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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sábado, 2 de março de 2013

Cine Dica:Mostra Grandes Personagens Femininos da História do Cinema


Grandes Personagens Femininos da
História do Cinema
 5 a 10 de março de 2013
Entrada Franca
Como vem fazendo todos os anos, desde a sua inauguração, o CineBancários realiza na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher uma mostra dedicada ao universo feminino. Em 2013, o foco escolhido para essa já tradicional programação é a representação da mulher pelo cinema ao longo de sua história.
Intitulada Grandes Personagens Femininos da História do Cinema, a mostra preparada pelo CineBancários promove um vôo panorâmico ao longo dos últimos 90 anos de produção cinematográfica, elegendo um título emblemático para cada década. Os títulos selecionados começam nos anos 20, com a obra-prima do cinema mudo A Paixão de Joana d’Arc, de Carl Theodor Dreyer, sobre a trágica heroína francesa, e estendem-se até os anos 2000, representados pela comédia O Diabo Veste Prada, de David Frankel, que mostra de maneira bem humorada as dificuldades da mulher contemporânea para equilibrar o sucesso no mercado de trabalho e a vida familiar. Desta forma, o público terá acesso não apenas a momentos mem oráveis da história do cinema, como também poderá acompanhar as mudanças sociais e de comportamento que possibilitaram à mulher ocupar um papel cada vez mais livre e independente na sociedade.
  
PROGRAMAÇÃO
  
ANOS 20

A Paixão de Joana d’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc), de Carl Theodor Dreyer (França, 1928, 110 minutos)
A jovem camponesa Joana D'Arc (Maria Falconetti) é condenada à morte por ter liderado o povo francês contra o exército invasor inglês, dizendo que foi inspirada por Jesus e São Miguel. Após ser capturada pelos ingleses, é levada à prisão, torturada, vai à julgamento por heresia e por fim é executada. Durante todo esse tempo, ela sofre por causa das acusações e também devido ao abandono da Igreja Católica e dos seus compatriotas franceses. Considerado um dos maiores filmes da história do cinema, com atuação antológica de Maria Falconetti e a participação no elenco de Antonin Artaud.
  
ANOS 30

O Anjo Azul (Der Blaue Engel), de Joseph von Sternberg (Alemanha, 1930, 100 minutos)
Immanuel Rath (Emil Jannings) é um severo mas respeitado professor, que vê alguns dos alunos passando cartões postais que mostram uma sensual cantora de cabaré (Marlene Dietrich), que se apresenta em um clube local. Certa noite, pensando em flagrar alguns dos seus estudantes, Rath vai ao cabaré, mas é envolvido pela selvagem atmosfera do local quando a sedutora Lola (Marlene Dietrich) entra em cena. Após a apresentação, Rath descobre onde é o camarim de Lola e imediatamente se encanta com ela. Obcecado pela mulher, irá se submeter a todos os seus desejos, sucumbindo a uma paixão que destruirá sua vida. Inspirado no clássico romance de Heinrich Mann, foi o filme que lançou a atriz alemã Marlene Dietrich ao estrelato internacional.
  
ANOS 40

Laura (Laura), de Otto Preminger (EUA, 1944, 87 minutos)
Investigando a morte da diretora de uma agência de propaganda, Laura Hunt (Gene Tierney), que teve o rosto destruído por tiros de espingarda, o detetive Mark McPherson (Dana Andrews) interroga Waldo Lydecker (Clifton Webb), seu mentor e um influente jornalista, que considerava Laura não apenas sua maior "criação" mas também sua propriedade pessoal. Laura estava noiva de Shelby Carpenter (Vincent Price), um playboy, para desgosto de Lydecker e da tia de Laura, Ann Treadwell (Judith Anderson), uma mulher rica que era apaixonada por Carpenter. Enquanto a investigação evolui McPherson sente-se atraído pela vítima e, ao ir ao apartamento dela em busca de provas, contempla uma pintura de Laura pendurada na parede. Repentinamente acontece o inesperado, pois Laura surge na sua frente viva e com o rosto sem nenhum ferimento. Um clássico do cinema “noir”, em que a atriz Gene Tierney cria uma das grandes mulheres fatais do cinema.
  
ANOS 50

A Malvada (All About Eve), de Joseph L. Mankiewicz (EUA, 1950, 138 minutos)
Na noite de entrega de um grande prêmio teatral, todas as atenções se voltam para a atriz Eve Harrington (Anne Baxter). Utilizando o flashback, a vida de Eve é revelada, desde quando conheceu e foi contratada como secretária de Margo Channing (Bette Davis), uma grande estrela da Broadway, até ela mesma alcançar o estrelato. Obra-prima de Mankiewicz, tido como o melhor filme já realizado sobre os bastidores do mundo teatral.
  
ANOS 60

Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos Oliveira (Brasil, 1967, 92 minutos)
Longa de estreia de Domingos Oliveira, é um dos filmes mais marcantes e emblemáticos dos anos 1960 no Brasil. Ao narrar a trajetória de um Don Juan (Paulo José) domado por sua musa maior (Leila Diniz), o filme transcende os limites da comédia romântica de costumes para sintetizar as inquietações existenciais e os dilemas morais de toda uma geração. Com inspirada fotografia em preto e branco de Mário Carneiro, o filme é de uma inventividade estética inesgotável, lançando mão de uma montagem descontínua e de procedimentos do documentário para aumentar a sua força expressiva e o seu impacto sobre o espectador. Mais de quatro décadas depois de seu lançamento, mantém intactos o frescor e a vitalidade.
  
ANOS 70

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall), de Woody Allen (EUA, 1977, 93 minutos)
Alvy Singer (Woody Allen), um humorista judeu e divorciado que faz análise há 15 anos, acaba se apaixonando por Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora em início de carreira com uma cabeça um pouco complicada. Em um curto espaço de tempo eles estão morando juntos, mas depois de um certo período crises conjugais começam a se fazer sentir entre os dois. O filme que consagrou Woody Allen em Hollywood, vencedor de vários prêmios Oscar, incluindo melhor filme e melhor atriz para Diane Keaton.
  
ANOS 80

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (Mujeres al Borde de un Ataque de Niervos), de Pedro Almodóvar (Espanha, 1988, 89 minutos)
Em Madri, Pepa Marcos (Carmen Maura), uma atriz que está grávida, é abandonada por Ivan (Fernando Guillén), seu amante, e se desespera tentando encontrá-lo, pois deseja que ele lhe explique por qual motivo a deixou. Enquanto tenta falar com ele recebe a visita de Candela (María Barranco), uma amiga que se apaixonou por um desconhecido e agora que descobriu que ele é um terrorista xiita teme ser presa. Mais tarde chega ao apartamento Carlos (Antonio Banderas), o filho de Ivan, acompanhado de Marisa (Rossy de Palma), sua noiva, pois os dois estão procurando um imóvel para alugar. Hilariante comédia de erros, que marca o momento de maturidade do cinema do diretor espanhol Pedro Almodóvar.
  
ANOS 90

Corra Lola, Corra (Lola Rennt), de Tom Tykwer (Alemanha, 1999, 81 minutos)
Manni (Moritz Bleibtreu), o coletor de uma quadrilha de contrabandistas, esquece no metrô uma sacola com 100.000 marcos. Ele só tem 20 minutos para recuperar o dinheiro ou irá confrontar a ira do seu chefe, Ronnie, um perigoso criminoso. Desesperado, Ronni telefona para Lola (Franka Potente), sua namorada, que vê como única solução pedir ajuda para seu pai (Herbert Knaup), que é presidente de um banco. Assim, Lola corre através das ruas de Berlim, sendo apresentados três possíveis finais da louca corrida de Lola para salvar o namorado. Um dos filmes de culto dos anos 90, que usa recursos de animação e a linguagem dos videogames para conquistar os espectadores jovens.
  
ANOS 00

O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada), de David Frankel (EUA, 2006, 109 minutos)
Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego na mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão simples assim. Meryl Sreep cria uma personagem inesquecível, a despótica Miranda Priestly, que precisa endurecer para sobreviver no competitivo mercado de trabalho novaiorquino.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

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sexta-feira, 1 de março de 2013

Cine Especial: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: Parte 4


Nos dias 10 e 11 de março, estarei participando do curso Brian de Palma: O Poder da Imagem, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Leonardo BomFim. Enquanto os dois dias não chegam, por aqui, estarei escrevendo tudo o que eu sei sobre os filmes desse cineasta, que muitos o consideram como sucessor (ou imitador) de Alfred Hitchcock.  
Um Tiro Na Noite
  
Sinopse: Um jovem que trabalha em uma produtora de cinema de filmes B grava acidentalmente alguns ruídos em uma rua à noite, referentes a um acidente de carro que resultou na morte de um governador. Ele tenta então reconstituir os acontecimentos, através de suas gravações, para desvendar um intrincado quebra-cabeças.

Mesmo que algumas vezes ou outra tenha sido acusado de, imitar demais o mestre Alfred Hitchcock, De Palma jamais desapontou em inicio de carreira, principalmente quando colocava 100% de sua visão pessoal de fazer filmes na tela, sendo que aqui não foi diferente. O assassinato da trama é uma mera desculpa para o diretor deitar e rolar com sua câmera, sendo em momentos em que divide a tela (assim como em Carrie: A Estranha) ou sendo em momentos, em que pega a cena do crime e apresenta em diversos ângulos, a partir de cada passo que o personagem de John Travolta vai se aprofundando no caso. O diretor ainda aproveita para fazer sempre quando pode uma pequena homenagem a 7ª arte lá e aqui com os recursos técnicos de cinema, através do personagem de John Travolta, que é do ramo.
 É simplesmente delicioso ver o personagem fazendo um filminho mental a partir de recortes de uma revista, sendo que foi uma das minhas partes preferidas. E se já não bastasse isso, De Palma prova aqui que é um diretor que vai contra a maré e apresenta um final anti-hollywoodiano que poucas pessoas estão acostumadas. E para dizer que o diretor não deu nenhum pequeno toque a “lá Hitchcock”, ele presta uma pequena homenagem inocente ao diretor inglês no inicio do filme, mas aqui, não passa de uma mera pequena brincadeira.
  
Curiosidade: Durante o processo de edição de Um Tiro na Noite dois rolos de filmagens foram roubados e nunca mais vistos. As cenas contidas nestes rolos tiveram então que ser novamente rodadas, com um custo de US$ 750 mil. Como o diretor de fotografia Vilmos Zsigmond já estava trabalhando em outro filme neste período, ele foi substituído nestas cenas por Laszlo Kovacs.

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Cine Dicas: Estréias no final de semana (01/02/13)


Hitchcock

Sinopse: Adaptação do livro "Alfred Hitchcock And The Making Of Psycho". Retrata os bastidores do clássico do suspense Psicose (1960), com foco no romance entre o diretor Alfred Hitchcock (Anthony Hopkins) e sua esposa e parceira Alma Reville (Helen Mirren).


Colegas

Sinopse: Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pook) e Márcio (Breno Viola) eram grandes amigos e viviam juntos em um instituto para portadores da síndrome de Down, ao lado de vários outros colegas. Um belo dia, surge a ideia de sair dali para realizar o sonho individual de cada um e inspirados pelos inúmeros filmes que já tinham assistido na videoteca local, eles roubam o carro do jardineiro (Lima Duarte) e fogem de lá. A imprensa começa a cobrir o caso e a polícia não gostou nem um pouco dessa "brincadeira". Para resolver o problema, coloca dois policiais trapalhões no encalço dos jovens, que só querem realizar os seus sonhos e estão dispostos a viver essa grande aventura, que vai ser revelar repleta de momentos inesquecíveis.


Dezesseis Luas

Sinopse: Ethan Wate (Alden Ehrenreich), é um estudante de colegial que fica enfeitiçado por Lena Duchannes (Alice Englert), aluna nova, de 16 anos, que acaba de chegar de outro estado - e com quem ele estranhamente tinha pesadelos há meses. Os dois se unem para enfrentar uma maldição sobrenatural que persegue a família dela há gerações: sempre que uma Duchannes completa 16 anos, ela deve escolher se será para a vida toda uma feiticeira do Bem ou do Mal.


CAVERNA DOS SONHOS ESQUECIDOS

Sinopse: Um lugar extraordinário e desconhecido é revelado, pela primeira vez, pelo diretor alemão Werner Herzog. A Caverna de Chauvet, no sul da França, um dos mais importantes sítios de arte pré-histórica do mundo, reúne as mais antigas criações pictóricas da humanidade. Descoberta apenas em 1994, Chauvet guarda centenas de pinturas rupestres intocadas que retratam 13 espécies diferentes, incluindo cavalos, bois, leões, ursos e rinocerontes, que remontam há mais de 30 mil anos.


Amanhecer Violento

Sinopse: Uma invasão de soldados soviéticos e cubanos toma conta de uma cidade. À mediada que ela é invadida pelas forças militares, 8 jovens escapam para as montanhas. Adotando o nome da sua equipe de futebol, os Wolverines, eles formam uma guerrilha armada em defesa dos seus pais, amigos e do próprio país.

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cine Especial: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: Parte 3


Nos dias 10 e 11 de março, estarei participando do curso Brian de Palma: O Poder da Imagem, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Leonardo BomFim. Enquanto os dois dias não chegam, por aqui, estarei escrevendo tudo o que eu sei sobre os filmes desse cineasta, que muitos o consideram como sucessor (ou imitador) de Alfred Hitchcock.

VESTIDA PARA MATAR

Sinopse: Um terapeuta de Manhattan, o Dr. Robert Elliott, enfrenta o momento mais aterrorizante de sua vida, quando um assasino psicopata começa a atacar as mulheres de sua vida - usando uma navalha roubada de seu escritório. Desesperado para encontrar o assassino antes que outra pessoa seja ferida, Elliott logo se vê envolvido em um mundo de escusos e pertubadores desejos.

Ninguém duvida do talento de Brian De Palma, mas se há um defeito no diretor, talvez esteja no fato dele possuir uma mania de querer sempre homenagear (ou imitar) Alfred Hitchcock e esse filme é um grande exemplo disso, Contudo a trama é envolvente, onde o diretor usa e abusa da câmera em vários ângulos inusitados e é nestes momentos em que o diretor mais gosta em homenagear o diretor Inglês. Fora o fato da trama em muitos momentos lembrar elementos de Um Corpo que Cai e Psicose, mas o filme fala por si e é um dos meus favoritos no tempo do auge da carreira do diretor.
  
Curiosidades: Quando jovem Brian De Palma, incitado por sua mãe, seguiu seu pai com equipamento de gravação, para tentar flagrá-lo com outra mulher. Este fato serviu de inspiração para Vestida para Matar.Nos anos 70 Brian De Palma escreveu um roteiro baseado no artigo "Cruising", de Gerald Walker, que falava de uma série de assassinatos brutais no universo gay de Nova York. De Palma não conseguiu os direitos do artigo e, com isso, adaptou alguns elementos de seu roteiro para Vestida para Matar.

NOTA: 
Curso para o próximo final de semana foi destaque no Jornal do Comércio de hoje. 

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cine Especial: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: Parte 2


Nos dias 10 e 11 de março, estarei participando do curso Brian de Palma: O Poder da Imagem, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Leonardo BomFim. Enquanto os dois dias não chegam, por aqui, estarei escrevendo tudo o que eu sei sobre os filmes desse cineasta, que muitos o consideram como sucessor (ou imitador) de Alfred Hitchcock.

  Dublê de Corpo

Sinopse: O fracassado e claustrofóbico ator de filmes B Jake Scully acabam recebendo uma proposta irrecusável de Sam Bouchard: ficar no belo apartamento de um amigo seu enquanto procura lugar para ficar, após presenciar a traição de sua esposa. No novo apartamento, ele presencia estranhos acontecimentos com uma vizinha, e passa a persegui-la e a querer ajudá-la, mas não sabe o perigo que estará correndo.

Muitos podem culpar De Palma de ser um pretensioso, ou um mero imitador de Alfred Hitchcock, mas se analisarmos bem, de suas imitações (ou homenagens) ao mestre do suspense, ele acaba que por vezes criar algo novo. Foi assim com Vestida para Matar e com Dublê de Corpo não foi diferente. Usando elementos de Janela Indiscreta e principalmente Um Corpo que Cai, De Palma cria uma trama investigativa que nos leva em meio ao mundo do cinema onde o diretor, por vezes ou por outra, presta homenagem também.
Não faltam cenas que se tornaram clássicas como o beijo do casal na praia na qual a câmera faz um giro de 360º graus (Um pouco de Um Corpo que Cai e uma dica do que viria futuramente em Matrix) e a cena do assassinato de um determinado personagem através de uma furadeira (clara referencia ao Massacre da Serra Elétrica).

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Cine Dica: Em Cartaz: AS SESSÕES



Sinopse: Mark O'Brien (John Hawkes) é um escritor e poeta que, ainda criança, contraiu poliomielite. Devido à doença ele perdeu os movimentos do corpo, com exceção da cabeça, e precisa passar boa parte do dia dentro de um aparelho apelidado de "pulmão de aço". Mark passa os dias entre o trabalho e as visitas à igreja, onde conversa com o padre Brendan (William H. Macy), seu amigo pessoal. Sentindo-se incompleto por desconhecer o sexo, Mark passa a frequentar uma terapeuta sexual. Ela lhe indica os serviços de Cheryl Cohen Greene (Helen Hunt), uma especialista em exercícios de consciência corporal, que o inicia no sexo.

Bateram tanto na tecla, pelo fato de Bem Affleck não ter sido indicado para melhor diretor por Argo, que muitos se esqueceram de reclamar da ausência de John Hawkes (Inverno da Alma), entre os indicados a melhor ator, por sua delicada e impressionante interpretação neste filme. Ao interpretar um portador de poliomielite (que o deixa paralisado do pescoço pra baixo), Hawkes incorpora de corpo e alma, uma pessoa impedida de fazer inúmeras coisas, mas que jamais se abaixa perante os obstáculos, mesmo naquele, que acredita  que seja o seu maior desafio: fazer sexo pela primeira vez na vida. A tarefa não é das mais fáceis, principalmente por acreditar em certos desígnios da igreja e que acaba o levando a sempre consultar com o seu melhor amigo e padre  (William H. Macy, espetacular). O encontro dos dois é sem sombra de duvida os momentos mais cômicos do filme, que ao mesmo tempo gera inúmeros debates sobre religião e do que é certo e errado no que irá  fazer durante a vida.
Ao procurar uma especialista de exercícios de consciência corporal (e ter sua primeira relação sexual), entra então em cena Helen Hunt, que surpreende ao passar tamanha segurança, em cenas na qual exige cenas de nudez. Embora já aparentando certa idade, Hunt surpreende ao passar tamanha segurança e profissionalismo que a personagem possui e sem sombra de duvida mereceu a indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. É claro que um tipo de filme como esse não é nada fácil de fazer, principalmente porque toca em assuntos, que mesmo em pleno século 21, ainda são um verdadeiro tabu. Mas o cineasta Bem Lewis surpreende ao contornar esses pontos espinhosos, com momentos delicados, humanos e embalados com um bom humor refinado.
Curto, provocativo e contagiante, As Sessões é um filme merecia ter tido mais atenção nesta temporada de Oscar, mas nunca é tarde para descobrir os melhores perfumes nos menores frascos.        

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Cine Especial: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: Parte 1


Nos dias 10 e 11 de março, estarei participando do curso Brian de Palma: O Poder da Imagem, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Leonardo BomFim. Enquanto os dois dias não chegam, por aqui, estarei escrevendo tudo o que eu sei sobre os filmes desse cineasta, que muitos o consideram como sucessor (ou imitador) de Alfred Hitchcock. 
Carrie: A Estranha

Sinopse: Carry White (Sissy Spacek) é uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com Margareth (Piper Laurie), sua mãe e uma pregadora religiosa que se torna cada vez mais ensandecida. Carrie foi menosprezada pelas colegas, pois ao tomar banho achava que estava morrendo, quando na verdade estava tendo sua primeira menstruação. Uma professora fica espantada pela sua falta de informação e Sue Snell (Amy Irving), uma das alunas que zombaram dela, fica arrependida e pede a Tommy Ross (William Katt), seu namorado e um aluno muito popular, para que convide Carrie para um baile no colégio. Mas Chris Hargenson (Nancy Allen), uma aluna que foi proibida de ir à festa, prepara uma terrível armadilha que deixa Carrie ridicularizada em público. Mas ninguém imagina os poderes paranormais que a jovem possui e muito menos de sua capacidade vingança quando está repleta de ódio.

Carrie: A Estranha foi à primeira obra de Stephen King a ser levada para o cinema, bem como foi seu primeiro best-seller. Carrie White (interpretada de maneira sensacional por Sissy Spacek) é uma adolescente tímida e contraída, filha de uma fanática religiosa (Piper Laurie, magnífica), sempre hostilizada pelas colegas, mas que possui poderes paranormais, podendo mover objetos de acordo com sua vontade. Numa das cenas mais poéticas e selvagens da história do cinema, Carrie menstrua pela primeira vez no chuveiro do vestiário da escola: a câmera lenta mostra seu banho, unindo a queda da água do chuveiro com o escorrer do sangue nas suas pernas, vindo então a surpresa de Carrie pelo que ocorreu e, imediatamente depois, o seu terror por não saber do que se tratava. Desesperada, ela tenta procurar ajuda de suas colegas que, por sua vez, a humilham. Voltando para casa, é repreendida pela mãe, que na opinião dela, sua filha agora era possuía pelo pecado de ser mulher. Com remorso pelo que aconteceu, uma de suas colegas, Sue (Amy Irving, a futura mulher de Steven Spielberg) decide fazer com que seu namorado, Tommy (William Katt), um dos rapazes mais disputados pelas garotas na escola, leve Carrie no baile de formatura. Neste ínterim, a professora de educação física suspende Chris (Nancy Allen) do baile que, junto com seu namorado (John Travolta antes do sucesso espetacular de Os Embalos de Sábado à Noite), prepara para vingar-se da protagonista. Carrie, dominando melhor os seus poderes, impõe sua vontade à sua mãe, indo no baile com Tommy. No baile, o casal é eleito como os reis da festa e, na hora da premiação, são banhados com um balde cheios de sangue de porco - a vingança de Chris concretiza-se. Segue-se então uma das seqüências mais violentas da década de 70: Carrie, sentindo-se humilhada, usa seus poderes paranormais e destrói a escola, matando quase todos que estão na sua frente. Brian de Palma fez o uso do efeito tridimensional, ou seja: várias telas se abrindo e mostrando várias coisas acontecendo ao mesmo tempo  para o espectador (Ang Lee faria algo parecido na sua versão de Hulk de 2003). Voltando para sua casa, tem de enfrentar sua mãe, em outra seqüência espetacular de suspense, terror e violência. Criticado na época por seu excesso de violência, o filme apresentou muito mais do que devastação e sangue (foi utilizado xarope nestas cenas): a fragilidade e os elevados poderes de Carrie foram magistralmente retratados, criando a tensão necessária para prender o espectador por todo o filme. O enredo vai crescendo de tal maneira que fez com que a "resposta" da personagem, "esmagada" por sua mãe e por todos à sua volta, tivesse sentido.O final acrescentado ao filme (Sue, a única sobrevivente, sonha que uma mão sai da cova de Carrie e a agarra) é diferente do livro de Stephen King, chegando a assustar o próprio, que não o conhecia até a exibição do filme.
Sem sombra de duvida foi o grande momento da carreira do diretor Brian de Palma, que após esse, começou a fazer inúmeros filmes como o magistral Os Intocáveis, mas na minha humilde opinião, Carrie: A Estranha é sua maior obra prima,
  
OS INTOCAVEIS

Sinopse: Na Chicago dos anos 30, o jovem agente Eliot Ness (Kevin Costner) tenta acabar com o reinado de terror e corrupção instaurado pelo gângster Al Capone (Robert De Niro). Para isso, ele recruta um pequeno time de corajosos e incorruptíveis homens, dispostos a levar a tarefa a cabo.

No auge de sua forma como cineasta, Brian De Palma cria aqui um verdadeiro clássico de filmes de gangster baseado tanto em fatos reais como também de uma famosa série de TV. Ambientando nos anos 30, o filme possui uma excelente reconstituição de época da velha Chicago, onde gangster e policiais se enfrentavam devido ao trafico de bebidas em meio à lei seca. Com um elenco estelar de encher os olhos, cada um desempenha um ótimo papel, ao começar por Kevin Costner no papel certo e na hora certa no qual o consagrou. Já Robert De Niro uma reencarnação perfeita de Al Capone que transmite poder e medo, mas é Sean Connery com seu incorruptível personagem Jim Malone que da um verdadeiro show de interpretação principalmente em sua seqüência final que lhe valeu o Oscar de ator Coadjuvante.
E se já não bastasse tudo isso, o diretor nos brinda com uma impactante cena de tiroteio na escadaria do metro em que o cineasta presto uma homenagem mais do que bem vinda do clássico russo o Encouraçado de Potemkin.

Curiosidades: Albert H. Wolff, o único integrante vivo dos verdadeiros intocáveis, trabalhou como consultor do filme, auxiliando o ator Kevin Costner em como Eliot Ness deveria ser caracterizado nas telas.
As roupas utilizadas por Robert De Niro ao interpretar Al Capone são cópias idênticas das roupas verdadeiras que o gângster usava quando estava vivo.


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