Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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CONFIRA FOTOS DA INVASÃO DE MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA NO MONSTERS OF ROCK
Festival de rock em São Paulo recebeu o clima pós-apocalíptico do filme
O clima de loucura de Mad Max: Estrada da Fúria tomou
conta do Monsters of Rock, festival musical que aconteceu nos dias 25 e
26 de abril, em São Paulo. O público presente, além de acompanhar
algumas das principais bandas de rock do mundo, pôde curtir o stand
tematizado e se sentir dentro do universo pós-apocalíptico do longa, que
estreia em 14 de maio no Brasil.
Promotores
caracterizados como os personagens do filme distribuíram tatuagens
removíveis durante o evento e quem passava pelo stand podia mudar o
visual, raspando a cabeça ou fazendo penteados, como dreadlocks, ou
optando pelas tatuagens temporárias inspiradas na produção. Confira as
fotos do evento em alta resolução no link abaixo.
Sobre o filme:Do cineasta vencedor do Oscar® George Miller, Mad Max: Estrada da Fúria
revisita a sua própria trilogia pós-apocalíptica com o anti-herói
conhecido como Mad Max. Tom Hardy protagoniza o papel de Max Rockatansky
ao lado de Charlize Theron, Nicholas Hoult, Zoe Kravitz, Riley Keough,
Hugh Keays-Byrne e Rosie Huntington-Whiteley. Miller dirige com o
roteiro que escreveu juntamente com Brendan McCarthy e Nico Lathouris.
Miller também produz o longa juntamente com Doug Mitchell e P.J. Voeten.
Iain Smith, Graham Burke e Bruce Berman são os produtores executivos. O
filme é produzido por Kennedy Miller Mitchell.
O
filme será apresentado pela Warner Bros. Pictures em associação com a
Village Roadshow Pictures. Com lançamento previsto para 14 de maio de
2015, será distribuído mundialmente pela Warner Bros. Pictures, uma
empresa da Warner Bros. Entertainment, e também pela Village Roadshow
Pictures em territórios selecionados.
Sinopse: Sob o ponto
de vista de um garoto de 17 anos, Jean, interpretado por Thales Cavalcanti, a
trama faz uma radiografia de uma família da alta sociedade carioca que, com o
desemprego de Hugo, vivido por Marcello Novaes, entra em falência. No entanto,
o casal Hugo e Sônia (Suzana Pires) insiste em viver de aparências e omite até
dos filhos a real situação econômica familiar.
Em sua estreia como
diretor, Fellipe Barbosa filmou no bairro
onde cresceu, na escola em que estudou
e utilizou no elenco pessoas que conhecem de perto a realidade que Casa
Grande apresenta. Como o título evidencia, a produção apresenta semelhanças com
o romance Casa Grande e Senzala, do sociólogo Gylberto Freire. Para além da
intertextualidade, o filme revela suas camadas à medida que, sob a ótica do
garoto Jean, vamos estudando as contradições daquela família que já não
encontra mais seu lugar em uma sociedade atravessada por profundas
transformações de ordens diversas.
A abertura do filme é
sintomática e funciona como prólogo. Com a câmera parada tendo como foco
central a imensa mansão toda iluminada, Hugo sai da jacuzzi de sua piscina e se
dirige ao quarto do casal. No trajeto, vai apagando todas as luzes da casa,
numa referência ao declínio financeiro da família. Ao amanhecer, os empregados
chegam para trabalhar, Hugo acorda Jean pra ir para a escola e em seguida todos
estão reunidos na farta mesa do café da manhã. Tudo parece normal na vida desta
família abastada, que vive no badalado bairro da Barra da Tijuca. No entanto,
aos poucos o público percebe que o provedor está desempregado, a dona da casa
precisa dar aulas de francês e vender bugigangas às amigas para manter o
padrão.
Tudo em vão: as
dívidas começam a aparecer e o casal resolve demitir Severino (Gentil Cordeiro)
o motorista. Mas eles não contam a verdade aos filhos e Jean, achando que o
motorista está de férias, passa a ir de ônibus para a escola. O que poderia ser
desagradável torna-se atraente: é na volta para casa, no ônibus, que ele
conhece Luiza (Bruna Amaya), uma menina que estuda em escola pública e mora num
bairro modesto, o contraponto de sua realidade. O namoro entre eles é
inevitável.
Até então vivendo
numa redoma mantida pelos pais superprotetores, Jean aos poucos vai se
inteirando da realidade (as dívidas do pai, as diferenças de classes sociais) e
se colocando na vida. Com cenas que ilustram as contradições sociais do
Brasil, Casa grande nasce de um momento de
transformação na sociedade brasileira, sobretudo em relação à distribuição de
renda. Exibido pela primeira vez em 2014, um ano após os protestos de 2013, o
filme agora entra em cartaz nos cinemas em mais um momento marcado por
manifestações no país.
A
ideia de "crise" está presente na tela, mas é o público que vai
concluir quem são os atingidos. As
qualidades desse filme vão muito além de seu nome. Seu maior trunfo é a forma
como a história é contada. Talvez porque o diretor e roteirista Felippe Barbosa
tenha se inspirado em sua própria vida para conduzir seu primeiro longa de
ficção.
Ele não tenta
revolucionar a linguagem cinematográfica, pelo contrário: de forma simples e
eficaz, os diálogos vão fluindo de forma tão natural que não há como não se
envolver.
A partir da terça-feira, 28 de abril, a
Cinemateca Capitólio exibe o documentário
Cuba Libre, de Evaldo Mocarzel, que aborda o retorno da atriz transexual cubana
Phedra de Córdoba, integrante do grupo teatral Satyros, a sua terra natal. Os filmes
O Gebo e Sombra, de Manoel de Oliveira, e
Era uma Vez na Anatólia, de Nuri Bilge Ceylan, seguem em cartaz.
A
conclusão das obras da Cinemateca Capitólio representa um momento
histórico na vida cultural de Porto Alegre. Iniciado em 2004, o longo e
complexo processo de restauração do Cine-Theatro Capitólio, uma das mais
luxuosas salas de cinema da cidade, além de recuperar
a vocação original do espaço como sala de exibição, também teve o
objetivo de transformar o prédio em um local destinado à preservação da
memória audiovisual do Rio Grande do Sul. O projeto de restauração e de
ocupação do espaço foi patrocinado pela Petrobras,
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e
Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da
Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da
Fundação Cinema RS – FUNDACINE.
GRADE DE HORÁRIOS
28 de abril a 3 de maio de 2015
15h30 – O Gebo e a Sombra
17h10 – Era uma Vez na Anatólia
20h – Cuba Libre
(na quarta-feira, 29 de abril, não há sessão)
CUBA LIBRE
Cuba
Libre focaliza o retorno da atriz transexual cubana Phedra de Cordoba,
do grupo teatral Satyros, a Havana depois de 53 anos sem pisar no
seu pais. O filme coloca em discussão a luta pelos direitos dos
homossexuais em um ambiente extremamente machista como a ilha governada
durante décadas por Fidel Castro, hoje comandada por seu irmao Raul. Nos
primeiros anos da revolução cubana, os homossexuais
eram confinados em campos de concentração, onde eram obrigados a cortar
cana de sol a sol. Nos dias de hoje, e nosso documentário capta
justamente essa guinada histórica em Cuba, foi criado um decreto pela
filha de Raúl Castro, Mariela (diretora do Centro
Nacional Cubano de Educação Sexual e uma ativista pelos direitos da
comunidade LGBT), que obriga o respeito e a aceitação de todos os gays.
Convidada pelos Satyros, a equipe do nosso documentário chegoua Havana
no auge desse momento histórico em que os homossexuais
estavam literalmente tentando “sair do armário”, e a presença da musa
Phedra de Córdoba foi marcante nesse processo, tendo sido recebida até
mesmo pelo ministro da cultura de Cuba.
PHEDRA DE CÓRDOBA
Phedra
de Córdoba nasceu em Havana, Cuba, em 26 de maio de 1938. Durante a
infância, quando ainda se chamava Rodolfo, atraia a atenção das pessoas
por causa de seus traços e trejeitos femininos. Durante a adolescência,
entra para uma companhia de dança, fazendo par com a bailarina Lupi
Sevilha. Em 1958, durante uma temporada da companhia cubana em Buenos
Aires, conhece Walter Pinto, um dos grande nomes
do teatro de revista brasileiro. Depois de conhece-lo, resolve não
retornar a Cuba e fixar-se no Rio de Janeiro. Aos 21 anos de idade,
abandona de vez as roupas masculinas e assume a identidade de Phedra de
Córdoba, no palco e na vida. Trabalhou no Les Girls,
espetaculo com travestis, e vedete do comediante Costinha, atriz ao
lado de Ewerton de Castro e Consuelo Leandro, entre outros artistas do
teatro de variedades brasileiro. Depois de fazer parte do elenco de
shows das boates gays de Sao Paulo, ingressa, em
2003, na companhia de teatro Os Satyros
Direção Evaldo Mocarzel
Produção Casa Azul, Satyros Cinema e Raiz Produções
Produção Executiva Assunção Hernandes
Direção de Fotografia Fabiano Pierri
Montagem Willem Dias
Edição de Som Miriam Biderman, Ricardo Reis, Ana Chiarini
Assistente de Montagem Maysa Lepique e Sarah Girotto
Montado na casadalapa
Direção de Produção Leonardo Mecchi
Produção de Finalização Letícia Santos
Grupo
Os Satyros Rodolfo García Vázquez, Cléo De Páris, Ivam Cabral, Fábio
Penna, Haroldo Costa Ferrari, João Baldesserini, Brigida Menegatti,
Silvanah Santos, Phedra D. Córdoba, Sahily Moreda, Ariel Lopes, Evelio
Ferrer
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133 www.salapfgastal.blogspot.com
No dia 1º de maio, Dia Nacional dos Trabalhadores, na sessão das
15h, o CineBancários homenageia a todas as categorias de trabalhadores e
trabalhadoras e promove uma sessão gratuita do filme belga “Dois Dias,
Uma Noite”, de Jean -Pierre e Luc Dardenne. O filme conta uma história
dramática sobre a solidariedade da classe operária num mundo cada vez
mais consumido pela ganância empresarial. Com Marion Cotillard, Fabrizio
Rongione, Catherine Salée.
SINOPSE: Sandra (Marion Cotillard) perde seu emprego pois outros
trabalhadores da fábrica preferiram receber um bônus ao invés de
mantê-la na equipe. Ela descobre que alguns de seus colegas foram
persuadidos a votar contra ela. Mas Sandra tem uma chance de
reconquistá-lo. Ela e o marido (Fabrizio Rongione) têm uma tarefa
complicada para o final de semana: eles devem visitar os colegas de
trabalho e convencê-los a abrir mão de seus bônus, para que o casal
possa manter o seu emprego.
FESTIVAIS E PRÊMIOS:
* Seleção Oficial do Festival de Cannes e indicado ao Palma de Ouro;
* Vencedor do Grand Prix no InternationalCinephileSocietyAwards;
* Vencedor do Prêmio do Festival de Cinema de Sidney;
* Indicado ao Melhor Filme Internacional no Festival de Cinema de Munique;
* Indicado ao Melhor Filme Europeu pelo Voto Popular no European Film Awards;
* Marion Cotilard indicada ao Oscar de Melhor Atriz
FICHA TÉCNICA:
Dois Dias, Uma Noite
País: Bélgica / Itália / França
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 95 minutos
Direção: Jean Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Produção: Luc Dardenne, Denis Freyd e Jean Pierre Dardenne
Roteiro: Luc Dardenne e Jean Pierre Dardenne
Cinematografia: Alain Marcoen
Edição: Marie-Hélène Dozo
Estúdio: Les Films du FleuveElenco: Marion Cotillard, Fabrizio Rongione, Olivier Gourmet, Pili Groyne, Simon Caudry, Catherine Salée e Batiste Sornin
No
sábado, 02 de maio, às 18h30, a Sessão Aurora exibe na Sala P. F.
Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o faroeste
Dragões da Violência (1957, 79 minutos), de Samuel Fuller, um dos mais
importantes nomes da virada moderna em Hollywood. Parte do ciclo
Histórias do Cinema Americano, a sessão tem projeção digital e entrada
franca. Após o filme, acontece um debate com os editores
do Zinematógrafo, fanzine de crítica de cinema de Porto Alegre.
SINOPSE: Jessica Drummond (Barbara Stanwyck) é uma fazendeira de pulso firme que comanda uma equipe de quarenta homens. Ela vive tirando o irmão de encrencas. Quando Griff Bonnell (Barry Sullivan) chega à pequena cidade, Jessica experimenta um sentimento novo e seu irmão acaba sendo preso. Realizado em Cinemascope em preto e branco, Dragões da Violência foi lançado em uma década de contínuas rupturas no faroeste americano, quando realizadores como Anthony Mann, Robert Aldrich e Nicholas Ray, reviam algumas das premissas mais sólidas do gênero, como os conceitos de justiça, de moral e do bem, além das hierarquias clássicas entre personagens masculinos e femininos. Samuel Fuller, que havia iniciado sua trajetória no cinema justamente com um faroeste singular, Eu Matei Jesse James (1949), dedicado à figura do traidor, compõe em Dragões da Violência uma tragédia familiar e amorosa com uma sofisticação estética absoluta, repleta de rigor e elegância na decupagem (que inclusive antecipa o faroeste italiano) e nos longos travellings que acompanham os personagens. Como disse o célebre crítico português João Bénard da Costa: Dragões da Violência é um filme construído em torno do envelhecimento: envelhecimento dos protagonistas, envelhecimento do gênero. Produzido por Fuller dentro da 20th Century-Fox, Dragões da Violência teve algumas passagens amenizadas em relação ao texto original escrito pelo próprio diretor. Acostumado com a liberdade das películas policiais de classe B ou até mesmo com realizações independentes, o diretor precisou abrir algumas concessões a Darryl F. Zanuck para finalizar sua obra, que no projeto original teria Marilyn Monroe no papel principal. Ainda assim, o filme figura como uma das obras-primas do realizador e um capítulo obrigatório da transição do faroeste nos anos 1950.
Sessão Aurora
02/05 - 18h30
Dragões da Violência
(Forty Guns, Estados Unidos, 1957, 79 minutos)
Direção: Samuel Fuller
Elenco: Barbara Stanwyck (Jessica Drummond), Barry Sullivan (Griff
Bonnell), Dean Jagger (xerife Ned Logan), John Ericson (Brockie
Drummond), Gene Barry (Wes Bonnell), Robert Dix (Chico Bonnell)
Exibição em DVD com legendas em português.
Sala P. F. Gastal Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro Fone 3289 8133 www.salapfgastal.blogspot.com
Sinopse: Tentanto
proteger o planeta de ameaças como as vistas no primeiro Os Vingadores, Tony
Stark busca construir um sistema de inteligência artifical que cuidaria da paz
mundial. O projeto acaba dando errado e gera o nascimento do Ultron (voz de
James Spader). Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey
Jr.), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett
Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) terão que se unir para mais uma
vez salvar o dia.
Nada melhor do que
rever velhos conhecidos e descobrir que eles ainda têm muito a nos oferecer e
nos surpreender. O grande charme dos filmes da Marvel está justamente ao fato
que eles possuem inúmeros heróis poderosos, porém humanos, e como todo ser
humano que se preze, possuem suas falhas, mas delas vem os seus aprendizados e
amadurecimentos perante aos obstáculos. Vingadores: A Era de Ultron eleva o grupo
de heróis ao um novo patamar, aonde os lados mais humanos e frágeis dos
personagens conquistam o cinéfilo rapidamente.
Mas
estamos falando de um dos filmes de aventura mais esperados da temporada, sendo
que o público alvo espera no mínimo incríveis cenas de ação e é exatamente isso
que acontece. Nem o filme começa e já vemos a equipe unida contra a Hidra, após
descobrirem que eles possuem o cetro do Loki. A sequência de ação é
ininterrupta, sendo que mal podemos piscar os olhos que algo importante já
acontece. O diretor Joss Whedon meio que
se arriscou em dar uma de Michael Bay (da franquia Transformers) nesse momento,
mas felizmente isso não acontece, ou quase.
Após recuperarem o
cetro, Tony (Robert Downey Jr) sofre de uma rápida ilusão criada pela
Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), aonde ele tem uma terrível visão de que
seus esforços em proteger a terra terem sido em vão. Devido a isso, ele une a
gema encontrada no cetro, mais a tecnologia alienígena e cria então uma
inteligência artificial, capaz de proteger a humanidade. Claro que tudo dá
errado e a inteligência cria vida, gerando o megalomaníaco vilão Ultron (James
Spader).
Percebe-se que nesse
primeiro ato há certa pressa em apresentar os principais elementos que irão formar a trama, mas que felizmente isso não é prejudicial, mesmo com inúmeros
personagens presentes (com participação rápida de Falcão e Maquina de Combate).
Os Vingadores então encaram um novo desafio, devido aos erros cometidos por um
dos seus integrantes, mas dos erros vem os acertos e o grupo precisa ignorar as
diferenças e partir para a luta. No primeiro confronto, infelizmente todos os
heróis encaram os seus maiores temores durante o combate contra Ultron, gerando
então momentos angustiantes, onde cada um enfrentará os seus demônios
interiores.
É nesse momento em
que o filme entra num território bem mais sombrio, onde até mesmo temos um
rápido vislumbre do passado ainda meio que nebuloso de Natacha (Scarlett
Johansson). Banner (Mark Ruffalo) se descontrola novamente e libera um Hulk
fora de si. Para a felicidade dos nerds de carteirinha, finalmente isso
gera o confronto entre o gigante esmeralda e o Homem de Ferro que, usa finalmente
uma super armadura, sendo que foi unicamente criada se caso Banner perdesse o controle do Hulk.
Após uma derrota
vergonhosa, o grupo se acolhe num refugio, onde é revelado um lado até então
desconhecido do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Alias, é preciso dar os
parabéns para os roteiristas terem dado mais espaço ao personagem, já que o Arqueiro é o mais próximo de nós que assiste. Sem poderes, apenas com artes marciais e
arcos e flechas, o personagem é o que mais se sente perdido em meio a seres que
quase são Deuses, mas acaba sendo justamente ele que dá uma melhorada no ego de
cada um dos seus colegas, principalmente na Feiticeira Escarlate que, percebe
os erros que cometeu, mas nunca é tarde em buscar uma redenção.
Falando da
Feiticeira, tanto ela como o seu irmão Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson) são bem
introduzidos na trama. Porém, esse último não foi bem desenvolvido e compará-lo
com a sua versão vista em X-Mem: Dias de Futuro Esquecido somente piora a sua
situação. Felizmente Elizabeth Olsen contorna essa situação, nos brindando com
uma boa interpretação e fazendo a gente desejar saber qual será a próxima
evolução de sua personagem.
Mas dos heróis novos
introduzidos, ninguém imaginava que um personagem que apareceria somente no início
do ato final da trama fosse roubar a cena. Da união da tecnologia alienígena com a inteligência artificial Jarvis
(voz de Paul Bettany) surge finalmente o Visão: herói clássico das HQ, que aqui,
visualmente é bastante fiel a sua fonte original e o ator Bettany consegue de
uma forma fantástica passar tanto a lógica que o personagem preza, como também
a sua doçura quase humana que ele transmite, tanto vinda dos seus olhos expressivos como
também na sua fala mansa.
Com tantos atrativos
no longa (como a relação amorosa e dramática entre Natasha e Banner como
exemplo), por pouco Ultron não acaba sendo um vilão meramente secundário,
mas isso somente não acontece graças a interpretação convincente de James
Spader. Embora em meio a efeitos visuais que encobrem sua face, Spader constrói
um Ultron digno de nota, sendo que suas ações contra a humanidade, não só são
convincentes, como também são carregadas de um humor negro certeiro. Atenção
para a piada em que ele solta com relação a Noé, sendo que não tem como não
rir.
Voltando ao ato
final, adianto que ele nos guarda inúmeras emoções, despedidas, perdas e
verdadeiras lições de moral. Curiosamente é bom ver como o cineasta Joss Whedon
e os roteiristas sempre se preocuparam em mostrar na tela qual é a verdadeira
missão de todo herói que se preze que, não é somente derrotar o vilão, mas
também salvar vidas. A todo o momento, não importa o quanto a ação é
vertiginosa, sempre vemos Capitão América, Homem de Ferro, Thor e companhia salvando
inúmeras vidas em meio ao caos, sendo que é algo precioso de se ver, mas que infelizmente
algumas adaptações de HQ de super heróis se esquecem de mostrarem isso hoje em dia.
Com um final redondinho, mas que deixa
inúmeras pontas soltas, para elas serem finalizadas nas próximas aventuras
cinematográficas, Vingadores: Era de Ultron é um filme para toda a família, com
inúmeras boas cenas de ação, mas nunca se esquecendo do lado humano dos
personagens, pois sem isso não teria como nós meros mortais nos identificarmos
com Deuses vindos do céu e da terra.