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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Thor: Ragnarok



Sinopse: No filme da Marvel Studios, "Thor: Ragnarok", Thor é preso do outro lado do universo, sem o seu martelo poderoso e encontra-se numa corrida contra o tempo para voltar a Asgard e impedir Ragnarok - a destruição do seu mundo e o fim da civilização Asgardiana -, que se encontra nas mãos de uma nova e poderosa ameaça, a implacável Hela. Mas, primeiro precisa de sobreviver a uma luta mortal de gladiadores, que o coloca contra um ex-aliado e companheiro Vingador - Hulk.
Se há uma crítica da qual a Marvel Estúdio sempre sofre é pelo fato deles sempre inserirem piadinhas que, por vezes, surgem na hora errada. Não importa o que aconteça, mesmo quando alguém da trama morre, pois a piada sempre estará lá engatilhada para amenizar o clima pesado, mas que acaba soando meio que inverossímil. Talvez o estúdio tenha percebido que a fórmula esteja um tanto que desgastada e decidiu virar a mesa em Thor Ragnarok, do qual o filme não possui somente algumas piadas, pois o filme já é uma grande piada e das boas. 
Dirigido por Taika Waititi (O que Fazemos nas Sombras), o filme se passa tempos depois de Vingadores: A Era de Ultron, onde Thor (Chris Hemsworth) decide viajar pelo universo em busca pelas joias do infinito que restam. Durante o trajeto, acaba descobrindo que Asgard sofrerá o Ragnarok, o apocalipse dos deuses nórdicos. Embora tente evitar que esse dia chegue, Thor acaba dando de encontro com a sua diabólica irmã Hela (Kate Blanchett) que o envia para outro planeta e acaba sendo forçado a participar de uma luta de gladiadores.
Depois de um razoável Thor e um bom Thor: O Mundo Sombrio parece que a Marvel finalmente conseguiu achar o tom certo para o seu personagem, mas que vai contra tudo o que muitos fãs das antigas imaginavam. Sai o tom sério disfarçado com algumas piadas e dando lugar a mais pura comédia, embalado com um visual colorido bem ao estilo anos 80 (sempre eles) e com uma música eletrônica que relembra os bons tempos daquela época. É como se estivéssemos vendo o filme cult Flash Gordon daquele tempo, mas com um orçamento mais inflado e que não perde tempo em levar a sério o enredo em nenhum momento.
Tendo ganhado prestigio por onde passou com o seu filme O que Fazemos nas Sombras, Taika Waititi parecia à escolha mais improvável para dirigir um filme como esse. Porém, após terem tido bons resultados como, por exemplo, Guardiões das Galáxias de James Gunn, o estúdio percebeu que era válido arriscar e dando então mais  liberdade criativa para que os seus cineastas fizessem o que bem entenderem.  Com isso, se percebe que Taika Waititi usou e abusou do filme como um todo, como se tivesse aberto uma caixa cheia de brinquedos e tendo brincado com eles nas mais diferentes maneiras.
Embora o filme mantenha a velha interligação com o restante dos filmes na Marvel, é notório que muito que é mostrado no filme não aparecerá em outros projetos futuramente, pois é algo que funciona somente aqui e nas mãos desse cineasta. Ver o Thor fazendo piada em larga escala em meio a lutas, correria e efeitos visuais é algo absurdamente divertido e surreal. Porém, o filme se casa bem nos momentos mais dramáticos, principalmente aqueles protagonizados pela vilã Hela, onde Kate Blanchett consegue criar com o seu grande talento uma das melhores vilãs do estúdio até aqui.
Falando em vilões, se Loki (Tom Hiddleston) finalmente assume a sua posição como anti-herói (algo que os fãs queriam desde sempre), Grandmaster (Jeff Goldblum, ótimo), sendo o líder do mundo estranho do qual Thor acaba preso, acaba se tornando uma nova ameaça além de Hela, mas de uma forma divertida e muito megalomaníaca. Já na ala de aliados, Valkyrie (Tessa Thompson de Creed) acaba sendo uma grata surpresa. Durona, beberrona e revoltada, Valkryire é a típica heroína que as meninas feministas irão adorar, pois ela possui uma personalidade forte e uma presença que sempre rouba a cena quando surge.
Mas nada, repito nada supera as divertidíssimas cenas entre Thor e Hulk (Mark Ruffalo). Após uma divertida desavença entre os dois na arena de gladiadores, ambos os personagens se unem e nos brindando com momentos hilários, divertidos e até mesmo com piadas com um teor mais adulto. Aliás, é a primeira vez que testemunhamos no cinema o Hulk falar pela terceira pessoa e que com certeza irá alegrar os fãs mais antigos.
Com uma hilária participação especial de Benedict Cumberbatch como Doutor Estranho, Thor: Ragnarok é uma piada pronta do começo ao fim, mas de uma forma deliciosa ao ser degustada e muito bem vinda.  



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Cine Curiosidade: Artistas argentinos com atriz brasileira Cris Lopes prestigiam estréia de "AGS" no Cine Cosmos - Festival Inusual de Buenos Aires



Humor negro sobre agência de suicídio dos anos 20 na telona do CINE COSMOS na famosa Avenida Corrientes com a "Madame francesa" (Cris Lopes) e o "Monsieur" (Euler Santi) e grande elenco
A atriz brasileira Cris Lopes (que vive a madame francesa protagonista de "AGS")  e seus amigos atores argentinos: Daniel Quaranta e Nahuel Yotich (protagonistas do longa argentino "Ahi Viene") e o músico, bailarino, ator Chipote Fontan marcaram presença na estréia do filme brasileiro "Agence Générale du Suicide" no Cine Cosmos em Buenos Aires juntamente com os Diretores do Festival de Cine Inusual: Silvia Romero e Fabian Sancho e o Diretor de AGS: Rodney Borges.
 atriz brasileira Cris Lopes, atores argentinos Daniel Quaranta e Nahuel Yotich, e músico, bailarino, ator Chipote Fontan

A comédia de humor negro agradou o público argentino que compararam ao humor negro inglês com elogios a arte e fotografia do filme. AGS já ganhou 5 prêmios incluindo "Direção de Arte" da atriz Cris Lopes (Curta Canedo 2017 Goiás) com indicação na categoria "Melhor Atriz"; "Direção de Fotografia" de Rodney Borges, Diretor de AGS e premiado como "Melhor Roteiro" para o ator protagonista de AGS e roteirista Euler Santi. O roteiro de AGS foi inspirado na obra de mesmo nome "AGS" do poeta francês Jacques Rigaut do movimento dadaísta anos 20 na França e já foi exibido em 15 festivais incluindo Uruguai e Espanha. 
 diretor AGS: Rodney Borges, diretores Fabian Sancho e Silva Romero (Festival INUSUAL) e atriz Cris Lopes
 
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Divulgação Argentina/Brasil - Buenos Aires/São Paulo:  Imprensa CL  (5511) 3835.7205  - Entrevistas (5511) 996530651.  email: imprensacl@terra.com.br

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: MANIFESTO


Sinopse: Os históricos manifestos de arte podem ser aplicados à sociedade contemporânea? É isso o que Cate Blanchett tenta responder ao explorar os componentes performáticos e o significado político de declarações artísticas e inovadoras do século XX, que vão dos futuristas e dadaístas ao Pop Art, passando por Fluxus, Lars von Trier e Jim Jarmusch.




Manifesto é um filme que se propõe a discutir o real papel da arte de ontem e hoje. Existe uma exposição de pensamentos dos quais a obra explora, sendo que, em alguns momentos, entrando até mesmo em confronto entre si e sintetizando a proposta principal do filme como um todo. Talvez a proposta da qual o artista plástico e agora diretor estreante Julian Rosefeldt queira nos passar é essa: onde se encontra a originalidade?
Talvez a arte de hoje pudesse ser criada a partir da essência do seu artista, sendo uma representação do mundo do qual convive e o rodeia. Ao invés disso, talvez estejamos apenas testemunhando manifestações com teor plástico, da qual nos cause uma sensação de Déjà vu, em vez de presenciarmos algo no mínimo original e ao mesmo tempo crítico.
Num primeiro momento, talvez pensássemos que estivéssemos sendo formados desde sempre a ter uma visão autoral e livre para moldarmos o que bem entendermos com relação a arte. Porém, num manifesto visto e dito no próprio filme, uma professora põe regras e limites para os seus alunos com relação ao que devem fazer com relação aos seus trabalhos artísticos. Isso vai contra a essência primordial da verdadeira arte, da qual não se deve haver amarras, mas sim tendo uma espada, na qual consegue cortá-las e criando-se então métodos para se fazer pensar e revolucionar.
Por meio de discursos profundos e reflexivos, Manifesto soa como uma verdadeira poesia filmada. A ironia é que, para compor sua obra, Rosefeldt também usa referências, da mesma maneira como uma espécie de critica no filme. Porém, o seu primeiro longa metragem vai muito além dessa proposta. 
Ouso dizer que Manifesto corre sério risco de se tornar um dos filmes mais originais nesse ano que está passando. Criado para ser exposto numa exposição na Austrália em 2015, Rosefeldt reuniu essas manifestações artísticas para então criar a sua obra, que vai desde a música, passando pela dança e, logicamente, o cinema. O desejo era para que essa nova geração tivesse um conhecimento sobre essas ideologias e fizessem com que pensassem sobre elas.
Mas então eis que veio a ideia de transformar isso num filme e ser levado para os cinemas. É claro que num primeiro momento ficamos em dúvida com relação a um artista de primeira viagem no mundo da sétima arte, principalmente pelo fato de que não é fácil passar textos dos quais poderiam soar até mesmo abstratos demais em cena. Porém, Rosefeldt surpreende ao criar um filme visualmente complexo em alguns momentos e que, embora lembre obras como Brazil: O filme (de Terry Gilliam) nos passe certa originalidade e obtendo então a nossa total  atenção.
Contudo, o que torna Manifesto um filme indispensável é a presença magnética de Cate Blanchett, que aqui interpreta 13 personagens distintos durante o filme. Se por um lado, o cinéfilo acha um tanto estranho um filme ser protagonizado praticamente por uma única atriz interpretando vários personagens, por outro, o que se prezar ir até o fim dessa cruzada irá se sentir mais do que compensado. Cate Blanchett definitivamente some de cena e dando lugar aos seus enigmáticos personagens e com seus mundos distintos e particulares.
Além do filme se inspirar em vários artistas dos quais merecem destaque na tela, Manifesto acaba mirando em outros alvos dos quais merecem uma total atenção para termos um momento de reflexão. Eis que o filme mira então no capitalismo (sendo um sistema ultrapassado que em longo prazo acarretou vários problemas na sociedade dito no filme), a postura e manipulação da mídia, e até dos próprios críticos, que usam sua linguagem subliminar para dizer como compreendem a arte mais do que os outros poderiam entender. Mas embora tenha nascido à ideia a partir de 2015, há uma surpreendente coincidência de o filme chegar justamente no Brasil de agora, sendo num momento em que conservadores, como no caso do  movimento MBL, querer nos dizer a todo custo o que é arte, quando na verdade criam somente uma cortina de fumaça para ocultar os verdadeiros males que afligem o nosso país atualmente. 
Manifesto definitivamente não é um filme do qual será compreendido por todos, mas é graças a sua originalidade, além da contribuição e o esforço surpreendente vindo de Cate Blanchett, é o que torna o filme uma experiência incomum e que foge por completo do convencional.


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Cine Dica: Curso O Cinema Moderno no Leste Europeu


Apresentação

“Há um buraco na minha cortina”, canta uma aspirante a estrela do rock num dos primeiros filmes de Miloš Forman, Concurso. O refrão parece tripudiar do cenário que favoreceu não apenas a existência de um jovem cinema no país, mas toda a onda de novos cinemas em terras que viviam estreitamente vigiadas entre os anos 1950 e 60. Certamente não estava no roteiro dos burocratas que grandes nomes do leste como Jerzy Skolimowski, Věra Chytilová , Miklós Jancsó e Dušan Makavejev, entre outros, construíssem, ainda que de forma breve, uma filmografia radical e sólida em seus próprios territórios, a ponto de serem rapidamente alçados ao pódio das referências cinematográficas modernas dos anos 1960.


Nesse período, rupturas jovens surgiram em países como a Polônia, onde duas gerações importantes se formaram, a dos anos 1950, capitaneada por nomes como Andrzej Wajda, Andrzej Munk e Jerzy Kawalerowicz, e a dos anos 1960, tendo Roman Polanski e Jerzy Skolimowski na linha de frente; e a Hungria, que paradoxalmente afrouxou algumas correntes após a invasão soviética, em 1956, e revelou nomes importantes na década de 1960 como István Szabó, Miklós Jancsó e Márta Mészáros. Na Tchecoslováquia, a nova geração foi tão revolucionária que ganhou a alcunha de “o milagre do filme tcheco”. Tornou-se respeitada entre a crítica na Europa e premiada no tapete vermelho de Hollywood. Embora a Iugoslávia de Josif Tito não fizesse parte da fronteira desenhada pelo Pacto de Varsóvia, a existência de um jovem cinema no país, a black wave de Dušan Makavejev e Aleksandar "Saša" Petrović, teve uma história similar à das outras repúblicas socialistas do leste europeu, com uma série de obras radicais, nos sentidos político e estético, num curto espaço de tempo.


Objetivos

O Curso O Cinema Moderno no Leste Europeu, ministrado por Leonardo Bomfim, aborda as principais características das rupturas realizadas em quatro países (Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Iugoslávia), como a tendência ao absurdo e ao surrealismo, as transgressões das noções clássicas do cinema, a autocrítica política e comportamental, a relação com a tradição e com o realismo socialista.
O curso oferece um panorama dos novos cinemas do países a partir da obra de quatro cineastas essenciais: Jerzy Skolimowski, Věra Chytilová, Miklós Jancsó e Dušan Makavejev, autores de marcos da vanguarda dos anos 1960 como As Pequenas MargaridasO Fruto do ParaísoW.R. - Mistérios do OrganismoBarreira e Vermelhos e Brancos.


Conteúdo programático

Aula 1

- Panorama sobre o cinema do Leste Europeu
- Jerzy Skolimowski e a Escola de Lodz na Polônia
- Věra Chytilová e a Nova Vlnà da Tchecoslováquia


Aula 2
- A onda eslovaca da Nova Vlnà
- A Hungria de Miklós Jancsó
- Dušan Makavejev  e a Black Wave Iugoslava
  

Ministrante: Leonardo Bomfim

Jornalista e Mestre em Comunicação Social (PUCRS). Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS). Curador das mostras "Cinema Marginal" e "Cinema Black", realizadas na sala de cinema P. F. Gastal. Diretor do documentário em longa-metragem Nas Paredes da Pedra Encantada (2011). Publicou artigos em revistas como Teorema; Norte; Noize e em sites como Senhor F; Fronteiras do Pensamento e Rock Press. Editou o site Freakium, sobre cultura pop, música e cinema, de 2005 a 2007. Já ministrou os cursos Novos Cinemas dos Anos 60Brian De Palma: O Poder da ImagemLumiére, Méliès & Outros Pioneiros, Cinema Marginal Brasileiro e A Gênese da Nova Hollywood pela Cine UM.


Curso

O Cinema Moderno no Leste Europeu
de Leonardo Bomfim

Datas: 11 e 12 de Novembro (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)


Investimento: R$ 85,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 70,00 (primeiras 10 vagas)
b) R$ 80,00 (demais inscrições)

Formas de pagamento: Depósito ou transferência bancária / Cartão de crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila

Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714


Realização
Cine UM Produtora Cultural

Patrocínio
Editora Intrínseca
Back in Black
B&B Games

Apoio
Cinemateca Capitólio Petrobras
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