Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Cine Curiosidade: Sala da Redenção se rende a STANLEY KUBRICK



A sala da Redenção está se tornando uma boa pedida, para aqueles que desejam ver grandes clássicos do cinema na tela grande e bola da vez é a filmografia de Stanley Kubrick, que começa a ser exibido apartir de hoje na sala. Mais informações sobre as sessões você pode conferir na pagina da sala clicando aqui.


Me  sigam no Facebook e Twitter

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cine Especial: BATMAN NO CINEMA: Parte 2

Com o filme Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge nos cinemas, vamos recapitular todas as aventuras do homem morcego que já teve no cinema, confiram: 

 BATMAN (1989)

sinopse: Em Gotham City, um milionário (Michael Keaton), que quando jovem teve os pais assassinados por bandidos, resolve combater o crime como Batman, o Homem-Morcego. Mas o vilão Coringa (Jack Nicholson) decide dominar a cidade e se torna um grande desafio para o super-herói.

Um dos maiores sucessos da Warner na época. Quando o filme foi lançado, o estúdio lançou uma propaganda de proporções épicas que não se via desde Star Wars e com isso arrastou mais e mais pessoas ao cinema. O filme foi a primeira superprodução de Tim Burton que por sua vez, não teve 100% de sua liberdade criativa, contudo, sua escolha de Michael Keaton para o protagonista foi preservada, apesar das criticas que recebeu. Jack Nicholson brilha com sua versão de Coringa, apesar de que é o próprio ator brincando de Coringa em alguns momentos. Visual e trilha sonora arrebatadores que marcaram época, o filme gerou mais três seqüências e serviu de inspiração para a criação de um desenho animado de muito sucesso pelo canal Warner.
  
Curiosidades: A atriz Sean Young era quem inicialmente interpretaria a personagem Vicki Vale. Entretanto, Young fraturou a clavícula durante as filmagens, em uma cena em que precisava montar um cavalo juntamente com Michael Keaton. Ela terminou sendo substituída por Kim Basinger no filme e a cena em questão foi excluída do roteiro.
Ao idealizar os cenários que viriam a compôr a cidade de Gotham City, a intenção do diretor Tim Burton e sua equipe era dar cidade o clima mais gótico e desolado possível que uma metrópole poderia ter. 

BATMAN: O RETORNO

sinopse: Com o objetivo de manipular Gotham City, um milionário (Christopher Walken) tenta transformar o Pinguim (Danny DeVito), um ser deformado que tinha sido abandonado ainda bebê nos esgotos, em prefeito da cidade. Como se isto não bastasse, surge a Mulher-Gato (Michelle Pfeiffer) que, apesar de ser linda e sedutora, também tem dupla personalidade, em razão de problemas no passado. Ambos se tornam verdadeiros pesadelos para Batman no presente.

Mais ação, mais sombrio e mais com cara de Tim Burton. Após o sucesso do filme anterior, o diretor teve total liberdade criativa e com isso criou um filme mais com sua cara do que o próprio universo do Batman em si. Assim como anterior, os vilões fazem a festa e Danny DeVito e principalmente Michelle Pfeiffer roubam a cena a cada aparição (Pheiffer numa atuação digna de Oscar) como os vilões pinguim e Mulher Gato. Edição de arte primorosa e trilha sonora de Danny Hellman espetacular fazem desse filme uma seqüência indispensável, sendo que é uma pena quando a cine série se perdeu nos fiascos Batman Eternamente e Batman e Robin.

Curiosidades: A atriz Sean Young tentou de todas as formas convencer o diretor Tim Burton e os produtores do filme de que seria a atriz ideal para interpretar a Mulher-Gato em Batman - O Retorno. Young chegou ao ponto de, por conta própria, aparecer no estúdio de filmagens com a roupa da personagem, em mais uma tentativa de convencê-los a ganhar o papel.- Durante as filmagens, Danny DeVito foi proibido por contrato de contar a qualquer pessoa, inclusive sua própria família, detalhes sobre a maquiagem utilizada na caracterização de seu personagem.


Me  sigam no Facebook e Twitter

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: JOGOS VORAZES

Leia minha critica já publicada clicando aqui 

Me  sigam no Facebook e Twitter

terça-feira, 31 de julho de 2012

Cine Especial: BATMAN NO CINEMA: Parte 1


Com o filme Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge nos cinemas, vamos recapitular todas as aventuras do homem morcego que já teve no cinema, confiram:  

Batman, o Homem-Morcego

Sinopse: Em Gotham City, Charada (Frank Gorshin), Pinguim (Burgess Meredith), Coringa (Cesar Romero) e Mulher-Gato (Lee Meriweather) roubam uma invenção secreta e planejam usá-la de forma maléfica. Além disto, planejam também destruir o Homem-Morcego e o Menino-Prodígio.

Longa metragem produzido para o cinema em 1966, na esteira do sucesso da série de TV, e não ao contrario, como é de costume. Tudo é escrachadamente divertido, usando e abusando da linguagem das HQ daquele período mais inocente dessa arte. Cores fortíssimas, angulações de câmera inclinada, interpretações beirando ao circense e diálogos absurdos e engraçados, mantém o filme num pique de bom humor constante.
É um filme que deu certo no seu tempo, que embora tenha envelhecido muito para alguns, é prato cheio para os fãs do homem morcego, que buscam nem sempre uma visão sombria do herói. Não faltam cenas clássicas desse filme, mas uma que imediatamente se tornou clássica, foi aquela que Batman (Adan West), fica correndo para todos os lados com uma bomba redonda e tenta se livrar dela para não ferir ninguém, mas sempre surge algo no caminho para atrapalhar. Para aqueles que assistiram a ultima superprodução do herói do cinema, fica mais do que claro que o diretor Nolan prestou uma homenagem a essa cena, e quem já assistiu o filme, sabe o que eu estou falando.     
  

Me  sigam no Facebook e Twitter

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Cine Especial:DAVID LYNCH:O LADO ESCURO DO SONHO:EXTRA


Neste final de semana, participei do curso sobre a obra de David Lynch, criado pelo CENA Um e ministrado pelo critico de cinema Rafael Cicarelli. No inicio da atividade, Cicarelli perguntou para cada aluno, qual foi o primeiro contato que tiveram com o universo de Lynch e a maioria deram a mesma resposta: CIDADE DOS SONHOS!
É curioso isso, já que David Lynch já era um diretor bem conhecido no Brasil, graças a filmes como Veludo azul e a série Twin Peaks, mas Cidade dos Sonhos parece que pegou uma fatia de publico muito maior, que simplesmente não conhecia muito a filmografia, tão pouco o cineasta. Eu, por exemplo, fui um desses muitos que conheceram o cineasta apartir dessa obra, e mesmo já tendo visto todos os seus filmes posteriormente, Cidade dos Sonhos é disparado o meu preferido, não só da filmografia dele, como também um dos meus filmes preferidos da minha vida (perdendo somente para Blade Runner). Como Cidade dos Sonhos estava na ponta da língua de todos, Cicarelli decidiu adentrar mais no universo de Lynch, através dos outros filmes do cineasta, desde a Eraserhead a Império dos Sonhos.      
    
Nestes dois dias, pude perceber que Lynch realmente possui uma visão e linguagem cinematográfica única (embora me lembre de outros cineastas como Stanley Kubrick), onde ele cria situações em seus filmes, nas quais se torna um verdadeiro quebra cabeça, o que torna a sessão de cada uma de suas obras algo incomum. Pegamos, por exemplo, Estrada Perdida (o preferido de Cicarelli), em que o filme começa com o personagem de Bill Pullman dentro de sua casa e atendendo o interfone. Alguém do outro lado diz essas seguintes palavras:  “Dick Laurent está morto! O personagem ouve sirenes de policia, e quando ele vai até a janela, para ver o que esta acontecendo, ele vê a rua vazia. No final do filme, após inúmeras situações e reviravoltas surpreendentes, vemos o personagem de Pullman retornando a sua casa e falando no interfone a frase, “Dick Laurent está morto!
Ou seja, ele no inicio do filme, ouviu ele mesmo falando no interfone. Parece confuso? Para os marinheiros de primeira viajem pode até ser, mas para os fãs do diretor isso é normal na filmografia do cineasta e uma forma fabulosa de testar a mente de quem assiste, pois é uma forma de se criar inúmeras teorias sobre o que a pessoa viu no decorrer do filme. Muito embora, é maravilhoso que Lynch, mesmo fiel ao seu universo misterioso e bizarro, possa criar um filme emocional e com começo, meio e fim como Historia Real, que embora mantenha alguns aspectos já conhecidos do cineasta, o filme é uma pequena jóia de sua filmografia, onde todos podem muito bem se identificar, na grande jornada do velho veterano, dirigindo seu cortador de grama, até chegar à casa de seu irmão doente.

Porém, Lynch é sempre Lynch, e em ultimo longa metragem, o diretor aproveita ao máximo a sua forma de fazer cinema com Império dos Sonhos. Usando tecnologia digital, o cineasta joga a personagem Laura Dern em situações, que aparentemente parece ser um sonho, quando na verdade parece ser um filme dentro de um filme, mas que talvez sejam lembranças ou sonhos de outra pessoa e que na verdade essa pessoa, possa estar assistindo tudo que a personagem de Laura Dern está passando. Confuso? Esse é o universo de Lynch doa o que doer, e Império dos Sonhos, talvez seja o ápice da carreira do diretor, nesta forma de apresentar uma historia. Com isso, muitos se perguntam o que virá depois, se ele irá se superar, se estabilizar ou fazer um filme mais convencional, o que eu acho muitíssimo difícil, pois Lynch sempre foi um diretor que vai contra a maré da industria cinematográfica, que tanto gosta de apresentar um filme mastigado para o publico. Enquanto nadar contra a maré, temos mais que agradecer, pois sempre teremos então, uma trama que foge do convencional e que torna a obra, uma sessão no mínimo curiosa e surpreendente.  

Abaixo, segue todos os posts sobre os filmes que eu escrevi do diretor

Partes: 1,2,3,4,5 e 6

Me Sigam no Facebook e Twitter

domingo, 29 de julho de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

O FIM DE UMA ERA  

Sinopse: Oito anos se passaram desde que Batman desapareceu na noite e passou de herói para fugitivo. Ao assumir a culpa pela morte de Harvey Dent, o Duas Caras, o Cavaleiro das Trevas sacrificou tudo pelo que ele e o Comissário Gordon esperavam ser o melhor. Por um tempo a mentira funcionou, com a criminalidade em Gotham City sendo destruída pela lei anti-crime de Dent. Mas tudo irá mudar com a chegada de uma ladra com interesses misteriosos. Muito mais perigoso, porém, é o aparecimento de Bane, um terrorista mascarado cujos planos cruéis para Gotham buscam tirar Bruce de seu exílio autoimposto, mas mesmo usando novamente seu capuz e sua capa, Batman pode não ser páreo para Bane.

Christopher Nolan é acima de tudo um cineasta autoral, que além de oferecer um grande espetáculo para os cinéfilos, consegue fazer o que ele mais gosta que seja a criação de um universo realista, em que envolve elementos, que por mais que sejam fantásticos, se tornam criveis para os nossos olhos. Quando ele se lançou na criação de Batman Begins em 2005, ele tinha em mãos um herói humano, sem poderes e com um passado trágico, no qual ele acabou se aproveitando desses ingredientes, para não somente fazer um filme de origem, como também um filme que faz uma critica as grandes metrópoles do mundo, em que o sistema se encontra quebrado e faz com que cada vez mais os cidadãos se afundem na miséria e corrupção. Batman: O Cavaleiro das Trevas vai além, pois não somente retrata justiça x criminalidade, como também o poder sem limites da maldade do ser humano, que não possui desejo por nenhum lucro, mas simplesmente ver o mundo pegar fogo e fazer com que as pessoas despertem seus lados mais sombrios e indesejados.
Com tudo isso, chegamos a Batman: O Cavaleiro das trevas ressurge que nada mais é do que a união de todos esses elementos vistos nos filmes anteriores, para a criação de uma metáfora de dimensões gritantes sobre o mundo “pós” 11 de setembro. Como nenhum outro, Nolan cria uma trama no primeiro ato sem pressa, gradual, pois cada personagem no decorrer do filme terá o seu papel essencial num conflito, em que testara os nervos e à conduta de seus personagens. Dos já conhecidos, novamente Gordon (Gary Oldman) retorna, para encarar uns fantasmas do passado, mas também a espaço para novos personagens, como o detetive John Blake (Joseph Gordon-Levitt), que terá papel crucial na trama, assim como a personagem Miranda Tate, que embora seja interpretada pela talentosa Marion Cotillard (Pina), seu desempenho soa às vezes forçado, principalmente em momentos cruciais em que se exigia mais da atriz.  
Assim como no primeiro filme, a trama foca novamente não na figura de Batman, mas sim no homem por de traz da mascara, sendo que Christian Bale passa todas as dores físicas e emocionais de um homem preso em suas escolhas para um bem maior e sem poder desfrutar das felicidades que poderia adquirir. Apartir do momento em que conhece uma habilidosa ladra chamada Selina Kyle (Anne Hathaway, ótima), se cria então uma serie eventos que o fará vestir novamente o manto do morcego, mesmo no contra gosto de seu fiel mordomo Alfred, onde Michael Caine se sobressai em momentos dignos de indicação ao Oscar, onde ele consegue passar toda a dor e o desejo de ver o seu patrão livre e longe desse fardo de dor e sofrimento.

Após a apresentação de todos os piões, é feito o cheque mate no segundo ato, digno de filmes catástrofes, orquestrado pelo vilão Bane. Tom Hardy teve a missão ingrata de interpretar um personagem, que não era só mal visto pelos fãs das HQ, como também era justamente um vilão que substitui a memorável presença do Coringa de Ledger do filme anterior. Para a sua sorte, Nolan sabia do vespeiro que estava se enfiando, e graças a sua boa direção de atores, conseguiu extrair ao máximo, um desempenho positivo de Hardy, em que sua expressão dos olhos e seus trejeitos do corpo, fazem do personagem se sobressair, em momentos cruciais em que se exigiu muito do ator.  Não é um vilão que deseja fazer uma reflexão, mas sim concluir o que a Liga das Sombras do passado começou, mas de uma forma dura, sem papas na língua e fazendo da cidade Gotham refém do medo. O embate do herói e do vilão é digno de aflição, em que vemos o herói ser massacrado, tanto fisicamente como psicologicamente e deixando a cidade a mercê dos horrores que vem a seguir. Nestes momentos, o compositor  Hans Zimmer prova porque é um dos melhores artistas desse ramo atualmente, pois os momentos que exige emoção, ele cria uma trilha que se casa, tanto com a personalidade de cada um dos personagens, como também fazer da própria trilha parte da historia. A cena em que Bruce precisa sair a todo custo do buraco (não só literalmente como totalmente) é o momento que a trilha dispara em nossos ouvidos e nos faz agente desejar que ele se erga, num dos momentos que da vontade de gritar as mesmas palavras que os prisioneiros do buraco estão gritando (ressurja).
Embora o terceiro ato seja reservado para momentos alucinantes, é de se espantar como Nolan não se entrega facilmente a efeitos visuais mirabolantes, pois tudo que vemos ali até o fim é mais para um lado mecânico, comprovando sua obsessão pelo real dentro da ficção. Mas por mais que aja ação, são os personagens que fazem a trama se mover, principalmente em momentos cruciais onde todos serão testados perante uma situação avassaladora, que para o bem ou para o mal, estarão todos envolvidos e que cabem as ações de cada um, decidir o que for melhor para eles. É neste ponto que verdades e mentiras são postas em cheque, onde nem tudo que agente acreditava era de falto real, sendo que Nolan, desde os tempos de O Grande Truque, fazia muito bem, e dessa forma, nos brinda com situações que fazem agente pular da cadeira.
Embora os últimos minutos do ato final sejam um tanto que apressados, Nolan encerra de uma forma satisfatória, a sua visão pessoal de Batman para o cinema, principalmente no momento em que ele nos brinda (assim como no final de A Origem) com uma cena ambígua estrelada por Alfred. Ele esta tomando café em Florença, e por um momento, tem uma agradável visão, que embora muitos cinéfilos irão acreditar naquilo, por outro lado, não se pode ter certeza que o que ele viu seja real, ou apenas um desejo de um sonho que ele tinha e que pudesse se tornar realidade. Cabe cada um ter sua própria interpretação sobre o que aconteceu ali, e só por esse momento, é que Nolan faz a trilogia fechar com chave de ouro e encerrar uma era do Batman no cinema como nenhuma outra alcançou, que fará falta e que dificilmente uma nova versão futura irá superar essa facilmente.  

Me Sigam no Facebook e Twitter

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cine Especial:DAVID LYNCH:O LADO ESCURO DO SONHO:FINAL


Enfim, encerro hoje esse especial sobre o cineasta David Lynch, que antecede a minha participação no curso do CENA UM, no qual ele será o principal assunto. Espero que aqueles que me acompanharam junto comigo no universo desse mirabolante cineasta, tenha tido o gosto de rever ou então conhecer esses filmes, que na maioria deles, proporciona uma sessão no mínimo interessante e diferente do convencional.
Após o curso, aguardem um especial extra sobre o diretor, que reúne num único post, todas as matérias que eu publiquei até aqui sobre ele. Quem for participar comigo amanhã na atividade, nos vemos por lá.


IMPERIO  DOS SONHOS

Sinopse: Nick Grace é uma atriz casada que é convidada para fazer um filme dirigido por Kingsley Stewart. Será a refilmagem de uma produção polonesa cujos protagonistas morreram durante as gravações. Aos poucos ela vai se envolvendo com o ator principal do filme. Inicia-se então uma trama em que a realidade e a ficção se misturam.
Digamos que Império dos Sonhos encerra uma espécie de trilogia dos sonhos, ou então sobre uma critica pessoal que David Lynch faz com relação à Hollywood, que começou apartir de Estrada Perdida, que continuou com Cidade dos Sonhos (meu favorito) e se encerra de uma forma tão enigmática, e porque não dizer abstrata. Apartir desse filme, Lynch pegou o gosto de filmar a trama digitalmente, abandonando de uma vez a película. Segundo as suas próprias palavras, torna o trabalho de se filmar muito mais fácil, o que faz fluir muito melhor suas idéias vindas de sua mente, após uma boa meditação que ele tanto prega.
Para o publico em geral, muitos vão considerar o que rola na tela, algo como incompreensível. Se alguns consideravam Cidade dos Sonhos confuso, esse solta inúmeras imagens, que poderiam muito bem serem comparadas a qualquer obra prima do salvador Dali. Para os fãs de carteirinha do diretor, no entanto, é um filme em que se levantam as inúmeras possibilidades do universo dos sonhos ou da consciência humana, que na maioria dos casos, age como indecifrável, mas que não custa tirar alguma interpretação dali. O filme tem um elenco maravilhoso. As belas Naomi Wats, Julia Ormond, Nastassja Kinski, o ótimo e esquisito William H. Macy, o espetacular Jeremy Irons, e Laura Dern, com sua curiosa trajetória no cinema, indo de “Veludo Azul” a “Jurassic Park”.
Império dos Sonhos talvez seja tudo que há na mente de Lynch e que ele acabou conseguindo passar na tela, mas nunca se sabe qual será a próxima perola futura desse mirabolante cineasta.

  

Me Sigam no Facebook e Twitter