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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Cine Especial: SUPERMAN NO CINEMA: Parte 1

Com o Homem de Aço nos cinemas, irei recapitular aqui um pouco sobre as melhores adaptações que Superman teve no cinema ao longo de sua historia.   

Superman: O Desenho animado (1941)

No começo dos anos 40 o Superman já era uma mania. Vendo todo o potencial que o personagem tinha, a Paramount Pictures procurou a Fleischer Studios, dos irmãos Max e Dave Fleischer e que fazia os ótimos desenhos do Popeye, e perguntou se o estúdio poderia produzir um desenho com o super-herói para passar nos cinemas. Na época a televisão não passava de um projeto de um rádio com imagem e os cinemas eram a grande diversão da família. Lá as pessoas não só viam um filme longa-metragem como também assistiam a um média-metragem (normalmente um seriado) e também viam desenhos animados da Disney, Paramount, Warner, entre outras. Bons tempos, não?
É claro que Max e Dave não queriam se arriscar a produzir um desenho do Azulão. O personagem pedia movimento, ação, grandes efeitos, ótima trilha sonora e edição, entre outras coisas bem caras para pequenos desenhos de dez minutos. Então os irmãos pediram uma pequena fortuna: queriam 100 mil dólares para fazer cada episódio, seis vezes mais que o que era gasto com os desenhos do Popeye. A Paramount ofereceu a metade disso e, como continuava sendo um valor alto, o estúdio aceitou.
Vendo cada desenho hoje dá para perceber que valeu cada centavo. A ação dos episódios deixa 90% do que vemos hoje na TV e no cinema no chinelo. A edição, então, nem se fala. Já os roteiros eram o espelho da época, com um Superman bem próximo do que foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster. Arrisco dizer que os episódios eram melhores até que os clássicos desenhos da Disney feitos naqueles tempos.

A influência do desenho também foi para os quadrinhos. Foi nessa série que o Super voou pela primeira vez. Até então ele só dava saltos e isso acabou ficando um pouco ridículo na tela grande. Na TV, os desenhos dos Fleischer foram uma forte influência para as grandes séries feitas pelo Bruce Timm para a DC nos anos 90, começando por Batman: The Animated Series.
Com um esforço de marketing fora do comum para esse tipo de desenho, que teve até trailer e pôsteres como se fosse um filme longa-metragem, a série foi um sucesso. Ajudou também terem escolhido os mesmos atores da série do Superman no rádio para fazer a voz de Clark Kent e Lois Lane na tela grande. Porém, os gastos eram muito grandes. Em valores atualizados, todos os 17 episódios produzidos custaram juntos quase 13,5 milhões de dólares, algo em torno de 24 milhões de reais. Haja dinheiro, hein?
Outro fator que contribuiu para o fim da série foi a briga entre os irmãos Max e Dave. Dave acabou fundando a Screen Gems e a Paramount comprou a Fleischer Studios, que foi renomeada Famous Studios. A mudança no comando também mudou o rumo dos roteiros, que saíram das históricas de ficção científica e passaram a focar mais na propaganda de guerra (os Estados Unidos estavam na Segunda Guerra Mundial na época).


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA

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terça-feira, 23 de julho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Qual é o Nome do Bebê?

SUCESSO NA FRANÇA, COMÉDIA CONQUISTA O PUBLICO DO INICIO AO FIM.    

Sinopse: Com mais de quarenta anos de idade, Vincent (Patrick Bruel) vai ser pai pela primeira vez. Radiante, ele é convidado pela irmã e o cunhado para jantar, em companhia de sua esposa e de um amigo de infância. Enquanto a esposa não chega, os amigos começam a fazer perguntas sobre a paternidade, até chegar à inevitável questão sobre o nome do bebê. Quando Vincent finalmente anuncia o nome escolhido, o caos se instala na família.

Se vocês gostaram do Deus da Carnificina de Roman Polanski, com certeza você vai amar essa produção francesa, cujo formato da trama se assemelha e muito há ultima obra do cineasta, mas que vai muito além do que a gente imagina.  Dirigido por Alexandre De La Patelliere, o filme é baseado na peça de Matthieu Delaporte, que também dirige e é autor da adaptação, e assim, boa parte da trama se passa na sala de estar de um dos casais. Surpreendentemente os diálogos fluem de uma maneira muito eficaz e o quinteto principal simplesmente está em sintonia um com os outros, fazendo com que as cenas se tornem dinâmicas e inesquecíveis.
Tudo acontece a partir do momento que o personagem Vincent (Patrick Bruel) anuncia que terá o seu primeiro filho com Anna (Judith El Zein), para sua irmã Elisabeth (Valérie Benguigui), o marido dela Pierre (Charles Berling) e por fim o amigo de toda essa turma Claude (Guillaume De Tonquédec). Mas quando ele fala qual será o nome do futuro bebê, se desencadeia uma teia de situações imprevisíveis durante a discussão sobre o bendito nome, que acaba não só gerando uma grande discussão sobre isso, como também acaba se enveredando a outros assuntos e fazendo com que o quinteto discuta cada vez mais. A situação chega ao ponto, que muitos segredos de cada um acabam saindo do armário, rendendo inúmeros momentos surpreendentes e muito engraçados, nos quais a gente facilmente solta um largo sorriso do rosto devido ao ponto que eles chegaram durante a discussão.
Não é a toa que o filme rendeu um imenso sucesso de publico e critica na frança, porque os personagens vão se descascando, se transformando ao longo da discussão e se distanciando bastante da maneira como eles foram apresentados nos primeiros minutos de filme. Quem rouba a cena é sem sombra de duvida Guillaume De Tonquédec com o seu personagem Claude, pois os seus amigos sempre tinham uma idéia de quem ele era, mas ele surpreende com a melhor, e mais engraçada revelação de toda a trama, mas que deixa todos da sala de estar de boca aberta. No final das contas, Qual é o nome do Bebê? é mais uma prova que o cinema francês está querendo diversificar o seu cardápio, rendendo não só tramas reflexivas, mas também deliciosas comedias cheias de energia. 

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Cine Dica: MOSTRA EM HOMENAGEM AO ATOR WALMOR CHAGAS


Dentro da programação da 8ª edição do Festival de Inverno da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) promove entre os dias 23 e 28 de julho uma mostra em homenagem ao ator gaúcho Walmor Chagas, morto em janeiro deste ano.
A abertura da Mostra Walmor Chagas, no dia 23 de julho, às 19h, terá uma sessão de autógrafos do livro Walmor Chagas – Ensaio Aberto para um Homem Indignado, de Djalma Limongi Batista (lançado pela Imprensa Oficial de São Paulo), seguida pela exibição do documentário biográfico Autovideografia, que Limongi Batista dedicou a Walmor. Cineasta amazonense radicado em São Paulo, Djalma Limongi Batista também dirigiu o ator em um de seus maiores sucessos no cinema, o longa Asa Branca, um Sonho Brasileiro, lançado em 1981, também presente na mostra. O cineasta virá especialmente a Porto Alegre para participar desta homenagem a Walmor Chagas. Seu documentário Autovideografia, que realizou a pedido de Walmor, inclui inúmeras sequências em Porto Alegre e também no Festival de Gramado, e conta com a participação de personalidades como Paulo Autran, José Lewgoy, Paulo Hecker Filho e Eva Sopher.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: RENOIR


Sinopse: Côte d'Azur, 1915. Pierre-Auguste Renoir (Michel Bouquet) é atormentado pela morte da esposa, as dores da artrite e a preocupação com o filho Jean (Vincent Rottiers), que luta na Primeira Guerra Mundial. Eis que surge em sua vida Andrée (Christa Theret), uma jovem bela e radiante que desperta no pintor uma inesperada energia. Rejuvenescido, Renoir a torna sua musa. Quando Jean retorna à casa do pai para se recuperar de um grave ferimento na perna, ele se envolve com Andrée e a torna também sua musa, mas de um sonho ainda distante: o de fazer cinema.

Existem filmes em que efeitos visuais, trilha, ou até mesmo o som acabam roubando a cena do filme e deixando a trama em segundo plano. Contudo, é algo raro de se ver uma parte técnica que serviu tão bem, para sintetizar o universo do protagonista e a bela fotografia apresentada no filme Renoir casa-se muito bem com o possível olhar que o famoso pintor (aqui interpretado pelo ator Michel Bouquet) tinha com relação ao mundo que vivia. Cada cena que surge na tela é uma obra de arte, onde representa muito bem a opinião do pintor numa parte do filme, que jamais usava tinta preta, pois preferia colocar nas telas um mundo agradável e alegre no qual ele enxergava.
Diferente do que muitos imaginam não se trata de uma reconstituição de toda a vida do pintor, mas sim uma parte dela, onde mais precisamente explora a sua relação que ele teve com o seu filho Jean Renoir (Vincent Rottiers), que naquela altura do campeonato, estava mais interessado em servir a pátria do seu país na primeira guerra mundial, do que ser um cineasta de grande prestigio que viria se tornar, gerando clássicos como A Grande Ilusão e A Regra do Jogo. Embora em nenhum momento o filme explore os primeiros passos dele como cineasta, como tão pouco a criação desses filmes citados, a trama vai mais há fundo, no momento que surge na vida do pintor e filho, a jovem modelo e aspirante em ser atriz Andrée (Christa Theret), que se torna a musa do pintor e possível paixão do futuro cineasta. Curiosamente, é a partir da ambição de Andrée em querer ser uma atriz de cinema, que irá começar há surgir nos pensamentos de Jean à idéia de querer filmar, mas a trama se envereda para o inicio desse relacionamento, para a inevitável instabilidade devido às ambições de Andrée.
A interpretação do trio principal é digno de nota, mesmo quando a beleza das imagens por vezes rouba a cena: Michel Bouquet é sem sombra de duvida a alma do filme, ao representar um Renoir em fim de vida, mas que jamais deixa para traz o seu amor pela profissão. Já Christa Theret por pouco não se torna apenas um objeto de decoração nas cenas, já que sua beleza (principalmente quando posa para o pintor) acaba por na maioria das vezes sobrepondo a sua interpretação. Contudo, o seu desempenho melhora e muito quando contracena com Vincent Rottiers, formando uma química em cena perfeita e fazendo surgir inúmeras camadas de interpretação com relação às verdadeiras identidades de seus personagens em relação ao mundo em que eles vivem.
Embora longo em alguns momentos, o filme nos encanta por ser uma declaração de amor para aqueles que amam as pinturas e ao mesmo tempo um pequeno exemplo sobre a força de vontade das pessoas com relação à sua busca pessoal em encontrar um lugar no mundo em que se vive. 

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: ANNA KARENINA

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Chamada de Emergência


Sinopse: Jordan (Halle Berry) é atendente do sistema de emergência da polícia americana. Determinado dia, atende uma ligação de uma jovem assustada com o fato de que existe um homem tentando invadir sua casa. O caso acaba com o pior final possível e Jordan fica traumatizada. Anos mais tarde, ela se vê diante do mesmo criminoso, que agora ameaça outra garota, Casey (Abigail Breslin).
  
Brad Anderson ganhou bastante notoriedade a partir do filme O Operário de 2005, mas amargou um retumbante fracasso com o filme Mistério da Rua 7. Porém, ele faz as pazes com o sucesso com esse Chamada de Emergência, que embora possua alguns momentos forçados, prende a atenção do espectador e faz com que tememos pelos personagens principais a cada segundo. A trama também é uma bela desculpa para conhecer esse mundo pouco explorado no cinema, que é os atendentes do 911 (aqui é 190), que no final das contas, possui uma imensa responsabilidade quando atende alguém que precisa de ajuda no outro lado da linha.
Halle Berry finalmente tem um papel digno de nota, pois desde que ganhou o Oscar de melhor atriz pela Ultima Ceia, ela parecia estar condenada a famigerada maldição “pós Oscar” de nunca conseguir melhores papeis. Aqui, ela interpreta uma atendente competente, mas que tem os seus nervos virados do avesso quando perde a chance de salvar a vida de uma garota nas mãos de um psicopata (Michael Eklund de Watchmen). Porém, ela tem uma segunda chance de salvar outra vida das mãos (pasmem) do mesmo psicopata.
Vale destacar que a segunda vitima é ninguém menos que a jovem atriz  Abigail Breslin, que o mundo conheceu através do ótimo Pequena Miss Sunchine e aqui ela possui uma ótima química com Halle Berry, mesmo que ambas permaneçam boa parte da trama somente se falando pelo telefone. As cenas que ela fica presa dentro do porta mala do assassino enquanto ela fala desesperadamente com a personagem de Berry é digno de nota e faz com que nos prendemos na poltrona a todo o momento. Brad Anderson surpreende ao criar inúmeros obstáculos, tanto para o assassino, como para os mocinhos que tentam caçá-lo a todo custo na estrada, criando então uma verdadeira montanha russa de emoções.
Infelizmente nem tudo são flores para esse filme, pois alem de haver algumas coincidências forçadas, o cineasta e o roteirista tropeçam feio ao criarem um final digno de comparação ao clássico Silencio dos Inocentes, mas que destoa completamente de tudo que foi visto durante o filme. A sensação que se da, que o final mais parece de outro filme e B alias, fazendo com que a obra por pouco não caia na lista de filmes dispensáveis. Se não fosse por minutos finais tão falhos, Chamada de Emergência poderia facilmente estar na lista de filmes indispensáveis desse ano, mas nem tudo é perfeito.       

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