Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Cine Especial: Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão: Parte 4



Nos dias 22 e 23 de outubro eu estarei participando do curso Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão, criado pelo Cine Um e ministrado pelo escritor e crítico de cinema Rodrigo Gerace. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei relembrar um pouco dos principais filmes do cinema explicito, dos quais não só nos excita como também nos provoca e nos faz pensar. 

O LADO CRÍTICO, POLÊMICO E EXPLICITO DE LARS VON TRIER
    

  Os Idiotas (1998)

 

O segundo filme do movimento Dogma 95 criado por Von Trier e Thomas Vinterberg, que preza um cinema menos comercial, mais simples, sem tecnologia em nenhum durante qualquer processo do filme, diferente do padrão hollywoodiano que tanto estamos acostumados. E aqui vemos um filme completamente simples e caseiro, quase documental com câmeras tremidas, microfones aparecendo a toda hora, sombras dos produtores e assim por diante, e assim o Dogma diz que pode-se fazer um bom filme sem o equipamento milionário que vemos na américa. E por isso não é um filme para qualquer pessoa, e sua historia e personagens também não são muito digeríveis.
Aqui vemos um grupo de pessoas que se fingem de doentes mentais para fazer um protesto ante a sociedade hipócrita que existe, uma sociedade que não se importa mais com o próximo que pensa somente em como vai ter mais poder e como ficar mais rico, mas que em momento nenhum se importa com a felicidade?
Mas isso é colocado em prova. Será que fingir ser um idiota é de fato uma ideologia para atacar a sociedade, ou apenas uma forma de fugir da realidade?
Cada um do grupo está ali por algum motivo, mas principalmente porque quer ser feliz, liberar esse idiota que existe dentro de você, esse que não se importa com o que esta acontecendo ao redor e sente com mais força os sentimentos que o mundo lhe oferece.
E isso também é um meio de enfrentar a sociedade, a mesma que diz que não vê problema nenhum em conhecer um deficiente até o momento que esse deficiente começa a babar em seu ombro. E assim começa a inventar desculpas para não viver com isso como uma "separação de bairros", ou aquele cumprimento de longe sem emoção, pois quanto mais longe melhor, porque assim não se tem contato.
O elenco está ótimo a toda hora, em nenhum momento você vê algum ator faltar muito menos menos capazes, e isso alavanca ainda mais a força que o filme tem. Von Trier como diretor de elenco também está fenomenal que consegue extrair o máximo de seus atores, a ponto de ter cenas de sexo explicito (sim, onde você vê a penetração) e que chega perto do pornográfico, mas se ajusta onde quer chegar.




ANTICRISTO (2009)


Neste filme Lars Von Trier vai totalmente contra maré, ou seja, contra tudo  que o público em geral espera de um filme, do qual cria uma trama que choca desde a primeira cena, até seu momento final. Dividido em três partes, junto com um prólogo e um epílogo, o filme carrega inúmeras belas imagens nunca antes vistas no cinema, mas ao mesmo tempo com imagens que faz o espectador se contorcer na cadeira e ficar se perguntando, “o que esta acontecendo?”
O prólogo, por exemplo, apresenta o casal protagonista do filme num momento de grande intimidade, (acredite, aparece tudo) ao mesmo tempo o filho único deles sai do quarto, se aproxima da janela, caindo para morte, numa sequência em preto e branco e câmera lenta nunca vista antes na historia do cinema. Além disso, essa sequência é embalada com a trilha sonora clássica do Hande que fica ecoando em nossas mentes por um bom tempo. Só por essa sequência já vale todo o filme, mas não satisfeito, o diretor nos força a assistir a cenas de pura tensão, terror psicológico, sexo explicito e mutilação das mais terríveis.
Tudo isso para contar uma historia que levanta questões como: “da onde vem o mau do homem?”; “onde fica o céu e o inferno?”. Talvez a resposta esteja no subconsciente da pessoa, onde ela pode tanto criar a mais pura paz para si, como também o verdadeiro inferno na terra. Cada um cria o seu mundo conforme você administra a sua vida no dia a dia. Essa foi a conclusão que eu tive após assistir a esse filme, mas cada um irá tirar suas próprias conclusões e portanto o que eu disse seja apenas a ponta do iceberg.
Charlotte Gainsbourg (A Noiva Perfeita, 21 Gramas) e Willem Dafoe (Homem-Aranha 2, Manderlay), interpretam seus papeis como se fossem os último de suas vidas. Se Dafoe entrega novamente uma bela interpretação, Charlotte entrega uma das melhores e mais polêmicas interpretações dos últimos tempos, pois ela é responsável por umas das sequências mais perturbadoras do longa metragem. Não me surpreenderia se a pessoa mais dura do planeta recuasse o rosto nesse determinado momento.
Reerguido das cinzas, após problemas profissionais e pessoais na época,  Lars Von Trier cria aqui um filme inquietante, forte, explicito e cheio de conteúdo.Saído da sua mente no tempo que estava passando por uma terrível depressão. Isso talvez explique o filme ser como ele é, pois Lars retirou tudo que tinha em sua mente depressiva e colocou na tela. Porém, ao em vez de a gente assistir um filme vazio, testemunhamos uma trama que será lembrada ao longo das décadas. 




Ninfomaníaca (2014)



Volume 1

Considerado “persona non grata” em Cannes depois de declarações bombásticas durante o lançamento do filme Melancolia, Von Trier retorna com esse projeto digno novamente de nota, que vinha sendo divulgado de uma forma maciça de propagandas, tanto pela internet, como TV e revistas de cinema.  Mas para a surpresa de todo mundo, resultado final foi uma produção de mais de cinco horas de projeção, o que forçou a tomar decisão de lançar o filme em duas partes, sendo que a segunda será lançada no próximo mês de março.
Nessas primeiras duas horas de trama, conhecemos Joe (Charlotte Gainsbourg), uma enigmática mulher que é encontrada desmaiada em um beco sujo. É levada para a casa do Seligman (Stellan Skarsgård) para que possa se recuperar. Ela então começa a contar a sua história e o que a levou a se tornar uma ninfomaníaca, desde que era criança, até os seus vinte e poucos anos (interpretada pela jovem e ótima atriz Stacy Martin).
Através de cinco capítulos, acompanhamos a perda da virgindade, a primeira paixão(?), a descoberta da libido, a relação estranha  com o pai (Christian Slater) e o número estrondoso de parceiros sexuais crescendo cada vez mais. Quanto às tão polêmicas cenas de sexo, é importante salientar que foi  lançado uma versão por aqui com cortes (a estendida será exibida em Festival de Veneza), mas creio que a alteração esteja apenas no tempo de duração desses momentos que, já são suficientemente chocantes, muito embora não seja nada fora do comum que já nos acostumamos a ver em muitos outros filmes e sinceramente passa longe do que é visto num filme pornô. 
Ninfomaníaca, pelo menos nessa primeira parte, conquistou a minha simpatia por saber prender a nossa atenção do começo ao fim(?) e tentar saber do porquê ela ter se tornado assim. Além disso, a fusão das cenas com conhecimentos culturais que vai da musica clássica, para a melhor forma de pescar peixe (ou homem) tornam a sessão ainda mais imperdível. Das cenas do filme, destaco a participação de Uma Thurman, como uma desequilibrada esposa de um dos amantes da protagonista. Embora em pouco tempo de cena, Thurman da um verdadeiro show de interpretação que é algo que não se via dela desde Kill Bill. 
Infelizmente quando a gente está todo envolvido com o filme, ele acaba, mas deixando claro através de cenas nos créditos que o melhor estar por vir. 

Volume 2

Lars von Trier não tem medo de cutucar, incomodar e tão pouco falar o que bem entender. Embora polêmico, o cineasta gradualmente foi se tornando ao longo desses últimos anos um dos mais novos diretores autorais que se têm notícias e filmes como Anticristo e Melancolia fortalece isso. No épico Ninfomaníaca: Volume 1 acompanhamos a narrativa contada por Joe (Charlotte Gainsbourg), onde se é explorado os seus anos em busca pelo prazer sexual não importando qual preço a pagar.
Nesta sequência que complementa a trama, adentramos mais ainda ao universo explicito da protagonista, que talvez busque no sexo e masoquismo a mesma sensação que um dia havia sentido e chegado até mesmo a ver santos no céu. Ousado como ninguém Von Trier não poupa o espectador ao misturar cenas explicitas de sexo e violência, mas que por incrível que pareça, funde muito bem ao se fazer um mosaico de acontecimentos nos quais nos leva a verdadeira natureza do subconsciente da personagem. Uma vez lá, conseguimos enxergar não uma mulher fria e calculista em busca dos seus objetivos, mas alguém frágil que tenta achar o caminho da felicidade através de métodos pouco comuns.
Desde o Anticristo Von Trier tenta criar uma espécie de analise filmada sobre os mistérios da mente das pessoas, dos seus desejos, melancolias e loucuras. Talvez Ninfomaníaca seja uma espécie de encerramento sobre essa analise do mundo do sexo, sobre até aonde a pessoa chega a isso, que vai do seu ápice, para a sua queda e. por fim, buscar uma redenção particular. Não é um filme fácil de ser visto, principalmente para uma pessoa conservadora, sendo mais indicado para pessoas com a mente aberta e que enxergam ali alguma mensagem escondida nas entrelinhas.
 

Mais informações e inscrições para o curso você clica aqui. 

Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Dica:FILME VENEZUELANO ENTRA EM CARTAZ NA CINEMATECA CAPITÓLIO

A partir de 18 de outubro, o premiado filme venezuelano Pelo Malo, da diretora Mariana Rondón, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio. Os filmes de Manoel de Oliveira e de Kleber Mendonça Filho, seguem em exibição até o dia 23 de outubro. O valor do ingresso é R$ 10,00.
Cinemateca Capitólio é um equipamento da Secretaria da Cultura de Porto Alegre. O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela PetrobrasBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação CinemaRS –FUNDACINE.
 
FILME

Pelo Malo
(Venezuela, 2013, 90 minutos)
Direção: Mariana Rondón

Junior (Samuel Lange Zambrano), um menino de nove anos de idade, sonha em alisar o cabelo para ficar mais parecido com sua imagem fantasiosa de um cantor de cabelos compridos. Sua mãe Marta (Samantha Castillo) luta para sustentar a família após a morte do marido e, ao mesmo tempo, tenta evitar o jeito diferente do filho.

GRADE DE HORÁRIOS
18 a 22 de outubro de 2016

18 de outubro (terça)
16h – Sempre Bela
17h30 – O Som ao Redor
20h – Pelo Malo

19 de outubro (quarta)
16h – O Estranho Caso de Angélica
18h – Crítico
20h – Pelo Malo

20 de outubro (quinta)
16h – Singularidades de uma Rapariga Loura
17h30 – O Som ao Redor
20h – Pelo Malo

21 de outubro (sexta)
16h – O Estranho Caso de Angélica
18h – Crítico
20h – Pelo Malo

22 de outubro (sábado)
16h – Singularidades de uma Rapariga Loura
17h30 – O Som ao Redor
20h – Pelo Malo

23 de outubro (domingo)
16h – Sempre Bela
18h – Crítico
20h – Pelo Malo

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Cine Especial: Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão: Parte 3

Nos dias 22 e 23 de outubro eu estarei participando do curso Cinema Explícito: Êxtase, censura e transgressão, criado pelo Cine Um e ministrado pelo escritor e crítico de cinema Rodrigo Gerace. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei relembrar um pouco dos principais filmes do cinema explicito, dos quais não só nos excita como também nos provoca e nos faz pensar. 
 

O sexo "softcore"


Na postagem anterior eu dei destaque sobre os motivos que levaram os produtores da Boca do Lixo em abandonar o lado inocente do subgênero da Pornochanchada  e investindo mais em filmes de sexo explicito. Mas essa virada não durou muito, pois veio a crise econômica da época e explosão do VHS, onde o freguês poderia ver tranquilo um filme pornô em sua casa.  Parecia então que os filmes eróticos inocentes entrariam então numa espécie de extinção, mas só parecia.
Entre anos 80 e 90 surgiu o subgênero "softcore", que são filmes eróticos, mas não exatamente explícitos, pois se houvesse cenas com pênis eretos, penetração e ejaculação eram então vetados. O que parecia ser um tiro no pé perante o mercado forte da pornografia em vídeo, acabou então se tornando um bom lucro e visto pelo público brasileiro com bons olhos, já que boa parte desses filmes se podia ser vistos de graça na TV. Em 1993 a Band havia criado uma sessão para esses filmes, intitulado Sexta Sexy, mas foi somente em 1995, com a criação do Cine Band Privé que esses filmes ganharam o grande público e fazendo com que o canal sempre se tornasse líder de audiência nas madrugadas de sábado para domingo por um bom tempo. 
Inúmeros títulos são muitos bem lembrados pelo público até hoje, como no caso dos telefilmes de Emmanuelle da França e dos EUA (aquele em que ela vai para o espaço). Na realidade sou da geração que conheceu a personagem somente nessas madrugadas e só posteriormente soube que todos esses filmes nasceram graças ao clássico de 1974 e que foi estrelado pela atriz holandesa Sylvia Kristel. Desse período do Cine Band Privé, destaco também a atriz Kira Reed, que havia estrelado inúmeros filmes pela Playboy,como no caso de Desejo e Ganância e se tornou então uma das minhas preferidas.  
É claro que todo o seu auge tem também a sua decadência e o Cine Band Privé começou  perder a sua força no momento que a internet começou a cada vez ser mais acessível para os brasileiros e assistir filmes pornôs se tornou para o bem ou para o mau muito fácil. Em homenagem a esse período, segue abaixo um vídeo com os dez filmes mais reprisados no Cine Band Privé. Cliquem aqui. 

   

Anos 90: Sexo, suspense e atrações bizarras


Enquanto o softcore e a pornografia dominavam as locadoras, o cinema de Hollywood começou aos poucos a explorar esse público interessado em curtir uma trama envolvendo muito sexo, mas ao mesmo tempo contendo tramas no mínimo originais. Isso gerou uma mistura de inúmeros gêneros um dentro do outro e destaco mais precisamente esses abaixo. 


Atração Fatal (1987)


Embora seja um filme de 1987, ele era muito a frente do seu tempo, pois reuniria ingredientes do cinema erótico/suspense que viríamos muito na década de 90. Dirigido por Adrian Lyne ( Flashdance), o filme fez com que muitos homens pensassem antes de pular a cerca, pois a infidelidade poderia se tornar num verdadeiro inferno. Em Atração Fatal, Dan Gallagher (Michael Douglas) sente na pele isso.
Após ter apenas algumas horas de diversão com Alex Forrest (Glenn Close), ela começa a perseguir incontrolavelmente Dan, ao ponto de fazer certos terrorismos explícitos. Atenção para cena aonde a mulher de Dan (Anne Archer) descobre o que está cozinhando na panela ao chegar em sua casa. Se o filme era visto como a frente do seu tempo nos anos 90, atualmente podemos interpretá-lo também como um sinal de alerta para o período, pois na época a AIDS estava estourando na mídia e a idéia de ter uma amante psicopata seria uma forma ideal para os homens pensarem em ligar o sinal de alerta antes de adquirir certos problemas futuramente.  
     
 

Instinto Selvagem (1993)

Instinto Selvagem foi um dos grandes sucessos de público e crítica no início da década de 90 e que lançou a atriz Sharon Stone ao estrelato. Boa parte do seu sucesso se deve ao ótimo suspense orquestrado pelo diretor Paul Verhoeven que, em vários momentos da película, lembra em muito os momentos de originalidade dos filmes de Alfred Hitchcock e Sharon Stone, por sua vez, usa o cabelo no interrogatório idêntico a de Kin Novak em Um Corpo que Cai. 
Claro que as cenas de sexo explicito também chamou bastante atenção, sendo que as cenas de Michael Douglas com a atriz foram bem reais e com certeza pioraram a situação de Douglas, pois neste tempo ele era viciado em fazer sexo, sendo algo que acabou se tratando mais tarde. Só assim mesmo para o casamento dele com Caterine Zeta Jones durar até hoje. Sharon Stone por sua vez fez o papel de sua vida, como escritora manipuladora, que simplesmente sabe manipular os personagens que rodeiam ela. Os únicos que não confiam nela são próprio espectador, pois sabe desde o início que ela não é flor que se cheire, mas se alguém tinha dúvida sobre se ela era culpada ou não dos seus crimes, tudo é respondido num final rápido e perturbador.
Na época, houve manifestações dos gays e lésbicas contra o filme da maneira com que eles eram retratados, pois sendo a protagonista bissexual e possível criminosa da trama, o grupo não gostou nada disso. Outra coisa que incomodou foi ar de anti gay, principalmente na parte da danceteria. O próprio diretor por sua vez se defendeu dizendo que jamais queria transmitir isso, contudo ficou essa sensação no ar.
E como todo bom filme, Instinto Selvagem não poderia deixar de ter uma cena marcante que entrasse para história: a cena do interrogatório em que a atriz cruza as suas pernas e mostra que deixou alguma coisa em casa é desde já uma das mais marcantes dos anos 90. Por conta disso, as fábricas de calcinha tiveram uma leve baixa nas vendas do produto. Porque que será né?
Mais de vinte anos depois, o filme continua mais atual do que nunca e um dos filmes mais lembrados da década de 90! 



Crash - Estranhos Prazeres (1996)


A violência e o sexo são temas até bastante explorados na filmografia de David Cronenberg, mas unidos numa mesma forma, somente mesmo neste filme de 1996 que causou a maior polêmica, mas colecionou elogios e prêmios no mundo a fora. Acredito que, para Cronenberg, o ato sexual se assemelha a um ato de violência, e ao mesmo tempo, a violência e o ato sexual é um ato de prazer que, unidos juntos, tornam o prazer em dobro e irresistível. Só mesmo dessa forma para explicar a razão de um grupo de pessoas (de um possível futuro próximo) terem prazer em se acidentar de carro, para depois começar o sexo, mesmo entre as ferragens do veiculo, após o acidente. Porque eles fazem isso? Os personagens simplesmente são jogados na tela, não tendo nenhuma explicação plausível do porque agirem assim, mas isso seria tão absurdo? Talvez a mensagem que o filme passe é que eles estejam vivendo ao máximo e pondo para fora os seus desejos selvagens e primitivos, já que as outras formas de comunicação já não são mais possíveis, pela possibilidade delas terem tornados banais e dispensáveis neste futuro, aparentemente, caótico.
Baseado no livro escrito por J.G. Ballard, o filme possui um elenco que estava fazendo um relativo sucesso nos anos 90, como no caso de James Spader (Sexos, Mentiras e vídeo tape) totalmente à vontade como o cara novo nesse grupo estranho de pessoas, mas dando uma de veterano e entendedor no assunto, e Holly Hunt (O Piano) mais do que a vontade ao tirar a roupa em cenas de pura tensão.

 

Ligadas pelo Desejo (1996)


Violet (Jennifer Tilly) está cansada de ser maltratada pelo seu marido, Caesar (Joe Pantoliano), um chefão da Máfia. Ela acaba se envolvendo em uma relação homossexual com uma ex-presidiária Corky (Gina Gershon) e, ambas acabam se apaixonando. Com o objetivo de ficarem livres, armam um plano para matar Caesar, ficar com seu dinheiro e fugir.  Primeiro grande sucesso de critica da carreira das irmãs Wachowski (Matrix), onde elas criam um elegante clima noir contemporâneo, enlaçado com um intenso relacionamento entre as protagonistas que deu o que falar na época. Atenção para a primeira noite de sexo entre as duas protagonistas, sendo ela muito bem filmada e excitante.  
Semana que vem tem mais. Até lá.


Mais informações e inscrições para o curso você clica aqui.


Me sigam no Facebook, twitter e Google+