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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Blue Jay'

Sinopse: Um casal dos tempos de colégio volta a se encontrar em sua cidade natal, na Califórnia. 
Não é preciso, necessariamente, de uma superprodução para se criar um ótimo romance, pois basta dois intérpretes talentosos, uma ótima direção e um roteiro engenhoso para se criar algo inesquecível. Se por um lado o genial "Cópia Fiel" (2010), de Abbas Kiarostami, testemunhamos os dois protagonistas tentando representar (ou não) um casal em determinado momento da história, por outro lado, "Antes do Pôr do Sol" (2004) assistimos o reencontro de um casal e que descobre que ainda há uma chama entre eles mesmo tendo se passado um longo tempo. Reunimos, portanto, essas duas fórmulas de sucesso para se criar uma boa história de amor e temos "Blue Jay" (2016) cuja a história é engenhosa e extremamente humana.
Dirigido por Alexandre Lehmann, a trama se concentra unicamente em dois protagonistas, onde ambos estão retornando para sua pequena cidade natal na Califórnia. Os dois eram ex-namorados Jim e Amanda (Mark Duplass e Sarah Paulson) do ensino médio e se encontram por um acaso em um Supermercado. Os dois lembram do passado que compartilharam e passam a refletir sobre ele, levando em conta suas vidas atuais, que parecem não serem satisfatórias para eles.
Com uma belíssima fotografia em preto e branco, o filme já fisga a nossa atenção graças ao seu prólogo, onde nos é apresentado Jim arrumando a sua casa e fazendo a gente se perguntar o que há exatamente com ele. Logo em seguida surge Amanda e percebemos que ambos tiveram uma ligação amorosa no passado, mesmo quando eles não explicam isso logo de imediato. Apresentação dos dois protagonistas é feita de forma gradual, para que possamos conhece-los melhor e identificarmos com eles facilmente.
Aliás, o grande charme do filme está na proeza de fazer com que nos identifiquemos com o casal e com o passado do qual eles tiveram um relacionamento inesquecível. Obviamente eles tiveram um romance durante os anos 90, mas não porque eles explicam isso de imediato, mas sim pelos objetos, pela moda e pelo que eles curtiam no passado que é visto em cena. A cena onde vemos ambos dançando ouvindo a música "No more I love you's" da cantora Annie Lennox sintetiza muito bem essa ideia.
Portanto, esse filme pega esse lado nostálgico em nós em cheio, principalmente em um momento que cada vez mais olhamos para trás e sentimos saudades de tempos mais dourados. Porém, curiosamente, o filme não se limita somente no reencontro para faze-los relembrar do passado, como também há cenas em que eles interpretam a possibilidade terem tido um casamento duradouro e fazendo ambos se perguntarem como poderia ter sido. Qualquer semelhança com o filme citado acima do mestre Abbas Kiarostami  não seja mera  coincidência, pois talvez a intenção seja justamente essa.
Mas a alma e o coração do filme se concentram realmente na atuação dos dois intérpretes e fazendo com que os seus personagens nos emocionam a cada passo que eles dão ao longo do filme. Se por um lado Mark Duplass interpretando Jim nos comove pela sua melancolia já bem perceptível no início do filme, do outro, Sarah Paulson nos emociona com uma personagem cheia de vida, mas que não esconde a dor e os sentimentos ainda vivos que sentem por Jim como um todo. Não tenho menor dúvida que Paulson nos brinda no ato final da trama com a sua melhor atuação da carreira e fazendo com que eu lhe admire mais ainda.
Falando em ato final, é surpreendente como em poucos minutos nos é revelado o do porque eles não terem dado certo no passado, mas sendo o suficiente para nos emocionar e isso graças atuação de ambos mais do que eficaz. Mas, assim como ocorreu no já clássico "Encontros e Desencontros" (2003), o futuro do casal fica em aberto e cada um tem a sua própria interpretação com relação sobre qual seria o próximo passo que eles dariam. Com pouco mais de uma hora e vinte de duração, "Blue Jay" é um filme romântico, nostálgico e que dispara em nossos corações em cheio. 

Onde Assistir: Netflix. 

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