Filme sobre liberdade condicional, Corpo Delito, estreia dia 7 no Cinebancários
Último lançamento do ano da Sessão Vitrine
Petrobras, Corpo Delito, estreia no CineBancários no dia 7 de dezembro,
com sessões de terça a domingo, sempre às 17 horas. O segundo longa de
Pedro Rocha, teve financiamento do programa Histórias que Ficam, da
Fundação CSN, que premia jovens documentaristas com propostas de
linguagem inovadora. Corpo Delito é sua estreia no cinema. Além disso, o
filme será exibido na Mostra Contemprânea Brasileira do Forumdoc.Bh,
que acontece em Belo Horizonte de 23 de novembro a 3 de dezembro.
O CineBancários funciona de terça a domingo e os ingressos podem ser adquiridos no local ou no site ingresso.com
a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários
sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00. Aceitamos os
cartões Banricompras, Visa e Mastercard.
Sinopse
Ivan, 30, acaba de sair da cadeia depois de oito anos preso. Ele agora
está de volta à sua casa, de volta ao convívio de sua esposa, Gleice, e
de sua filha, Glenda, de seis anos, que ele mal conhece. É uma chance de
retomar a vida. No entanto, o passado ainda o atormenta. Ivan está em
liberdade condicional. Uma tornozeleira eletrônica o proíbe de fazer
qualquer trajeto que não seja o de casa para o trabalho, do trabalho
para casa. Por determinação da Justiça, ele precisa cumprir uma rotina
de 8 horas diárias apertando parafusos numa fábrica. À noite, ele não
pode sair de casa. Aos poucos, Ivan passa a não aceitar mais essa
condição. Depois de uma adolescência e juventude tomadas pelas aventuras
e dramas da criminalidade, ele parece não ter sido talhado para o
trabalho formal e a vida familiar. Em casa, o convívio completa-se
apenas na presença de Neto, um jovem de 18 anos que ele conheceu logo
depois de sair da cadeia. Nas horas livres de Ivan, Neto sempre está na
casa do amigo. Os dois curtem a semiliberdade de Ivan fumando maconha,
ouvindo rap e assistindo filmes de ação na TV. Ivan se reconhece no
amigo. Apesar de ele ser uma década mais velho, a vida de Neto é a mesma
da de sua juventude. Ivan ainda é atraído pelas festas e pelas
aventuras da cidade, mas depois de 8 anos de prisão, ele também já sabe
que violar a lei tem um preço alto. A contradição de uma liberdade
monitorada intensifica ainda mais este conflito: Ivan oscila
constantemente entre o dever de ficar em casa e o desejo de ganhar a
rua. Longe dali, ele é apenas um pequeno ponto azul no radar da polícia.
Todos os seus passos serão monitorados e o juiz terá que decidir seu
futuro.
Nota dos autores
Corpo Delito é um filme híbrido, que se vale tanto de recursos do
documentário observacional quanto do roteiro de ficção. A câmera está
sempre no tripé, posicionada a espera do que pode inrromper do real. Ao
mesmo tempo, a preservação da quarta parede e a intimidade de algumas
cenas colocam o espectator próximo à experiência ficcional, em que a
identificação com os personagens é potencializada.
O conflito e a tensão dramática do filme conduzem essa experiência aos
moldes da ficção, enquanto a irregularidade de tal curva lembra ao
espectador de que ele está diante de uma matéria estranha,
frequentemente aquém do que se espera de uma ficção propriamente dita. A
estética adotada tenta potencializar a experiência de encontro do
espectador com o protagonista - um homem com um passado criminoso sobre
quem todos formularão opiniões e julgamentos, ao mesmo tempo em que
descobrirão que o desconhecem profundamente.
Sobre Pedro Rocha, diretor e produtor executivo
Pedro Rocha nasceu em 1985, em Fortaleza, no Ceará. Depois de uma
carreira de 6 anos como jornalista cultural, passou a atuar na área da
produção audiovisual. De 2012 a 2015, participou do coletivo de mídia
livre Nigéria, com o qual produziu, dirigiu e montou curtas e
longas-metragens sobre direitos humanos no Brasil. O longa-metragem Com
Vandalismo (2013), co-dirigido em parceria com o Coletivo Nigéria, foi
lançado na Internet um mês após as grandes manifestações daquele ano no
Brasil.
O documentário teve grande repercussão na web, somando mais de 245 mil
visualizações no Youtube. Em 2015, Pedro Rocha fundou a produtora Corpo
Aberto e passou a se dedicar exclusivamente à produção cinematográfica. O
projeto de longa-metragem Corpo Delito teve financiamento do programa
Histórias que Ficam, da Fundação CSN, que premia jovens documentaristas
com propostas de linguagem inovadora. Corpo Delito é sua estréia no
cinema.
Sobre Diego Hoefel, roteirista
Nascido em 1982, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Diego é
professor, roteirista e diretor de cinema. Seu último roteiro de
longa-metragem, Elon não acredita na morte (2016), estreou recentemente
na mostra competitiva no 49o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O
roteiro foi vencedor do prêmio Hubert Balls do Festival de Rotterdam
(2012), além de ter participado dos laboratórios Buenos Aires Lab (BAL),
do BAFICI; FIDLAB-Plateforme Internationale de Soutien à la
Coproduction, do FIDMarseille; do Brasil Cinemundi, dentro da Mostra
Cine BH; e do New Cinema Network – Rome Film Festival’s International
Project Workshop.
Antes disso, Tremor (2013), seu último roteiro de curta- metragem, teve
estreia internacional no festival de Locarno. E o média-metragem
documental Permanências (2011), seu roteiro anterior, teve estreia na
Semana da Crítica doFestival de Cannes. Além de seu trabalho como
roteirista, Diego é professor do curso de Cinema e Audiovisual, da
Universidade Federal do Ceará, e pesquisa o rosto e o primeiro plano no
cinema contemporâneo.
Ficha técnica:
Corpo Delito / Corpus Delicti
Doc, 74min, Brasil, 2017
Direção: Pedro Rocha
Roteiro: Diego Hoefel
Elenco: Ivan Silva, José Neto, Gleiciane Gomes e Jeferson do Nascimento
Produtores: Ton Martins e Leandro Alves
Diretores de fotografia: Juliane Peixoto e Guilherme Silva
Técnico de som: Paulo Ribeiro
Montador: Frederico Benevides
Editor de som e mixador: Erico Paiva
Designer gráfico: Yuri Leonardo
Grade de horários:
7 de dezembro (quinta-feira)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
8 de dezembro (sexta-feira)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
9 de dezembro (sábado)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
10 de dezembro (domingo)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
12 de dezembro (terça-feira)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
13 de dezembro (quarta-feira)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
14 de dezembro (quinta-feira)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
15 de dezembro (sexta-feira)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
16 de dezembro (sábado)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17 de dezembro (domingo)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
19 de dezembro (terça-feira)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
20 de dezembro (quarta-feira)
15h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
17h- Corpo delito, de Pedro Rocha
19h- Meu corpo é politico, de Alice Riff
Sobre a SESSÃO VITRINE PETROBRAS: Projeto
de distribuição coletiva criado pela Vitrine Filmes, com o intuito de
levar ao público um cinema de qualidade e original, que retrata a
cultura do país e que se destaca nos principais festivais brasileiros e
internacionais. Em 2017, a SESSÃO VITRINE PETROBRAS ficou em cartaz
permanentemente, com ingressos até R$ 12, um lançamento a cada duas
semanas e horários fixos em cinemas de mais de 20 cidades, fortalecendo o
circuito alternativo e investindo na formação de novas plateias.