Sinopse: No filme da Marvel
Studios, "Thor: Ragnarok", Thor é preso do outro lado do universo,
sem o seu martelo poderoso e encontra-se numa corrida contra o tempo para
voltar a Asgard e impedir Ragnarok - a destruição do seu mundo e o fim da
civilização Asgardiana -, que se encontra nas mãos de uma nova e poderosa
ameaça, a implacável Hela. Mas, primeiro precisa de sobreviver a uma luta
mortal de gladiadores, que o coloca contra um ex-aliado e companheiro Vingador
- Hulk.
Se há uma crítica da
qual a Marvel Estúdio sempre sofre é pelo fato deles sempre inserirem piadinhas
que, por vezes, surgem na hora errada. Não importa o que aconteça, mesmo quando alguém da trama morre, pois a piada sempre estará lá engatilhada para amenizar o
clima pesado, mas que acaba soando meio que inverossímil. Talvez o estúdio tenha
percebido que a fórmula esteja um tanto que desgastada e decidiu virar a mesa
em Thor Ragnarok, do qual o filme não possui somente algumas piadas, pois o
filme já é uma grande piada e das boas.
Dirigido por Taika
Waititi (O que Fazemos nas Sombras), o filme se passa tempos depois de Vingadores:
A Era de Ultron, onde Thor (Chris Hemsworth) decide viajar pelo universo em
busca pelas joias do infinito que restam. Durante o trajeto, acaba descobrindo
que Asgard sofrerá o Ragnarok, o apocalipse dos deuses nórdicos. Embora tente evitar
que esse dia chegue, Thor acaba dando de encontro com a sua diabólica irmã Hela
(Kate Blanchett) que o envia para outro planeta e acaba sendo forçado a
participar de uma luta de gladiadores.
Depois de um razoável
Thor e um bom Thor: O Mundo Sombrio parece que a Marvel finalmente conseguiu achar
o tom certo para o seu personagem, mas que vai contra tudo o que muitos fãs das
antigas imaginavam. Sai o tom sério disfarçado com algumas piadas e dando lugar
a mais pura comédia, embalado com um visual colorido bem ao estilo anos 80
(sempre eles) e com uma música eletrônica que relembra os bons tempos daquela
época. É como se estivéssemos vendo o filme cult Flash Gordon daquele tempo,
mas com um orçamento mais inflado e que não perde tempo em levar a sério o
enredo em nenhum momento.
Tendo
ganhado prestigio por onde passou com o seu filme O que Fazemos nas Sombras,
Taika Waititi parecia à escolha mais improvável para dirigir um filme como
esse. Porém, após terem tido bons resultados como, por exemplo, Guardiões das Galáxias
de James Gunn, o estúdio percebeu que era válido arriscar e dando então mais liberdade criativa para que os seus cineastas
fizessem o que bem entenderem. Com isso,
se percebe que Taika Waititi usou e abusou do filme como um todo, como se tivesse
aberto uma caixa cheia de brinquedos e tendo brincado com eles nas mais diferentes
maneiras.
Embora
o filme mantenha a velha interligação com o restante dos filmes na Marvel, é notório
que muito que é mostrado no filme não aparecerá em outros projetos futuramente,
pois é algo que funciona somente aqui e nas mãos desse cineasta. Ver o Thor
fazendo piada em larga escala em meio a lutas, correria e efeitos visuais é
algo absurdamente divertido e surreal. Porém, o filme se casa bem nos momentos mais
dramáticos, principalmente aqueles protagonizados pela vilã Hela, onde Kate Blanchett
consegue criar com o seu grande talento uma das melhores vilãs do estúdio até
aqui.
Falando em vilões, se
Loki (Tom Hiddleston) finalmente assume a sua posição como anti-herói (algo que
os fãs queriam desde sempre), Grandmaster (Jeff Goldblum, ótimo), sendo o líder
do mundo estranho do qual Thor acaba preso, acaba se tornando uma nova ameaça
além de Hela, mas de uma forma divertida e muito megalomaníaca. Já na ala de aliados,
Valkyrie (Tessa Thompson de Creed) acaba sendo uma grata surpresa. Durona, beberrona
e revoltada, Valkryire é a típica heroína que as meninas feministas irão
adorar, pois ela possui uma personalidade forte e uma presença que sempre rouba
a cena quando surge.
Mas nada, repito nada
supera as divertidíssimas cenas entre Thor e Hulk (Mark Ruffalo). Após uma
divertida desavença entre os dois na arena de gladiadores, ambos os personagens
se unem e nos brindando com momentos hilários, divertidos e até mesmo com
piadas com um teor mais adulto. Aliás, é a primeira vez que testemunhamos no
cinema o Hulk falar pela terceira pessoa e que com certeza irá alegrar os fãs
mais antigos.
Com uma hilária participação
especial de Benedict Cumberbatch como Doutor Estranho, Thor: Ragnarok é uma
piada pronta do começo ao fim, mas de uma forma deliciosa ao ser degustada e muito
bem vinda.
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