Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
E lá se vai mais um
ano do qual me dediquei a me aprofundar mais sobre o cinema. Talvez 2016 venha
a ser lembrado futuramente na história como o ano de resistência, pois mesmo
com a crise nos comendo até o último dia desse terrível ano, eu pelo menos, me
esforcei ao máximo ao tentar participar de todas essas atividades criadas pelo
Jorge Ghiorzi.
Graças a ele tivemos
cursos bem diversificados, tanto como conhecer períodos do cinema como A Nova
Hollywood, como também a forma de se fazer histórias dentro da sétima arte.
Cine Um também voltou a dar espaço ao cinema de autor, onde tivemos cursos
referentes ao D. W. Griffith, Michael Haneke e Abbas Kiarostami, do qual não
poderia faltar na grade desse ano, já que esse grandioso cineasta nos deixou
meses atrás. Todas essas atividades logicamente foram ministradas por críticos,
jornalistas e estudiosos de cinema, como no caso de Josmar De Oliveira Reyes,
Cassiano Scherner, Leonardo Bomfim Pedrosa e tantos outros e que nos brindaram
com tardes ricas de conteúdo.
Dedico então essa postagem
ao Jorge, a todos os ministrantes dessa atividade, aos colegas e amigos do ramo
de cinema que participaram junto comigo nestes cursos, mesmo em meio a um ano
sofrível, mas que do qual ao mesmo tempo sobrevivemos.Abaixo segue um pouco das postagens das quais
eu escrevi antes de cada uma das atividades. Quem quiser ler um pouco basta
clicarem nos títulos.
Sinopse:Dona Hermínia
(Paulo Gustavo) está fazendo sucesso na carreira de apresentadora de TV, mas
sua vida amorosa está incerta. Ela tem se aventurado em novos relacionamentos e
Carlos Alberto (Herson Capri) quer reatar o casamento. O problema é que
Hermínia não se sente muito preparada para engatar um namoro ou até casamento,
pois tudo o que lhe importa são os filhos Juliano (Rodrigo Pandolfo) e
Marcelina (Mariana Xavier).
Belos Sonhos
Sinopse: Um menino é
muito apegado com a mãe. Ele cresce e as responsabilidades de ser adulto pesam
muito em sua vida, dificultando sua evolução. Para piorar, o homem tem de
enfrentar uma grande dor: a morte de sua mãe.
Capitão Fantástico
Sinopse: Ben (Viggo
Mortensen) decidiu se isolar da sociedade para que seus seis filhos crescessem
livres, educados ali mesmo, sem contato com as “perversões” da vida moderna.
Quando sua esposa adoece, ele é confrontado por pessoas que consideram seu modo
de vida prejudicial às crianças e acaba retornando à civilização com os filhos.
O Que Está por Vir
Sinopse:A professora
de filosofia Nathalie (Isabelle Huppert) é casada e tem dois filhos. Mas sua
vida perfeita acaba do dia para a noite quando descobre que o marido está lhe
traindo e ela ainda perde o emprego. Agora, ela precisa superar todos os
problemas para começar uma nova vida.
Sing - Quem Canta
Seus Males Espanta
Sinopse: O coala
Buster tem um teatro que mais fica às moscas. Ele tem medo de fechar as portas
de vez. Decidido a dar uma revitalizada no lugar, Buster recorre à música. Com
a ajuda de um amigo, o coala cria uma competição de canto, que atrai a
bicharada.
Foi um ano em que muitas séries seguiram
com a sua continuidade, mas que ao mesmo tempo, ficaram devendo alguma coisa no
ar. Não desmereçoThe walking dead, Orange In Black e tão pouco House of
Cards, mas suas últimas temporadas não acrescentaram muita coisa do que já
havia sido estabelecido.Orange In Black, por exemplo, eu sabia que
nada do que seria apresentado na quarta temporada superaria o ato final da terceira
que havia se encerrado com chave de ouro. Portanto, analisando a
fundo, muita coisa que estreou neste ano acabou ganhando pontos comigo, pois
mostrou originalidade, ousadia e até mesmo nostalgia. Algumas séries citadas
abaixo eu somente fui conhecer esse ano e, portanto, ninguém é obrigado a
concordar com ela. Dito isso, solto
abaixo o meu top 10 das melhores séries que eu assisti neste ano e que se inicie
o debate e polêmicas.
1º) Orphan Black
(temporadas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª)
Alguns podem até achar que eu fui
precipitado ao colocar essa série em primeiro lugar, mas tudo tem um motivo e o
nome desse motivo é Tatiana Maslany. Essa atriz canadense fez o que poucas
pessoas do meio artístico conseguiram ao longo da história, que é atuar em 95%
em cena e os 5% restantes dando espaço para o resto do elenco, Na realidade,
Tatiana Maslany é o elenco, pois ela interpreta as personagens Sarah, Alison,
Beth, Cosima, Katja, Helena, Rachel e tantas outras personagens que surgiram ao
longo da trama.
Sarah descobre que é fruto de uma
experiência de uma organização secreta do governo. Ou seja, tanto ela como as
inúmeras irmãs que ela vai conhecendo ao longo dos episódios são clones e aos
poucos elas vão se unindo para descobrir qual é o papel delas nessa complexa
trama de ficção. Embora sejam clones, cada uma tem uma personalidade distinta e
fazendo com que, mesmo parecidas, se tornem diferentes uma da outra.
Tatiana Maslany simplesmente
some em cada uma de suas personagens e dando lugar a elas em cena de uma forma
surpreendente. Facilmente o público se apegou a cada uma delas, sendo que,
tanto você pode se apaixonar pela imprevisível Helena, como também odiar ambiciosa
Rachel. Além disso, o programa nos surpreende também pelos seus efeitos visuais
quando três ou quatro delas estão juntas na mesma cena e fazendo a gente não
acreditar que todas elas são a mesma atriz.
Embora a terceira temporada
tenha sofrido com inúmeras sub-tramas, os roteiristas decidiram na quarta
enxugar melhor a trama e dando espaço maior ainda para Tatiana Maslany nos
brindar com o seu melhor desempenho até aqui. Não é a toa que ela viria a
ganhar um Emmy de melhor atriz neste ano, algo que já deveria ter ganhado a
partir da primeira temporada. Talvez muitos venham a ficar órfãos quando a série se
encerrar ano que vem, mas que com certeza os produtores e roteiristas irão
tentar de todas as formas em não decepcionar os fãs que desejam um final digno
de nota.
2º) Game Of Thrones (6ª temporada)
Se a temporada anterior teve os
seus altos e baixos, mesmo ela sendo ótima, a sexta tinha todas as chances de
dar tudo errado, pois o sexto livro ainda nem sequer havia sido lançado. Porém,
essa temporada não só foi uma das melhores, como soube também amarrar todas as
tramas de uma forma bem sucedida e para que elas se colidissem na sétima temporada.
E se alguém ainda dúvida do potencial da série como um todo, é porque então não
testemunhou a Batalha dos Bastardos do penúltimo episódio, da qual não deve
nada a qualquer super produção para o cinema.
3º) Black Mirror
É o Além da Imaginação do século
21. Mesmo com poucos episódios, essa série inglesa foi rapidamente se tornando
cultuada e ganhando até mesmo status de obra prima. Como cada episódio é uma
trama independente uma da outra, os roteiristas tentam explorar ao máximo as tramas
que envolvam as tecnologias que influenciam o dia a dia da população atual. Desde
o primeiro episódio, a série faz uma dura crítica a uma sociedade cada vez mais
viciada ao voyeurismo e pela dependência as redes sociais.
Embora algumas tramas se passem
num futuro próximo, ela ecoa de uma forma assustadora para o nosso mundo real
do presente e só por isso merece todo o respeito.
4º) Stranger Things
Vivemos tempos dos quais tememos
um futuro cada vez mais nebuloso e incerto. Portanto o passado acaba se
tornando mais dourado sempre que olhamos para trás. Ao assistir Stranger Things
senti uma pura nostalgia, pois ela usa todas as fórmulas de sucesso dos anos 80
em uma única trama cheia de fantasia e suspense.
Quem cresceu naquela década irá
se identificar rapidamente com todas as homenagens que a trama faz, desde aos
filmes como Star Wars, ET, Goonies e tantos outros clássicos que
fizeram alegria para uma geração.
5º) Westworld
Vendida de uma forma um tanto que
precipitada como o novo “Game Of Thrones”, a HBO logo foi percebendo
que a sua cria poderia facilmente conquistar fãs sem nenhuma comparação. Para
os fãs de clássicos como Blade Runner, Metropolis e tantas outras obras da
ficção, Westworld vai para caminhos imprevisíveis e testando até mesmo a nossa
perspectiva. É uma série que você precisa ter uma concentração em dobro, pois
são tantos detalhes na trama que chega por algum momento se perder.
Mas quando você monta todo o
quebra cabeça, logo você percebe que poderia matar a charada desde o princípio.
Westworld veio para
ficar.
6º) The Crown
Ainda estou assistindo, mas já
adianto que é imperdível. Criada pela Netflix, essa super produção retrata os
primeiros dias da princesa Elizabeth como rainha da Inglaterra após a morte do seu
pai. Com interpretações marcantes, os capítulos não somente mostram o seu
amadurecimento no poder, como também explora a dança das cadeiras com relação à
política, da qual inúmeras cabeças poderosas enxergam nela como empecilho dentro
do governo. Quem gostou do filme O Discurso do Rei irá enxergar nessa série
como uma continuação daqueles eventos, mas de uma forma ainda muito melhor
adaptada.
7º) Narcos (2ª temporada)
A segunda temporada foi à via
cruz de Pablo Escobar, onde a trama explora a sua queda de uma forma crua e inesquecível.
Vagner Moura dá Adeus ao rei do trafico de uma forma poderosa e arrebatadora. A pergunta que fica é: como a série irá
sobreviver sem esse rico personagem?
8º) The Get Down
Outra grande super produção da
Netflix. Essa série mostra as origens da música hip hop, além de retratar um
dos períodos mais difíceis de Nova York, onde pobreza e a criminalidade
aumentavam de uma forma desenfreada. O ápice da série é quando eles retratam o
grande apagão que ocorreu na cidade, onde acabou gerando saques, mortes e uma onda
de calor devastadora. No fim, os jovens remanescentes daquela geração criaram
uma música crítica, sedutora e que atrairia inúmeros fãs até hoje.
9º) How to Get Away with Murder (2ª temporada)
Viola Davis pode ter chamado
atenção pelo seu bom desempenho em Esquadrão Suicida, mas é nessa série que ela
sempre nos brinda com uma grande interpretação. Se a segunda temporada usa a mesma
fórmula de sucesso da primeira, pelo menos é compensado com sub-tramas que
exploram a corrupção por detrás de cada julgamento do qual é vendido como justo
para a imprensa. Não há heróis ou vilões na trama, mas sim somente humanos tentando
dar o seu melhor, mesmo que para isso custe certo sangue.
10º) Preacher
Tinha tudo, mas tudo mesmo para
dar errado. A obra máxima de Garth Ennis e Steve Dillon, sempre ficou pulando
de estúdio em estúdio por anos, pois os engravatados nunca queriam adaptar uma
obra que fazia uma dura crítica com relação ao lado hipócrita do norte americano
e até mesmo da igreja. Eis que então o canal AMC comprou a idéia e não é que a tal
blasfêmia deu certo na telinha?
Embora a trama não siga fielmente
os eventos vistos na HQ, a sua essência se manteve intacta e gerando episódios
até mesmo corajosos, principalmente com relação ao último. Se mantiver o mesmo
pique dessa primeira, podemos ter certeza que nas próximas temporadas irão
trazer passagens das HQ das quais os fãs estão muito ansiosos para ver sendo
adaptado para o programa.