Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: Adaptação de
musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor
Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX.
Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e
acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida
e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert
(Russell Crowe).
Quando
parece que o gênero musical está morto e enterrado, eis que surge uma produção
ambiciosa no qual coloca novamente esse tipo de filme em destaque. A trama não é
nenhuma novidade, já que a obra de Victor Hugo já foi levada ao cinema, como
aquela dos anos 90 estrelada por Liam Nelson, só aqui, tudo embalado num belo
musical, onde se exige ao máximo um bom desempenho vocal dos atores.
Para
que um filme como esse funcione para um novo publico, é preciso ter um elenco
conhecido e nisso, o diretor Tom
Hooper (O Discurso do Rei) não poupou esforços. Russell Crowe, Hugh Jackman, Anne
Hathaway, Helena Bonham Carter, Amanda Seyfried e Sacha Baron Cohen são as principais estrelas
desse grande épico musical, que tem todos os ingredientes para conquistar um
publico e critica mais exigente e que busca um grande espetáculo.
Sinopse: Django é um escravo
negro liberto que, sob a tutela de um caçador de recompensas alemão, torna-se
um mercenário e parte para encontrar e libertar a sua esposa das garras de
Monsieur Calvin Candie, charmoso e inescrupuloso proprietário da Candyland,
casa no Mississippi onde escravas são negociadas como objetos sexuais e
escravos são colocados pra lutar entre si.
O que eu acho: Sempre quando
eu via um filme de Tarantino, me perguntava para mim mesmo: “Puxa, como ele
seria ótimo dirigindo um faroeste”.
Meu pensamento se fortaleceu
quando em 2004 assisti no cinema Kill Bill: Volume 2, onde na seqüência em que
a Noiva se encontra com Bill, Tarantino usa a trilha sonora de Três Homens e Um
Conflito e o close da câmera para a entrada da igreja, é uma referencia mais do
que explicita da seqüência final de Rastros do Ódio de John Ford. As homenagens
ao gênero não param por ai, sendo que em Bastardos Inglórios, mesmo que a trama
se passe durante a Segunda Guerra Mundial, várias seqüências ali poderiam ser
muito bem inseridas no gênero faroeste, desde a enigmática abertura, para a seqüência
do tiroteio dentro do bar nazista.
Mas esse namoro finalmente
acabou e Tarantino entrega um faroeste, que nada mais é do que uma
homenagem mais do que justa, de um dos períodos que o gênero fazia imenso sucesso,
mas não nos EUA, mas sim em território Italiano: o gênero westerns Spaghetti,
que consagrou gênios como Sergio Leone. Assim como no seu ultimo filme,
Tarantino explora uma trama, que se passa não somente dentro do gênero, como também
num período histórico dos EUA que foi a guerra civil e os primeiros anos da
libertação dos escravos. Jamie Foxx e Christoph Waltz são uma dupla improvável,
que devido as circunstancias das quais irão se meter, precisam se unir. Mas durante
a jornada, ambos darão de cara com Leonardo Dicaprio, num papel vilanesco que
muitos críticos apontam como nova indicação para o ator.
Não importa se o filme irá
revitalizar mais o gênero, ou se irá ganhar prêmios, mas o que eu quero ver mesmo
é um filme de Tarantino puro, com muito dialogo, movimento de câmera inovadora e
um humor negro caprichado, no qual o cineasta sabe fazer como ninguém.
Neste primeiro final
de semana do ano, deixo meu protesto contra as distribuidoras, com relação a
certos filmes que eles distribuem em determinados locais do país. Pelo que eu sei,
O Som ao Redor está estreando em alguns estados, mas o RS ficou de fora, por
enquanto. Será aquela historia que nem aconteceu com Febre do Rato? Um dos
melhores filmes brasileiros do ano passado teve uma distribuição infeliz no nosso
estado, sendo que ficou durante semanas somente em pré-estreia, para somente
depois estrear e em somente duas salas no máximo. Será uma pena se isso
acontecer de novo, mas enfim, confiram as estréias desse final de semana.
Sinopse: Em 1988 o
ditador chileno Augusto Pinochet diante da pressão internacional convoca um
referendo sobre o seu mandato. Os líderes da oposição convencem o jovem
publicitário René Saavedra a liderar sua campanha. Com pouquíssimos recursos e
permanente vigilância dos guardas de Pinochet Saavedra e sua equipe criam um
audacioso plano para vencer a eleição e libertar seu país da opressão.
Paris-Manhattan
Sinopse: Alice é
jovem bonita e entusiasmada com seu trabalho de farmacêutica. Único problema
ainda é solteira. Preferindo se refugiar em sua paixão por Woody Allen ela
resiste com dificuldade à pressão da família que só pensa em casá-la. Contudo
seu encontro com Victor pode mudar as coisas.
Sete Psicopatas e Um
Shih Tzu
Sinopse: Marty é um escritor
pouco experiente que não encontra inspiração para seu novo roteiro mas seu
melhor amigo Billy um ator desempregado e ladrão de cachorros sugere algumas
ideias que acabam envolvendo-o no mundo do crime. Os excêntricos amigos então
iniciam uma fuga pelas ruas de Los Angeles para não caírem nas mãos de um
gângster temperamental que não pensaria duas vezes antes de matar qualquer
pessoa que pusesse as mãos em seu cachorro.
Sinopse: Baseado no
livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin,
o filme abordará a participação do 16º presidente norte-americano na Guerra
Secessão, que acabou com a vitória do Norte.
Disparado como um dos
favoritos para o Oscar desse ano e não é pelo fato de ser estrelado por um dos
personagens de maior importância para a historia americana, pois se fosse
assim, Lincoln: Caçador de Vampiros teria sido reconhecido, tanto pela critica
como pelo publico. Tudo é questão de quem dirige melhor as rédeas dos cavalos,
que pelo visto, o velho e bom moço Steven Spielberg soube domar e contornar os
problemas de levar um personagem histórico como esse de tamanha importância.
Com mais de cem milhões
de dólares ganhos na bilheteria, muitos dizem que esse é o melhor filme do
cineasta desde O Resgate do Soldado Ryan. Se for esse o caso, o diretor deve
ter feito uma reconstituição de época fantástica, contando os principais momentos
da guerra civil americana e explorando ao máximo quem foi Lincoln realmente. Para
interpretar um papel desse quilate só mesmo alguém que já atuou em papeis
maiores do que a vida e esse alguém é Daniel Day-Lewis. Responsável por uma das
melhores atuações da primeira década do século 21 (em Sangue Negro), Lewis com
certeza estará presente como indicado na próxima cerimônia do Oscar e se ganhar
será mais do que merecido, pois é um ator que atua pouco no cinema, mas o
suficiente para dar boas aulas de como se atua com intensidade extraordinária.
Às vezes você fica bem
desocupado, ou então bastante ocupado. Há momentos que eu desejaria ficar bem desocupado,
para então não perder certos eventos importantes que acontecem na cidade. Digo
isso, unicamente porque a partir de amanha estréia O Som ao Redor, elogiado e premiadíssimo
filme de Kléber
Mendonça Filho, que chegou até mesmo estar na lista da revista TIME como um dos
melhores filmes do ano passado.
Mas porque estou escrevendo
isso? Simplesmente porque eu seria uma das poucas pessoas por aqui que já teria
assistido ao filme. A Produção chegou a ser exibida na mostra INDIE na Usina do
Gasômetro em outubro do ano passado, mas eu estava ocupado com o curso do Cena
Um, que era sobre o Expressionismo Alemão, que tanto estava esperando, ou seja:
uma coisa ou outra e certas coisas não conseguimos participar por mais que a
gente queira. Mas enfim, antes tarde do que nunca e o filme brasileiro do
momento está chegando e muito em breve todos teremos uma vaga idéia do porque
de todo esse fusue com relação a esse filme, que vem num momento em que o
cinema brasileiro vive uma ótima fase, tanto intelectual como a mais pura
diversão.
E ai pessoal. Vamos começar 2013
com o pé direito e vermos o que de bom irá rolar nos próximos meses no cinema.
Depois de um 2012 rentável em bilheteria, vamos ver se no novo ano se manterá o
mesmo pique em termos de qualidade e bilheteria. Para Hollywood, todo ano que
se preze é uma luta pela sobrevivência, pois já foi o tempo em que o publico em
massa ia somente ao cinema. Fora à tradicional e velha TV, existe a pirataria
que assola o mundo todo, internet etc.
O desafio está lançado, portanto
façam suas apostas.
O HOMEM DE AÇO
Sinopse: Mais nova aventura
do Superman, que terá como antagonista principal o General Zod, e não o Lex
Luthor como de costume. Henry Cavill foi o escolhido para dar vida ao herói,
enquanto que Amy Adams será a mocinha Lois Lane. Russell Crowe e Kevin Costner
interpretam os pais do herói, Jor-El e Jonathan Kent. A direção é de Zack
Snyder e a produção de Christopher Nolan.
O que eu acho: Bom,
particularmente eu gostei muito de Superman: O Retorno de 2006, que dava
continuidade ao universo do homem de aço no cinema, que havia sido iniciada em
78 sob a batuta de Richard Donner e que
Brian Singer decidiu dar continuidade aquela versão para ser apresentada a uma
nova geração de fãs do herói. Infelizmente a resposta do publico foi morna, que
embora não tenha sido um fracasso, não foi o suficiente para dar continuidade
para novas aventuras.
Com isso, Superman foi deixado de
lado, mas após os estrondosos sucessos dos filmes de Batman comandados por
Christopher Nolan e do sucesso dos heróis Marvel (grande rival da DC) a Warner achou
que era a hora de trazer o herói vindo de Kripton novamente para o cinema. Mas á
tarefa não é das mais fáceis, principalmente pelo fato dessa nova geração achar
o personagem um tanto que certinho demais, ou até mesmo fora dos padrões de
nossa época. Sabendo da batata quente em mãos, o estúdio Warner decidiu dar o árduo
trabalho ao próprio Christopher Nolan, que fez um trabalho fenomenal com o
Batman, mas como o cineasta tem um vicio pelo realismo, como o universo do
homem de aço se encaixaria em sua visão? Desistindo do posto de diretor, Nolan decidiu
somente cuidar da produção e dar o cargo para Zack Snyder, que já é
veterano em fazer adaptações de HQ (vide 300 e Watchmen).
Diferente de Nolan,Snyder
tem um pé mais pelo gênero fantástico e um vicio por inúmeras seqüencias em câmera
lenta, uma forma de filmar que vem desde os tempos que fazia somente vídeo clipe.
Um segundo trailer foi lançado, e os fãs
simplesmente babaram pelo tom épico e dramático. Pelo que foi visto, o filme
irá explorar o fato se o mundo está preparado para um ser que é capaz de fazer
tudo, ou seja: será que o nosso mundo real estaria preparado para isso? A
pergunta somente será respondida em
Julho e ficamos na torcida.