Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de março de 2023

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 02 A 08 DE MARÇO

 

MURIBECA


ESTREIAS:

ENEIDA

Direção: Heloisa Passos

Brasil/ Documentário/2022/ 80 min


Sinopse: Eneida, de 83 anos, faz uma jornada rumo a seu passado, em busca da filha primogênita que não vê a mais de 25 anos. Com a ajuda de sua filha do meio, a cineasta Heloisa Passos, Eneida embarca em uma odisseia que tenta derrubar o muro que divide a família. O documentário acompanha todo o processo, e juntas, mãe e filha transitam por momentos de descobertas, esperanças, medos e incertezas.



MURIBECA

Direção: Alcione Ferreira e Camilo Soares

Brasil/ documentário/2020/78min.

Sinopse: Diante da iminente transformação de seus lares em uma verdadeira cidade fantasma, moradores do Conjunto Habitacional Muribeca expressam a morte física de uma comunidade ainda viva na memória e nos sentimentos. O desaparecimento do bairro (em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco) devido a problemas estruturais, à especulação imobiliária e a um longo e turvo imbróglio entre moradores e órgãos responsáveis pela obra é testemunhado a partir de resiliências e resistências, de paisagens afetivas e lembranças que ora buscam abrigo na nostalgia, ora reacendem a chama resoluta da esperança.

EM CARTAZ:


MATO SECO EM CHAMAS

Direção: Adirley Queirós e Joana Pimenta

Brasil/ Drama/2022/ 153min./

Sinopse:Léa conta a história das Gasolineiras de Kebradas, tal como ecoa pelas paredes da Colméia, a Prisão Feminina de Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Elenco: Joana Darc Furtado, Lá Alves da Silva, Andréia Vieira, Débora Alencar, Gleide Firmino, Mara Alves.


HORÁRIOS DE 02 a 08 DE MARÇO DE 2023 (Não há sessões nas segundas-feiras):


14h30: MURIBECA

16h15: MATO SECO EM CHAMAS

19h: ENEIDA


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br

quarta-feira, 1 de março de 2023

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Belas Promessas'

 Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 04/03/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Belas Promessas" (Les Promesses)

França, 2021, 100 min, 12 anos

Direção: Thomas Kruithof

Elenco: Isabelle Huppert, Reda Kateb, Naidra Ayadi

Sinopse: Prefeita de uma cidadezinha do interior da França, Clémence é reconhecida pela sua dedicação às questões sociais, incluindo o combate à pobreza, ao desemprego e às gangues. Durante o mandato - que agora está chegando ao fim -, Clémence sempre contou com a ajuda de Yazid, seu chefe de gabinete. Entretanto, ao ser cotada para um ministério federal, a prefeita começa a questionar suas prioridades.



Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: Recordar é Viver! Histórias de Carnavais na Cinemateca Capitólio

 RECORDAR É VIVER!

 HISTÓRIAS DE CARNAVAIS


- Mostra irá exibir filmes que retratam o carnaval no Brasil e no mundo.

- Dez títulos da programação têm entrada franca. 

QUANDO: De 02 a 12/03 (não haverá sessões na segunda-feira, 06/03)

ONDE: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico, Porto Alegre)

QUANTO: Entrada franca em filmes selecionados ou R$ 10,00 nos demais filmes. A bilheteria abre às 14h30min nos dias de exibições, pagamento somente em dinheiro ou pix. 

DESCONTOS: meia-entrada para municipários e aplicação de todos os descontos previstos em lei (pessoas com mais de 60 anos com carteira de identidade; pessoas com deficiência e um acompanhante, mediante cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da pessoa com deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS); jovens de baixa renda com comprovante ID e doadores de sangue com carteira de comprovação).

A temporada da folia já acabou. Mas não no cinema. De 2 a 12 de março, a Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, vai celebrar as delícias e as dores da festa mais popular do país com a mostra Recordar é Viver! Histórias de Carnavais. A programação irá apresentar uma seleção especial de filmes carnavalescos realizados entre as décadas de 1920 e 2010 no Brasil e no exterior. Dez títulos serão exibidos com entrada franca e os demais terão ingressos populares (R$ 10,00). 

Na abertura, haverá a exibição de Orfeu do Carnaval (1959), do francês Marcel Camus, inspirado no texto teatral Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes. A sessão do grande clássico vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro e protagonizado pelo ator porto-alegrense Breno Mello será apresentada pelo diretor e roteirista Alexandre Derlan. Mais duas produções do Rio Grande do Sul ganham sessões na mostra: Errante – Um Filme de Encontros, de Gustavo Spolidoro, e Harmonia, de Jaime Lerner.

Uma edição especial do Projeto Raros vai projetar dois filmes dirigidos por Vera de Figueiredo: Artesanato do Samba (co-dirigido por Zózimo Bulbul) e Samba da Criação do Mundo, inspirado no enredo que a Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis elaborou para o desfile de 1978. O público poderá assistir ainda a grandes ficções carnavalescas de realizadores como Nelson Pereira dos Santos, Julio Bressane, Walter Lima Jr., Fernando Coni Campos, Watson Macedo e José Carlos Burle. Um dos principais destaques é Quando O Carnaval Chegar (1972), de Cacá Diegues, que tem no elenco Chico Buarque, Nara Leão, Maria Bethânia, Hugo Carvana, Elke Maravilha, Odete Lara, Antônio Pitanga e José Lewgoy.

Haverá um panorama de documentários: O Que Foi o Carnaval de 1920!, de Alberto Botelho, Carnaval de Rua de Porto Alegre, produzido pela Wilken Filmes, Carnaval do Rio de Janeiro, do chileno Aldo Francia, Nossa Escola de Samba, de Manuel Horácio Gimenez, e Arrasta a Bandeira Colorida, de Luna Akalay e Aloysio Raulino. 

As célebres festas de Sevilla e Veneza também estarão na tela em duas obras-primas: Mulher Satânica, de Josef von Sternberg, protagonizado por Marlene Dietrich, e Casanova de Fellini, de Federico Fellini. A mostra tem o apoio do Centro Técnico Audiovisual, da Cinemateca Nacional de Chile, do Canal Thomaz Farkas e da Versátil Filmes. 


>> PROGRAMAÇÃO:


> 02/03, quinta-feira: 

19h30min – Orfeu do Carnaval


> 03/03, sexta-feira:

15h (exibição gratuita) – A Baronesa Transviada

17h (exibição gratuita) – Carnaval Atlântida

19h30min (exibição gratuita) – Projeto Raros: Artesanato do Samba + Samba da Criação do Mundo


> 04/03, sábado:

19h – Ladrões de Cinema


> 05/03, domingo:

17h – Quando o Carnaval Chegar

19h (exibição gratuita) – O Gigante da América


> 07/03, terça-feira:

17h – Mulher Satânica

19h – Casanova de Fellini


> 08/03, quarta-feira:

19h – Carnaval de Rua de Porto Alegre + Errante – Um Filme de Encontros + debate


> 09/03, quinta-feira: 

17h – Orfeu do Carnaval

19h (exibição gratuita) – A Baronesa Transviada


> 10/03, sexta-feira: 

15h – Mulher Satânica

16h30min – Casanova de Fellini

19h30min (exibição gratuita) – Carnaval do Rio de Janeiro + A Lira do Delírio


> 11/03, sábado:

17h (exibição gratuita) – Carnaval Atlântida

19h – Rio, Zona Norte


> 12/03, domingo:

16h30min (exibição gratuita) – O Que Foi o Carnaval de 1920! + Nossa Escola de Samba + Arrasta a Bandeira Colorida 

18h – Harmonia + debate


>> FILMES: 

> Orfeu do Carnaval

(Orphée Noir)

França, 105 minutos, 1959.

Direção: Marcel Camus

No Carnaval, Orfeu (Breno Mello), condutor de bonde e sambista do morro, se apaixona por Eurídice (Marpessa Dawn), uma jovem do interior que vem para o Rio de Janeiro fugindo de um estranho fantasiado de Morte (Ademar da Silva). O belo amor de Orfeu por Eurídice, no entanto, desperta a ira da ex-noiva do galã, Mira (Lourdes de Oliveira) e a Morte acompanha tudo de perto.


> A Baronesa Transviada

Brasil, 1957, 100 minutos.

Direção: Watson Macedo

Exibição gratuita.

Uma manicure (Dercy Gonçalves) herda uma fortuna que lhe permitirá realizar o seu sonho de se tornar uma grande estrela cinematográfica, realizando um filme carnavalesco que a consagrará como grande intérprete.


> Carnaval Atlântida

Brasil, 92 minutos, 1952.

Direção: José Carlos Burle

Exibição gratuita.

 Xenofontes (Oscarito), um sisudo professor de mitologia grega, é contratado pelo produtor Cecílio B. de Milho (Renato Restier) como consultor da adaptação do clássico "Helena de Tróia" para o cinema. Dois malandros, Piro (Colé) e Miro (Grande Otelo), são admitidos como faxineiros do estúdio e sonham em transformar o épico numa comédia carnavalesca.


> Artesanato do Samba

Brasil, 10 minutos, 1974.

Direção: Zózimo Bulbul e Vera de Figueiredo

Exibição gratuita.

Brilho, confetes e lantejoulas, luxo e tropicalismo. Enquanto as escolas de samba ensaiam nas quadras, mãos ágeis dão forma e os últimos retoques às fantasias, adornos e adereços.


> Samba da Criação do Mundo

Brasil, 1979, 83 minutos.

Direção: Vera de Figueiredo

Exibição gratuita.

Princesas africanas narram, no desfile de Carnaval da Beija-Flor, a criação do mundo na visão Nagô.


> Ladrões de Cinema

Brasil, 1977, 127 minutos.

Direção: Fernando Coni Campos

Durante o Carnaval, no Rio de Janeiro, uma equipe de cineastas norte-americanos tem seu material de filmagem roubado no bloco que eles estavam documentando. Os ladrões, do morro do Pavãozinho, resolvem eles mesmos fazer um filme, tendo a Inconfidência Mineira como tema.


> Quando o Carnaval Chegar

Brasil, 103 minutos, 1972.

Direção: Cacá Diegues

Cinco artistas de uma trupe viajam pelo Brasil num ônibus colorido. Paulo, Mimi, Rosa, Lourival e Cuíca levam a vida a cantar, fazendo a festa onde estiverem. São unidos como uma família, mas, nos bastidores, uma crise pode os separar. No elenco, Chico Buarque, Nara Leão, Maria Bethânia, Hugo Carvana, Elke Maravilha, Odete Lara, Antônio Pitanga e José Lewgoy. 


> O Gigante da América

Brasil, 1979, 95 minutos.

Direção: Julio Bressane

Exibição gratuita.

A trajetória da alma de um caboclo pelo inferno, purgatório e paraíso. Nesse périplo ancestral pela América cuja rota supõe ter sido indicada pelo poeta Dante, a alma encontra alguns fantasmas de figuras notáveis do Novo Continente, fazendo e ouvindo discursos memoráveis, entretanto, reflexivos, sobre colonização e existência.


> Mulher Satânica

(The Devil is a Woman)

EUA, 79 minutos, 1935.

Direção: Josef von Sternberg

 Durante a semana de Carnaval no sul da Espanha, o jovem militar Antônio Galván (César Romero) conhece a sedutora Concha Perez (Marlene Dietrich). Não demora muito para que ele fique completamente enfeitiçado pelo forte poder de atração da mulher.


> Casanova de Fellini

Il Casanova di Federico Fellini)

Itália, 1976, 155 minutos.

Direção: Federico Fellini

 A sequência de aventuras amorosas de Casanova, um veneziano libertino. Após um caso com uma freira, ele é condenado e preso. Ao fugir da prisão, percorre várias cortes e cidades europeias, colecionando seduções, paixões e orgias sexuais.


> Carnaval de Rua de Porto Alegre

Brasil, 5 minutos, 1959.

Produção: Wilken Filmes

Filme mudo documentário sobre o carnaval de rua na cidade de Porto Alegre, em 1959.


> Errante - Um Filme de Encontros

Brasil, 2015, 70 minutos.

Direção: Gustavo Spolidoro

Sozinhos, o diretor e a câmera vão ao encontro do inesperado. Guiado pelo acaso, o diretor partiu da primeira imagem ao despertar em uma manhã de carnaval e seguiu por cinco dias ao sabor dos encontros.


> Carnaval do Rio de Janeiro

(Carnaval de Río de Janeiro)

Chile, 7 minutos, 1960.

Direção: Aldo Francia

Registro antropológico sobre o carnaval do Rio em 1960.


> Rio, Zona Norte

Brasil, 1957, 90 minutos.

Direção: Nelson Pereira dos Santos

 O sambista Espírito da Luz (Grande Otelo) é um homem desiludido. Ao fazer uma viagem de trem pelo subúrbio, acaba caindo nos trilhos. Enquanto espera ajuda, relembra o tempo em que cantava em grandes festas, além de tragédias pessoais.


 > O Que Foi o Carnaval de 1920!

Brasil, 9 minutos, 1920.

Direção: Alberto Botelho

Exibição gratuita.

Aspectos do carnaval no Rio de Janeiro: o corso na Avenida Rio Branco; Baile à Fantasia no Hotel de Santa Rita; o Baile Infantil do Teatro República; desfile de carros alegóricos das sociedades carnavalescas dos Fenianos e dos Democráticos.


> Rio, Zona Norte

Brasil, 1957, 90 minutos.

Direção: Nelson Pereira dos Santos

 O sambista Espírito da Luz (Grande Otelo) é um homem desiludido. Ao fazer uma viagem de trem pelo subúrbio, acaba caindo nos trilhos. Enquanto espera ajuda, relembra o tempo em que cantava em grandes festas, além de tragédias pessoais.


> Nossa Escola de Samba

Brasil, 30 minutos, 1968.

Direção: Manuel Horácio Gimenez

Exibição gratuita.

Um ano na vida de uma escola de samba, desde os primeiros ensaios até o desfile na avenida.


> Arrasta a Bandeira Colorida

Brasil, 11 minutos, 1970.

Direção: Luna Akalay e Aloysio Raulino

Exibição gratuita.

 O carnaval de rua em São Paulo: o cenário, as escolas de samba, os blocos, os passistas, o transe. Filme realizado a partir de fotografias em branco e preto, com sambas clássicos em sua trilha sonora.


> A Lira do Delírio

Brasil, 1978, 105 minutos.

Direção: Walter Lima Jr

Exibição gratuita.

  Os participantes do bloco de carnaval Lira do Delírio se cruzam num cabaré da Lapa carioca, onde o filho de uma dançarina é

sequestrado. Para descobrir o assassino e as razões do crime, ela conta com a ajuda de um repórter policial, que ao mesmo tempo também investiga um homicídio contra um homossexual.


> Harmonia 

Brasil, 2000, 90 minutos.

Direção: Jaime Lerner

Harmonia é o nome de um parque no centro de Porto Alegre. O palco de disputa entre os dois maiores movimentos de cultura popular do Rio Grande do Sul. Harmonia é o filme que investiga a fundo o que há por trás deste conflito.


>> LINKS COM IMAGENS EM VÍDEO DOS FILMES: 

> Orfeu do Carnaval: https://www.youtube.com/watch?v=1VBM8xoa8Ss

> Quando o Carnaval Chegar: https://www.youtube.com/watch?v=j4vN8Ppxz7k

> A Baronesa Transviada: https://www.youtube.com/watch?v=p4tLQ9CVXLg

> Errante - Um Filme de Encontros: https://www.youtube.com/watch?v=kEvtvJb512k

> Mulher Satânica: https://www.youtube.com/watch?v=FAUdRXn7rGY

> Casanova de Fellini: https://www.youtube.com/watch?v=fu3X4VOBlNU


Assessor de Imprensa:

Léo Sant´Anna

(21) 97613.4462 ou (21) 3988.0561

leosantanna@hotmail.com

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'A Baleia'

Sinopse: Um professor de inglês recluso que vive com obesidade severa tenta se reconectar com sua distante filha adolescente para uma última chance de redenção. 

Darren Aronofsky não é sutil com relação ao que ele passa nos seus filmes, mas sim escancara a luta dos seus protagonistas contra os seus demônios interiores. Se em "Réquiem Para Um Sonho" (2000) vemos os personagens caindo no inferno devido as drogas, em "Cisne Negro" (2009) testemunhamos a protagonista em ter que liberar, mas ao mesmo tempo enfrentar, o seu lado sombrio para obter o seu tão sonhado desejo. "A Baleia" (2022) é sobre o ser humano arrependido pelos seus erros do passado, mas tendo coragem para tentar de todas as formas salvar o que ainda lhe resta mesmo que isso se torne impossível.

Baseado na peça escrita por Samuel D. Hunter, acompanhamos a história de um professor de inglês e seu relacionamento fragilizado com sua filha, Ellie. Charlie (Brendan Fraser) é um professor de inglês recluso, que vive com obesidade severa e luta contra um transtorno de compulsão alimentar. Ele dá aulas online, mas sempre deixa a webcam desligada, com medo de sua aparência. Apesar de viver sozinho, ele é cuidado pela sua amiga e enfermeira, Liz (Hong Chau). Mesmo assim, ele é sozinho, convivendo diariamente apenas com a culpa, por ter abandonado Ellie (Sadie Sink), sua filha hoje adolescente que ele deixou junto com a mãe Mary (Samantha Morton) ao se apaixonar por outro homem.

Hollywood não é gentil com os seus astros, principalmente quando os mesmos possuem problemas pessoais e fazendo com que aos poucos sejam descartados. Brendan Fraser é um caso de inúmeros, tendo se tornado um grande astro no final dos anos noventa, mas se isolando após ter sido assediado por um grande produtor de um determinado estúdio além de outros problemas pessoais que o deixaram extremamente abalado. O intérprete, porém, não desistiu da atuação, sendo que aos poucos foi voltando para a profissão e o filme "A Baleia" é sem sombra de dúvida a sua grande virada de mesa.

Com uma impressionante maquiagem, Fraser nos passa através do seu personagem um ser humano que acumulou diversos erros em sua vida, mas procurando alcançar a sua redenção antes que seja tarde demais. É impressionante o olhar que o intérprete nos passa, sendo uma espécie de mar profundo e do qual se mergulhássemos testemunharíamos as mais diversas histórias de um homem que carrega as suas cicatrizes emocionais e físicas desde sempre. Uma atuação digna de diversos prêmios, mas cujo desempenho será lembrado ao longo de vários anos.

Talvez alguns críticos acusem o filme de ser gordofobico, mas acredito que Darren Aronofsky optou por ser autêntico com relação a reação dos demais personagens secundários perante o protagonista ao invés de criar uma obra que poderia soar meramente hipócrita. Portanto, cada um reage de uma forma autêntica, mas isso graças aos ótimos desempenhos dos seus respectivos intérpretes e sendo que cada um cumpre com louvor as suas atuações em cena. Embora Fraser carregue o filme nos ombros, não há como negar que eles ajudam a complementar o seu desempenho.

Hong Chau, vista recentemente no filme "O Menu" (2022), se torna uma espécie de ancora para manter o seu paciente e amigo no lugar, mas não escondendo a pessoa cética e até mesmo cansada que o mundo a criou. Já Thomas, interpretado por Ty Simpkis, é uma figura curiosa, já que ele seria uma representação do lado hipócrita do ser humano que busca a religião como uma espécie de cortina de fumaça para ocultar os seus erros que acumulou na vida. Darren Aronofsky foi até suave nesta questão com relação a esse personagem, pois basta compará-lo perante a situação vista no filme "Mãe" (2017) para constatarmos que o realizador já teve tempos muito mais polêmicos.

Mas é realmente a jovem atriz Sadie Sink, famosa pela série "Stranger Things" que se torna a melhor peça do elenco secundário. Ao interpretar a filha do protagonista, Sink nos brinda com uma atuação poderosa, onde ela nos passa uma grande raiva perante os nossos olhos, além de sua personagem não esconder repulsa do seu próprio pai, não somente pelo fato da situação em que ele se encontra, como também de ter-lhe abandonado um dia. Por conta disso, o filme ganha ares até mesmo de tensão, já que devido a sua rebeldia tememos pelas suas ações.

Com relação a tensão, o filme se torna cada vez mais claustrofóbico, principalmente nos momentos em que o personagem se sente mal e se entregando aos seus vícios para tentar amenizar a dor. Sua sinceridade perante as pessoas é o que torna ele especial, pois em tempos atuais em que muitas pessoas se entregaram as mentiras das fake news, o filme se alinha aos tempos de incerteza e cuja verdades acabam ficando apenas em uma superfície fina. Ao final, a redenção que o personagem encontra não é muito diferente do que é vista em outras obras do cineasta, mas fazendo com que continuemos pensando na trama após o encerramento do longa.

Com uma bela referência ao clássico literário "Moby Dick", o filme "A Baleia" é mais um filme inquietante de Darren Aronofsky, do qual irá dividir a opinião de muitos, mas que rendera diversos debates acalorados para dizer o mínimo.    



   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: Programação Cinemateca Capitólio 2 a 12 de março de 2023

Butch Cassidy


OBRAS-PRIMAS DE BURKINA FASO EM EXIBIÇÃO

As cópias restauradas de obras-primas de Burkina Faso, Questão de Honra (1990), de Idrissa Ouédraogo, e Wendemi (1993), de S. Pierre Yameogo, serão exibidas entre 28 de fevereiro e 12 de março. As sessões têm o apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français. O valor do ingresso é R$ 10,00.  

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5903/em-cartaz-obras-primas-de-burkina-faso-e-homenagem-a-burt-bacharach/


HOMENAGEM A BURT BACHARACH

De 28 de fevereiro a 9 de março, a Cinemateca Capitólio celebra o legado de Burt Bacharach, de um dos grandes compositores de todos os tempos, com exibições de Butch Cassidy (1969), faroeste de George Roy Hill. A trilha-sonora do filme, composta e arranjada por Bacharach, tem temas lendários como Raindrops Keep Fallin' On My Head, Come Touch The Sun e Not Goin' Home Anymore. O valor do ingresso é R$ 10,00. 

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/5903/em-cartaz-obras-primas-de-burkina-faso-e-homenagem-a-burt-bacharach/   


RECORDAR É VIVER! HISTÓRIAS DE CARNAVAIS

De 2 a 12 de março, a Cinemateca Capitólio celebra as delícias e as dores da festa mais popular do Brasil com a mostra Recordar é Viver! Histórias de Carnavais. A programação apresenta uma seleção especial de filmes carnavalescos realizados entre as décadas de 1920 e 2010.

A mostra tem o apoio do CTAv, da Cineteca Nacional de Chile, da Programadora Brasil, do Canal Thomaz Farkas e da Versátil Filmes. 

Mais informações:  http://www.capitolio.org.br/novidades/5907/recordar-e-viver-historias-de-carnavais/


GRADE DE HORÁRIOS

2 a 12 de março de 2023


2 de março (quinta-feira)

15h – Questão de Honra

17h – Wendemi

19h30 – Orfeu do Carnaval


3 de março (sexta-feira)

15h – A Baronesa Transviada

17h – Carnaval Atlântida

19h30 – Projeto Raros: Artesanato do Samba + Samba da Criação do Mundo


4 de março (sábado)

15h – Sessão Vagalume: A Pequena Sereia

17h – Butch Cassidy

19h – Ladrões de Cinema


5 de março (domingo)

15h – Sessão Vagalume: A Pequena Sereia

17h – Quando o Carnaval Chegar

19h – O Gigante da América


7 de março (terça-feira)

15h – Butch Cassidy

17h – Mulher Satânica

19h – Casanova de Fellini


8 de março (quarta-feira)

15h – Wendemi

17h – Questão de Honra

19h – Carnaval de Rua de Porto Alegre + Errante – Um Filme de Encontros + debate


9 de março (quinta-feira)

15h – Butch Cassidy

17h – Orfeu do Carnaval

19h – A Baronesa Transviada


10 de março (sexta-feira)

15h – Mulher Satânica

16h30 – Casanova de Fellini

19h30 – A Lira do Delírio


11 de março (sábado)

15h – Wendemi

17h – Carnaval Atlântida

19h – Rio, Zona Norte


12 de março (domingo)

15h – Questão de Honra

16h30 – O Que Foi o Carnaval de 1920! + Carnaval do Rio de Janeiro + Nossa Escola de Samba + Arrasta a Bandeira Colorida 

18h – Harmonia + debate

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Nova temporada da "Sessão Vagalume" terá início com exibições de "A Pequena Sereia", da Disney

 Cinemateca Capitólio e Programa de Alfabetização Audiovisual  apresentam

A Pequena Sereia

  - Animação da Disney de 1989 irá abrir a nova temporada da Sessão Vagalume.


QUANDO: 04 e 05/03, sábado e domingo, às 15h. 

ONDE: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico, Porto Alegre). QUANTO: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia-entrada) - pagamento em dinheiro e pix, a bilheteria abre 30 minutos antes das sessões. 

DESCONTOS: meia-entrada para municipários e aplicação de todos os descontos previstos em lei (pessoas com mais de 60 anos com carteira de identidade; pessoas com deficiência e um acompanhante, mediante cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da pessoa com deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS); jovens de baixa renda com comprovante ID e doadores de sangue com carteira de comprovação).


CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: livre

VERSÃO EXIBIDA: dublada

DURAÇÃO: 83min


A nova temporada da Sessão Vagalume vai exibir sucessos do cinema, sempre no primeiro fim de semana do mês, na Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico, Porto Alegre). O título escolhido para abrir a programação, que vai até junho, é A Pequena Sereia, animação produzida em 1989. As projeções na versão dublada serão nos dias 4 e 5 de março, sábado e domingo, às 15h. Os ingressos custam apenas R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia-entrada).

Baseado no conto homônimo do dinamarquês Hans Christian Anderson, o filme tem como protagonista uma princesa sereia que sonha em se tornar humana. Na época, conquistou as estatuetas do Oscar e Globo de Ouro nas categorias trilha sonora e canção original (Under the Sea). Também é considerado o longa-metragem que marcou o início de uma nova era na Disney, com produções aclamadas pela crítica e alto faturamento nas bilheterias. Em maio, o estúdio vai lançar uma nova versão dessa história estrelada pela atriz Halle Bailey.

A Sessão Vagalume é uma iniciativa do Programa de Alfabetização Audiovisual e oferece um circuito alternativo de cinema infantojuvenil. Em abril, o projeto irá completar 15 anos de atividades e terá uma edição comemorativa. Outras informações podem ser obtidas pelo site www.capitolio.org.br ou pelas redes sociais do projeto (Facebook e Instagram - @alfabetizacaoaudiovisual).


SINOPSE: Ariel é uma sereia de 16 anos de idade insatisfeita com a vida no fundo do mar e curiosa sobre o mundo na terra. Ao se apaixonar por um príncipe, faz um acordo com a bruxa do mar para transformar-se em humana. 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS: 

A Pequena Sereia, de Ron Clemens e John Musker (1989, Estados Unidos, 83 minutos). Elenco da versão dublada: Marisa Leal (Ariel), André Filho (Sebastião), Luiz Motta (Tristão), Úrsula (Zezé Motta), Myriam Peracchi (Vanessa) e Patrick de Oliveira (Linguado).


Assessor de Imprensa:

Léo Sant´Anna

(21) 97613.4462 ou (21) 3988.0561

leosantanna@hotmail.com

domingo, 26 de fevereiro de 2023

Cine Especial: Cine Debate – 'Contra o Gelo'

Sinopse: Dois homens fazem uma arriscada expedição à Groenlândia em busca de um mapa perdido. 

Filmes sobre sobrevivência sempre rendem muita tensão para aqueles que estão assistindo a história, principalmente pelo fato de ser realmente baseado em fatos verídicos e disparando em nós um sinal de alerta de que aqueles protagonistas podem realmente morrer a qualquer momento. "Vivos" (1993), por exemplo, foi uma reconstituição crua sobre os sobreviventes do acidente de avião da Cordilheira dos Andes onde os mesmos foram obrigados a se alimentarem da carne dos mortos. "Contra o Gelo" (2022) segue nesta mesma linha, onde vemos a persistência de dois homens em alcançar os seus objetivos, mas tendo que enfrentar os perigos vindos do desconhecido.

Dirigido por Peter Flinth, a trama é baseada em fatos reais que se passam no de 1909, sobre a Expedição Alabama da Dinamarca, liderada pelo capitão Ejnar Mikkelsen, que  estava tentando refutar a reivindicação dos Estados Unidos ao nordeste da Groenlândia, uma reivindicação que estava enraizada na ideia de que a Groenlândia foi dividida em dois pedaços diferentes de terra. Deixando sua tripulação para trás com o navio, Mikkelsen atravessa o gelo com seu inexperiente membro da tripulação, Iver Iversen. Os dois homens conseguem encontrar a prova de que a Groenlândia é uma ilha, mas o retorno ao navio leva mais tempo e é muito mais difícil do que o esperado.

Eu observo que nestes últimos dois anos os diretores de cinema têm procurado acrescentar muito mais realismo em suas obras, mesmo quando as mesmas se enveredam até mesmo para o gênero fantástico. No caso de "Contra o Gelo", mesmo sendo baseado em uma história real, seria um filme que poderia facilmente ser realizado com bastante CGI para retratar o período em que a trama passa. Porém, ao invés disso, testemunhamos realmente cenários reais onde ocorreram a expedição e fazendo com que tudo se torne mais verossímil.

Por conta disso, temos a sensação de maior peso com relação a situação em que os dois protagonistas se encontram, fazendo com que nos coloquemos no lugar deles e perguntando para nós mesmos se aguentaríamos. Com personalidades distintas uma da outra, vemos a interação entre um veterano e um novato, sendo que esse último terá que aprender da pior maneira que sobreviver em um lugar como esse requer certa frieza e não tendo que se importar com que irá se sacrificar no decorrer da cruzada. Por mais cruel que seja para a visão dos defensores dos animais, a morte e o sacrífico dos cães no decorrer da jornada fazem parte do amadurecimento perante obstáculos que podem matá-los a qualquer momento.

Tanto Nikolaj Coster-Waldau como Joe Cole estão perfeitos em seus respectivos personagens, sendo que o primeiro nos passa o ar da experiência, mas também não escondendo uma certa loucura misturada com persistência com relação em concluir a sua cruzada aja o que houver. Curiosamente, a trama se torna cada vez mais sufocante não na ida, mas sim em sua volta, principalmente pelo fato deles ficarem ilhados e sem navio para retornarem para casa. É então que o filme explora em potência máxima o lado psicológico dos dois personagens e fazendo a gente temer pelo destino deles.

Com momentos de pura tensão, o filme ainda nos brinda com momentos inesperados, como no caso da aparição surpresa de um grande urso que, mesmo sendo feito em CGI, sua presença me fez lembrar do momento mais angustiante do filme "O Regresso" (2015). Ao final, ambos os protagonistas são obrigados a enfrentarem os seus instintos mais primitivos e cabem eles saberem como enfrentá-los para não sucumbirem ao lado bestial do ser humano. Embora tenha um final acolhedor meio que forçado no último minuto, isso não diminui o tamanho do impacto que o filme nos provoca ao longo do percurso.

"Contra o Gelo" é uma bela aventura sobre o ser humano perante a força da natureza e de como ela pode nos levar a sermos melhores do que estávamos predestinados a ser um dia. 


Onde Assistir: Netflix. 
   

Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.