Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
A sala da Redenção está se tornando uma boa pedida, para
aqueles que desejam ver grandes clássicos do cinema na tela grande e bola da
vez é a filmografia de Stanley Kubrick, que começa a ser exibido apartir de hoje
na sala. Mais informações sobre as sessões você pode conferir na pagina da sala
clicando aqui.
Com o filme Batman: O
Cavaleiro das Trevas Ressurge nos cinemas, vamos recapitular todas as aventuras
do homem morcego que já teve no cinema, confiram:
BATMAN (1989)
sinopse: Em Gotham City, um milionário
(Michael Keaton), que quando jovem teve os pais assassinados por bandidos,
resolve combater o crime como Batman, o Homem-Morcego. Mas o vilão Coringa
(Jack Nicholson) decide dominar a cidade e se torna um grande desafio para o
super-herói.
Um dos maiores sucessos da Warner na
época. Quando o filme foi lançado, o estúdio lançou uma propaganda de
proporções épicas que não se via desde Star Wars e com isso arrastou mais e
mais pessoas ao cinema. O filme foi a primeira superprodução de Tim Burton que
por sua vez, não teve 100% de sua liberdade criativa, contudo, sua escolha de
Michael Keaton para o protagonista foi preservada, apesar das criticas que
recebeu. Jack Nicholson brilha com sua versão de Coringa, apesar de que é o próprio
ator brincando de Coringa em alguns momentos. Visual e trilha sonora arrebatadores
que marcaram época, o filme gerou mais três seqüências e serviu de inspiração
para a criação de um desenho animado de muito sucesso pelo canal Warner.
Curiosidades: A atriz Sean Young era
quem inicialmente interpretaria a personagem Vicki Vale. Entretanto, Young
fraturou a clavícula durante as filmagens, em uma cena em que precisava montar
um cavalo juntamente com Michael Keaton. Ela terminou sendo substituída por Kim
Basinger no filme e a cena em questão foi excluída do roteiro.
Ao idealizar os cenários que viriam a
compôr a cidade de Gotham City, a intenção do diretor Tim Burton e sua equipe
era dar cidade o clima mais gótico e desolado possível que uma metrópole
poderia ter.
BATMAN: O RETORNO
sinopse: Com o objetivo de manipular
Gotham City, um milionário (Christopher Walken) tenta transformar o Pinguim
(Danny DeVito), um ser deformado que tinha sido abandonado ainda bebê nos
esgotos, em prefeito da cidade. Como se isto não bastasse, surge a Mulher-Gato
(Michelle Pfeiffer) que, apesar de ser linda e sedutora, também tem dupla
personalidade, em razão de problemas no passado. Ambos se tornam verdadeiros
pesadelos para Batman no presente.
Mais ação, mais sombrio e mais com
cara de Tim Burton. Após o sucesso do filme anterior, o diretor teve total liberdade
criativa e com isso criou um filme mais com sua cara do que o próprio universo
do Batman em si. Assim como anterior, os vilões fazem a festa e Danny DeVito e
principalmente Michelle Pfeiffer roubam a cena a cada aparição (Pheiffer numa
atuação digna de Oscar) como os vilões pinguim e Mulher Gato. Edição de arte
primorosa e trilha sonora de Danny Hellman espetacular fazem desse filme uma seqüência
indispensável, sendo que é uma pena quando a cine série se perdeu nos fiascos
Batman Eternamente e Batman e Robin.
Curiosidades: A atriz Sean Young tentou de todas as
formas convencer o diretor Tim Burton e os produtores do filme de que seria a
atriz ideal para interpretar a Mulher-Gato em Batman - O Retorno. Young chegou
ao ponto de, por conta própria, aparecer no estúdio de filmagens com a roupa da
personagem, em mais uma tentativa de convencê-los a ganhar o papel.- Durante as
filmagens, Danny DeVito foi proibido por contrato de contar a qualquer pessoa,
inclusive sua própria família, detalhes sobre a maquiagem utilizada na caracterização
de seu personagem.
Com o filme Batman: O Cavaleiro das
Trevas Ressurge nos cinemas, vamos recapitular todas as aventuras do homem
morcego que já teve no cinema, confiram:
Batman, o Homem-Morcego
Sinopse: Em Gotham City,
Charada (Frank Gorshin), Pinguim (Burgess Meredith), Coringa (Cesar Romero) e
Mulher-Gato (Lee Meriweather) roubam uma invenção secreta e planejam usá-la de
forma maléfica. Além disto, planejam também destruir o Homem-Morcego e o
Menino-Prodígio.
Longa metragem produzido para o
cinema em 1966, na esteira do sucesso da série de TV, e não ao contrario, como
é de costume. Tudo é escrachadamente divertido, usando e abusando da linguagem
das HQ daquele período mais inocente dessa arte. Cores fortíssimas, angulações
de câmera inclinada, interpretações beirando ao circense e diálogos absurdos e
engraçados, mantém o filme num pique de bom humor constante.
É um filme que deu certo no seu
tempo, que embora tenha envelhecido muito para alguns, é prato cheio para os
fãs do homem morcego, que buscam nem sempre uma visão sombria do herói. Não faltam
cenas clássicas desse filme, mas uma que imediatamente se tornou clássica, foi
aquela que Batman (Adan West), fica correndo para todos os lados com uma bomba
redonda e tenta se livrar dela para não ferir ninguém, mas sempre surge algo no
caminho para atrapalhar. Para aqueles que assistiram a ultima superprodução do herói
do cinema, fica mais do que claro que o diretor Nolan prestou uma homenagem a
essa cena, e quem já assistiu o filme, sabe o que eu estou falando.
Neste final de semana, participei
do curso sobre a obra de David Lynch, criado pelo CENA Um e ministrado pelo critico
de cinema Rafael Cicarelli. No inicio da atividade, Cicarelli perguntou para
cada aluno, qual foi o primeiro contato que tiveram com o universo de Lynch e a
maioria deram a mesma resposta: CIDADE DOS SONHOS!
É curioso isso, já que David
Lynch já era um diretor bem conhecido no Brasil, graças a filmes como Veludo
azul e a série Twin Peaks, mas Cidade dos Sonhos parece que pegou uma fatia de
publico muito maior, que simplesmente não conhecia muito a filmografia, tão
pouco o cineasta. Eu, por exemplo, fui um desses muitos que conheceram o
cineasta apartir dessa obra, e mesmo já tendo visto todos os seus filmes
posteriormente, Cidade dos Sonhos é disparado o meu preferido, não só da
filmografia dele, como também um dos meus filmes preferidos da minha vida (perdendo
somente para Blade Runner). Como Cidade dos Sonhos estava na ponta da língua de
todos, Cicarelli decidiu adentrar mais no universo de Lynch, através dos outros
filmes do cineasta, desde a Eraserhead a Império dos Sonhos.
Nestes dois dias, pude perceber
que Lynch realmente possui uma visão e linguagem cinematográfica única (embora
me lembre de outros cineastas como Stanley Kubrick), onde ele cria situações em
seus filmes, nas quais se torna um verdadeiro quebra cabeça, o que torna a
sessão de cada uma de suas obras algo incomum. Pegamos, por exemplo, Estrada
Perdida (o preferido de Cicarelli), em que o filme começa com o personagem de
Bill Pullman dentro de sua casa e atendendo o interfone. Alguém do outro lado
diz essas seguintes palavras:“Dick
Laurent está morto! O personagem ouve sirenes de policia, e quando ele vai até
a janela, para ver o que esta acontecendo, ele vê a rua vazia. No final do
filme, após inúmeras situações e reviravoltas surpreendentes, vemos o
personagem de Pullman retornando a sua casa e falando no interfone a frase, “Dick
Laurent está morto!
Ou seja, ele no inicio do filme, ouviu ele
mesmo falando no interfone. Parece confuso? Para os marinheiros de primeira viajem
pode até ser, mas para os fãs do diretor isso é normal na filmografia do
cineasta e uma forma fabulosa de testar a mente de quem assiste, pois é uma forma
de se criar inúmeras teorias sobre o que a pessoa viu no decorrer do filme.
Muito embora, é maravilhoso que Lynch, mesmo fiel ao seu universo misterioso e
bizarro, possa criar um filme emocional e com começo, meio e fim como Historia
Real, que embora mantenha alguns aspectos já conhecidos do cineasta, o filme é
uma pequena jóia de sua filmografia, onde todos podem muito bem se identificar,
na grande jornada do velho veterano, dirigindo seu cortador de grama, até
chegar à casa de seu irmão doente.
Porém, Lynch é sempre Lynch, e em ultimo longa
metragem, o diretor aproveita ao máximo a sua forma de fazer cinema com Império
dos Sonhos. Usando tecnologia digital, o cineasta joga a personagem Laura Dern
em situações, que aparentemente parece ser um sonho, quando na verdade parece
ser um filme dentro de um filme, mas que talvez sejam lembranças ou sonhos de outra
pessoa e que na verdade essa pessoa, possa estar assistindo tudo que a
personagem de Laura Dern está passando. Confuso? Esse é o universo de Lynch doa o que
doer, e Império dos Sonhos, talvez seja o ápice da carreira do diretor, nesta
forma de apresentar uma historia. Com isso, muitos se perguntam o que virá
depois, se ele irá se superar, se estabilizar ou fazer um filme mais
convencional, o que eu acho muitíssimo difícil, pois Lynch sempre foi um
diretor que vai contra a maré da industria cinematográfica, que tanto gosta de
apresentar um filme mastigado para o publico. Enquanto nadar contra a maré, temos
mais que agradecer, pois sempre teremos então, uma trama que foge do convencional
e que torna a obra, uma sessão no mínimo curiosa e surpreendente.
Abaixo, segue todos os posts
sobre os filmes que eu escrevi do diretor.
Sinopse:
Oito anos se passaram desde que Batman desapareceu na noite e passou de herói
para fugitivo. Ao assumir a culpa pela morte de Harvey Dent, o Duas Caras, o
Cavaleiro das Trevas sacrificou tudo pelo que ele e o Comissário Gordon
esperavam ser o melhor. Por um tempo a mentira funcionou, com a criminalidade em Gotham City sendo
destruída pela lei anti-crime de Dent. Mas tudo irá mudar com a chegada de uma
ladra com interesses misteriosos. Muito mais perigoso, porém, é o aparecimento
de Bane, um terrorista mascarado cujos planos cruéis para Gotham buscam tirar
Bruce de seu exílio autoimposto, mas mesmo usando novamente seu capuz e sua
capa, Batman pode não ser páreo para Bane.
Christopher
Nolan é acima de tudo um cineasta autoral, que além de oferecer um grande espetáculo
para os cinéfilos, consegue fazer o que ele mais gosta que seja a criação de um
universo realista, em que envolve elementos, que por mais que sejam fantásticos,
se tornam criveis para os nossos olhos. Quando ele se lançou na criação de
Batman Begins em 2005, ele tinha em mãos um herói humano, sem poderes e com um
passado trágico, no qual ele acabou se aproveitando desses ingredientes, para não
somente fazer um filme de origem, como também um filme que faz uma critica as
grandes metrópoles do mundo, em que o sistema se encontra quebrado e faz com
que cada vez mais os cidadãos se afundem na miséria e corrupção. Batman: O
Cavaleiro das Trevas vai além, pois não somente retrata justiça x criminalidade,
como também o poder sem limites da maldade do ser humano, que não possui desejo
por nenhum lucro, mas simplesmente ver o mundo pegar fogo e fazer com que as
pessoas despertem seus lados mais sombrios e indesejados.
Com tudo isso, chegamos a Batman: O Cavaleiro das
trevas ressurge que nada mais é do que a união de todos esses elementos vistos
nos filmes anteriores, para a criação de uma metáfora de dimensões gritantes
sobre o mundo “pós” 11 de setembro. Como nenhum outro, Nolan cria uma trama no
primeiro ato sem pressa, gradual, pois cada personagem no decorrer do filme
terá o seu papel essencial num conflito, em que testara os nervos e à conduta
de seus personagens. Dos já conhecidos, novamente Gordon (Gary Oldman) retorna,
para encarar uns fantasmas do passado, mas também a espaço para novos
personagens, como o detetive John
Blake (Joseph Gordon-Levitt), que terá papel crucial na trama, assim como a
personagem Miranda Tate, que embora seja interpretada pela talentosa Marion Cotillard
(Pina), seu desempenho soa às vezes forçado, principalmente em momentos cruciais
em que se exigia mais da atriz.
Assim como no primeiro filme, a trama foca novamente não
na figura de Batman, mas sim no homem por de traz da mascara, sendo que Christian
Bale passa todas as dores físicas e emocionais de um homem preso em suas
escolhas para um bem maior e sem poder desfrutar das felicidades que poderia
adquirir. Apartir do momento em que conhece uma habilidosa ladra chamada Selina
Kyle (Anne Hathaway, ótima), se cria então uma serie eventos que o fará vestir
novamente o manto do morcego, mesmo no contra gosto de seu fiel mordomo Alfred,
onde Michael Caine se sobressai em momentos dignos de indicação ao Oscar, onde
ele consegue passar toda a dor e o desejo de ver o seu patrão livre e longe
desse fardo de dor e sofrimento.
Após a apresentação de todos os piões, é feito o
cheque mate no segundo ato, digno de filmes catástrofes, orquestrado pelo vilão
Bane.Tom Hardy teve a missão
ingrata de interpretar um personagem, que não era só mal visto pelos fãs das HQ,
como também era justamente um vilão que substitui a memorável presença do
Coringa de Ledger do filme anterior. Para a sua sorte, Nolan sabia do vespeiro
que estava se enfiando, e graças a sua boa direção de atores, conseguiu extrair
ao máximo, um desempenho positivo de Hardy, em que sua expressão dos olhos e seus
trejeitos do corpo, fazem do personagem se sobressair, em momentos cruciais em
que se exigiu muito do ator. Não é um
vilão que deseja fazer uma reflexão, mas sim concluir o que a Liga das Sombras
do passado começou, mas de uma forma dura, sem papas na língua e fazendo da
cidade Gotham refém do medo. O embate do herói e do vilão é digno de aflição,
em que vemos o herói ser massacrado, tanto fisicamente como psicologicamente e
deixando a cidade a mercê dos horrores que vem a seguir. Nestes momentos, o
compositor Hans Zimmer prova porque é um
dos melhores artistas desse ramo atualmente, pois os momentos que exige emoção,
ele cria uma trilha que se casa, tanto com a personalidade de cada um dos
personagens, como também fazer da própria trilha parte da historia. A cena em que Bruce precisa sair a
todo custo do buraco (não só literalmente como totalmente) é o momento que a
trilha dispara em nossos ouvidos e nos faz agente desejar que ele se erga, num
dos momentos que da vontade de gritar as mesmas palavras que os prisioneiros do
buraco estão gritando (ressurja).
Embora
o terceiro ato seja reservado para momentos alucinantes, é de se espantar como
Nolan não se entrega facilmente a efeitos visuais mirabolantes, pois tudo que
vemos ali até o fim é mais para um lado mecânico, comprovando sua obsessão pelo
real dentro da ficção. Mas por mais que aja ação, são os personagens que fazem
a trama se mover, principalmente em momentos cruciais onde todos serão testados
perante uma situação avassaladora, que para o bem ou para o mal, estarão todos
envolvidos e que cabem as ações de cada um, decidir o que for melhor para eles.
É neste ponto que verdades e mentiras são postas em cheque, onde nem tudo que
agente acreditava era de falto real, sendo que Nolan, desde os tempos de O
Grande Truque, fazia muito bem, e dessa forma, nos brinda com situações que fazem
agente pular da cadeira.
Embora
os últimos minutos do ato final sejam um tanto que apressados, Nolan encerra de
uma forma satisfatória, a sua visão pessoal de Batman para o cinema, principalmente
no momento em que ele nos brinda (assim como no final de A Origem) com uma cena
ambígua estrelada por Alfred. Ele esta tomando café emFlorença, e por um momento,
tem uma agradável visão, que embora muitos cinéfilos irão acreditar naquilo,
por outro lado, não se pode ter certeza que o que ele viu seja real, ou apenas
um desejo de um sonho que ele tinha e que pudesse se tornar realidade. Cabe
cada um ter sua própria interpretação sobre o que aconteceu ali, e só por esse
momento, é que Nolan faz a trilogia fechar com chave de ouro e encerrar uma era
do Batman no cinema como nenhuma outra alcançou, que fará falta e que dificilmente
uma nova versão futura irá superar essa facilmente.
Enfim, encerro hoje esse especial sobre o cineasta David Lynch, que antecede a minha participação no curso do CENA UM, no qual ele será o principal assunto. Espero que aqueles que me acompanharam junto comigo no universo desse mirabolante cineasta, tenha tido o gosto de rever ou então conhecer esses filmes, que na maioria deles, proporciona uma sessão no mínimo interessante e diferente do convencional.
Após o curso, aguardem um especial extra sobre o diretor, que reúne num único post, todas as matérias que eu publiquei até aqui sobre ele. Quem for participar comigo amanhã na atividade, nos vemos por lá.
IMPERIO DOS SONHOS
Sinopse: Nick Grace é uma
atriz casada que é convidada para fazer um filme dirigido por Kingsley Stewart.
Será a refilmagem de uma produção polonesa cujos protagonistas morreram durante
as gravações. Aos poucos ela vai se envolvendo com o ator principal do filme.
Inicia-se então uma trama em que a realidade e a ficção se misturam.
Digamos que Império dos Sonhos
encerra uma espécie de trilogia dos sonhos, ou então sobre uma critica pessoal
que David Lynch faz com relação à Hollywood, que começou apartir de Estrada
Perdida, que continuou com Cidade dos Sonhos (meu favorito) e se encerra de uma
forma tão enigmática, e porque não dizer abstrata. Apartir desse filme, Lynch
pegou o gosto de filmar a trama digitalmente, abandonando de uma vez a película.
Segundo as suas próprias palavras, torna o trabalho de se filmar muito mais fácil,
o que faz fluir muito melhor suas idéias vindas de sua mente, após uma boa meditação
que ele tanto prega.
Para o publico em geral, muitos
vão considerar o que rola na tela, algo como incompreensível. Se alguns
consideravam Cidade dos Sonhos confuso, esse solta inúmeras imagens, que poderiam
muito bem serem comparadas a qualquer obra prima do salvador Dali. Para os fãs
de carteirinha do diretor, no entanto, é um filme em que se levantam as inúmeras
possibilidades do universo dos sonhos ou da consciência humana, que na maioria
dos casos, age como indecifrável, mas que não custa tirar alguma interpretação
dali. O
filme tem um elenco maravilhoso. As belas Naomi Wats, Julia Ormond, Nastassja
Kinski, o ótimo e esquisito William H. Macy, o espetacular Jeremy Irons, e
Laura Dern, com sua curiosa trajetória no cinema, indo de “Veludo Azul” a
“Jurassic Park”.
Império dos Sonhos talvez
seja tudo que há na mente de Lynch e que ele acabou conseguindo passar na tela,
mas nunca se sabe qual será a próxima perola futura desse mirabolante cineasta.