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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Cine Curiosidade: "Godard, cinema, literatura" na CULT

De Mario Alves Coutinho:

  Caros amigos:

A revista CULT de abril deste ano, (com Rimbaud na capa...), número 178, na página 18, publicou uma resenha de página inteira do meu livro "Godard, cinema, literatura", muito simpática e cuidadosa. Aos meus amigos 
que ainda não leram a Cult deste mês, envio o arquivo com a resenha, caso 
quiiram ler.
Abração,
              Mário

Mostra Dias Andinos retrata cenas diárias e cotidianas



O SindBancários abre nesta quarta-feira, dia 10, às 19h, a exposição Dias Andinos, deBernardo Jardim Ribeiro. A mostra poderá ser visitada até 30 de abril, no Espaço Cultural, localizado no andar térreo da Casa dos Bancários.
A fotografia de Bernardo apresenta cenas diárias e cotidianas, testemunhando mais do que o dia a dia nos permite ver. O resultado, ainda que seja fruto do acaso, sugere à nossa reflexão valores maiores e universais do humano. São cenas voláteis que normalmente fogem a um olhar desatento.
“Dias Andinos” resume uma viagem de Bernardo ao Peru e à Bolívia em 2012 e 2013. Nesses países onde felizmente a cultura pré-colombiana subsiste até hoje, onde o quechua e a Pacha Mama são expressões contemporâneas e presentes, sentimos o grande valor da singularidade e da ancestralidade ameríndia. O mais impressionante é que neste ambiente estão cristalizados nos vivos personagens milenares, que assim como nós, estão agindo naturalmente em seus afazeres diários.

Casa dos Bancários
(51) 34331204 / 34331205
www.sindbancarios.org.br

terça-feira, 9 de abril de 2013

Cine Especial: "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA": Parte 8

Nos dias 13 e 14 de abril, estarei participando do curso  "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA" criado pelo Cena Um e ministrado pelo critico de cinema ROBERTO SADOVSKI. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre as quinze melhores adaptações da Marvel para o cinema (em ordem cronológica) nestes últimos quinze anos.

QUARTETO FANTÁSTICO

Sinopse: Quatro astronautas ganham poderes especiais após sofrerem um grave acidente espacial. Juntos eles são... O Quarteto Fantástico! Só que há um homem com planos bastante duvidosos que irá confrontar nossos heróis, um tal de Doutor Destino.

Não faltaram pessoas que malharam contra essa adaptação, sobre um dos grupos de maior sucesso da editora Marvel, mas existe uma razão para tudo: para começar, o publico já estava mais do que acostumado a assistir super produções de qualidade baseado em HQ (na época, a ultima foi Homem Aranha 2), mas quando deram de cara com Quarteto Fantástico, viram uma produção pra lá de simples, que embora aja algumas cenas de ação e efeitos visuais, o filme vai mais para o lado do humor inocente. Se por um lado o estúdio frustrou as expectativas do publico, por outro respeitou um dos maiores charmes desses personagens, que era os conflitos familiares que eles passam nas HQ, com algumas pitadas de humor pastelão.
A quem acredite que o filme era para ser algo completamente diferente do que foi apresentado para o publico, pois houve um boato na época que após o sucesso de Os Incríveis da Pixar em 2004 (que por ventura existe vários pontos semelhantes da família Marvel) fez com que o estúdio Fox mandasse os produtores e diretor (Tim Story), fazer algo completamente diferente. Se a versão anterior seria melhor ou pior, nos nunca iremos saber, mas no final das contas, Quarteto Fantástico resgata um pouco do tempo que os super heróis não precisavam ser levados tão a sério. Quem assiste hoje, curte na boa numa sessão da tarde da vida e se diverti com as situações que os personagens se metem ao tentarem se acostumarem com os seus novos poderes que adquiriram.
Do elenco, se destaca Michael Chiklis, que ao interpretar Bem Grimm (o Coisa) consegue ser fiel as raízes do personagem, que sempre sofreu complexo devido a sua forma rochosa e que vira sempre alvo de gozação Johnny Storm (Chris Evans), o Tocha Humana. Em contra partida, Ioan Gruffudd e Jessica Alba (Sr e Sra. Fantástico) fazem apenas um trabalho mediano em seus respectivos papeis, sendo que Gruffudd alias, não faz nenhum esforço para passar para o publico, que o seu Sr Fantástico é um verdadeiro gênio da ciência. Para piorar, Julian McMahon, que embora seja um ótimo ator, seu desempenho ao interpretar Victor Von Doom, O Doutor Destino, não é nenhum pouco diferente do que foi visto no seu personagem narcisista e mulherengo Christian Troy em  Nip/Tuck (Estética).
Embora com esses altos e baixos, Quarteto Fantástico conseguiu-se pagar e rendeu uma seqüência, que infelizmente rendeu muito menos para o estúdio. Visto hoje, talvez ele seja o melhor do grupo de filmes medianos da Marvel, que se encontram obras bem piores como Demolidor, Electra, Justiceiro, Homem Coisa e Wolverine: Origens. 

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Cine Curiosidade: HERÓIS NA MÍDIA


ATIVIDADE PARA O PRÓXIMO FINAL DE SEMANA FOI DESTAQUE NO JORNAL DO COMÉRCIO DE HOJE. 

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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cine Especial: "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA": Parte 7


Nos dias 13 e 14 de abril, estarei participando do curso  "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA" criado pelo Cena Um e ministrado pelo critico de cinema ROBERTO SADOVSKI. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre as quinze melhores adaptações da Marvel para o cinema (em ordem cronológica) nestes últimos quinze anos.

Homem Aranha 2 

Sinopse:Após derrotar o Duende Verde a vida de Peter Parker (Tobey Maguire) muda por completo. Temendo que Mary Jane (Kirsten Dunst) sofra algum risco por ser ele o Homem-Aranha, Peter continua escondendo o amor que sente e se mantém longe dela. Ao mesmo tempo precisa lidar com Harry (James Franco), seu melhor amigo, cuja raiva pelo Homem-Aranha aumenta cada vez mais por considerá-lo como sendo o assassino de seu pai. Além disso sua tia May (Rosemary Harris) passa por uma fase difícil após a morte de seu tio Ben, estranhando também o comportamento do sobrinho. Enquanto precisa lidar com seus problemas particulares Peter recebe ainda uma má notícia: o surgimento do Dr. Octopus (Alfred Molina), um homem que possui tentáculos presos ao corpo.

Com o sucesso estrondoso do primeiro filme, Sam Raimi teve total liberdade criativa para a criação dessa seqüência. Com a origem já contada, o filme explora outros pontos da vida do personagem, como se dividir nos estudos, trabalho e na vida de super herói. Isso acaba gerando um estresse psicológico no personagem, rendendo momentos antológicos, em que ele perde os poderes e rendendo situações constrangedoras (a cena do elevador é hilária). Além do já habitual "chove e não molha" da relação de Peter e Mary Jane, temos o nascimento de um novo vilão, o Doutor Octopus, brilhantemente interpretado por Alfred Molina (Frida).
E se muitos sentiam falta da total liberdade criativa do diretor no filme anterior, aqui Raimi soltas as amarras, e trás a tona o que sabe fazer de melhor com a câmera, desde zooms rápidos há giros da câmera vertiginosos. Bom exemplo disso, é na seqüência em que Octopus está na mesa de cirurgia de um hospital, e que acaba matando todos os médicos, numa cena, que imediatamente nos faz agente se lembrar dos melhores momentos da trilogia Uma Noite Alucinante. Com cenas fantásticas de ação (a do trem está entre as melhores cenas de ação da historia), e um ato final que nos brinda com um verdadeiro gancho para derradeira terceira parte, Homem Aranha 2 até hoje é a melhor aventura do herói no cinema, por ser feita com coração e de uma forma bem pensada.   

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Cine Dica: CineBancários estreia o elogiado Rânia, drama que aborda adolescência e exploração sexual


CineBancários estreia o elogiado Rânia, drama que aborda adolescência e exploração sexual 

O CineBancários lança, com exclusividade, em 9 de abril, o longa nacional Rânia, de Roberta Marques, elogiado drama que aborda com sensibilidade as inquietações da adolescência, ao mesmo tempo que toca em um tema controverso, o turismo sexual na região Nordeste do Brasil.
O filme tem sessões de pré-estreia na sexta, dia 5, e no sábado, 6, às 21h. Permanece em cartaz de 9 a 14 nas sessões das 15h30, 17h30 e 19h30. Nos dias 16, 17 e 18 o filme será exibido somente às 17h30 e 19h30.
Ingressos a R$ 6,00 para o público em geral e R$ 3,00 para bancários e jornalistas sindicalizados, estudantes, idosos e clientes do Banrisul.
Assinado pela diretora cearense Roberta Marques, Rânia tem sua trama ambientada em Fortaleza, no Ceará. A protagonista do filme é a adolescente Rânia (Graziela Felix), que passa seus dias entre a escola municipal, os afazeres domésticos e o trabalho em uma barraca. Seu sonho, no entanto, é ser bailarina. Sua amiga inseparável, Zizi (Nataly Rocha), a introduz no Sereia da Noite, local de boemia, onde a dança, a orgia e o dinheiro se combinam, confundem e agitam a madrugada. Quando conhece a coreógrafa Estela (Mariana Lima), Rânia se vê dividida entre a farra e a disciplina da dança, entre a facilidade de ganhar dinh eiro na noite e o sonho de dançar e ser artista. Ela vai seguindo seus próprios passos dia após dia, vivenciando um acúmulo de interferências, misturas e possibilidades.
 Além de participar da competição oficial do festival de Roterdã em 2012, Rânia foi o vencedor da Première Brasil - "Novos Rumos" no Festival do Rio, em 2011, e vem colhendo boas críticas desde suas primeiras exibições. As boas atuações de seu elenco, em que se destacam as estreantes Graziela Felix e Nataly Rocha e a sempre excelente Mariana Lima, chama a atenção a sutileza com que a diretora Roberta Marques – em sua estreia no longa-metragem de ficção – conduz a narrativa, que guarda semelhanças com outra produção recente também vinda do Nordeste, Deserto Feliz, de Paulo Caldas.

Informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

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domingo, 7 de abril de 2013

Cine Especial: "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA": Parte 6


Nos dias 13 e 14 de abril, estarei participando do curso  "MARVEL - 15 ANOS DE AVENTURA NO CINEMA"   criado pelo Cena Um e ministrado pelo critico de cinema ROBERTO SADOVSKI. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre as quinze melhores adaptações da Marvel para o cinema (em ordem cronológica) nestes últimos quinze anos.

HULK

Sinopse: O Cientista  Bruce Banner (Eric Bana) tem dificuldades em lidar com a sua ira. Sua vida tranquila de brilhante ciêntista que trabalha com a ex-namorada Betty Ross (Jennifer Connely) esconde um passado doloroso. Um acidente de laboratório revela os heróicos impulsos de Bruce mas também liberta seus demônios. E ele se torna o mais poderoso ser na face da terra. Um super-herói e um monstro.

Tem certas sessões de filmes que nunca me esqueço e a sessão que eu assisti ao filme Hulk (2003) era uma delas. Fui assistir no saudoso cinema Imperial de Porto Alegre e na minha frente estava um pai e o seu filho, sendo que esse ultimo estava muito eufórico para ver o Hulk na tela grande. Mas depois de quase uma hora de filme (legendado) e sem o gigante esmeralda aparecer, a criança não agüentava mais e queria logo ir embora, mas quando ia fazer isso, o personagem surge finalmente na tela, muito embora o estrago já estivesse mais do que feito.
Esse pequeno exemplo que estava na minha frente na sessão, sintetizou o que foi para o publico ao assistir a primeira adaptação do cinema para o gigante esmeralda: muitos amaram, outros (como o pequeno na frente) odiaram, mas visto hoje, podemos ter absoluta certeza, que foi realmente uma adaptação de HQ a frente daquele tempo e muito se deve ao diretor que estava no comando, Ang Lee. O recém premiado com sua obra prima O Tigre e o Dragão, Lee optou em deixar as cenas de ação em segundo plano e decidindo então explorar o lado psicológico dos personagens, mais precisamente uma trama que escava os conflitos familiares e as conseqüências que isso gera. Por eu ser um colecionador de HQ, percebi imediatamente, que Ang Lee se baseou bastante na fase em que o roteirista Peter David injetou novas idéias e significados sobre a origem do monstro, como o fato de Bruce Banner quando pequeno ter visto o seu próprio pai matar a sua mãe quando a estava defendendo dele.
Essa passagem da historia do personagem nas HQ, serviu de ponta pé inicial para a criação da historia para o personagem no cinema, mas diferente da HQ, o pai do protagonista teria um papel essencial, não somente por ter causado um trauma na vida dele, como na sua própria criação. Nick Nolte é sem sombra de duvida o melhor interprete da produção, ao interpretar o pai e cientista louco responsável pela criação do monstro, que se escondia dentro do seu filho Bruce (Eric Bana).  Sempre quando surge, Nolte da um show de interpretação e seu desabafo sobre o dia fatídico que acabou provocando a morte da sua esposa, é sem sombra de duvida a melhor parte do filme. Já Eric Bana tem uma interpretação pra lá de competente, ao passar para o espectador que assiste, todo lado de conflito interior que o personagem tem, dando a sensação de que a qualquer momento ele irá explodir.
Mas não é só isso: o filme ainda nos brinda com a relação conflituosa entre Betty Ross (Jennifer Connelly) e Bruce, sendo que antes namorados do passado, ambos se separaram devido a medos desconhecidos. O motivo da não união dos dois, esta precisamente num sonho em que Betty era assombrada, no qual ela pequena, é abandonada pelo pai General Ross (Sam Eliott), para logo em seguida ser morta pelo próprio Bruce. Esse sonho não só representava a relação difícil de Betty com o seu pai, como também levantava duvidas sobre as origens do casal da trama, mas que acredito que seria mais explorado, caso houvesse uma seqüência dessa versão.    
Mas com tudo isso que eu já disse como fica o Hulk em si e as cenas de ação que ele protagoniza? Quando a criatura surge nas suas duas primeiras transformações, infelizmente é de noite, o que dificulta um pouco em ver o que estava acontecendo na tela (principalmente na sala Imperial que era muito escura). Contudo, Ang Lee foi sábio em jogar a criatura no decerto e na luz do dia, onde ele enfrenta o exercito de Ross e sintetiza o verdadeiro “Hulk esmaga” das HQ. Nesta parte, os fãs não têm o que reclamar, pois Hulk, ruge, salta (mais do que o normal) e trata os soldados como não se fosse nada. Tudo embalado com uma impressionante trilha sonora composta pelo compositor Danny Elfman (Batman) e com uma impressionante edição, que faz com que as tão lembradas montagens de câmera de Brian de Palma dos seus filmes, se parecerem nada.
Tai uma coisa que nunca irei entender como o fato dos membros da academia do Oscar não ter indicado o filme nesta parte técnica (montagem), pois Ang Lee cria uma verdadeira HQ em movimento na tela, jogando inúmeros quadros, onde cada um deles mostra um ângulo diferente de determinada situação que esta acontecendo na tela. Na época, eu ainda não era familiarizado com as famosas imagens de inúmeros ângulos diferentes que o diretor Brian de Palma criava, mas pelo visto, Ang Lee se sobressaiu, atingindo patamares nunca antes alcançados por De Palma neste quesito. Uma pena, portanto que muita porcaria havia sido escrita sobre o filme na época, pois além do fato de alguns não terem compreendido a proposta do diretor, essa edição quase nunca era lembrada, sendo reconhecida um tanto que tardiamente.
Tendo apenas obtido um relativo sucesso nos cinemas, a versão  Hulk de Ang Lee jamais teve seqüência, mas sempre foi defendida por aqueles que viam algo além do que uma mera adaptação de HQ. Hulk voltaria novamente em mais duas tentativas para o cinema, mas isso é uma outra historia.  

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