Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: Nos anos
1970, Roland (Brad Pitt) e sua esposa, Vanessa (Angelina Jolie), vão passar uma
temporada num resort na França. Mas o clima não é de férias ou comemoração. Os
dois enfrentam uma crise no casamento e a convivência no lugar só piora o
relacionamento.
Califórnia
Sinopse: Na década de
1980, o mundo enfrenta a descoberta da AIDS, assim como no Brasil, cuja
ditadura militar chega ao fim. O brasileiro Carlos (Caio Blat) é um crítico
musical e vive na Califórnia. Ele está debilitado por causa da AIDS e mesmo
assim, ele encontra forças para retornar ao seu país para visitar a sobrinha, a
adolescente Estela (Clara Gallo).
Dois Amigos
Sinopse: Mona conhece
Clément, um ator tímido que, desesperado para impressionar Mona, pede ajuda a Abel,
um amigo nada inibido. Mas tudo começa a dar errado quando Mona se interessa
por Abel e surge um conflito entre os dois amigos. Enquanto isso, Mona tenta
manter seu passado escondido.
No Coração do Mar
Sinopse: No rigoroso
inverno de 1820, o navio baleeiro Essex, comandando pelo capitão Owen Chase
(Chris Hemsworth), é atacado por uma baleia gigante, conhecida como Moby Dick.
A embarcação sofre um naufrágio e a tripulação passa 90 dias à deriva tentando
sobreviver.
O Natal dos Coopers
Sinopse: O Natal está
chegando e para a família Cooper esse feriado é muito especial. Mas o difícil é
reunir todo mundo. Os familiares são muitos, no entanto, esse deve ser o Natal
em que todos estarão presentes e dispostos a reavaliarem suas vidas, que passam
por muitas transições.
Pegando Fogo
Sinopse: Adam Jones
(Bradley Cooper) leva uma vida errante e isso acaba afetando a sua carreira de
chefe de cozinha. Seu restaurante perdeu o prestígio entre os críticos e Adam
cria um plano para voltar a brilhar. Ele, então monta uma equipe dos sonhos com
os melhores cozinheiros do ramo, entre eles a culinarista Helene (Sienna
Miller), por quem se apaixona.
Sabor da Vida
Sinopse: Um
confeiteiro ganha a vida cozinhando panquecas de doce de feijão, chamadas
dorayakis. Certo dia, uma idosa busca emprego na confeitaria, revelando que há
50 anos faz panquecas deliciosas. Ele lhe dá uma chance e os doces fazem
sucesso, dando início à uma inesperada amizade.
Tudo que Aprendemos
Juntos
Sinopse: Laerte
(Lázaro Ramos) é um talentoso violinista que, depois de tentativas frustradas
de integrar a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, começa a dar aulas de
música para uma turma de adolescentes na comunidade de Heliópolis, em São
Paulo.
Como todos viram ontem o
Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha aceitou o pedido de Impeachment
contra a Presidente Dilma, após ser abandonado pelo partido do PT no conselho
de Ética contra ele. Durante todo o ano de 2015 houve uma verdadeira briga
entre governo e oposição, para ver quem arrebentava a corda. Ela se arrebentou
ontem e agora vamos ver como isso realmente acaba.
Mas está mais do que claro
que, o que presenciamos ontem foi um ato de vingança, para não dizer um golpe
de estado. Durante ano de 2015, Eduardo Cunha comandou a Câmara dos Deputados
com mão de ferro conservadora, onde a todo o momento queria aprovar leis que
iam contra os direitos do povo e nascendo então um verdadeiro retrocesso que
não se via há vários anos. Vendo o governo de Dilma fragilizado em meio a
denuncias do lava jato, viu isso como uma oportunidade de usar o seu poder através
de chantagem e se manter no cargo, mesmo com todas as acusações contra ele que surgiram
como a conta secreta na Suíça.
O que se viu nos últimos tempos
de nossa política foi uma verdadeira dança das cadeiras, um jogo político para
ver quem ganha mais e quem sai perdendo com isso tudo é o próprio povo que foi
esquecido. Não sou nem esquerdista e nem direitista neste quadro atual da política,
mas sou a favor para o melhor para o povo e se Eduardo Cunha ganhar nesse cenário
podemos esperar para um futuro sombrio vindo do conservadorismo. Com a saída de
Dilma e Cunha ainda no poder, podem esperar para um caminho aberto para políticos
conservadores e idéias megalomaníacas como no caso do Deputado Bolsonaro, que
sonha se tornar um dia Presidente e lançar um governo conservador do qual não
se via desde a Ditadura.
Sou a favor da liberdade de
expressão, da cultura, do direito de ler e assistir qualquer tipo de filme e
ouvir musica que eu bem entender. Em tempos de Ditadura podem esquecer isso,
pois perderemos tudo e somente iremos apreciar o que foi liberado pela censura,
que com certeza irá voltar se tudo isso que eu falei vier acontecer. O que nos
resta é sairmos às ruas e protestar para que isso jamais aconteça, pois quem
vive de passado é museu e o futuro nós façamos agora.
Que uma
política corrupta, cheia de jogos políticos manipuladores e conservadores fique
na ficção (como na série House Of Cards) e não dentro de nossa realidade já
fragilizada.
Nos dias 05 e 06 de dezembro eu estarei participando do curso Francis Ford Coppola: O Apocalipse do Chefão, criado pelo Cine Um e ministrado pelo crítico de cinema Robledo Milani. Enquanto atividade não chega por aqui eu irei destacar os principais filmes de cada década desse grande Padrinho da 7ª arte.
(anos 90)
O PODEROSO CHEFÃO: Parte III (1990) Sinopse: Nova York, 1979. A Ordem de San Sebastian, um dos maiores títulos dados pela Igreja, é dada para Michael Corleone (Al Pacino), após fazer uma doação à Igreja de US$ 100 milhões, em nome da fundação Vito Corleone, da qual Mary (Sophia Coppola), sua filha, é presidenta honorária. Michael está velho, doente e divorciado, mas faz atos de redenção para tornar aceitável o nome da família Corleone. Na comemoração pelo título recebido, após 8 anos de afastamento, Michael recebe "Vinnie" Mancini (Andy Garcia), seu sobrinho, que a pedido de Connie (Talia Shire) é apresentado a Michael manifestando vontade de trabalhar com o tio.
Menos exuberante que os anteriores, é mais tragédia intimista do que épico. O roteiro de Mario Puzo foi reescrito por Coppola, que o transformou na sofrida história, de um homem em busca de redenção. Pontos altos: Os closes de Al Pacino e o final acachapante, em que a descida ao inferno é entremeada pela encenação (por Franco Zeffirelli) da ópera cavalleria Rusticana, de Mascagni. Faz referencias explicitas ao assassinato do Papa João Paulo I e ás negociatas do Banco Ambrosian. Fotografia de Gordon Willis e música tema de Carmine Coppola. Sofia Coppola (filha do diretor) faz aqui sua primeira (e graças a Deus a ultima) atuação na carreira, mas após severas criticas, preferiu seguir os passos do pai como cineasta, alcançando muito mais respeito e sucesso.
Curiosidade: A atriz que inicialmente iria interpretar Mary Corleone era Winona Ryder. Somente após a desistência de Ryder que Sofia Coppola assumiu o papel; DRÁCULA: DE BRAN STOKER (1992) Sinopse: Adaptação do diretor Francis Ford Coppola ao clássico da literatura Drácula, de Bram Stoker. Jonathan Harker (Keanu Reeves) é um jovem advogado que fica aprisionado no castelo do vampiro (interpretado com muita maquiagem por Gary Oldman), enquanto este parte para Londres em busca de um lugar para morar. Lá conhece e se apaixona pela namorada de John, Mina (Winona Ryder), a quem tentará morder para transformá-la em uma de sua espécie.
Para muitos, a melhor adaptação do cinema do romance, contudo há diferenças. Francis Ford Coppola não só queria que o filme fosse fiel ao livro, como também a trama se entrelaçasse com Drácula fictício e o Drácula histórico que é o Príncipe Vlad, o embalador da Romênia, que em sua guerra contra os Turcos e Mulçumanos, matava seus inimigos e os picava para comer as suas carnes e bebia seu sangue. O príncipe serviu de fonte de inspiração para Stoker criar Drácula e com isso, Coppola fundiu os dois na trama criando não só uma origem ao vampiro como também uma história de amor que desse mais emoção ao enredo, fazendo um verdadeiro conto de fadas gótico.
Tendo um amor forte não só pelo romance como também pelo cinema, Coppola realizou o filme com truques antigos do cinema, como sombras, imagens sobre imagem, maquetes, muito pouco efeito especial e tudo feito como se fazia um filme de antigamente. O resultado é visual arrebatador. Gary Oldman cria aqui uma de suas melhores performances, pois o seu Drácula é assustador, romântico e cheio de energia. Muitos acham uma injustiça o ator não ter sido indicado ao Oscar pelo papel, mas pelo menos o filme foi lembrado em três categorias: figurino, maquiagem e som. Se há um ponto falho nesta obra prima é a interpretação em forma de porta de Keanu Reeves que faz Jonathan Harker.
Jack (1996) Sinopse:Fábula sobre garoto (Robin Williams) que sofre de rara doença, que o faz envelhecer quatro vezes mais rápido que o normal, transformando-o num menino em corpo de homem.
Jack foi lançado em 1996 e é um marco na infância de muitas pessoas nascidas na década de oitenta. Cinéfilos mais puristas e críticos de cinema de vanguarda podem torcer o nariz para esta obra tão peculiar de Coppola, talvez por estarem acostumados com filmes como a trilogia O Poderoso Chefão, Drácula de Bram Stoker ou O Selvagem da Motocicleta. Ou talvez lhes desagradem a atuação de Robin Williams que, como na maioria de seus filmes, é exagerada e extravagante.
Mesmo com suas falhas óbvias (e, como diriam Siskel e Ebert, sua cara de sitcom), Jack é um bom filme. É nostálgico assisti-lo depois de tantos anos e poder reparar em detalhes que, quando criança, jamais notaria. O modo como as nuvens se movem mais rápido quando é Jack que olha para o céu. Ou a borboleta que aparece três vezes ao longo do filme (nascendo, vivendo e morrendo), mostrando como a vida dela é curta e frágil. Jack não é só mais um filme sobre ultrapassar obstáculos. É um filme sobre a fragilidade da vida.
O Homem Que Fazia Chover (1997) Sinopse: Um jovem advogado desempregado (Matt Damon) é a única esperança de um casal que não consegue obter de uma companhia de seguros dinheiro para a cirurgia do filho, que tem leucemia e precisa de um transplante de medula óssea para salvar sua vida. Enquanto o advogado trabalha em seu primeiro caso se apaixona por uma mulher casada (Claire Danes), cujo marido a atacou várias vezes, inclusive com um taco de baseball.
Particularmente, sinto um certo prazer em assistir a estes filmes “menores” de diretores consagrados. E quem esperava assistir a um filme banal, se engana redondamente. O Homem que Fazia Chover acerta em quase todos os aspectos, desde o seu roteiro muito bem escrito (Coppola de novo), aos atores escolhidos e muito bem colocados em cada papel. Matt Damon ainda em começo de carreira com uma atuação muito boa ( o filme é de 1997, mesma época de Gênio Indomável, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, escrito por Damon e Ben Aflleck), com Danny DeVito no papel do sócio atrapalhado/fracassado, além de ótimas participações de Mickey Rourke, John Voight e Claire Danes, entre outros nomes conhecidos do cinema.
Sinopse: O
longa-documentário resgata a trajetória de Osvaldão. Os diretores foram
recebidos por familiares na cidade natal de Passa Quatro (MG) e por amigos na
capital fluminense, onde Osvaldão estudou. Depoimentos de militantes, mateiros
e militares contam sobre o seu ingresso e a sua liderança na guerrilha. O filme
traz ainda raras e exclusivas imagens do guerrilheiro em Praga, antiga
Tchecoslováquia, durante uma excursão de estudantes.
No clássico filme Zapata
estrelado pelo astro Marlon Brando, o líder revolucionário é morto a tiros nos
minutos finais da trama. Porém, os que o seguiam não acreditaram em sua morte,
sugerindo até mesmo na possibilidade dele ter encarnado em seu cavalo e ter fugido
pelas montanhas. Essa fantasia misturada com fé e esperança vinda desse clássico
me veio à tona ao assistir ao documentário Osvaldão que, embora menos conhecido
dos inúmeros guerrilheiros contra a ditadura, carregava o ar de mistério, força
e liderança, segundo as pessoas próximas a ele que aumentavam mais o lado mito
da sua pessoa.
Negro, porte de atleta e campeão de boxe,
Osvaldo Orlando da Costa foi um dos principais comandantes da Guerrilha do
Araguaia, movimento de resistência à ditadura militar entre fins da década de
1960 e meados de 1970. Foi temido pelos militares e o seu nome virou lenda na
região. Moradores contam mitos, dizem que Osvaldão desviava de bala e se
transformava em pedra e cupinzeiro.
Dirigido, produzido e
roteirizado por Vandré Fernandes, Ana Petta, Fabio Bardella e André Michiles, o
filme desvenda um pouco sobre o passado de Osvaldão: pessoa humilde, mas que ia
a busca do conhecimento e indo até mesmo a lugares pelo mundo como Paris aonde
veio a se formar, De volta para o Brasil bateu de frente com a ditadura militar
e não se conformando com os rumos que o país estava levando decidiu então ser
um líder guerrilheiro. Daí se nasceu inúmeras lendas de sua pessoa,
principalmente quando cada vez mais ele dava dor de cabeça para os militantes
que entravam mata adentro para capturá-lo vivo ou morto.
Os depoimentos se dividem
entre pessoas próximas, amigos, familiares e até mesmo daqueles que trabalhavam
para o governo para caçá-lo. É nesse ponto que o filme se divide entre ficção e
realidade, pois alguns moradores viam Osvaldão não como uma pessoa comum, mas
como um ser intocável devido ao seu tamanho e presença quando surgia entre os
moradores de uma determinada vila. São momentos descontraídos, beirando até
mesmo ao humor, pois não tem como não rir com alguns depoimentos que beiram da
ingenuidade a sinceridade pura das pessoas do interior.
O final do filme deixa em
aberto para inúmeras interpretações sobre o destino do protagonista, sendo que
uns consideram válida a possibilidade dele ter sido morto pelos militares, mas outros
acreditam que ele tenha se misturado com a mata, por exemplo, e até hoje se
encontra por lá perambulando. Uma história até então meio que desconhecida para
a maioria do público, mas que é muito bem vinda para ser conhecida por todos.
Em tempos de crise política, onde muitos desinformados desejam a volta da
ditadura, nunca é tarde para conhecermos certas histórias de heróis que lutaram
contra a injustiça e tirania que contaminaram o nosso país daquele tempo.
Em cartaz no Cinebancários: R. Gen. Câmara, 424 - Centro, Porto Alegre. Horários: 15h, 17h e 19h.