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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Cine Dica: MEU NOME É DANIEL” ESTREIA DIA 17 OUTUBRO , ÁS 19H, NO CINEBANCÁRIOS


Primeiro longa brasileiro dirigido por uma pessoa com deficiência, “Meu nome é Daniel” é um documentário em primeira pessoa. Nele, Daniel Gonçalves, jovem cineasta carioca que nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar, percorre o caminho de sua vida para tentar compreender sua condição.
“Meu nome é Daniel” já passou por 12 festivais nacionais e internacionais em países como Alemanha, Austrália e Holanda e recebeu diversos prêmios como Menção Honrosa Direção de Documentário no Festival do Rio 2018, Melhor longa-metragem na Mostra de Cinema de Gostoso (2018), Melhor longa-metragem pelo Júri popular na Mostra de Cinema de Tiradentes 2019 e o prêmio “Documental Calificado a los Premios Oscar de la Academia” do Festival Internacional de Cine de Cartagena de Índias 2019 que qualificou o filme para concorrer ao Oscar de filme documentário 2020.

Ficha técnica

“Meu Nome é Daniel”
2018 | Brasil | Documentário | 83’
Direção: Daniel Gonçalves; Produtores: Daniel Gonçalves, Roberto Berliner, Rodrigo Letier; Roteiro: Daniel Gonçalves, Vinicius Nascimento, Debora Guimarães; Empresas produtoras: SeuFilme Produções Audiovisuais, TvZero Cinema; Produção Executiva: Paulo Macedo, Fabrício Mota, Ricardo Valle, Leo Ribeiro, Sabrina Garcia, Vitor Leite; Direção de Fotografia: Paulo Macedo; Classificação indicativa: a verificar

Sinopse:
Daniel Gonçalves nasceu com uma deficiência que nenhum médico foi capaz de diagnosticar. No documentário pessoal “Meu nome é Daniel”, o jovem cineasta residente no Rio de Janeiro traça o caminho de sua vida para tentar compreender sua condição. Através de imagens de arquivo da família e de cenas gravadas hoje em dia, vamos passear por momentos, histórias e reflexões de Daniel.


Festivais e prêmios:
Filme de encerramento do 7º Olhar de Cinema; Festival Internacional de Curitiba 2018; Mostra Internacional de Cinema de São Paulo; Festival do Rio 2018 – Menção Honrosa Direção de Documentário; Panorama Internacional Coisa de Cinema 2018; IDFA 2018; Semana de Cinema 2018; Mostra de Cinema de Gostoso 2018 – Melhor longa-metragem; Mostra de Cinema de Tiradentes 2019 – Melhor longa-metragem (Júri popular); Festival Internacional de Cine de Cartagena de Índias 2019 – Premiação “Documental Calificado a los Premios Oscar de la Academia”; Mostra do Filme Livre 2019; Dok.fest München 2019; Sydney Film Festival 2019; Festival Assim Vivemos 2019; FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires 2019.

Sobre o diretor
Daniel Gonçalves tem 35 anos e mora na cidade do Rio de Janeiro. Formado em jornalismo pela PUC-Rio e pós-graduado em cinema documentário pela Fundação Getúlio Vargas, trabalhou durante três na TV Globo e hoje é sócio da produtora SeuFilme. Dirigiu os documentários “Tem bala aí?” (2008); “Luz Guia” (2012); “Como Seria?” (2014); e “Pela Estrada Afora” (2015), documentário para o programa Sala de Notícias do Canal Futura. Para o mesmo programa codirigiu e editou o curta “Cine Rolândia” (2014), e foi roteirista e editor dos curtas “Os Olhos das Ruas” e “Ouvir Com o Coração”. Editou 23 episódios da série “Damas da TV, 13 de Grandes Atores e 10 de Donos da História”, para o Canal Viva. Editou um episódio da série “Eu Sou Assim”, para o GNT. “Meu nome é Daniel” é seu primeiro longa-metragem.

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331205

Cine Dica: Curso Cinema e Moda - Inscrições abertas

Blade Runner

INSCRIÇÕES ABERTAS

Aproveite o valor promocional para os primeiros inscritos

CURSO



Apresentação
Os figurinos são uma categoria de extrema relevância na composição de um filme. Desde cedo produtores e diretores perceberam a importância visual dos trajes para fixar cenas e performances na mente do espectador. Ao criar os figurinos para uma produção cinematográfica os figurinistas vão buscar referências no universo das roupas existentes, e é aí que entra a moda. Seja recorrendo aos trajes do contexto histórico social no qual a trama se desenvolve, seja nas roupas em uso no momento da realização do filme, a moda se fará sentir na elaboração dos figurinos.



Objetivos

O curso Cinema & Moda: Os Figurinos Contam Histórias, ministrado por Laura Ferrazza de Lima, tem como objetivo analisar o impacto e a relação entre moda e figurino em algumas produções cinematográficas icônicas do século XX e que potencializam essas relações. Apresentaremos um panorama geral destacando os filmes que exerceram influência sobre a moda de seu tempo e que dela se utilizaram para compor um figurino que marcou época.



Curso
CINEMA & MODA: OS FIGURINOS CONTAM HISTÓRIAS
de Laura Ferrazza de Lima



Datas: 02 e 03 de Novembro (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Local: Cinemateca Capitólio Petrobras / Sala Décio Andriotti
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - 3º andar - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

Investimento
- Pagamento p/ Cartão de crédito: R$ 95,00
- Pagamento p/ Depósito: R$ 90,00
***
Promoção: R$ 80,00
(Valor para as primeiras 10 inscrições c/ pagamento por depósito)

Formas de pagamento
Depósito ou transferência bancária / Cartão de crédito (PagSeguro)


Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714

Inscrições:
http://cinemacineum.blogspot.com/2019/10/cinema-moda.html

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Morto Não Fala' - Brasil No Necrotério

Sinopse: Plantonista de um necrotério, Stênio possui um dom paranormal de se comunicar com os mortos. Trabalhando a noite, ele já está acostumado a ouvir relatos do além. 

Desde "Trabalhar Cansa" (2011) que os realizadores do cinema brasileiro se empenham em realizar filmes que vão muito além das fórmulas de sucesso do gênero de terror e nos apresentando tramas em que comprovam que as adversidades do mundo real sendo levados para a tela podem ser sim muito mais assustadoras. Contudo, "Boas Maneiras" (2017) é um exemplo dentro do gênero em que consegue mesclar fórmulas de sucesso já conhecida pelos fãs com as questões do mundo real inseridas dentro de um universo fantástico. É aí que chegamos ao filme "Morto Não Fala", que usa ingredientes reconhecíveis dentro do gênero, mas que também fala um pouco do horror real vindo do nosso mundo.
Dirigido por  Dennison Ramalho, o filme conta a história do plantonista de um necrotério, Stênio (Daniel de Oliveira), que possui um dom paranormal de conseguir falar com os  mortos. Trabalhando a noite, ele já está acostumado a ouvir relatos do além. Porém, quando essas conversas revelam segredos de sua própria esposa (Fabiula Nascimento), o homem toma uma decisão que desencadeará situações irreversíveis em sua vida.

Conheça e anuncie na Rádio Cultura Cigana. https://radioculturacigana.minhawebradio.net/

Os primeiros minutos do filme já nos dão uma dica do que estará  por vir, onde é retratado as consequências da violência suburbana vinda das periferias do Brasil. Stênio recebe em seu necrotério diversas pessoas, onde os mesmos começam a conversar com o protagonista e falando os motivos que os levaram a perderem as suas vidas. É uma pena, portanto, que o filme não explore um pouco mais sobre a questão da violência que ocorre nestas regiões, onde as vítimas se tornam apenas estatísticas, mas cujas as suas dores permanecem mesmo após a morte.
A partir daí, o filme se encaminha gradualmente para o horror gore, sobrenatural, mas sendo introduzido em cenários familiares para quem vive nas periferias e que convivem com o horror real da violência. Além disso, mesmo dentro do universo fantástico, o filme se torna verossímil graças ao desempenho do seu elenco principal. Se por um lado Daniel De Oliveira entrega novamente uma atuação digna de nota, do outro, Fabiula Nascimento rouba a cena no primeiro ato da trama, ao interpretar uma personagem com personalidade fortíssima e se tornando posteriormente assustadora.
Do segundo ato adiante a casa de Stênio se torna o cenário principal dos acontecimentos e onde acontecem situações que todos os fãs do gênero já estão bem familiarizados. Embora já tenhamos uma ideia de como terminará a história, Dennison Ramalho demonstra segurança e criatividade nas cenas em que filmou, nos surpreendendo e não devendo em nada em termos de comparação com relação ao que já foi criado no cinema americano. Pode até não fortalecer o gênero dentro do nosso cinema brasileiro, mas o filme comprova que temos talento para isso.
"Morto Não Fala" é criativo em sua proposta e provando novamente que o gênero de horror pode sim se fortalecer em nossas terras brasileiras.  

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Cine Dica: Curso Twilight Zone - Inscrições abertas

Inscrições abertas
Valor promocional para os primeiros inscritos



 
Apresentação
 
Além da Imaginação (ou The Twilight Zone no idioma original) foi uma série de TV criada, roteirizada - em boa parte - e produzida por Rod Serling. Sua estreia aconteceu no ano de 1959, pelo canal CBS, e teve a duração de cinco temporadas. Seu diferencial foi a união de roteiros precisos e extremamente criativos, que envolviam questões políticas, sociais, humanitárias e debates sobre a racionalidade humana e suas fragilidades.

A ficção-científica foi a base para a constituição da série, abordando a ruptura dos modos convencionais de estruturação da sociedade na época e o pessimismo pós-guerra. Esta característica não ficou intrínseca ao cenário apresentado durante os capítulos, mas serviu como um estudo de metalinguagem dos desdobramentos de premissas vigentes sobre roteiros, estruturas lineares de narrativa, fotografia em séries e absorção intermidiática de valores de signos culturais.


 
Objetivos
 
O curso The Twilight Zone: A TV Além da Imaginação, ministrado por Christian Farias, objetiva ressaltar e analisar todos os elementos e signos culturais que fizeram com que a clássica série de TV surgisse, além de buscar o entendimento do momento propício em que unidades transmídias agrupadas resultaram em uma das mais representativas séries de TV de todos os tempos.
 
 
Curso
THE TWILIGHT ZONE: A TV ALÉM DA IMAGINAÇÃO
de Christian Farias

Datas
19 e 20 de Outubro (sábado e domingo)

Horário
14h às 17h

Local
Cinemateca Capitólio Petrobras / Sala Décio Andriotti
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - 3º andar - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


Investimento
- Pagamento p/ Cartão de crédito: R$ 95,00
- Pagamento p/ Depósito: R$ 90,00
***
Promoção: R$ 80,00
(Valor para as primeiras 10 inscrições c/ pagamento por depósito)


Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714

Inscrições
www.cinemacineum.blogspot.com.br
 

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'Chicuarotes' - Estamos Perdidos

Sinopse: Cagalera e Moloteco são dois amigos adolescentes que vivem na Cidade do México. Insatisfeitos com a difícil situação financeira que enfrentam, decidem tomar medidas drásticas e acabam se envolvendo com o mundo do crime. 

O cinema autoral cada vez mais nos diz que vivemos tempos indefinidos, onde o capitalismo atual vive nos devorando, enquanto os ricos e políticos corruptos nos colocam cada vez mais na marginalidade e com poucos recursos. No recente "Coringa", por exemplo, vemos o homem comum sendo moldado por uma sociedade caindo em desgraça e se transformando no que os poderosos mais odeiam e tentam riscar da fase da terra. "Chicuarotes" segue uma premissa semelhante, onde dois jovens não enxergam nenhuma solução, a não ser cair na marginalização.
Em seu segundo trabalho como diretor, Gael García Bernal constrói uma história sobre dois jovens, Cagalera (Benny Emmanuel) e Moloteco (Gabriel Carbajal), que vivem em San Gregorio, bairro periférico da Cidade do México. Insatisfeitos com sua difícil situação financeira e status social, eles acabam se envolvendo com o mundo do crime ao executar pequenos delitos, na esperança de uma nova vida em outro lugar. Além das consequências de seus atos, os jovens precisam lidar com a falta de perspectiva na região e parentes abusivos que tornam a convivência no lar ainda mais problemática.

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Embora ainda com pouca experiência na direção, Gael García Bernal consegue obter a nossa atenção do princípio ao fim. Os primeiros minutos, por exemplo, sintetizam o que veremos mais adiante, onde vemos os dois protagonistas tentando trabalhar honestamente, mas saindo dos trilhos a partir do momento em que a sociedade os ignora. Uma ficção, mas não muito diferente do nosso mundo real.
Aliás, a Periferia que serve de cenário para a história, não é muito diferente de muitas de nossa realidade, onde a população é ignorada pelo governo e sendo obrigadas a criarem a lei do mais forte dentro daquele mundo isolado.  O resultado é quase uma terra sem lei em pleno século vinte um, onde alguém que tem uma arma pode muito bem ditar as suas próprias regras. Obviamente, é nesse tipo de cenário que se torna fácil os protagonistas caírem no obvio, mas não deixando de sofrer determinadas consequências de acordo com os seus atos.
Tecnicamente o filme caminha de acordo com a direção em que os dois personagens irão trilhar. Se por um lado a direção de arte retrata a falta de recursos daquele lugar, a sua fotografia, por sua vez, nos passa certa esperança com as cores quentes e que saltam da tela.  Porém, na medida em que os personagens centrais se encaminham para um determinado destino, as cores quentes dão lugar a um tom sombrio e nenhum pouco acolhedor.
Acima de tudo, são personagens que arriscam tudo para conseguir algum lucro e ter a chance de sair daquele cenário. Porém, o ato final serve mais para nos dizer que, quanto mais eles tentam, mais aquela realidade nua e crua os puxa de volta, pois já pertencem aquele lugar há muito tempo. Não há uma escapatória, a não ser aceitar com o que tem e lutar em continuar vivendo mais um dia.
Com alguns plano-sequência que se alinham com a tensão que a trama vai nos proporcionando, "Chicuarotes" é um filme nem um pouco acolhedor, pois ele simplesmente nos entrega o nosso mundo de hoje e sem nenhum glamour. 

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NOTA: Filme exibido para associados e não associados do Clube de Cinema de Porto Alegre no último sábado (05/10/19) na sala Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana.


Faça parte do Clube de Cinema de Porto Alegre.  
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Cine Dica: Mostra Cine(R)esistência na Sala Redenção

Pantera Negra 

Na próxima semana, a Sala Redenção abre as portas para mais uma edição da Mostra Cine(R)existência, numa ação conjunta com o grupo de pesquisa Corporalidades e com o SESC/RS. A programação engloba sete filmes que compartilham, apesar das suas singularidades, um objetivo em comum: afirmar múltiplos modos de existir. Retratando as lutas e heterogeneidades, em particular, os movimentos feministas, negros, estudantis e transformistas ganham espaço nas telas do Cinema para evidenciar suas (r)existências. Da mesma forma, a realidade de transexuais, travestis e pessoas com deficiência dividem a temática da exibição com as críticas às práticas e teorias da psiquiatria tradicional. Com a diversidade e a urgência destas questões, o Cinema Universitário convida todos para um exercício de alteridade, entre os dias 14 e 18 de outubro. Confira a programação no final!
Vencedor do Prêmio do Público de Melhor Filme Nacional no 28º Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, Um Corpo Feminino (2018) traz, apesar da sua complexidade, uma questão simples: o que é ser mulher? A produção, dirigida pela jornalista Thais Fernandes, navega numa imensidão de pontos de vista, vindos de mulheres de diferentes classes e contextos sociais, que repousam na conformidade de não haver resposta certa para essa pergunta. Na tentativa de problematizar o olhar da sociedade para o corpo feminino, o qual por séculos foi visto através de concepções masculinas, a cineasta projeta, pelas lentes de mulheres adultas, idosas, adolescentes, trans e travestis, essa situação de imutabilidade. No dia 15 de outubro, às 19h, o documentário participante da Mostra Cine(R)esistência propõe ressignificar a noção individual, mas ao mesmo tempo tão coletiva, de ser mulher. 
O Cinema Universitário recebe na mesma exibição o média-metragem Lorna Washington: sobrevivendo a supostas perdas (2016) para contar o brilhantismo das performances da drag Lorna Washington, nos palcos das boates gays do Rio de Janeiro. Por trás da maquiagem e do figurino, habita também uma personalidade determinada e forte, retratada com minuciosidade no documentário dirigido por Rian Córdova e Leonardo Menezes. Após a projeção, no dia 18 de outubro, a drag Cassie Borderline dá vida ao tema transformista, em uma performance especial, às 19h.
Além da mostra, a programação semanal dá continuidade ao projeto Cinemas em Rede, uma iniciativa da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com o Governo Federal. Nessa edição, às 19h do dia 17 de outubro, as discussões rodeiam a temática do documentário Eleições (2019), um filme de Alice Riff. Na sequência da sessão, haverá um debate com a diretora da obra, por vídeo-conferência.
Já no sábado, 19/10, o projeto História no Cinema para Vestibulandos, convida aqueles que estão se preparando para as provas do vestibular e do ENEM para estudar história para além dos livros e da sala de aula. Na data, às 14h, o filme escolhido para educar é Pantera Negra (2018), de Ryan Coogler. Após a sessão, haverá debate com integrantes do projeto e convidados.

Veja a programação completa no site oficial clicando aqui. 

domingo, 13 de outubro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Greta' - Solidão e Redenção

Sinopse:  Enfermeiro tenta ajudar na sua melhor amiga que está mal de saúde. Ao mesmo tempo abriga um fugitivo em sua casa. Não demora muito para a situação lhe afetar profundamente.  

No clássico "Grande Hotel" (1932) Greta Garbo dispara a sua frase que ficaria eternizado dentro da história do cinema, "hoje eu quero ficar sozinha". A frase sintetizaria a própria Garbo como pessoa no mundo real, já que o sucesso não lhe trouxe exatamente a felicidade que queria e abandonando até mesmo cedo o próprio cinema. "Greta", não só presta homenagem a inesquecível atriz, como também nos diz que nem todos querem ficar sozinhos, mesmo quando o mundo atual lhe força do contrário.
Dirigido pelo estreante  Armando Praça, e livremente inspirado na peça  ‘Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá’, do dramaturgo Fernando Melo, o filme conta a história de Pedro (Marco Nanini), um enfermeiro de setenta anos que trabalha em um hospital público de Fortaleza e que sua melhor amiga Daniela (Denise Weinberg), artista transexual está enfrentando graves problemas de saúde. Quando ela precisa ser internada, mas não encontra leito disponível, Pedro sequestra um paciente recém-chegado, Jean (Démick Lopes), e o abriga em sua casa. Inicialmente, o enfermeiro tem medo do rapaz agressivo, que se esconde da polícia por ter assassinado um homem a facadas, mas dali nasce entre eles uma relação de afeto.

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Assim como outros filmes brasileiros recentes, como no caso do ótimo "Inferninho", o filme de Armando Praça fala dos excluídos da sociedade atual brasileira, onde tentam sobreviver com o que tem e mantendo os sonhos que lhe fazem continuarem vivendo. Os minutos iniciais, aliás, fala um pouco sobre o descaso dos hospitais atuais do Brasil, mesmo quando isso não é o foco principal. Porém, isso acaba sendo perceptível devido a maneira em que são apresentados os personagens principais da trama e que recorrer ajuda a esses lugares é o mesmo do que nada.
Nesse cenário desolador, ao menos, os personagens tentam se manter firmes para se ajudarem uns aos outros, mesmo quando os seus instintos lhe dizem ao contrário. A personagem Daniela, por exemplo, não vê mais nenhuma razão em procurar ajuda, mesmo quando o protagonista Pedro tenta faze-la mudar de ideia. É nesse momento que testemunhamos uma grande atuação de Denise Weinberg, cuja a sua personagem nos faz saltar uma gargalhada graças ao seu humor sarcástico em meio aos momentos dramáticos.
Tecnicamente, Armando Praça cria cenários onde os protagonistas se encontram fechados em seus mundos, pois do outro lado da porta eles não conseguem mais enxergar nenhum conforto. É nesses cenários, por exemplo, em que a fotografia escura sintetiza o estado de espirito dos personagens, onde eles buscam prazer através do sexo a todo momento, mesmo quando esses momentos durem tão pouco tempo. Nesse último caso, Pedro representa muito bem essas pessoas a margem da sociedade, onde busca um prazer até mesmo em palavras que o faz desejar ser Greta Garbo, mas que, diferente da famosa frase da atriz, não deseja no fundo ficar sozinho.
Do segundo ato em diante, o filme explora a duvidosa relação entre Pedro e Jean (Démick Lopes), mas cuja a situação se torna verossímil a partir do momento em que ambos decidem, mesmo que por alguns momentos, deixarem as desconfianças de lado. É nesses momentos que Marco Nanini nos brinda no que talvez seja o seu melhor papel de sua carreira e cuja a sua faceta de comediante, tão conhecida entre o povo brasileiro, aqui fique bem distante. Seu personagem Pedro é uma pessoa que transita com a consciência sobre o mundo real em que vive, mas que também não abandona os seus sonhos impossíveis e desejando ser feliz da maneira como ele quer.
Em seu ato final, Armando Praça coloca os seus personagens principais em situações em que serão obrigados a ter que escolherem um caminho que precisarão trilhar. Em tempos atuais, em que há um Brasil que dá cada vez menos recursos para os poucos afortunados, o filme vem para nos dizer que os excluídos não serão silenciados, mas sim continuarão vivendo e mantendo o que verdadeiramente são por inteiro. "Greta" é sobre o mundo atual cheio de solidão, mas cujo os seus protagonistas optam em lutar por eles mesmos e por aqueles que estendem a mão.     


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Em cartaz: R. Gen. Câmara, 424 - Centro Histórico, Porto Alegre. Horário: 19horas. 

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