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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Cinematv: Documentário brasileiro: 100 filmes essenciais




No último sábado (11/11/17) eu participei do debate e do lançamento do livro Documentário brasileiro: 100 filmes essenciais na Feira do Livro de Porto Alegre. Da união da Abraccine e Canal Brasil, a iniciativa reuniu inúmeros críticos de cinema pelo país, para então debaterem, votarem nos melhores documentários nacionais na opinião de cada um deles e para sim essas obras serem parte dessa lista.



No debate e na sessão de autógrafos estiveram presentes os críticos de cinema Adriana Androvandi, Daniel Feix, Fatimarlei Lunardelli, Ivonete Pinto,  Marcus Mello, Marcos Santuario e Robledo Milani. Durante atividade, além de cada um falar um pouco sobre os filmes dos quais eles escreveram, foi anunciado também para em breve um terceiro livro (sendo que o primeiro foi o 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos) intitulado Os 50 melhores animações brasileiras. 


Abaixo segue um vídeo meu falando um pouco mais a respeito desse livro indispensável para qualquer cinéfilo que se preze.


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Cine Dica: Curso Quadrinhos no Cinema

** Edição Porto Alegre **


Apresentação

O Cinema e os Quadrinhos surgiram praticamente juntos, no final do século XIX. Naquela época os experimentos cinematográficos buscavam o refinamento tecnológico que proporcionasse a experiência dos filmes em grande escala para audiências cada vez maiores. A própria gramática do Cinema não havia ainda encontrado sua forma definitiva naqueles tempos pioneiros. Simultaneamente, os Quadrinhos se consolidavam como uma forma popular e barata de "narrativa pictórica". Surgiam, portanto, novas formas de contar histórias, além da Literatura e do Teatro.


A ideia de narrativas ilustradas por imagens vem desde o tempo dos homens das cavernas, que rabiscavam suas "histórias" nas rochas. A inevitável aproximação dos Quadrinhos com o Cinema se deu desde os primeiros momentos. Os pioneiros irmãos Lumière (créditos historicamente como criadores do Cinema) buscaram inspiração numa "história em quadrinho" da época para um dos pequenos filmes curtos apresentados na histórica primeira sessão de cinema, em dezembro de 1895, num Café em Paris.


Há, sem dúvida, grandes diferenças entre a tela de cinema e uma página de revista, no entanto, as duas linguagens são em certa medida complementares, pois são fruto da cultura de massa. Por surgirem quase simultaneamente, Cinema e Quadrinhos compartilham características, sem perderem suas particularidades narrativas. Ao longo do tempo, em épocas distintas, se aproxima e se afasta do universo dos Quadrinhos. Atualmente estamos vivendo um dos momentos mais fortes desta relação. O espetacular resultado financeiro das adaptações cinematográficas da última década consolidou um formato hegemônico que conquista cada vez mais e mais público. Mas, fica a pergunta: "Até quando dura esta Era de Ouro?"



Objetivos

O Curso Quadrinhos no Cinema: Uma História Quadro a Quadro, ministrado por André Kleinert, vai passar a limpo a história da relação entre Cinema e Quadrinhos, analisando as linguagens; as principais adaptações; a estética dos Quadrinhos que influencia o Cinema e vice-versa; a importância das grandes editoras e a estratégia da indústria cinematográfica.


Não é necessário nenhum pré-requisito para participar desta atividade.
O curso é aberto ao público em geral interessado no tema.


  

Temas

- Como ocorre a aproximação entre os Quadrinhos e Cinema? Os pontos em comum entre as linguagens formais das duas mídias.
- Universos paralelos / Universo único: os níveis de realidade em que Cinema e Quadrinhos se relacionam.
- Origens das indústrias cinematográficas e dos quadrinhos: perspectiva e semelhanças históricas.
- Cineastas quadrinistas ou Quadrinistas cineastas? Artistas que transitam entre as duas mídias;
- Seriados cinematográficos: os primórdios das primeiras transposições cinematográfica dos quadrinhos.


- Marvel e DC: breve história editorial e a saga de seus principais heróis na tela grande.
- Alan Moore e Frank Miller: a acidentada trajetória de dois mestres no cinema.
- Mark Millar: um exemplo de como se opera em termos criativos e comerciais a relação entre o cinema e os quadrinhos na atualidade.
- As principais escolas e gêneros dos Quadrinhos adaptados para o Cinema. Quadrinhos underground e independentes norte-americanos.


- Terror: como as editoras EC Comics e Warren Publishing influenciaram o horror cinematográfico moderno.
- França: Metal HurlantAsterix e Lucky Luke.
- Itália: TexDanger Diabolik e o vasto universo dos fumetti.
- Japão: Mangás - samurais, ficção científica, magia e super-heróis.
- Brasil: O talento multimídia de José Mojica Marins (Zé do Caixão); Ivan Cardoso e Paulo Biscaia Filho.



Ministrante: André Kleinert
 
Autor (juntamente com Hiron "Goida" Goidanich) da "Enciclopédia dos Quadrinhos" (Editora L&PM). Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) e diretor de programação do Clube de Cinema de Porto Alegre. Escreve regularmente sobre cinema e música. Criador do blog "Anti-Dicas de Cinema".


Curso
QUADRINHOS CINEMA: UMA HISTÓRIA QUADRO A QUADRO
de André Kleinert


Datas: 25 e 26 / Novembro (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio Petrobras

Investimento: R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 70,00 (primeiras 10 inscrições)
b) R$ 80,00 (demais inscrições)

Formas de pagamento: Depósito ou transferência bancária / Cartão de crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila

Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714

Inscrições
Realização
Cine UM Produtora Cultural

Patrocínio
Editora Intrínseca
Back in Black
B&B Games

Apoio
Cinemateca Capitólio Petrobras

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Invisível



Sinopse: Buenos Aires, Argentina. Ely (Mora Arenillas) é uma jovem de 17 anos que vive com sua mãe, Susana (Mara Bestelli), em um pequeno apartamento em um conjunto habitacional localizado no bairro de La Boca. Ela mantém uma relação distante com sua mãe e leva uma rotina pesada, se dividindo entre as atividades domésticas e o trabalho diário num pet shop. Tudo muda quando ela descobre que está grávida de Raúl, bem mais velho, casado e seu chefe. Consumida pela angústia, a jovem terá que fazer uma difícil decisão: fazer ou não um aborto.

Embora para alguns o cinema seja um local de fuga para que possamos nos esquecer um pouco da realidade, alguns filmes, por sua vez, escancaram os problemas dos quais nós enfrentamos no dia a dia, para assim refletimos e debatermos sobre o assunto. Se em filmes recentes como O Formidável, do qual retrata os protestos de Maio de 68 na França e fazendo com que as imagens daquele período consigam ecoar em nosso presente, o filme Manifesto, por sua vez, escancara uma dura crítica contra conservadores de hoje e que ousam censurar as artes das quais nos fazem pensar. Ironicamente, Invisível vem para colocar mais lenha na fogueira com relação ao tema do aborto, justamente numa semana em que dezoito homens do congresso de nosso país tentam retroceder os direitos da mulher.
Dirigido por Pablo Giorgelli (do cultuado Las Acacias), acompanhamos a história de Ely (Mora Arenillas), jovem estudante que trabalha num pet Shop e cuida da mãe Susana (Mara Bestelli), que vive de depressão. No trabalho, vive um relacionamento sem compromisso algum com o seu colega e ao mesmo tempo perambula pelas ruas de Bueno Aires em busca de uma forma para se esquecer de sua rotina. Porém, Ely descobre que está grávida e começa então a enfrentar uma difícil cruzada e da qual ela própria terá que escolher um caminho para trilhar.
Como o aborto é proibido na Argentina, Pablo Giorgelli cria então um retrato conflituoso de uma pessoa da qual vive com um sério dilema. Com a câmera na mão, o cineasta não se distancia por muito tempo de sua protagonista, pois faz questão que, mesmo com poucas palavras vindas dela, ele consiga extrair com a sua lente os conflitos internos dos quais ela passa em seu dia a dia. É como se a câmera então representasse o nosso olhar com relação à Nely, esperando então qual será o próximo passo dela e desejando para que ela faça uma escolha coerente consigo mesma.
Ao mesmo tempo, Pablo Giorgelli cria um retrato pouco reconfortante da cidade de Bueno Aires, cuja sua fotografia fria e cinzenta sintetiza uma realidade pouco acolhedora para aquelas pessoas. Ao vermos a protagonista pesquisar a forma de se fazer um aborto, por exemplo, é uma alusão clara de uma realidade política, seja ela de lá ou aqui, da qual cada vez mais se afunda em leis retrógradas e somente tirando os direitos de escolha das pessoas. Contudo, o cineasta opta em não colocar na parede essas questões políticas como um todo, mas deixando claro que o estado deveria sim ajudar as pessoas que optam em seguir um caminho tão espinhoso. 
Embora possa ser uma novata na área da atuação, Mora Arenillas é a alma do filme como um todo. Fazendo me lembrar o trabalho da atriz Adèle Exarchopoulos em Azul é a cor mais quente, Arenillas cria para sua Ely um olhar observador com relação ao mundo em que vive, do qual tenta de todas as formas em saber enfrentar uma realidade dura e da qual aos poucos vai demonstrando amadurecimento para encará-la: a cena em que ela confronta a sua mãe para que ela vença sua depressão é disparado o seu melhor momento.
O ato final reserva momentos primorosos, onde a técnica de filmagem e atuação fica de mãos dadas até o derradeiro momento de escolha da personagem. Após o seu final, o destino da protagonista fica em aberto e fazendo com que continuemos pensando na árdua tarefa da qual ela própria irá trilhar. Por mais polêmico que seja o assunto, o filme Invisível propõe para que todos nós debatermos sobre um assunto tão delicado e não somente sendo decidido por políticos conservadores de hoje, dos quais usam a bíblia dentro do governo como uma espécie de arma ao invés de usá-la para paz.  


Onde Assistir: Cinebancários: R. Gen. Câmara, 424 - Centro, Porto Alegre. Horário: 17horas



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