Sinopse: Os rebeldes se preparam para lutar contra as forças implacáveis do Mundo-Mãe, forjando laços entre si enquanto heróis emergem e lendas nascem.
Quando Zack Snyder lançou a primeira parte de "Rebel Moon" (2023) eu até que defendi a obra pelo fato dela ser totalmente desprendida das demais franquias intermináveis que tomam por assalto os cinemas hoje em dia. Porém, não é exatamente um filme com uma trama original, já que inicialmente era um projeto do próprio diretor com a intenção de fazer um futuro filme do universo expandido de Star Wars, mas que havia sido recusado e fazendo com que o realizador remodelasse a sua trama como um todo e obtendo carta branca para realizar pela Netflix. É então que chega "Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes" (2024) filme que chega a ser tão bom em termos de ação se comparado ao anterior, mas que fará muitos detratores odiarem ainda mais esse universo criado pelo diretor.
A trama começa exatamente onde o filme anterior havia terminado, mais precisamente na colônia pacífica situada nos confins do universo. Contudo, o tirano Regente Balisarius (Fra Fee) ainda está vivo e fará de tudo para obter a cabeça da jovem guerreira Kora (Sofia Boutella). Em contrapartida, a protagonista ainda tem os seus aliados e com ajuda dos habitantes da colônia iniciam uma autodefesa contra o inimigo.
É notório que os dois filmes foram rodados ao mesmo tempo, mas o próprio Zack Snyder já havia dito que pretende lançar versões estendidas dos dois capítulos em breve. A meu ver isso serve mais para expandir aquele universo do que qualquer outra coisa, já que a trama em si nós a compreendemos, pois a mesma fórmula de sucesso dos filmes de ação e aventura que já assistimos no passado, mas todo modelado pela visão do cineasta. Pode-se dizer que é uma espécie de "Sete Homens e Um Destino" espacial, mas alinhado com elementos que já estamos acostumados a ver em outras franquias como Star Wars, ou até mesmo no mais absurdo vídeo game interminável.
Portanto, esperem por muita câmera lenta de luta, explosão, perseguição e tudo que alguns fãs do cineasta gostam e que a maioria odeia para dizer o mínimo. Os heróis, por sua vez, cada um ali tem um motivo específico do porquê embarcar nesta guerra suicida, seja de uma forma mais explicativa, ou resumida. Quando todos se encontram na mesa para revelarem as suas motivações talvez seja o único momento mais humano do filme como um todo, pois de resto é ação até o último minuto.
Infelizmente o vilão Atticus Noble perde do seu peso dentro da história, mesmo ainda sendo bem interpretado pelo ator Ed Skrein. A meu ver a sua ressurreição dentro da trama é meio que forçada e nos dando a entender que facilmente ele poderia ter sido substituído por outro personagem ao longo da trama. Isso vale também para os demais guerreiros, sendo que alguns tiveram maior destaque e outros ficaram apenas como mero figurantes.
Inicialmente pensado para dois capítulos, eis que Zack Snyder ainda inventa em última hora uma possível terceira parte, já que o final deixa um enorme gancho para isso. Resta saber se o realizador terá fãs o suficiente para que esse filme ocorra, pois a meu ver já deu sinais de enfraquecimento, seja pela sua fórmula diversas vezes usada, ou pelo fato que falta originalidade maior deste universo que ele acabou criando por teimosia. "Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes" não muda em nada para aqueles que odiaram o primeiro filme e fazendo com que essa franquia de Zack Snyder tenha um futuro ainda mais duvidoso.
Onde Assistir: Netflix.
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