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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 6 de março de 2014

Cine Especial: Slasher Movies: Virgens, Mascarados e Litros de Sangue: Parte 2



Nos dias 13 e 14 de março, eu estarei participando do curso Slasher Movies: Virgens, Mascarados e Litros de Sangue, criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista e cineasta Felipe M. Guerra. Enquanto os dias da atividade não chegam, vamos relembrar dos principais assassinos mascarados que aterrorizaram inúmeros jovens entre nos anos 80 e 90.
 
                             Sexta-Feira 13
Sinopse: No Lago Cristal, um acampamento de férias, dois adolescentes foram assassinados. Vinte anos após o crime o acampamento reabre, mas uma série de novas mortes acontecem novamente.

Não me lembro se esse primeiro filme, da já clássica cine série de terror dos anos 80, passou no cine trash, mas tenho certeza que o segundo e o terceiro passaram na sessão. Portanto não seria justo falar dos outros capítulos e deixar de fora o primeiro, que muitos consideram insuperável.
Dirigido por Sean Sexton Cunningham, o filme foi criado unicamente na época, para pegar carona com o sucesso do filme Halloween - A Noite do Terror (78) de John Carpenter, portanto formula é a mesma. Jovens, sem nada para fazer, ficam curtindo muito sexo e droga, para então, serem vitimas do assassino em questão e no final, somente sobrar uma mocinha, para dar cabo (aparentemente) do vilão. Pode ter se tornado o maior clichê, mas o filme funcionou como uma beleza, para a época e ainda hoje, pois há momentos de pura tensão e de surpresas, para fazer ficar preso na cadeira, como por exemplo, o ato final que reserva momentos imprevisíveis. Para aqueles que acreditam que essa cine série começou com Jason, fica espantando com o primeiro filme, e acaba se dando conta que não é bem assim, mas é preciso assistir, pois não serei eu aqui que estragarei a surpresa. O que eu posso dizer, é que o filme carrega muitos elementos que já foram usados em filmes como Psicose, só que aqui, numa ordem inversa, e com isso, criou-se algo original, e que fez escola.


                     Sexta-Feira 13 - Parte II
Sinopse: Cinco anos após o massacre no acampamento Cristal Lake, novos instrutores se instalam num acampamento próximo. Um a um, os jovens do grupo são atacados e brutalmente mortos, revivendo a lenda de Jason.

Nem levou um ano e logo foi lançada essa seqüência do sucesso de 1980, só que desta vez, estrelado por Jason, mas um pouco diferente daquele Jason que nos conhecemos. Aqui, Jason ainda é humano, se fere facilmente e tão pouco usa sua famosa mascara de Hóquei. Foi por causa disso, que quando assisti pela primeira vez a esse filme no cine Trash, achei que fosse uma versão alternativa de Jason, ou simplesmente uma copia barata e descarada. Para vocês verem, como a imagem icônica do Jason posterior marcou as pessoas.
A trama aqui é praticamente a mesma da anterior, ou seja, jovens com os hormônios estourando, somente servindo de vitimas para Jason fazer o que faz de melhor, para dai então, sobrar uma mocinha e acabar (aparentemente) com o vilão no final. Como sempre, há um grande gancho para eventual continuação, e por mais que nos saibamos como termina cada capitulo, sempre queremos saber qual será as próximas vitimas ou como Jason dribla sua própria morte. Esse é o poder dessa famigerada criatura.

              Sexta - Feira 13 parte III em 3D
 

SINOPSE: Após a matança no Acampamento Crystal Lake,a ocupação de uma fazenda próxima por alguns jovens em busca de diversão chama a atenção maligna de Jason.

Como aqui, a formula seria a mesma (adolescentes + hormônios estourando + Jason = Assassinatos após azarações) o produtores decidiram injetar algo de novo neste capitulo que foi o 3D, que na época, esta ferramenta tentou resgatar o seu prestigio em diversos títulos (como Tubarão 3), mas no saúdo geral, não acrescentou em nada na série. As mortes foram mal organizadas e algumas tiveram sua melhor parte cortada da edição final (caso da morte da personagem Vera (Catherine Parks - flechada no olho).Contudo, é neste capitulo que finalmente Jason ganha sua tão conhecida máscara,a qual exibirá o corte provocado pela machadada dada pela personagem Chris. Curiosamente, a mascara surgiu meio que sem querer na trama, mas combinou tanto com o personagem, que os produtores mantiveram ela  nos capítulos seguintes. Hoje fica realmente difícil imaginar Jason sem aquela mascara sinistra.

             Sexta - Feira 13: Capítulo Final


SINOPSE: Após uma série de mortes horríveis na floresta ao redor do Acampamento Crystal Lake,dois irmãos têm de unir forças para matar Jason.


Com o objetivo de encerrar a cine serie de uma forma satisfatória, "O Capítulo Final" foi uma estratégia de marketing que levou muita gente ao cinema para ver como Jason morreria. Mas convenhamos que muitos não caíram neste conto do vigário, pois caso o filme fizesse sucesso (e realmente fez) seria inevitável que surgisse novos capítulos, o que acabou acontecendo. Mas tentarmos imaginar esse filme como realmente o final, faz com que ele funcione muito bem, tanto, que talvez esse seja o melhor filme da série,bem melhor elaborado e com cenas eletrizantes. A cena final denunciava descaradamente que haveria uma continuação e,possivelmente.pela sugestão dada,Tommy (Corey Feldman, o Bocão de Gonnies) seria a reencarnação de Jason. Mas isso não chegou nem perto de ocorrer.




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Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: SOBRENATURAL 2



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quarta-feira, 5 de março de 2014

Cine Especial: Slasher Movies: Virgens, Mascarados e Litros de Sangue: Parte 1



Nos dias 13 e 14 de março, eu estarei participando do curso Slasher Movies: Virgens, Mascarados e Litros de Sangue, criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista e cineasta Felipe M. Guerra. Enquanto os dias da atividade não chegam, vamos relembrar dos principais assassinos mascarados que aterrorizaram inúmeros jovens entre nos anos 80 e 90.  



         O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA 


Sinopse: Um grupo de jovens está em meio a uma viagem do Texas para o México, até enfrentarem um problema: a gasolina do carro chega ao fim. Eles param bem em frente a um matadouro, onde começam a procurar desesperadamente por um telefone. Porém o que eles não sabem é que ali vive uma família de canibais, incluindo um homem que mata usando uma serra elétrica.





Para o público de filmes de horror de hoje em dia, já acostumado a muito sangue, vísceras à mostra e todo o tipo de atrocidade sendo escancarada em closes de mesas de cirurgia, “O Massacre da Serra Elétrica”, de 1974, produzido com um orçamento baixíssimo e um elenco desconhecido e inexpressivo, pode até ser taxado como um filme de horror “light”, sem grande apelo. Mas essa impressão só seria sentida por aqueles que buscam nesse tipo de filme uma sensação barata de pavor, aquele pavor provocado por sustos gratuitos e gosto pelo repúdio da exposição desnecessária de carnificina. Já os que preferem embarcar em uma experiência sádica para uma ambientação intimidadora marcada por uma sucessão de cenas de teor absolutamente, fazendo-nos ranger os dentes de apreensão, esse filme dirigido por Tobe Hooper pode ser facilmente considerado um dos mais perturbadores já realizados, sendo um dos responsáveis pela criação de um sub-gênero, o slasher, altamente difundido na década seguinte, em diversos filmes, entre eles o mais célebre, “Sexta Feira 13”.

Assim como muitos outros filmes o fizeram (“Psicose”, “O Silêncio dos Inocentes”, entre outros), “O Massacre…” tem como inspiração principal a figura do psicopata Ed Gein, que aterrorizou uma cidade chamada Plainfield, nos EUA, durante os anos 50. O enredo do filme trata da história de um grupo de jovens, entre eles os irmãos Sally e Franklin (esse paraplégico) que viajam até a casa onde viveram na infância, agora abandonada, numa pequena cidade do interior do Texas, impulsionados pelos rumores envolvendo violação dos túmulos no cemitério local, onde foram verificar se não haviam mexido nos ossos de seus ancestrais. Acabam, porém, como todo bom grupo de adolescentes xeretas de filmes do gênero, invadindo uma outra casa, aparentemente também abandonada, e a partir daí se deparam com um nível de terror que jamais imaginariam poder passar um dia, nem nós, que embarcamos junto a eles, nessa inserção sem volta àquela atmosfera macabra. O filme te envolve de tal maneira que mesmo que o natural asco ao presenciar cenas de morte grotesca como a de um garoto levando uma marretada na cabeça e caindo, mexendo as pernas em espasmos nervosos, ou a contemplação da imagem de uma mulher sendo dependurada em um gancho pelas costas, como um animal prestes a ser abatido num matadouro te faça rejeitar o que vê, algo de podre dentro da gente parece nos impelir a assistir a tudo, até o fim, confortáveis pela sensação de proteção, de estar apenas espiando a desgraça alheia.

A última meia hora, onde a tensão chega a níveis insuportáveis, com a família de necrófilos (incluindo aí um avô meio zumbi) torturando a mocinha física e psicologicamente, é o ponto alto do filme. É nessa reta final que fica claro o poder hipnótico que ele consegue, nos deixando fisicamente fadigados, afoitos por um desfecho, seja ele qual for, para que possamos enfim sair de dentro daquele universo de sangue, corpos sendo esquartejados por um maluco portando uma moto serra, e ossos de animais ornamentando a decoração de uma casa que de acolhedora não tem nada. “O Massacre da Serra Elétrica” (que ganhou até um remake em 2003, muito mais parecido com os filmes que se derivaram dele do que com o original) é um registro cru e cruel de até onde pode ir a insanidade humana, e merece ser visto não somente a título de curiosidade, pela aura “cult” que o filme carrega, mas como contemplação de um dos melhores registros de filme de horror, no sentido mais literal possível da palavra, em todos os tempos.

 
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Cine Dica: Sessão Aurora apresenta amor louco da fase holandesa de Paul Verhoeven

 OBRA-PRIMA ERÓTICA DE PAUL VERHOEVEN NA SESSÃO AURORA
A primeira Sessão Aurora de 2014 apresenta neste sábado, 8 de março, às 19h, na Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), o filme Louca Paixão (Turks Fruit, 1973), uma das grandes audácias eróticas da fase holandesa de Paul Verhoeven. Após a sessão, acontece um debate com os editores do Zinematógrafo. A entrada é gratuita.
Antes de ir para Hollywood, onde assinou uma sequencia de grandes filmes – muitas vezes incompreendidos – como RoboCop (1987), O Vingador do Futuro (1990), Instinto Selvagem (1992), Showgirls (1995) e Tropas Estelares (1997), Verhoeven explorou os limites do erotismo cinematógrafico em sua terra natal. Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Louca Paixão apresenta sem rodeios a intensidade física que marca ainda hoje a obra do cineasta.
Em Louca Paixão, segundo longa-metragem de Verhoeven e ainda hoje o maior sucesso de público da história do cinema holandês, o encontro casual da jovem Olga (Monique van de Ven) e Eric (Rutg
er Hauer), um escultor mulherengo, acaba rendendo uma paixão incontrolável, que os atira contra todas as convenções sociais, além da reprovação da família da garota. O amour fou, tão reverenciado pelo cinema da década de 1970, especialmente o europeu, tem em Louca Paixão um de seus momentos mais convulsivos.
Como escreveu o crítico da Contracampo Luis Carlos Oliveira Jr.: "estamos relativamente acostumados a ver cineastas que filmam com o coração, com o cérebro, com a libido, com a musculatura estriada. Mas e um cineasta que, a isso tudo, acrescenta os intestinos, os humores mais vulgares e menos comedidos? Louca Paixão – acrescenta – é um amor louco filmado pelo diretor ideal".
 
LOUCA PAIXÃO (Turks Fruit)

1973
110 minutos
Holanda
Direção: Paul Verhoeven
Elenco: Monique van de Ven, Stapels Rutger Hauer, Tonny Huurdeman, Wim van den Brink
Exibição em DVD com legendas em português