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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Cine Dica: ESTREIA DE HONG SANG-SOO E SESSÃO ESPECIAL DE FILME SOBRE O ROCK DE BRASÍLIA DA DÉCADA DE 1990




A partir de 19 de abril, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta O Dia Depois, o novo filme do diretor sul-coreano Hong Sang-soo. Antes Que Tudo Desapareça, ficção-científica de Kiyoshi Kurosawa, segue em exibição até o dia 25 de abril. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

ROCK DE BRASÍLIA EM DEBATE
Geração Baré-Cola – Usuários de rock, que aborda o rock brasiliense dos anos 90, tem exibição no dia 21 de abril, às 19h30, na Cinemateca Capitólio Petrobras. Após a sessão, será realizado um bate-papo aberto ao público com a presença do diretor Patrick Grosner e mediação do músico, colecionador de discos e agitador cultural Daniel Villaverde. O público interessado também poderá adquirir o filme em DVD e BluRay (que contam, na seção de extras, com fotos e videoclipes de bandas). Entrada franca.
Mais do que uma testemunha ocular (e auditiva!) do rock de Brasília, Patrick Grosner registrou em incontáveis fotografias a efervescência da cena que tomou conta da cidade nos anos 90 – e que revelou para o resto do país bandas como Raimundos, Little Quail e Maskavo Roots. Foi com este privilegiado olhar de insider que Patrick conduziu sua estreia na direção cinematográfica, o documentário Geração Baré-Cola – Usuários de rock.
Bandas presentes no documentário: Animais dos Espelhos, Akneton, BSB-H, Câmbio Negro, Deja Vu, DFC, Divina Tragédia, Dungeon, El Kabong, Feijon's Band, Filhos de Menguele, Flammea, Kratz, Little Quail and the Mad Birds, Low Dream, Maskavo Roots, Os Alices, Os Cabeloduro, Os Cachorros das Cachorras, Os Wallaces, Oz, Pravda, PUS, Raimundos, Restless, Roque & Os Biles, Royal Street Flash, Vernon Walters e Zona.

NOVO FILME DE HONG SANG-SOO
A partir de quinta-feira, 19 de abril, a Cinemateca Capitólio Petrobras exibe o filme O Dia Depois, nova obra do diretor sul-coreano Hong Sang-soo, estrelado pela atriz Min-hee Kim. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

O DIA DEPOIS
(Geu-hu)
Coréia do Sul, 2017, 92 minutos
DCP
Direção: Hong Sang-soo
Distribuição: Pandora Filmes
É o primeiro dia de Areum em uma pequena editora. Bongwan, seu chefe, terminou há pouco tempo o relacionamento que mantinha com a funcionária que trabalhava ali anteriormente. Ainda nesse mesmo dia, Bongwan, que é casado, sai de casa na manhã escura e parte para o trabalho. Sua esposa encontra um bilhete de amor, explode em fúria no escritório e acaba confundindo Areum com a mulher que ele deixou.

GRADE DE HORÁRIOS
19 a 27 de abril

19 de abril (quinta)
17h - Antes Que Tudo desapareça
20h – O Dia Depois

20 de abril (sexta)
17h - Antes Que Tudo desapareça
20h – O Dia Depois

21 de abril (sábado)
15h – O Dia Depois
17h - Antes Que Tudo desapareça
19h30 – Geração Baré Cola + debate

22 de abril (domingo)
15h – Stromboli
17h - Antes Que Tudo desapareça
20h – O Dia Depois

24 de abril (terça)
17h - Antes Que Tudo desapareça

25 de abril (quarta)
17h - Antes Que Tudo desapareça

26 de abril (quinta)
17h - O Dia Depois 
27 de abril (sexta)
17h - O Dia Depois 

Cine Dica: Em Nome da América estreia com debate no CineBancários




Vencedor do prêmio de melhor documentário brasileiro na Mostra Internacional de Cinema 2017/ Premio Petrobras, Em nome da América, tem sessão especial dia 19 de abril, às 19:00 no CineBancários. Após a exibição haverá um bate-papo com a presença do diretor, Fernando Weller e do jornalista e crítico de cinema Marcelo Perrone.
A controversa presença de centenas de jovens norte-americanos no Nordeste brasileiro na década 1960, participantes do programa de voluntariado Peace Corps (Corpos da Paz), é o tema central do documentário Em Nome da América. Por meio de testemunhos, vasto material de arquivo e documentação histórica, Em Nome da América traz à tona as contradições entre a política exterior inaugurada pelo presidente John F. Kennedy e as motivações dos voluntários, que se viram atônitos diante das mazelas de uma região marcada pela fome e pela violência. O golpe militar de 1964 no Brasil, a Guerra do Vietnã e a infiltração da CIA na América Latina completam o cenário, descortinando o temor das elites e dos governos de que o Nordeste brasileiro virasse uma “nova Cuba”.
Ingressos: R$ 12,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$6,00. Os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingresso.com . Aceitamos os cartões Banricompras, Visa e Mastercard.

VOLUNTÁRIOS DA PAZ
Criado nos Estados Unidos em 1961, os Corpos da Paz eram o programa governamental que melhor representava a imagem modernizante da era John F. Kennedy. Contra a imagem do americano imperialista e arrogante difundida pelo mundo, o então presidente convocou uma legião de jovens idealistas, recém-formados em universidades e afinados com o discurso de solidariedade e voluntarismo de luta contra a fome a pobreza. Entre 1961 e 1980, centenas de norte-americanos vieram ao Brasil, especialmente para o Nordeste, área considerada de alto risco subversivo pelo governo dos EUA. Recife chegou a ter um dos maiores escritórios da USAid (a agência de cooperação internacional norte-americana) do mundo, como parte de uma política que visava minar a influência comunista representada pelas Ligas Camponesas de Francisco Julião. Os voluntários atuaram no Brasil em projetos comunitários, nas áreas da saúde, educação e, principalmente, em cooperativas agrícolas. O objetivo era promover uma modernização de cunho liberal nos países latino-americanos e combater as mazelas sociais que favoreciam a suposta penetração comunista. Por outro lado, o programa acabou se tornando rota de fuga para uma geração de jovens pacifistas que não queriam servir na Guerra do Vietnã.

SOBRE O DOCUMENTÁRIO
Em Nome da América lança um novo olhar sobre a presença dos EUA no Nordeste durante a ditadura militar. Cineasta, pesquisador e professor de Cinema da UFPE, Fernando Weller mergulhou na história de jovens voluntários norte-americanos que viveram no Nordeste do Brasil pelo programa dos Corpos da Paz, nas décadas de 1960 e 70. Ainda no início dos anos 1960, os Estados Unidos promoveram uma série de ações na região com o objetivo de barrar o que era percebido como uma ameaça comunista no campo – as Ligas Camponesas de Francisco Julião – e, ao mesmo tempo, promover uma “modernização” de cunho liberal em um território historicamente marcado pela fome e pela seca. Na mesma época, uma instituição chamada Corpos da Paz, criada por John F. Kennedy e conhecida no Brasil como Voluntários da Paz, trouxe milhares de jovens norte-americanos para atuar em trabalhos comunitários e agrícolas em, particularmente, pequenas cidades no interior do Nordeste. O documentário de Weller reúne imagens raras da atuação dos voluntários em localidades remotas do Brasil, além de registros históricos desconhecidos, como documentos do Serviço Nacional de Informações (SNI) revelando a articulação entre setores da Igreja Católica e corporações norte-americanas. O filme aborda ainda as contradições entre a política intervencionista dos EUA no Nordeste e as histórias individuais dos voluntários, representantes de uma idealista geração de jovens norte-americanos.

SOBRE O DIRETOR
Fernando Weller tem 39 anos e nasceu em Niterói/RJ, onde se formou em Cinema, na Universidade Federal Fluminense. Como pesquisador e acadêmico, dedicou-se ao estudo do Cinema Documentário, particularmente à cinematografia norte-americana dos anos 1960. Tornou-se mestre em Imagem e Som pela UFF e concluiu doutorado em Comunicação pela UFPE, com estágio doutoral na Universidade de Concordia, em Montreal, Canadá. Publicou artigos sobre Cinema Direto norte-americano e canadense. Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, no curso de Cinema e Audiovisual. Como realizador, pesquisador e roteirista, Fernando atuou principalmente em documentários para Cinema e TV. Codirigiu Língua Mãe (longa, doc., 2010), sobre o músico Naná Vasconcelos, filmado em Angola, Portugal e Brasil. Em Nome da América é o primeiro longametragem autoral de Fernando Weller, filme que materializa suas preocupações nos campos da linguagem documental e da pesquisa histórica. Desde 2008, o cineasta vem realizando pesquisas sobre o tema do filme. O roteiro foi selecionado pelo edital Longa Doc do Ministério da Cultura 2013 e recebeu também recursos do 7o Edital FunculturaAudiovisual/ Fundarpe- Governo do Estado de Pernambuco.

GRADE DE HORÁRIOS:

*Não abrimos segundas-feiras
19 de abril (quinta-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da América (sessão de estreia com debate)

20 de abril (sexta-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da América

21 de abril (sábado)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da América

22 de abril (domingo)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da América

24 de abril (terça-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da América

25 de abril (quarta-feira)
15h - Arabia
17h - Severina
19h - Em nome da América

C i n e B a n c á r i o s
Rua General Câmara, 424, Centro
Porto Alegre | RS | CEP 90010-230
cinebancarios.blogspot.com.br
Fone: (51) 34331204

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Baseado em Fatos Reais



Sinopse: Baseado no romance de Delphine de Vigan este filme foi a aposta do Festival de Cannes para ser o filme de encerramento da seleção oficial, extracompetição. A história de uma escritora de sucesso (Emmanuelle Seigner) que inicia uma relação amorosa com uma admiradora (Eva Green) e que pouco e pouco, vai literalmente controlar a sua vida com uma crescente violência física e psicológica.


Quando se conhece a carreira de Roman Polanski sabe que sua filmografia é formada por personagens complexos, atormentados e cuja sua realidade pode não ser bem o que a gente esteja assistindo. Na trilogia "Do Apartamento", por exemplo, (formada por Repulsa do Sexo, O Bebê de Rosemary e O Inquilino) temos protagonistas lutando contra situação que, ou elas vêm de fora, ou vindas de suas próprias mentes febris. Baseado em Fatos Reais, não só resgata essa fórmula extraída dos seus clássicos, como também insere elementos vindos dos seus últimos e elogiados filmes.
Baseado na obra de Delphine de Vigan, o filme acompanha a história da escritora Delphine Seigner (Emmanuelle Seigner, esposa do diretor e vista no recente A Pele de Vênus), que colhe frutos dos sucessos vindo dos seus livros, mas que se encontra numa fase que lhe falta inspiração para um próximo projeto. Certo dia conhece Elle (Eva Green), escritora fantasma, grande admiradora de Delphine e que ambas acabam iniciando uma forte amizade. Não demora muito para que Elle entrar na vida profissional da escritora e desencadeando uma aura de mistério com relação as suas reais intenções.
Se num primeiro momento o filme nos faz lembrar de alguns clássicos de suspense e sedução, sendo muitos desses vistos nos anos 90, não demora muito para o cineasta nos dizer que o filme não procura copiar ninguém, mas sim ter a sua identidade própria. Em contra partida, o filme possui todos os ingredientes vistos nos seus filmes anteriores, tanto dos clássicos, como de suas obras recentes. Pode-se dizer que o filme é uma espécie de irmão mais novo do O Escritor Fantasma, obra que deu nova guinada na carreira de Polanski, mas possuindo uma aura mais dinâmica e fazendo a gente não desviar os olhos da tela. Mas se por um lado lhe falta originalidade, o filme se fortalece graças às presenças das duas atrizes, cujas suas interpretações nos garantem momentos que nos prende a cadeira a todo momento. 
Emmanuelle Seigner, aliás, finalmente interpreta uma personagem da qual sempre irei me lembrar, pois embora já tenha atuado em inúmeros títulos, ela nunca havia me chamado atenção. Sua personagem Delphine é uma pessoa de alma cansada, cujo seu talento na escrita é tão vasto, que faz com seu corpo não aguente tamanho talento. Isso acaba servindo de fresta para a personagem Elle (Green) adentrar em sua vida e fazendo com que tenhamos dúvidas sobre as suas reais intenções dentro da vida da escritora. 
Eva Green novamente dá um verdadeiro show de interpretação. Sempre com aquele ar de "dama fatal de filme noir", Green cria para a sua personagem um ar de ambiguidade, da qual conquista Delphine pela sua simpatia, mas não escondendo em seu olhar intenções obscuras e que nos faz a gente ficar sempre na dúvida. Mas, se por um lado logo se percebe que há uma obsessão de Elle por Delphine, logo se percebe que essa última também guarda segundas intenções para a sua admiradora e gerando um jogo psicológico de ambas as partes.
Porém, é no terceiro ato em que Roman Polanski vira a mesa e fazendo com que tenhamos novas interpretações com relação às reais intenções das protagonistas. Mas não espere por algo complexo, principalmente se você já acompanhou de cabo a rabo cada filme do cineasta até aqui e que, quando se menos percebe, você mata a charada. Embora isso possa parecer um verdadeiro Déjà vu, o filme é compensador ao provar que o lado autoral do cineasta prevalece, mesmo não conseguindo se comparar aos seus grandes clássicos de um passado mais distante. 
Baseado em Fatos Reais é um filme elegante, bem convidativo para o universo autoral de Roman Polanski e não tendo nenhuma prepotência em querer mudar a vida da gente.  


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