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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: TUDO SOBRE VINCENT


Sinopse: Vincent é um homem calmo e solitário, que tem um grande segredo: sua força fica dez vezes maior quando ele entra em contato com a água. Mas tudo muda quando ele conhece Lucie e se apaixona.


Foi em 2000 em que X-Men: O filme foi lançado nos cinemas e que serviu de ponta pé inicial para o as adaptações de HQ de super-heróis perdurarem até hoje. Porém, no mesmo ano, M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido) lançou o seu Corpo Fechado, em que mostrava uma trama realista de um homem comum (Bruce Willis), em que descobria gradualmente que possuía força e dons fora do comum. Essa verossimilhança, dentro do gênero, de vez em quando surge em algum determinado filme e o francês Tudo sobre Vincent é o mais novo exemplo dessa tendência em mostrar pessoas comuns adquirindo poderes inexplicáveis.
Dirigido pelo estreante Thomas Salvador, o filme é protagonizado pelo próprio cineasta, em que interpreta Vincent, um sujeito que adquire força e reflexos sobre-humanos quando entra em contato com a água. Tipo calado e misterioso, de quem só podemos especular sobre o passado, Vincent leva uma vida nada glamorosa. A falta de dinheiro o faz ser despejado de um quarto e ele se sustenta trabalhando no ramo da construção civil.
O protagonista aproveita os lagos da região para entender melhor sobre seus poderes, que, ao que tudo indica, foram descobertos por ele mesmo há pouco tempo. Este movimento de autoconhecimento é colocado em curso paralelamente à possibilidade de viver uma vida comum com outra pessoa quando Vincent conhece Lucie (Vimala Pons), com quem virá a ter um relacionamento amoroso. Mas nem tudo sai como o esperado durante o percurso e Vincent terá que escolher o seu próprio caminho antes que seja tarde.
Mesmo aparentando ser uma produção barata, o filme possui todos os ingredientes que fizeram sucesso dentro do gênero. Porém, nada de efeitos visuais ou ação incessante, mas sim assistimos uma simples pessoa tentando ganhar a vida, mas que de repente se vê numa situação do qual ele pode fazer o que antes parecia impossível. A primeira meia é uma clara referencia ao Homem Aranha, pois o protagonista é gente como a gente e dá duro na vida para sobreviver.
Contudo, da metade para o final, Vincent deixa que a clássica frase “com grandes poderes vem grandes responsabilidades” bata a sua consciência e faz com que as demais pessoas da trama descubram o que ele é e começam a então caçá-lo. É nesse momento que não tem como não se lembrar dos melhores episódios da série clássica O Incrível Hulk, onde o personagem sempre fugia do governo que o via como ameaça. Percebemos então que o cineasta queria fazer uma pequena, mas deliciosa homenagem ao gênero, mas que ao mesmo tempo mostrando que, a idéia de possuir dons, não significa sempre bons sonhos e glória.
Misturando momentos cômicos com uma boa dramaticidade, Tudo sobre Vincent é uma prova que o gênero dos super seres do cinema não precisa necessariamente de efeitos visuais ensandecidos, mas sim de uma boa história e sendo muito bem dirigida. 



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Cine Dica: Projeto Raros exibe Alemanha no Outono




Na sexta-feira, 3 de junho, às 20h, o Projeto Raros exibe na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), em parceria com o Goethe-Institut Porto Alegre, o filme coletivo Alemanha no Outono (1978, 120 minutos), com episódios dirigidos por Rainer Werner FassbinderAlexander Kluge, Edgar ReitzVolker Schlöndorff, entre outros, sobre a atmosfera alemã no final da década de 1970.  Exibição em DVD com legendas em espanhol. A edição do Projeto Raros complementa a homenagem a Fassbinder com a exibição integral de Berlin Alexanderplatz, a partir do dia 31 de maio, e será comentada por Marina Ludemann, diretora do Goethe-Institut de Porto Alegre. Entrada franca.



Alemanha no Outono é um filme feito a “quente” sobre os dramáticos acontecimentos do rapto do industrial Hans-Martin Schleyer para troca com os líderes da “Facção do Exército Vermelho”, grupo político formado por Andreas Baader e Ulrike Meinhof, e a morte destes, “suicidados” na prisão.


Alexander Kluge fala sobre o filme: Outono de 1977. Quase ao mesmo tempo: o seqüestro do avião da Lufthansa em Mogadíscio, a catástrofe [com os dirigentes da Facção do Exército Vermelho presos] em Stammheim e o assassinato [do líder empresarial] Hanns Martin Schleyer. No fim de semana posterior a esses acontecimentos, encontram-se, na casa do editor Theo Hinz Rainer, Werner Fassbinder, Volker Schlöndorff, alguns outros diretores de cinema e eu [Kluge]. Combinamos de fazer um filme em conjunto. Há comoção no ar. Três dias depois, Fassbinder já tinha rodado sua parte. Nós, os outros cineastas, fomos a Stuttgart, para os funerais de Schleyer e seu enterro no cemitério Dornhalden. Beate Mainka-Jellinghaus e eu ficamos encarregados de fazer a montagem de todo o filme. Esse tipo de filme coletivo é uma continuação coerente do filme de autor. Ele permite a mistura de temperamentos, aglutina forças e põe em marcha vários outros filmes (na seqüência, Fassbinder filmou A terceira geração, e eu, A patriota).

Marina Ludemann, nascida em Bochum, Alemanha, estudou Letras/Alemão (Germanistik) em Tübingen e Hamburgo, foi redatora do jornal de economia Zeitung für kommunale Wirtschaft em Munique. Desde 1989 atua no Goethe-Institut, onde ocupou os seguintes cargos: professora em Berlim, Diretora do Departamento de Programação Cultural em São Paulo, Diretora do Programa de Visitas do Goethe-Institut na Alemanha, Coordenadora do Departamento de Cinema na Central do Instituto em Munique e desde 2013 Diretora do Goethe-Institut Porto Alegre.

Alemanha no Outono
(Deutschland im Herbst, 1978, DVD, 119 min,
Direção: Alexander Kluge, Volker Schlöndorff, Rainer Werner Fassbinder, Alf Brustellin, Bernhard Sinkel, Katja Rupe, Hans Peter Cloos, Edgar Reitz, Maximiliane Mainka, Peter Schubert
Elenco: Rainer Werner Fassbinder, Armin Meier, Liselotte Eder, Hannelore Hoger, Helmut Griem, Wolf Biermann, Horst Mahler, Vadim Glowna, Angelika Winkler, Franziska Walser e outros
Locução: Alexander Kluge 
Legendas em espanhol.

  


Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

terça-feira, 31 de maio de 2016

Cine Dica: “Yorimatã” e “Uma Noite em Sampa” no CineBancários

Na primeira semana de junho, o CineBancários trará duas estreias para a sala de cinema. Dia 31 de maio (terça-feira) o filme “Yorimatã”, de Rafael Saar, que abriu o Festival Sesc Melhores Filmes 2016, entra pra grade de horários nas três sessões diárias (15h, 17h e 19h) e no dia 2 de junho (quinta-feira) estreia “Uma Noite em Sampa”, de Ugo Giorgetti, dividindo os horários com o primeiro filme (13h e 19h).
E tem mais: o CineBancários irá presentear as primeiras 37 pessoas a retirar senha para a primeira sessão de “Yorimatã”, no dia de estréia, com o cd da trilha sonora do filme.

YORIMATÃ
 Eleito o Melhor Filme pelo júri e pelo público no Festival In-Edit Brasil em 2015, “Yorimatã” é o primeiro longa-metragem dirigido por Rafael Saar, e retoma a história destas duas artistas de obra e vida incomum que marcaram o cenário musical brasileiro nas décadas de 70 e 80. Luhli e Lucina não formam apenas uma dupla musical, formaram juntas também uma família ao lado do fotógrafo Luiz Fernando Borges da Fonseca.
Ao mesclar preciosas e inéditas imagens de arquivo, com depoimentos de parceiros, intérpretes e registros cotidianos da vida atual de luhli e lucina, “Yorimatã” devolve à dupla o seu lugar de direito como parte fundamental da história da música brasileira, e entre seus intérpretes estão artistas como nana caymmi, tetê espíndola, zélia duncan, secos e molhados, e especialmente ney matogrosso, que entre muitas outras canções da dupla gravou “bandoleiro”, “o vira” e “fala”.
Descrito pelo crítico Carlos Alberto Mattos como “um necessário manifesto anticonservadorismo”, “Yorimatã” foi também um dos 10 filmes mais votados pelo público na Mostra Internacional de Cinema SP, em 2014. O documentário é uma coprodução Imagem-Tempo, Dilúvio, Tela Brasilis e Canal Brasil, com patrocínio da Riofilme, reunindo filmagens atuais com cenas, shows e depoimentos das artistas Luhli e Lucina; registros e depoimentos de seus encontros musicais com Ney Matogrosso, Joyce Moreno, Gilberto Gil, Tetê Espíndola, Alzira Espíndola, Zélia Duncan, Antonio Adolfo, Luiz Carlos Sá, dentre outros; junto a um o vasto material de arquivo recuperado para o projeto, que inclui filmes raros em super‐8mm como shows e momentos familiares, registrados pelo companheiro Luiz Fernando Borges da Fonseca.

PRÊMIOS:
Melhor Filme – Júri Oficial – 7º Festival Internacional do Documentário Musical, In-Edit Brasil 2015
Melhor Filme – Voto do Público – 7º Festival Internacional do Documentário Musical, In-Edit Brasil 2015
Menção Honrosa de Melhor Direção – Festival Mix Brasil 2015
Prêmio de Pesquisa – Pirenópolis.doc 2015
Prêmio Delart – CineMúsica 2015

FICHA TÉCNICA:
Produzido por: Daniela Santos, Eduardo Ades, Eduardo Cantarino e Rafael Saar
Argumento e direção: Rafael Saar
Pesquisa: Adil Lepri, Rafael Saar
Produção executiva: Daniela Santos, Eduardo Ades
Direção de produção: Eduardo Cantarino
Direção de fotografia e câmera: Lucas Barbi
Som direto: Eduardo Silva
Desenho sonoro: Thiago Sobral
Mixagem: Jesse Marmo
Animações: Daniel Sake
Montagem: Rafael Saar
Montador assistente: Leandro Calixto
Elenco: Luhli, Lucina, Luiz Fernando Borges da Fonseca, Ney Matogrosso, Alzira E, Antonio, Adolfo, O Bando, Décio Gioielli, Gilberto Gil, Grupo Manifesto, Itamar Assumpção, Joyce Moreno, Luis Carlos Sá, Mário Avellar, Ney Marques, Nilson Chaves, Secos & Molhados, Som, Imaginário, Tania Scher, Tetê Espíndola e Zélia Duncan

PRINCIPAIS FESTIVAIS:
Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, 2015
Barcelona In-EditBeefeater Festival, 2015, Espanha
In-Edit - Festival Internacional do Documentário Musical, 2015, Brasil
Pirenópolis.Doc, 2015, Brasil
Festival MIMO, 2015, Brasil
Festival Internacional delNuevo Cine Latinoamericano de La Habana, 2014, Cuba
Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, 2014, Brasil
Semana dos Realizadores, 2014, Brasil
Festival Sesc Melhores Filmes 2016, Brasil

UMA NOITE EM SAMPA
A tragicômica situação que um grupo passou após a sessão de teatro ficará marcada pra sempre em suas mentes. O ônibus que os levaria de volta para suas casas, está trancado e sem o motorista. O que fazer? Perdidos, desorganizados e dependentes dos seus próprios medos, os passageiros ficam à espera, um dos males deste grupo, e o resultado é uma história misteriosa, divertida e com um desfecho sem igual.
Rodado em uma única locação, precisamente ao lado do Teatro Ruth Escobar, o filme mostra um grupo de pessoas que se desloca do interior para assistir a uma peça de teatro.
Escolha pessoal do diretor, o elenco formado por Andrea Tedesco, Flavia Garrafa, Roney Facchini, Otávio Augusto, André Correa, Cris Couto, Agnes Zuliani, Fernanda Viacava, Carol Portes, Suzana Alves, Thaia Perez, Cris Rocha, Maria Stella Tobar, Thiago Amaral, Siomara Schröder, Francisco Bretas, Sergio Mastropasqua, Angelo Brandini, Atílio Bari e Isabeau Christine contracena com manequins de vitrine.
Ugo Giorgetti começou como diretor de filmes publicitários para televisão, passando também pelas principais agências do país. Nos anos 1970, dirigiu o único curta-metragem da sua carreira, “Campos Elísios” (1973), sobre o bairro paulistano de mesmo nome. Em seguida dirigiu o média-metragem “Prédio Martineli” (1975). Além dos longas já citados, dirigiu também A Cidade Imaginária (2014), “México - A Última Olimpíada Livre” (2011), “Paredes Nuas” (2009), “Solo” (2009), “Pizza” (2005), “Variações sobre um quarteto de cordas – A música de Johannes Oelsner” (2004) e “Uma outra cidade: Poesia e vida em São Paulo nos anos 60” (2001), todos exibidos na tv.

FICHA TÉCNICA:
Ficção / Brasil / 2016
Direção: Ugo Giorgetti
Elenco: Andrea Tedesco, Flavia Garrafa, Roney Facchini, Otávio Augusto, André Correa, Cris Couto, Agnes Zuliani, Fernanda Viacava, Carol Portes, Suzana Alves, Thaia Perez, Cris Rocha, Maria Stella Tobar, Thiago Amaral, Siomara Schröder, Francisco Bretas, Sergio Mastropasqua, Angelo Brandini, Atílio Bari, Isabeau Christine
Fotografia: Walter Carvalho, ABC
Produção: Malu Oliveira
Montagem: Marc de Rossi
Direção de Arte: Valdy Lopes
Distribuição: O2 Play

GRADE DE PROGRAMAÇÃO:
31 de maio (terça-feira)
15h – Yorimatã, de Rafael Saar (PROMOÇÃO: CD com a trilha sonora do filme para os primeiros 37 a retirar senha)
17h – Yorimatã, de Rafeal Saar
19h – Yorimatã, de Rafael Saar

1º de junho (quarta-feira)
15h – Yorimatã, de Rafael Saar
17h – Yorimatã, de Rafeal Saar
19h – Yorimatã, de Rafael Saar

2 de junho (quinta-feira)
15h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
17h – Yorimatã, de Rafeal Saar
19h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti

3 de junho (sexta-feira)
15h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
17h – Yorimatã, de Rafeal Saar
19h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti

4 de junho (sábado)
15h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
17h – Yorimatã, de Rafeal Saar
19h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti

5 de junho (domingo)
15h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
17h – Yorimatã, de Rafeal Saar
19h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti

7 de junho (terça-feira)
15h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
17h – Yorimatã, de Rafeal Saar
19h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti

8 de junho (quarta-feira)
15h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti
17h – Yorimatã, de Rafeal Saar
19h – Uma Noite em Sampa, de Ugo Giorgetti

Os ingressos podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados pagam R$5,00.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: DEMON

Sinopse:Um homem chega em uma desconhecida cidade, local onde sua noiva cresceu. Como um presente de casamento do avô dela, eles ganham um pedaço de terra onde possam juntos erguer uma casa e construir uma família. Enquanto preparam o terreno para a futura casa, o noivo acha ossos humanos na terra de sua nova propriedade. Coisas estranhas começam a acontecer e a interferir na vida do casal.
 

Alguns filmes ficam marcados por tragédias durante  ou após a produção. Um dos casos mais conhecidos, por exemplo, foi quando Brandon Lee morreu acidentalmente no filme que o consagraria em O Corvo. No caso de Demon a tragédia foi ainda mais explicita, pois o cineasta  polonês Marcin Wrona estreara seu filme no Festival de Toronto de 2015 e estava no Gdynia Film Festival, onde se preparava para a première polonesa de sua obra, quando cometeu o suicídio por enforcamento.
Wrona tinha apenas 42 anos e já era considerado um dos melhores representantes da nova geração do cinema polonês. Seu filme anterior, O Batismo (2010) possuía uma história de máfia com estilo autoral, com um suspense psicológico e violência. Em Demon, ele se aproxima do terror, e devido a sua precoce morte, o filme possui uma aura sombria, onde mais parece uma carta de despedida, onde se explora a lenda do Dybbuk, a crença judaica no espírito que se apossa do corpo dos vivos. 
No filme, os noivos Piotr (Itay Tiran) e Zaneta (Agnieszka zulewska) recebem de presente de casamento uma casa antiga da família dela, mas que a mesma exige umas melhorias. Durante uma escavação do solo no terreno do jardim, o noivo descobre ossos humanos. Estranhas manifestações começam a perturbar Piotr, que tem visões de uma mulher com roupas  antigas. O noivo estando possuído começa a transformar a festa de casamento em inúmeras situações inesperadas, onde o cineasta consegue a proeza de unir momentos de humor e suspense na medida certa.
A bela fotografia em tons pastel e a trilha sonora de Krzysztof Penderecki, sendo ninguém menos do que o responsável pelas trilhas dos clássicos O Exorcista (1973) e O Iluminado (1980), criam então uma belíssima união onde gera um clima  de  mistérios, onde o principal foco é o doloroso  passado dos judeus poloneses. Quem for assistir ao filme esperando o mais puro terror sanguinolento não se assuste, pois o próprio cineasta já havia deixado claro em outras ocasiões que suas intenções para esse filme não era para as pessoas pularem das cadeiras, mesmo que alguns momentos chaves da trama possuam situações que possam gerar tais feitos. 


 “O Dybbuk é uma alma que retorna não para assustar, mas sim para nos lembrar do respeito pela tradição”, afirmou. “Eu não queria de forma alguma que o filme fosse sobre o Holocausto. Queria tocar o aspecto místico da vida judaica-polonesa.”

  

Com isso, o filme é uma declaração de amor para um passado que não volta mais, e que cada vez é mais esquecido, unicamente pelo fato das novas gerações destruírem gradualmente o seu rico passado. Essa Crítica justa que o cineasta faz me fez lembrar o filme russo Leviatã, de Andrey Zvyagintsev, cuja sua proposta coincide com esse filme e até mesmo os minutos finais de ambos os filmes possuem algo de muito semelhante. O final pessimista da obra deixa mais perguntas do que respostas e fazendo com que a gente se pergunte até mesmo sobre a real origem sobre aquela imprevisível festa de casamento. 
Demon é um exemplo de filme de terror de qualidade, do qual não é preciso haver litros de sangue para ser bom, mas sim possuir uma ótima proposta nas entrelinhas e sair da sessão com debate na língua. 
 
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Cine Dica: Fantaspoa exibe Espelho de Carne e Prata Palomares na Cinemateca Capitólio


No último final de semana da 12ª edição do Fantaspoa na Cinemateca Capitólio, acontecem as exibições de dois filmes cultuados do cinema brasileiro, Prata Palomares, de André Faria, e Espelho de Carne, de Antonio Carlos da Fontoura, em raras cópias em 35mm. Os dois diretores estarão presentes para um debate após as sessões. O valor do ingresso é R$ 10,00. 
O Fantaspoa – Festival internacional de cinema fantástico de Porto Alegre – acontece de 13 a 29 de maio em Porto Alegre, com o Patrocínio da Petrobras.


A Cinemateca Capitólio é um equipamento da Secretaria da Cultura de Porto Alegre. O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos daPrefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização daFundação CinemaRS – FUNDACINE.


ESPELHO DE CARNE
(1984, Horror, Aventura Brasil - 110 min - Classificação: 18 anos)

Álvaro arremata num leilão um espelho que pertencera ao quarto principal de um bordel de luxo. Ele leva o espelho para casa para presentear sua esposa. O casal logo percebe que o espelho possui um perfume que provoca diferentes sensações e desejos, estimulando o apetite sexual de quem se aproxima.

Ficha técnica Direção: Antonio Carlos da Fontoura RoteiroAntonio Carlos Fontoura Produção: Antonio Carlos Fontoura Música: David Tygel Fotografia: Carlos Egberto Silveira Edição: Denise Fontoura Elenco Hileana Menezes, Dennis Carvalho, Maria Zilda Bethlem, Daniel Filho, Joana Fomm


PRATA PALOMARES
(1972, Brasil - 125 min - Classificação: 18 anos)

Dois guerrilheiros se escondem numa igreja em ruínas. Enquanto decidem o que fazer, recebem a visita de uma mulher misteriosa que diz querer engravidar deles dois. Um dos guerrilheiros pretende construir um barco para sair da ilha e o outro se veste de padre fazendo amizade com as autoridades locais.

Ficha técnica Direção: André Faria Roteiro: André Faria, José Celso Martinez Corrêa Produção: João GuerraMarcos GuimarãesLuiz Augusto Sacchi Música: Luis Eduardo Aute, Roberto Carlos, Guilherme Guimarães Vaz, Daniel Violiati Fotografia: Sílvio Bastos, Carlos Ebert, Soly R. Levy


Edição: João Ramiro Mello. Elenco Renato Borghi, Carlos Gregório, Renato Dobal, Paulo Augusto, Cão.

GRADE DE HORÁRIOS
24 a 29 de maio de 2016

24/05 (terça)
15h – Outubro
17h – Minha Felicidade
19h30 – Minha Felicidade

25/05 (quarta)
15h – Outubro
17h – Minha Felicidade
19h30 – Minha Felicidade

26/05 (quinta)
15h – Outubro
17h – Minha Felicidade
19h30 – Minha Felicidade

27/05 (sexta)
15h – Outubro
17h – Minha Felicidade
19h30 – Minha Felicidade

28/05 (sábado)
15h – Outubro
17h – Prata Palomares (Sessão comentada com o diretor André Faria)

29/05 (domingo)
15h – Outubro
17h – Espelho de Carne (Sessão comentada com o diretor Antonio Carlos da Fontoura)