Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Cine Dica: Confirmado: Edição 2020 do Festival Varilux do Cinema Francês acontecerá entre 19 de novembro e 3 de dezembro nos cinemas

 O FESTIVAL TEM DATA CONFIRMADA PARA SUA VERSÃO PRESENCIAL, COM FORMATO A SER ADAPTADO EM FUNÇÃO DA NORMALIZAÇÃO DOS CINEMAS NO BRASIL


Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2020 - Adiada em junho, mês em que tradicionalmente ocorre, a edição 2020 do Festival Varilux do Cinema Francês já tem nova data marcada: entre 19 de novembro a 3 de dezembro. Ao anunciar a data, Emmanuelle e Christian Boudier, curadores e diretores do evento, adiantam que serão respeitados todos os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde para oferecer segurança ao público e aos envolvidos no evento.

"Queremos apostar na melhoria da situação, e estar presentes para o público que ficou com tanta saudade de ver filmes no telão", apontam Emmanuelle e Christian. "Esperamos que daqui a dois meses, mediante protocolos rigorosos de segurança, o público conseguirá entrar num cinema com confiança. Achamos importante, nesse momento tão delicado, ajudar os cinemas, que sempre foram parceiros maravilhosos do festival Varilux e que vão precisar de conteúdo de qualidade para conquistar novamente o público no momento da reabertura. Faz 10 anos que o festival vem crescendo a cada edição, chegando a quase 200 mil espectadores em 2019, portanto é importante que estejamos presentes para esse público que ama o cinema francês."

A seleção será proposta aos 120 cinemas, presentes em 86 cidades, que também participaram do festival em 2019. As datas serão mais flexíveis dessa vez: a partir de 19 de novembro, os cinemas terão a opção de programar o festival em datas diferentes - até o final de fevereiro de 2021 - para se adaptar a eventuais situações sanitárias locais. O importante é que os filmes cheguem ao público em todo Brasil.

Flexibilidade será de fato a palavra chave para a edição 2020. A definição do formato e das modalidades de exibição dos filmes ocorrerá em datas próximas à realização do evento: cinemas, projeções ao ar livre, drive-in, todas as possibilidades estão sendo analisadas. Em um cenário alternativo, parte da programação seria transferida para uma plataforma digital. 

As ferramentas digitais são eficientes para manter o contato com o público: a pandemia levou a Bonfilm a lançar em abril o Festival Varilux Em Casa, plataforma solidária que contou com o patrocínio da Embaixada da França no Brasil e da Essilor/Varilux. Foram apresentados gratuitamente, durante quatro meses, 50 títulos franceses, a maioria integrante de edições recentes do Festival, através da plataforma Looke. O público mais uma vez apoiou e aderiu ao projeto. Em quatro meses foram contabilizadas 666.514 visualizações dos longas disponíveis na plataforma http://festivalvariluxemcasa.com.br/

Apesar desse sucesso, os organizadores do Festival Varilux de Cinema Francês reafirmam a importância das projeções nas salas de cinemas. Assistir a um filme no escuro de uma sala de cinema, com a tela grande, som e imagem de alta definição, compartilhando emoções, é uma experiência única e insubstituível.

A situação não afetará a qualidade da seleção que está sendo preparada desde o festival de Berlim, em coordenação com as distribuidoras brasileiras parceiras do Festival Varilux. A reabertura dos cinemas na França, desde o 22 de junho, permitiu o lançamento de vários longas-metragens franceses novos, que estarão disponíveis para o festival no Brasil em novembro.

Como todos os eventos culturais no Brasil, o Festival Varilux enfrenta graves dificuldades financeiras em 2020. A sua viabilização será possível graças à confiança do patrocinador principal e histórico do evento, o grupo Essilor Varilux, que aceitou o desafio de apoiar o festival presencial, para defender a cultura: “Acreditamos que a cultura, em tempos difíceis como os que estamos vivendo e num mundo pós-pandemia se faz ainda mais importante na vida das pessoas” – ressalta Guilherme Nogueira, Diretor de marketing do Grupo Essilor.

O apoio do grupo Essilor se dará por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O festival contará também com o apoio da Embaixada da França, das Alianças Francesas do Brasil, da Unifrance e da Dispositiva. E também os apoios da Ingresso.com e do Club Med por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.

________________________________________________________________

Sobre a Bonfilm

Produtora e distribuidora, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês, que completou dez anos em 2019. Sucesso de público e mídia, o evento esteve no ano passado em 86 cidades e 23 estados brasileiros. Nesses dez anos foram realizadas cerca de 35 mil sessões e somou um público de mais de um milhão de espectadores (1.064 milhão).  Desde 2015, a Bonfilm realiza também o festival de filmes ópera "Ópera na Tela" ao ar livre no Rio de Janeiro e em cinemas de todo Brasil. Em 2019 promoveu uma primeira edição em São Paulo.


Sobre a Essilor 

Líder mundial em lentes oftálmicas para óculos, a Essilor International cria desenhos, produz e comercializa uma vasta gama de lentes corretivas.  Sua missão é melhorar vidas através da visão. Para cumprir esta missão, a empresa investe anualmente 200 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento e seu espírito inovador foi atestado pela revista norte americana Forbes onde figurou por oito anos consecutivos, até 2018, no ranking das 100 Empresas Mais Inovadoras do Mundo. Além disso, em 2015 a companhia foi listada entre as 50 empresas da FORTUNE's Change the World List. As marcas mais emblemáticas da Essilor International são: a lente multifocal Varilux®, a fotossensível Transitions®, o antirreflexo Crizal®, a lente solar polarizada Xperio®, a antiembaçante Optifog™, a lente Eyezen™ que reduz o esforço ocular na leitura em telas, e, lançada em 2019, a lente com proteção dupla contra raios UV e luz azul-violeta nociva Blue UV Filter™.  A empresa também desenvolve e comercializa equipamentos, instrumentos e presta serviços aos atuantes no mercado óptico.


Para mais informações entre em contato

Katia Carneiro:: katia.carneiro@agenciafebre.com.br 21 99978-2881

Luisa Mattos:: Luisa.mattos@agenciafebre.com.br  21 99888-0633

Ou curta@agenciafebre.com.br 21 2555-8900

Siga-nos no Instagram @agfebre e no facebook.com/agf

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Cine Dica: "O Auto da Compadecida" está de volta à tela grande em comemoração aos 20 anos do seu lançamento

 Clássico do cinema nacional foi remasterizado e ganhou novos efeitos especiais

Há 20 anos, “O Auto da Compadecida”, de Guel Arraes, baseado na peça clássica de Ariano Suassuna, levou mais de 2 milhões de espectadores aos cinemas e se tornou o longa-metragem mais assistido naquele ano e um marco do cinema brasileiro. Como parte das comemorações, o filme foi remasterizado, ganhando maior qualidade de imagem e novos efeitos especiais. A Globo Filmes planejou uma programação especial: nesta quarta, 23 de setembro, o longa será exibido na tela grande do drive-in Telecine Open Air, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro; e, uma semana depois - dia 30 - acontece uma sessão on line seguida de debate em comemoração aos 35 anos do Grupo Estação. É a Sessão Cineclube Estação que pode ser acessada pelo link: https://www.youtube.com/estacaonetdecinema

O início das comemorações dos 20 anos foi dado em dezembro de 2019 com o lançamento da minissérie remasterizada no Globoplay, já com cenas inéditas e novos efeitos. A minissérie foi exibida na TV Globo em 1999 e a versão cinematográfica foi lançada no ano seguinte.  

O longa conta as divertidas aventuras de João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello) e foi rodado em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, e no Rio de Janeiro. O elenco reúne também Fernanda Montenegro, Diogo Vilela, Denise Fraga, Rogério Cardoso, Lima Duarte, Marco Nanini, Enrique Diaz, Paulo Goulart, Luís Melo, Maurício Gonçalves, Virgínia Cavendish, Aramis Trindade e Bruno Garcia. O diretor Guel Arraes também é coautor da adaptação ao lado de Adriana Falcão e João Falcão.  



Assessoria de Imprensa:  

PRIMEIRO PLANO

Anna Luiza Muller  

Aline Martins – aline@primeiroplanocom.com.br  

21 2266-0524 / 2286-3699 

@_Primeiro_Plano /   @primeiroplanocom  

facebook.com/PrimeiroPlanoCom/ 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Cine Dica: Próximo Cine Debate: 'O Último Amor de Mr. Morgan'

Próximo encontro do Cine Debate - Filmes para pensar a vida será no dia 29/09/2020 das 19h30min ás 21h na Plataforma do Google Meet. A sala será aberta as 19h e 15min. O filme  "O Último Amor de Mr. Morgan narra a história de Matthew, um professor de literatura solitário, que ainda sofre com a perda da esposa, vive em Paris, tem poucos amigos e não fala o idioma local.  Um dia, ele encontra uma jovem parisiense chamada Pauline, professora de dança e reencontra o sentido para continuar existir. O filme está disponível em http://lospyrrata1080p.blogspot.com/2014/05/o-ultimo-amor-de-mr-morgan-assistir.html.

Provocações:

1) O que nos torna humanos?

2) Observe o conjunto de reações e emoções que se apresentam no processo de luto de Mr. Morgan. 

3) Enquanto assiste ao filme faça anotações (cenas, frases, sentimentos, percepsões, incômodos, etc..) e formule perguntas. 

Para informações e querer fazer parte da live entrem em contato com a Psicóloga Maria Emília Bottini cliquem aqui.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Blue Jay'

Sinopse: Um casal dos tempos de colégio volta a se encontrar em sua cidade natal, na Califórnia. 
Não é preciso, necessariamente, de uma superprodução para se criar um ótimo romance, pois basta dois intérpretes talentosos, uma ótima direção e um roteiro engenhoso para se criar algo inesquecível. Se por um lado o genial "Cópia Fiel" (2010), de Abbas Kiarostami, testemunhamos os dois protagonistas tentando representar (ou não) um casal em determinado momento da história, por outro lado, "Antes do Pôr do Sol" (2004) assistimos o reencontro de um casal e que descobre que ainda há uma chama entre eles mesmo tendo se passado um longo tempo. Reunimos, portanto, essas duas fórmulas de sucesso para se criar uma boa história de amor e temos "Blue Jay" (2016) cuja a história é engenhosa e extremamente humana.
Dirigido por Alexandre Lehmann, a trama se concentra unicamente em dois protagonistas, onde ambos estão retornando para sua pequena cidade natal na Califórnia. Os dois eram ex-namorados Jim e Amanda (Mark Duplass e Sarah Paulson) do ensino médio e se encontram por um acaso em um Supermercado. Os dois lembram do passado que compartilharam e passam a refletir sobre ele, levando em conta suas vidas atuais, que parecem não serem satisfatórias para eles.
Com uma belíssima fotografia em preto e branco, o filme já fisga a nossa atenção graças ao seu prólogo, onde nos é apresentado Jim arrumando a sua casa e fazendo a gente se perguntar o que há exatamente com ele. Logo em seguida surge Amanda e percebemos que ambos tiveram uma ligação amorosa no passado, mesmo quando eles não explicam isso logo de imediato. Apresentação dos dois protagonistas é feita de forma gradual, para que possamos conhece-los melhor e identificarmos com eles facilmente.
Aliás, o grande charme do filme está na proeza de fazer com que nos identifiquemos com o casal e com o passado do qual eles tiveram um relacionamento inesquecível. Obviamente eles tiveram um romance durante os anos 90, mas não porque eles explicam isso de imediato, mas sim pelos objetos, pela moda e pelo que eles curtiam no passado que é visto em cena. A cena onde vemos ambos dançando ouvindo a música "No more I love you's" da cantora Annie Lennox sintetiza muito bem essa ideia.
Portanto, esse filme pega esse lado nostálgico em nós em cheio, principalmente em um momento que cada vez mais olhamos para trás e sentimos saudades de tempos mais dourados. Porém, curiosamente, o filme não se limita somente no reencontro para faze-los relembrar do passado, como também há cenas em que eles interpretam a possibilidade terem tido um casamento duradouro e fazendo ambos se perguntarem como poderia ter sido. Qualquer semelhança com o filme citado acima do mestre Abbas Kiarostami  não seja mera  coincidência, pois talvez a intenção seja justamente essa.
Mas a alma e o coração do filme se concentram realmente na atuação dos dois intérpretes e fazendo com que os seus personagens nos emocionam a cada passo que eles dão ao longo do filme. Se por um lado Mark Duplass interpretando Jim nos comove pela sua melancolia já bem perceptível no início do filme, do outro, Sarah Paulson nos emociona com uma personagem cheia de vida, mas que não esconde a dor e os sentimentos ainda vivos que sentem por Jim como um todo. Não tenho menor dúvida que Paulson nos brinda no ato final da trama com a sua melhor atuação da carreira e fazendo com que eu lhe admire mais ainda.
Falando em ato final, é surpreendente como em poucos minutos nos é revelado o do porque eles não terem dado certo no passado, mas sendo o suficiente para nos emocionar e isso graças atuação de ambos mais do que eficaz. Mas, assim como ocorreu no já clássico "Encontros e Desencontros" (2003), o futuro do casal fica em aberto e cada um tem a sua própria interpretação com relação sobre qual seria o próximo passo que eles dariam. Com pouco mais de uma hora e vinte de duração, "Blue Jay" é um filme romântico, nostálgico e que dispara em nossos corações em cheio. 

Onde Assistir: Netflix. 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Curiosidade: Tatiana Maslany, de 'Orphan Black', será a 'She-Hulk' na série do Disney+

Ótima notícia. Segundo a Variety, a atriz Tatiana Maslany, conhecida mundialmente pelos seus inúmeros papéis Orphan Black, será a protagonista de She-Hulk, nova série do MCU no Disney+. A história foca na origem da personagem, ou seja, como nos quadrinhos, a advogada Jennifer Walters, prima de Bruce Banner, herda os poderes dele após uma transfusão de sangue. No entanto, em vez de perder o controle, ela se sente mais confiante quando transformada.

Ao longo das decadas,  She-Hulk já integrou no grupo dos Vingadores,  Defensores e até mesmo no Quarteto-Fantástico na época em que o personagem Coisa estava ausente. Em 1989, a personagem ganhou uma série solo, onde passou a se dar conta de que fazia parte de uma HQ e quebrava constantemente a quarta parede. A heroína foi criada por Stan Lee e John Buscema e apareceu pela primeira vez em The Savage She-Hulk #1, de 1980.

Esta semana a série do Disney+ contratou Kat Coiro como diretora e produtora executiva. Com grande bagagem televisiva, a cineasta comandou episódios de grandes séries como Brooklyn Nine-Nine e Disque Amiga Para Matar.

O lançamento do Disney+ na América Latina é previsto para 17 de novembro. Sinceramente eu acho uma ótima escolha, pois sou muito fã de Tatiana Maslany desde o término da série "Orphan Black" e sempre queria ver um novo trabalho desta grande atriz. Resta saber como será o seu visual interpretando a personagem, o que aumenta ainda mais a ansiedade. Aguardemos e enquanto isso relembramos um dos melhores momentos da série.   



Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: ‘O Olho e a Faca’

Sinopse: Roberto trabalha em uma base de petróleo e passa meses afastado da esposa e dos filhos. Nos momentos de distância, inicia um relacionamento com outra mulher. Quando Roberto recebe uma promoção no emprego, ele é forçado a ficar ainda mais tempo longe.

O cinema “Pós-Terror” brasileiro tem nos brindado com títulos curiosos e que exploram a questão atual do trabalhador brasileiro. Tanto “Trabalhar Cansa” (2011), como o recente “A Sombra do Pai” (2018), são filmes que transitam entre o horror fantástico e o temor realístico da perda do emprego, ou de ser consumido pelo mesmo. Embora o gênero fantástico não esteja exatamente presente em “O Olho e a Faca”, há um clima de insegurança a todo momento, seja ela externa ou interna, mesmo em momentos irregulares da trama.

Dirigido por Paulo Sacramento, do filme “Riocorrente” (2013), o filme conta a história de Roberto (Rodrigo Lombardi), de “Amor em Sampa” (2015), que trabalha numa plataforma de petróleo, e passa longos meses afastado da esposa e dos dois filhos. Nos momentos de distância, inicia um relacionamento com outra mulher (Debora Nascimento) de “Rio, Eu Te Amo” (2013). Um dia, Roberto recebe uma promoção no emprego, que força-o a ficar ainda mais distante da família e dos amigos.

O primeiro ato começa de uma forma curiosa, já que Sacramento não tem a intenção de nos levar logo ao principal ponto da trama, mas sim fazer com que conheçamos melhor o dia a dia daqueles personagens que trabalham na petrolífera. Aliás, é nesse ponto que o filme ganha a sua força, pois embora não seja um suspense, ou tão pouco uma catástrofe, há sempre a sensação de que algo muito ruim poderá acontecer a qualquer momento. Isso deve ao fato desses personagens ficarem isolados no meio do oceano.

As coisas desandam quando os realizadores decidem transitar a trama para outros cenários, ao invés de manter o foco no principal local dos acontecimentos. A partir do momento em que a trama se encosta somente no personagem Roberto, se tem aquela sensação de que os roteiristas cometeram o equívoco de ir em direção ao caminho de maior tráfego. Não que o ator Rodrigo Lombardi não esteja bom em sua atuação, mas até nos envolvermos emocionalmente com o seu arco dramático, isso acaba demorando um pouco.

Do segundo ao terceiro ato, se tem uma espécie de construção de um suspense psicológico, em que vemos Roberto, aos poucos, desconstruir tudo aquilo que ele havia criado ao enfrentar seus próprios demônios. Curiosamente, Sacramento cria figuras simbólicas que sintetizam essa consideração, que vai de um gato a um corvo que sempre surgem de formas misteriosas. O problema é que, por vezes, essas figuras surgem de forma gratuita e parecendo não ter muito a ver com que o personagem principal enfrenta.

O filme ganha um novo fôlego em sua reta final, principalmente quando testemunhamos o personagem caminhar em sua própria corda bamba pessoal. Ao se entregar para um lado poeticamente cinematográfico, Sacramento consegue se redimir diante dos altos e baixos de um longa metragem que tinha tudo para entrar na lista do cinema “Pós-Terror”. Boas intenções se tinha, mas faltou firmeza. 

“O Olho e a Faca” é bom até certo ponto, mas lhe faltou foco.

Onde Assistir: Google Play Filmes

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Cine dica: Curta dirigido por cineasta com deficiência será apresentado em Gramado

 Victor Di Marco estrela e dirige premiada produção ‘O que Pode um Corpo?’



Porto Alegre (RS) - O curta-metragem "O que Pode um Corpo?", de Victor Di Marco e Márcio Picoli, estará disponível de 19 e 22 de setembro no serviço de streaming Canal Brasil Play. O filme faz parte da seleção do 48º Festival de Cinema de Gramado e concorre ao Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema - Mostra Gaúcha de Curtas. 

A produção mistura documentário e videoarte ao tratar a vivência de Victor enquanto pessoa com deficiência. O cineasta possui distonia generalizada, distúrbio neurológico dos movimentos. A obra entrelaça o desejo de Victor em ser artista, sua sexualidade e a anulação de seu corpo.

O filme teve sua estreia mundial no 31º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo (Curta Kinoforum), de onde levou o prêmio especial do Troféu Borboleta de Ouro, para destaques LGBT+. O curta foi realizado dentro curso de produção Audiovisual da UniRitter.

"Meu desejo era me ver em tela, pois pessoas com deficiência dificilmente encontram espaço no audiovisual”, avalia Victor Di Marco, que também divide roteiro,  montagem e produção com Márcio Picoli. “No fim, o filme se tornou, além de uma busca, um documento que evidencia a importância de dar voz a artistas com deficiência", conclui.

A equipe técnica de "O que Pode um Corpo?" traz Bruno Polidoro na direção de fotografia, enquanto Valeria Verba assina a direção de arte. A produção é da Balde de Tinta FIlmes e Proa Cultural, com apoio da Cromagato, Locall e Onomato. O patrocínio é da ComFoco e apoio institucional do Curso de Produção Audiovisual da Uniritter.


Sinopse: Um bebê nasce, mas não chora. Um corpo grita e não é ouvido. As tintas que escorrem em um futuro prometido, não chegam em uma pessoa com deficiência. Victor faz de si, a própria tela em um universo de pintores ausentes.


Ficha Técnica:

Direção: Victor Di Marco e Márcio Picoli 

Assistente de direção: Aline Gutierres

Roteiro: Victor Di Marco e Márcio Picoli 

Produção Executiva: Laura Moglia e Márcio Picoli 

Produção: Laura Moglia, Márcio Picoli, Aline Gutierres e Victor Di Marco

Direção de Fotografia: Bruno Polidoro 

Assistente de Fotografia: Caio Rodrigues

Assistente de Câmera: Guilherme Zollim

Direção de Arte: Valéria Verba

Diálogos, Edição e Mixagem de Som: Guilherme Cássio

Som Direto: Vinicius Cassol

Ambiências, Foley e Sound FX: Jonts Ferreira

Finalização e Colorimetria: Juliano Moreira

Trilha Sonora: Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo

Montagem: Márcio Picoli e Victor Di Marco 

Depoimento e Performance: Victor Di Marco

Preparação de Elenco: Lorna Longaray

Produção de Set: Paula Inácio

Making Of: Kevin Ferreira

Conceito Visual: Leo Lage

Design Gráfico: Laura Moglia 

Acessibilidade: Fernando R. Polla


Isidoro B. Guggiana

Assessoria de Imprensa

T 55 51 9 9923 4383

isidoro.guggiana@gmail.com