.  

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Cine Dica: Próxima Sessão Cineclube Torres - 'Smoke - Cortina de Fumaça'

 Na próxima sessão do Cineclube Torres, "Smoke - Cortina de Fumaça" de Wayne Wang, segunda-feira dia 2 de setembro, às 20h.

O filme independente estadunidense abre o ciclo de setembro na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo localizada na UP Idiomas Torres.


Ultimamente a fumaça das queimadas tem ocupado quotidianamente os noticiários no Brasil, mas o fumo que é protagonista na programação de setembro do Cineclube Torres é de outro tipo.

O cigarro, junto com sua indústria, desde os albores da arte cinematográfica esteve ali presente como um elemento capaz de transmitir glamour e rebeldia, às vezes autêntica metáfora para a relação sexual, então proibida em cena. Mais recentemente, as campanhas antitabagistas conseguiram limitar a exposição do cigarro em filmes e quase sempre ele está associado a perspectivas negativas, a vilões e personagens conturbadas.

Longe de querer reabilitar o vício do fumo, pelo contrário, a ideia da programação do mês é uma sequência de filmes em que a presença do tabaco, do cigarro e similares, de uma forma ou de outra, assume particular relevância no enredo. Começando pelo filme independente "Smoke / Cortina de Fumaça" do Wayne Wang, diretor estadunidense originário de Hong Kong, em parceria com o celebre escritor Paul Auster, autor do roteiro a partir de alguns contos de sua autoria.

O centro da narrativa do filme é a tabacaria de Auggie Wren (Harvey Keitel), no Brooklyn, onde o escritor Paul Benjamin (William Hurt), autêntico alter ego do Paul Auster, compra regularmente seus cigarros. Naquele espaço, vários personagens se encontram, conversam, e a partir dali são traçados causos e acontecimentos de um verão nova-iorquino nos anos 90.

O filme, vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim de 1995, é mais um exemplo de uma produção cinematográfica independente realizada nos estados unidos, fora das lógicas dos grandes estúdios.

“Sustentado sobretudo na carismática atuação de Harvey Keitel e na criatividade literária de Paul Auster, é nesse curiosíssimo tom que Cortina de Fumaça se desenvolve — entre o humor, o drama, a farsa, a ternura, o absurdo, o poético, o prosaico — criando um laço de amizade em meio ao emaranhado de relações pessoais da vida urbana”. (Lucas Petry Bender, em www.personacinema.com.br). 

sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada nas segundas feiras, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.

O que: Exibição do filme “Smoke / Cortina de Fumaça”, integrado no ciclo “Cortinas de Fumaça”.

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, dia 02/09, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Cine Especial: Conhecendo 'O Destemido Senhor da Guerra'

Clint Eastwood foi visto recentemente filmando no que talvez seja o seu último filme, já que o veterano ator está com os seus noventa e quatro anos de idade e já não escondendo mais o peso da velhice. Porém, independente do que irá acontecer no futuro, Eastwood sempre será lembrado como um diretor versátil, tendo dividido praticamente todos os gêneros e se atualizando conforme as mudanças que ocorreram no mundo. Para os fãs mais entusiastas ele será para sempre aquele típico macho alfa, que atira primeiro e pergunta depois e sempre soltando uma frase efeito enquanto fuma um grande charuto.

Não que isso signifique ele tenha sido assim no mundo real, sendo que o próprio cinema colaborou para moldá-lo dessa forma, ao ser sempre lembrado como o Estranho sem Nome da "Trilogia dos dólares" de Sergio Leone, ou do policial durão visto em "Perseguidor Implacável" (1972). Por conta disso, eu acho que o próprio quis fazer graça dessa imagem de durão em algumas ocasiões em sua carreira vasta e, portanto, comecei a procurar algum título que batesse com esse meu pensamento. Eis que acho "O Destemido Senhor da Guerra" (1986), dirigido e estrelado pelo próprio Eastwood e do qual brinca com uma trama baseada em um fato verídico inusitado.

Na trama, Clint Eastwwod interpreta Tom Highway, um sargento de longa data, que esteve em guerras como as da Coréia e do Vietnã e que se encontra a beira da aposentadoria. Porém, ao se meter sempre em brigas, ele acaba sendo recrutado para treinar um grupo de soldados indisciplinados para que posteriormente sejam levados para a missão de resgatar americanos que estão cercados por cubanos em Granada. Ao mesmo tempo que terá que enfrentar jovens irresponsáveis o protagonista tentará de tudo para reatar com a sua ex-esposa.

Na época que o filme foi rodado o cinema norte americano vivia da explosão de sucesso dos filmes de ação em que o protagonista mais parecia um exército de um homem só. Revistos hoje, muitos desses títulos acabaram se tornando uma piada pela inverossimilhança e sendo algo para ser somente assistível e jamais levado a sério. Talvez Clint Eastwwod tenha notado isso já naqueles tempos, ao ponto de fazer o seu filme quase como uma piada com relação aos filmes de guerra, onde a patriotada vista aqui está mais para figuras estereotipadas propositalmente e que revisto hoje a gente acha a maior graça.

Eastwwod brinca a todo momento com a sua imagem de durão, ao ponto de a gente até temer com aqueles que forem brincar as suas custas. Um desses casos, por exemplo, é o personagem Jones (Mario Van Peebles), que busca pela fama através da música e que acaba se cruzando com o protagonista durante uma viagem de ônibus. Não demora muito para que ambos se cruzem de novo quando o protagonista chega a sua base e revê Jones como se fosse um aperitivo para ser mastigado imediatamente.

A grande graça do filme está na relação entre o sargento e sua equipe de soldados desleixada, que acaba sentindo na pele o que é o trabalho a ser feito para se tornar um soldado de verdade. Curiosamente, essa primeira parte me lembrou "Nascido Para Matar" (1987), do mestre Stanley Kubrick, mas sem aquela dose cavalar de crítica acida com relação ao papel de um soldado a serviço de uma guerra inútil. Porém, sutilmente, parece que Eastwwod toca o dedo na ferida neste caso, mas de uma forma mais subliminar e sem que muitos pudessem constatar isso.

Curiosamente, o filme é baseado em um fato verídico ocorrido na durante a missão de soldados norte-americanos na Ilha de Granada em 1983 para salvar um grupo de americanos. Até aí tudo bem, se não fosse por um telefone inusitado que um soldado fez para obter ajuda e de tão absurda que acabou se tornando a base central para a realização do filme. O roteiro é de James Carabatsos, veterano da Guerra do Vietnã que ingressou em Hollywood em 1977 com o roteiro cujo título era "Heróis Sem Causa" e que acabou se tornando esse filme.

Em alguns aspectos o filme acabou envelhecendo um pouco mal, principalmente com relação a invasão da ilha. Para aqueles que esperam pura adrenalina, essa passagem do filme mais parece com os melhores momentos de "Loucademia de Polícia" do que qualquer outra coisa. A meu ver, o próprio Eastwwod tirar sarro de toda essa situação, pois o próprio gênero de ação e guerra dos anos oitenta se tornaria uma piada em uma revisão futura e não poderia ser diferente. Ao brincar com todo esse estereótipo dentro do gênero, a meu ver, o diretor acertou precisamente para não se levar nada a sério.

"O Destemido Senhor da Guerra" nada mais é do que um curioso filme de guerra estrelado e dirigido por Clint Eastwood que soube brincar com a perspectiva e olhar daqueles que estavam sendo induzidos ao buscar o sonho americano. 

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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (29/08/24)

 LONGLEGS – VÍNCULO MORTAL

Sinopse: No terror LONGLEGS - VÍNCULO MORTAL, a agente do FBI Lee Harker (Maika Monroe) é designada para um caso envolvendo um serial killer impiedoso que se autointitula LONGLEGS (Nicolas Cage). O assassino costuma deixar pistas com símbolos nas cenas do crime que apenas a agente é capaz de decifrar.


FERNANDA YOUNG – FOGE-ME AO CONTROLE

Sinopse: De insana a consciente, de feminista punk a mãe apaixonada. “Os Normais”, “Saia Justa” e todas as faces da artista Fernanda Young, que sacudiu a televisão brasileira e se tornou uma das vozes mais importantes da sua geração.


STOP MAKING SENSE

Sinopse: O diretor Jonathan Demme captura a energia visceral da banda americana Talking Heads durante um show no Hollywood Pantages Theatre, em 1983. O grupo toca sucessos como "Psycho Killer", "Take Me to the River" e "Once in a Lifetime".


PETS EM AÇÃO!

Sinopse: Gracie e Pedro não poderiam ser mais diferentes! Ela é uma cachorrinha de raça que acredita ser a melhor de todas, enquanto ele é um gato adotado que se contenta com aventuras nas ruas e até jantar do lixo. Apesar de serem da mesma família, eles não se suportam e vivem discutindo por qualquer coisinha. 

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