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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Cine Dica: OBRA-PRIMA DE BRIAN DE PALMA NA SESSÃO AURORA

Neste sábado, 15 de agosto, às 18h30, a Sessão Aurora exibe na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro o filme O Pagamento Final (Carlito's Way, 1993, 144 minutos), dirigido por Brian De Palma. Com projeção em alta definição, a sessão tem entrada franca. Após o filme, acontece um debate com os editores do Zinematógrafo, fanzine de crítica de cinema de Porto Alegre.
SINOPSE: O advogado David Kleinfeld (Sean Penn) tira o gângster Carlito 'Charlie' Brigante (Al Pacino) da cadeia usando uma brecha na lei. De volta às ruas, Carlito sabe que gastou sua sorte e quer andar na linha pela primeira vez na vida. Seus planos mudam quando o advogado reaparece oferecendo uma proposta que lhe permitirá recomeçar do zero ao lado da namorada nas Bahamas.
A exibição faz parte do ciclo Histórias do Cinema Americano, que propõe ao longo do ano uma reflexão sobre o cinema realizado nos Estados Unidos, exibindo filmes de diferentes tempos, gêneros e autores. Com O Pagamento Final, discutiremos as redefinições dos filmes de gangsteres, um dos gêneros mais sólidos de Hollywood, do período silencioso até o contemporâneo – e a importância de De Palma em suas releituras a partir dos anos 1980. Da mesma forma, debateremos o modo único como o cineasta pensa a relação entre as imagens e o mundo, tendo a obra de Alfred Hitchcock como um norte conceitual para as investigações.Brian De Palma é um dos nomes mais importantes da chamada Nova Hollywood. Iniciou sua obra nos anos 1960, produzindo filmes que dialogavam com a contracultura da década, trazendo um olhar satírico às paranoias conspiratórias e outras questões políticas em voga. Nos anos 1970, a partir de filmes como Irmãs Diabólicas, Carrie, a Estranha e Trágica Obsessão, começou a introduzir de forma mais sistemática a referência conceitual de Alfred Hitchcock. Foi acusado por muitos de ser um mero imitador do mestre inglês, algo muito distante do propõe, inclusive, em obras-primas da década seguinte, como Vestida Para Matar, Um Tiro na Noite e Dublê de Corpo. Interessado em discutir o poder da imagem em todas as suas possibilidades, De Palma encontrou na obra de Hitchcock o espaço obrigatório para que as pesquisas tenham início. Mesmo com vários sucessos em sua filmografia, como Os Intocáveis e Missão: Impossível, De Palma é hoje um marginal dentro do cinema norte-americano, precisando de produtores estrangeiros para poder viabilizar seu trabalho. Seu último longa-metragem, Passion, não foi lançado nos cinemas brasileiros.  

SESSÃO AURORA
O PAGAMENTO FINAL
(Carlito's Way)
Estados Unidos, 1993, 144 minutos
Direção: Brian De Palma
Elenco: Al Pacino, Sean Penn, Penelope Ann Miller
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: QUARTETO FANTÁSTICO (2015)



Sinopse: Quatro adolescentes são conhecidos pela inteligência e pelas dificuldades de inserção social. Juntos, são enviados a uma missão perigosa em uma dimensão alternativa. Quando os planos falham, eles retornam à Terra com sérias alterações corporais. Munidos desses poderes especiais, eles se tornam o Senhor Fantástico (Miles Teller), a Mulher Invisível (Kate Mara), o Tocha Humana (Michael B. Jordan) e o Coisa (Jamie Bell). O grupo se une para proteger a humanidade do ataque do Doutor Destino (Toby Kebbell).

Josh Trank havia impressionado o mundo com o filme Poder sem Limite, em que mostrava o lado bom e o lado ruim de jovens que, da noite para o dia, adquirem poderes infinitos. Muitos compararão o filme com a obra prima japonesa Akira e, devido a isso, o cineasta foi logicamente sondado por outros estúdios para ser diretor de alguma adaptação de uma HQ. Trank foi então convidado pela Fox para dirigir a nova versão de Quarteto Fantástico e muitos logicamente esperavam por uma grande dose de verossimilhança e qualidade adulta na história, o que infelizmente se perde na reta final do longa, mas isso eu explico mais adiante.
É bem da verdade que, as raízes do sucesso, que transformaram esses personagens conhecidos no mundo todo através das HQ estão todas lá na adaptação. A primeira uma hora é um verdadeiro deleite, pois não presenciamos um filme de super heróis exatamente, mas sim jovens comuns que se conhecem, trabalham juntos num projeto, mas que dá tudo errado e se transformam em super seres. Com isso, o filme é mais do que uma mera aventura, mas sim um filme de ficção, onde a ação fica e muito em segundo plano e dando espaço para um desenvolvimento melhor para os personagens.
O entendedor de Quarteto Fantástico irá perceber que tudo está lá: o trágico destino de Bem como Coisa e Richard (Miles Teller) se culpando por isso; Johnny Storm (Michael B. Jordan) como o garoto rebelde e com grande desejo de aventura; Susan (Kate Mara) como a garota inteligente, mas tímida e Victor Von Doom (Toby Kebbell), um grande gênio, mas com ambição e um alto grau de inveja contra Richard. Além disso, Quarteto sempre foi mais do que um grupo de super heróis, mas sim também a primeira família heroica das HQ e na adaptação isso é muito bem fortalecido nas palavras do pai de Johnny e Susan, interpretado com competência por Reg E. Cathey (House of Cards).
Mas a partir do momento que os personagens adquirem os seus poderes, é ai então que o filme se perde e muito. Não que os efeitos visuais dos personagens usando os seus poderes sejam ruins, muito pelo contrário, mas dá a nítida impressão que saímos de um filme e entramos num outro completamente diferente. É aí nesse momento que dá a impressão que o cineasta Josh Trank fica no piloto automático e o estúdio comanda a obra e acreditando que sabe o que está fazendo.
Como se já não bastasse, se o filme leva uma hora na apresentação, no desenvolvimento e na transformação dos personagens (algo similar em filmes como Batman Begins) seria mais do que lógico haver mais tempo de projeção, para assistimos os personagens então em ação. Ao invés disso, tudo é muito corrido, do final do segundo ato para o terceiro e derradeiro, e é aonde que o filme se perde de vez. Basta dizer que, no momento que surge Victor Von Doom transformado em Doutor Destino, tudo se torna um mero protesto para os heróis se unirem e combatê-lo.
O problema está justamente no Doutor Destino, um personagem de grande potencial, mas que aqui é completamente desperdiçado e suas motivações são tão artificiais que causam vergonha de se ver e ouvir. Tudo então se enlaça nos derradeiros minutos de ação e efeitos visuais, mas que são mal desenvolvidos e em poucos minutos de cena. Se a intenção era fazer um filme de ficção e não necessariamente de aventura desenfreada, então ela nem se quer precisavam existir.
Ao termino da projeção, a sensação de que eu tive foi de muita frustração, pois no princípio estava admirando e curtindo um filme que eu estava assistindo, mas que logo se transformou numa aberração e que não tem nada a ver com a sua proposta inicial. De quem são os culpados por isso? Do diretor? Estúdio? Roteiristas? Isso agora é o que menos importa!
Pelo menos, Quarteto Fantástico talvez venha a servir de exemplo sobre o que não se pode fazer num tipo de produção como essa. Um filme que começa de uma forma tão boa, mas termina de uma forma lamentavelmente ruim.



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Cine Dicas: Estreias do final de semana (13/08/15)



A Dama Dourada


Sinopse: Década de 1980. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro "Woman in Gold", de Gustav Klimt - retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado, inexperiente e idealista (Ryan Reynolds).



A Escolha Perfeita 2


Sinopse: Após conquistarem o sucesso, as Barden Bellas ganham a oportunidade de se apresentar para ninguém menos que o presidente dos Estados Unidos. Só que o show é um grande fiasco, o que as torna uma vergonha nacional. Diante do ocorrido, as Bellas são proibidas de participar de competições no meio acadêmico e até mesmo de aceitar novas integrantes. A única saída de Beca (Anna Kendrick), Fat Amy (Rebel Wilson) & cia é vencer o campeonato mundial a capela, o que apagaria as punições aplicadas ao grupo. Mas há um problema: nunca uma equipe americana venceu o torneio.



Gemma Bovery - A Vida Imita a Arte


Sinopse: A inglesa Gemma Bovery (Gemma Arterton) se muda com o marido (Jason Flemyng) para uma pequena cidade francesa. Ela logo desperta a atenção de Martin Joubert (Fabrice Luchini), um morador local que fica encantado com sua beleza e também com as semelhanças que possui com a protagonista de "Madame Bovary", clássico da literatura escrito por Gustave Flaubert. Tamanha admiração faz com que Martin siga os passos de Gemma que, cada vez mais entediada, acaba se envolvendo em um caso extra-conjugal.



Império Proibido

 

Sinopse: No início século 18, o cartógrafo Jonathan Green (Jason Flemyng) se aventura numa viagem científica da Europa para o Oriente. Passando pela Transilvânia e cruzando as montanhas dos Cárpatos, ele chega numa vila perdida na floresta. Lá, as pessoas não se parecem com qualquer outro povo que o viajante viu antes.



Las Insoladas


Sinopse: Argentina, anos 1990. Na véspera do Ano Novo, seis amigas tomam sol no terraço de um prédio. Elas são colegas da aula de dança, e dentro de algumas horas, devem participar de uma competição de salsa. Enquanto tomam sol, começam a falar sobre seus sonhos. Todas desejam viajar para algum lugar distante, onde podem tomar sol em uma praia de verdade. Na intenção de descobrirem Cuba, elas fazem um pacto: vão economizar dinheiro juntas, para conhecerem Havana no próximo Ano Novo.

 

Missão Impossível - Nação Secreta


Sinopse: Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis...

 

Na Próxima, Acerto no Coração


Sinopse: Oise, França, 1978. Franck Neuhart (Guillaume Canet) é um policial que, nos dias de folga, comete frios assassinatos ao matar jovens mulheres a quem dá carona. Ninguém tem a menor pista de quem seja o autor dos crimes, sendo que o batalhão onde Franck trabalha é responsável pela investigação. Sem conseguir conter a ânsia em matar, Neuhart começa a se envolver com a jovem Sophie (Ana Girardot), que trabalha em sua casa e é perdidamente apaixonada por ele.
  

O Imigrante Russo


Sinopse: Dima é um alemão-russo que decide mudar de vida e ir para Berlin, para fugir de seu passado criminoso. Ele conhece a estudante de arte Nadja, por quem se apaixona. No entanto, as antigas conexões criminosas de Dima o perseguem e podem causar grandes desastres para ele e sua amada.  

Obra

 

Sinopse:São Paulo. Às vésperas do nascimento de seu primeiro filho, um arquiteto, João Carlos (Irandhir Santos), encontra uma ossada na obra que está prestes a iniciar. A descoberta desestabiliza sua vida, fazendo com que ele questione sua profissão, a cidade em que vive e até mesmo o relacionamento com sua esposa (Lola Peploe).



Sobre Amigos, Amor e Vinho


Sinopse: Antoine Chevalier (Lambert Wilson) sofre um ataque cardíaco no dia em que comemora com amigos seu aniversário de 50 anos. Ele se dá conta que passou boa parte dos últimos anos tomando cuidados com a saúde e a aparência e, decepcionado com o acontecido, decide adotar um novo estilo de vida.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: REAL BELEZA



Sinopse: João (Vladimir Brichta) é um fotógrafo decadente, procurando uma nova modelo para relançar a sua carreira. Ele parte para o sul do Brasil, onde fotografa dezenas de adolescentes, até se encantar com a beleza de Maria (Vitória Strada), que deseja transformar em modelo internacional. Mas Pedro (Francisco Cuoco), o pai da garota, se opõe à carreira profissional da filha. Durante uma viagem de Pedro, João tem um caso amoroso com Anita (Adriana Esteves), mãe de Maria.


Embora tenha criado ótimos filmes de ficção (O Homem que Copiava e Saneamento Básico), parecia que Jorge Furtado se entregaria somente aos documentários e por um cinema cada vez mais autoral. Porém, Furtado é aquele tipo de cineasta que consegue transitar entre um cinema autoral e comercial, ou então enlaçá-los numa única obra. Por mais que isso pareça difícil hoje em dia, ele prova que sim, se pode criar uma obra com certo grau de conteúdo, mas que pode conquistar o público em geral e esse filme é Real Beleza.
João (Vladimir Brichta) é um fotografo a beira da decadência, mas que não larga a sua forma de perfeccionista, principalmente na insistência de achar a modelo perfeita. No momento em que conhece Maria (Vitória Strada), mal sabe ele o que a sua jornada irá lhe apresentar. Quando vai a procura de Maria no interior, fica conhecendo Anita (Adriana Esteves), mãe de Maria e ambos iniciam um tórrido romance, mesmo Maria sendo casada com Pedro (Francisco Cuoco).
Claro que num primeiro momento, o cinéfilo de carteirinha irá começar a comparar com o clássico as Pontes de Madson, mas o filme de Furtado se encaminha para trilhas completamente diferentes. Para começar, o protagonista se encontra perdido na vida, tanto pessoal como profissional e no momento em que viaja em busca de Maria, é no final das contas a sua busca indireta pela sua redenção. Ao conhecer Anita, ambos iniciam uma relação amorosa, que por sua vez vem a sanar os desejos internos que ambos possuem e que precisavam ser sanados.
Anita se apresenta como uma mulher, cujo seu universo é infinito de conteúdo e isso graças ao fato de ser casada com Pedro. A casa do casal, aliás, é formada por uma infinidade de livros, do qual Anita conhece o mundo através deles. A cena em que João se maravilha com cada detalhe do lugar na primeira vez em que entra na casa faz com que brilhe os nossos olhos, devido aos inúmeros detalhes daquele cenário rico e cheio de significados.
Tanto Vladimir Brichta como Adriana Esteves possuem forte química juntos: a cena em que ambos fazem amor numa lagoa, com certeza renderá polêmicas, mas não tem como deixar de gostar de ambos em cena. Porém, mesmo aparecendo somente na reta final do filme, o veterano Francisco Cuoco nos brinda novamente com outro grande desempenho de sua carreira, ao interpretar Pedro, um homem com velhos valores ultrapassados, mas que não esconde ser uma pessoa muito culta e nenhum pouco inocente com relação ao mundo que vive nesse momento. 
No final das contas, Real Beleza é um filme em que mostra pessoas aprendendo ou redescobrindo determinados valores dos quais pareciam perdidos. Por mais que a pessoa se encontre bem sucedida, às vezes há uma peça faltando no quebra cabeça da vida e encontrá-la não é das tarefas mais fáceis. Uma vez encontrando a peça, cada um dos personagens do filme decide então preservá-la, para então um dia eles se sentirem com a missão comprida em suas vidas, que até então se encontravam perdidos em cada uma delas. 




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