Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: Celso Afonso Gay de Castro morreu aos 41 anos, em Porto Alegre. Exilado pela ditadura militar brasileira, ele percorreu Argentina, Venezuela, Chile e França, sempre carregando consigo sua família. Só que sua repentina morte jogou por terra o ideal político existente.
Não e fácil montar um quebra cabeça de vários fatos de quando se era criança, mesmo quando a vida dessa, era um tanto que diferente da vida de outras crianças. Mas persistente como é, Flávia Castro foi a fundo, entre fatos e meia verdades sobre vida do seu seu pai, Celso Castro, que morreu de causas ainda hoje misteriosas em Porto Alegre em 1984. O interessante, é que o documentário não se prende ao caso policial em si, e sim nas lembranças, pelo olhar ainda inocente de Flavia, nos anos que ela e sua família ficavam passando de país em país, num tempo em que boa parte dos países Sul Americanos vivia em conflitos e golpes políticos e tendo como o foco, as descrições bem definidas do seu dia a dia, como quando ficava por dias isolados em um único quarto enquanto o mundo prosseguia no outro lado da janela.
Os depoimentos de familiares e pessoas ligadas a Celso são outro ponto chave do filme, pois são por eles, que temos uma definição de como ele era, não como um guerrilheiro ou revolucionário, mas como um homem comum e com seus defeitos. Agora o que levou a sua morte, qual é o seu verdadeiro significado, isso o filme não responde, e sim, é o próprio espectador que deve tirar suas próprias conclusões. Portanto o filme termina e Flavia nos da às costas, mas a historia processe em nossas mentes, sendo essa (talvez) a principal intenção da diretora.
Em Cartaz: CineBancários: Rua General Câmara, nº 424 - Centro, Porto Alegre / RS
UMA OTIMA HOMENAGEM AOS BONS TEMPOS DOS FILMES DE AVENTURA DE ANTIGAMENTE
Sinopse: 2ª Guerra Mundial. Steve Rogers (Chris Evans) é um jovem que aceitou ser voluntário em uma série de experiências que visam criar o supersoldado americano. Os militares conseguem transformá-lo em uma arma humana, mas logo percebem que o supersoldado é valioso demais para pôr em risco na luta contra os nazistas. Desta forma, Rogers é usado como uma celebridade do exército, marcando presença em paradas realizadas pela Europa no intuito de levantar a estima dos combatentes. Para tanto passa a usar uma vestimenta com as cores da bandeira dos Estados Unidos, azul, branca e vermelha. Só que um plano nazista faz com que Rogers entre em ação e assuma a alcunha de Capitão América, usando seus dons para combatê-los em plenas trincheiras da guerra.
Até metade da década de 80, os personagens de HQ (no caso, super heróis) passavam para o leitor historias muito bem definidas, ou seja, não existia essa ambigüidade que há atualmente tanto nos quadrinhos como no cinema, mau era mau bem era o bem. Mas foi a partir da metade daquela década que foi introduzido bastante o lado psicológico dos personagens que fizeram deles mais humanos e próximos ao mundo real. Mas existem ainda pessoas atualmente que sentem falta de uma época onde tudo era um pouco mais claro e simples, e com a chegada de Capitão America: o Primeiro Vingador é voltar a sentir o gosto dos bons e velhos tempos da era de ouro, tanto dos bons e velhos filmes de antigamente, como das HQ mais inocentes.
Porém, o diretor Joe Johnston (Lobisomem) fez a lição de casa ao criar a origem do protagonista de uma forma não rápida, mas gradual e humana, para que o espectador tivesse tempo para se familiarizar com o personagem. E para nossa sorte, Chris Evans, (que se a principio havia sido bastante criticado por ter sido escolhido), soube muito bem passar inocência e doçura do personagem, com o qual, consegue ganhar a nossa simpatia facilmente. Vale salientar, que o ator também passou por um duro treinamento físico para ficar com o corpanzil que o personagem possui. Portanto, é um choque vê-lo transformado se comparado quando ele era pequeno e bem magro no inicio da trama (nesta parte, auxiliado a incríveis efeitos especiais que deixam o Curioso Caso de Benjamin Burton no chinelo).
Fora o ator, o que muito se temia desse filme também, é que ele se tornasse uma propaganda sobre o poderio americano, mas essa idéia se desfaz quando lá no meio da historia, vemos o personagem passando pelo ridículo ao se tornar mero personagem propaganda do governo. Esse momento nada mais é do que uma critica bem humorada (e vergonhosa) das maneiras absurdas que o governo norte americano da época fazia para adquirir dinheiro para combater na guerra. Com isso, o personagem que foi criado a exatos 70 anos para se tornar um símbolo para levantar a moral dos soldados da época, também escancara a hipocrisia escondida por baixo da camada mais inocente daquele tempo.
E como eu disse no inicio do texto, o filme é um retorno aos bons tempos de filmes de aventura de antigamente, principalmente quando remete a exemplos como os filmes de Flash Gordon, onde os vilões usam armas lasers para tentar eliminar os mocinhos e as cenas de ação (apesar de não serem muitas) satisfazem o espectador à procura de boa diversão. E é claro que um bom filme também não funcionaria se não tivesse uma boa dose de bons coadjuvantes e isso o filme tem aos montes. Ao começar pela mocinha durona (e par romântico do herói) Peggy Carter, interpretada com elegância e firmeza pela atriz Hayley Atwell, e que eu espero poder vela mais em seguida em outros filmes.Tommy Lee Jones faz as pazes com uma adaptação de HQ (ele havia atuado como Duas Caras no horroroso Batman: Eternamente) e faz de seu personagem coronel Chester Phillips, um ser durão com ar de autoridade, mas não menos divertido, com piadas curtas, rápidas mas certeiras. E por fim, Hugo Weaving (Matrix) nasceu para ser o maquiavélico Caveira Vermelha, pois o ator transmite o ar de maldade no olhar a torto e a direito, mesmo em momentos onde ele fala frases de efeitos no mínimo que inocentes para os padrões atualmente mas que combinam com a proposta que o filme quer passar.
Embora o ato final seja um tanto que ligeiro em tentar finalizar certos pontos na historia, Capitão America: O Primeiro Vingador cumpre a sua missão que é acima de tudo entreter o espectador com quase duas boas horas de aventura na moda antiga e prova que velhas formulas podem sim serem revistas e muito bem vindas para as novas gerações, que por vezes, estão cansadas de ver filmes de ação exagerados e com efeitos especiais enjoativos e descartáveis.
Curiosidade: Hugo Weaving baseou o sotaque alemão de seu personagem, o Caveira Vermelha, no diretor Werner Herzog e no ator Klaus Maria Brandauer;
Com a chegada de Capitão America: O Primeiro Vingador nos cinemas, reveja aqui no meu blog, as postagens que eu já fiz sobre os filmes feitos pela própria Marvel estúdios nos cinemas, sendo que todos eles estão conectados um com o outro, para daí então fechar um ciclo com a chegada do filmeOs Vingadores no ano que vem.Cliquem embaixo e boa leitura.
E ai gente. Chegamos a um final de semana molhado, pois lá fora está chovendo canivete sem parar e pelo visto não a previsão de terminar. Mas não será por isso que deixarei de sair amanhã, afinal, participarei do curso sobre os Irmãos Coen e seus filmes que atualmente são muito cultuados no mundo a fora e a tarde irei assistir ao filme do Capitão: O primeiro vingador. Aguardem minha critica sobre o filme.
Lembrando, que já se encontra em pré-estréia o mais novo filme do polemico diretor Lars Von Trier, Melancolia. O Cineclube zero-hora irá fazer sua sessão especial mensal (com debate) com entrada franca e, logicamente, estarei nela. Portanto aguardem também minha critica sobre esse filme.
Confiram as estréias:
Capitão América - O Primeiro Vingador
Sinopse: Nascido durante a Grande Depressão, Steve Rogers foi um menino franzino em uma família pobre. Horrorizado com a ascensão Nazista na Europa, o garoto parte para entrar para o exército. Mas, devido a sua saúde frágil, ele é rejeitado.
Mas após escutar os apelos honestos do menino, o General Chester Phillips oferece a Rogers a chance de participar da Operação: Renascimento. Depois de semanas de testes ele recebe o soro do supersoldado e é bombardeado por raios-vita.
Steve Rogers aparece então com o corpo mais perfeito que um ser humano pode ter e é submetido a intensos treinamentos físicos e táticos. Meses depois ele recebe sua primeira missão como o Capitão América e, com seu escudo indestrutível, ele parte para combater o mal sozinho e como o líder dos Vingadores.
Loup - Uma Amizade Para Sempre
Sinopse: Emocionante aventura vencedora do Earth Grand Prix do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Sergei garoto de 16 anos é filho de Boris chefe do clã de criadores de renas de sua tribo. Ele parte em sua primeira grande jornada pelas montanhas da Sibéria levando o rebanho e protegendo os animais a única fonte de renda de seu clã. Pronto a salvar as renas de todos os tipos de perigos Sergei sabe que seu pior inimigo está sempre por perto o lobo.
O Casamento do Meu Ex
Sinopse: O Casamento do Meu Ex acompanha sete amigos unidos que preparam o casamento de dois integrantes do grupo. Lila (Anna Paquin) é a noiva e sua dama de honra é Laura (Katie Holmes). As duas já rivalizaram muito tempo por conta de Laura já ter se relacionado com Tom (Josh Duhamel ) o noivo. Ao longo de uma noite barulhenta e um casamento por vir à beira-mar amizades e alianças são testadas quando uma bebedeira ressurge o triângulo amoroso.
Singularidades de uma Rapariga Loira
Sinopse: Macário (Ricardo Trêpa) trabalha como contador no armazém de seu tio Francisco (Diogo Dória), em Lisboa. É seu primeiro emprego. Do outro lado da rua mora Luísa Vilaça (Catarina Wallenstein), uma jovem loira por quem se apaixona de imediato. Logo resolve se casar com ela, mas o tio não concorda com a ideia e, além de despedi-lo, o expulsa de casa. Macário parte de Lisboa, mas tem certeza que não esquecerá Luísa. Em Cabo Verde ele enriquece e, ao voltar, recebe a aprovação do tio para o casamento. O que ele não esperava era se surpreender com o caráter de sua paixão.
Vejo Você no Próximo Verão
Sinopse: (provisória) Jack (Philip Seymour Hoffman) é um cara simples, tímido e desajeitado, que trabalha como motorista de limusine. Ele até gostaria de mudar de vida, mas isso não é nada fácil. Um dia, seu amigo Clyde (John Ortiz) e a esposa dele (Daphne Rubin-Vega), que gostam muito dele, resolvem armar um encontro as cegas para ele com Connie (Amy Ryan). Embora a timidez e o constrangimento tenha sido grande por parte dos dois, parece que existem muitas outras coisas que ajudarão a dar certo. Contudo, enquanto o romance deles começa a embalar, o casal de amigos passa por uma crise.
Nos dias 30 e 31 de Julho estarei participando do curso sobre a vida e obra dos Irmãos Coen no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 - P. Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêem, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esses grandes irmãos cineastas.
Nos dias 30 e 31 de Julho estarei participando do curso sobre a vida e obra dos Irmãos Coen no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 - P. Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vem, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esses grandes irmãos cineastas.
Onde os Fracos Não Têm Vez
Sinopse: Texas, década de 80. Um traficante de drogas é encontrado no deserto por um caçador pouco esperto, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo devido a isso. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Porém para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).
Demorou, mas não tardou. Depois de vários anos, a academia finalmente premiou os Irmãos Coen quando na verdade já deveriam ter sido premiados em filmes como Fargo. Onde os Fracos Não Têm vez não é o filme redondo que normalmente a academia gosta de premiar, mas sim puramente Coen, onde todas as características dos filmes anteriores estão lá, só que numa trama mais seria, mas não menos surpreendente. Numa espécie de filme de faroeste contemporâneo, acompanhamos o trajeto de alguns personagens, todos ligados a uma valise cheia de dinheiro e o resultado final é mais do que surpreendente, é como sempre, inesperado. A grande alma da trama está toda em volta do assassino Anton Chigurh (Javier Bardem, espetacular) uma verdadeira entidade do caos que, por onde passa, é somente morte destruição e somente vai parar, quando concluir sua missão.
Curiosidades: Heath Ledger chegou a negociar sua participação no filme, mas decidiu abrir mão dele para poder descansar um pouco;
Segundo Tommy Lee Jones os irmãos Coen queriam rodar o filme inteiramente no Novo México, devido aos impostos do estado, mas ele os convenceu a realizarem as filmagens no Texas;
Queime Depois de Ler
Sinopse: Osbourne Cox (John Malkovich) é um analista que trabalha para a CIA. Ao chegar em uma reunião ultra-secreta ele descobre que foi demitido. Revoltado, ele resolve se dedicar à bebida e a escrever um livro de memórias. Katie (Tilda Swinton), sua esposa, fica espantada ao saber da demissão de Osbourne, mas logo deixa o assunto de lado por estar mais interessada em Harry Pfarrer (George Clooney), um investigador federal casado que é também seu amante. Paralelamente Linda Litzke (Frances McDormand), funcionária de uma rede de academias, faz planos para uma grande cirurgia plástica que deseja realizar. Ela tem em Chad Feldheimer (Brad Pitt), um professor da academia, seu melhor amigo. Até que um dia um CD perdido cai nas mãos de Linda e Chad, entregue por um faxineiro da academia. Ao perceberem que se trata de material confidencial, eles ligam para Osbourne Cox tentando conseguir dinheiro para evitar que seu conteúdo seja divulgado.
Uma das mais divertidas obras dos irmãos Coen, onde presta uma homenagem ao mundo da espionagem, mas com muito bom humor negro. Como sempre, os personagens são no mínimo interessantes e muito excêntricos, principalmente Osboume Cox interpretado loucamente por John Malkovich, mais do que a vontade num papel onde o sarcasmo é a alma do personagem. Uma coisa que sempre escrevo sobre os filmes dos irmãos Coen, é que seus personagens sempre ficam em volta de situações imprevisíveis que os levam a momentos únicos e por algumas vezes sem volta. Um belo é exemplo disso é o encontro acidental entre os personagens de Brad Pitt(hilário) e George Clooney, simplesmente inesperado e um dos melhores momentos de uma trama 100% inspirada.
Curiosidade: O personagem Osbourne Cox foi criado especialmente para John Malkovich;
Um Homem Sério
Sinopse: 1967. Larry Gopnik (Michael Stuhlberg) trabalha como professor de física na Universidade de Midwestern. Ele vê sua vida mudar radicalmente quando sua esposa, Judith (Sari Lennick), decide deixá-lo por Sy Ableman (Fred Melamed). Além disto, uma carta anônima ameaça sua carreira na universidade. Larry ainda precisa lidar com os problemas de Arthur (Richard Kind), seu irmão, que mora em sua casa e dorme no sofá; seu filho Danny (Aaron Wolff), problemático e rebelde; e ainda Sarah (Jessica McManus), sua filha, que constantemente pega dinheiro de sua carteira para uma futura cirurgia plástica no nariz. Sem saber o que fazer, Larry busca os conselhos de três rabinos.
Se os personagens dos irmãos Coen se metem em situações imprevisíveis, então o mais certo é eles levarem tudo numa boa, pois no final das contas, tudo acabara bem. Talvez seja isso que surge na mente do personagem Larry Gopnik (Michael Stuhlberg, perfeito) um judeu americano correto e que leva suas virtudes consigo, mas que terá que enfrentar não só os problemas loucos de sua família, mas como também no seu trabalho e com os seus vizinhos. Como se passa em 1967, o filme é sátira descarada de um tempo onde se mais se dizia que “a família norte americana era perfeita”, mas somente superficialmente como no filme é muito bem retratado. Destaco aqui o epilogo que termina de uma forma incrível e aberta e o fantástico prólogo que aparentemente não possui ligação nenhuma com o resto da trama, mas depois, se pararmos para pensar, fazia todo o sentido.
Curiosidade: Ao término dos créditos finais está a frase "no jews were harmed in the making of this motion picture" (traduzindo, "nenhum judeu foi ferido na produção deste filme);
Com a recente polemica sobre a censura imposta para não exibição do filme serbian film: Terror Sem Limite no Rio de Janeiro (mais detalhes no site cinema em cenaclicando aqui), levantou-se novamente um fantasma que todos desejam passar longe que é a temível censura do período militar (1964 – 1985).
Ao meu ver, acho um tanto que exagerado essa situação de ambos os lados. Se por um lado o governo quer censurar um filme (que nem sequer viram) estão perdendo tempo, pois nesta altura do campeonato ele já se encontra para baixar e quanto mais deseja proibir, mais pessoas irão assistir, pois não vivemos mais nos anos 70 e 80 onde nos tínhamos poucos recursos e tínhamos que esperar, sabe lá quando, que o filme fosse liberado. Além do mais, onde já se viu políticos dizerem o que você pode ou não pode assistir? É a mesma coisa a pessoa ir ao museu e não poder ver certos quadros, sejam eles bons ou ruins. Políticos me poupem, vocês moram na terra, não em marte.
Agora, eu preciso dar um puxão de orelha aos meus irmãos cinéfilos, já que estão se desesperando antecipadamente, achando que o fantasma da censura esta voltando. Temos que tratar o que aconteceu lá no Rio de Janeiro como um caso isolado, mas que claro, não pode passar despercebido e cada um faça a sua parte protestando nas suas paginas da internet. E se a coisa se alastrar, para isso existe meios de baixar filmes pela rede. Não é o meio certo de ver filmes, mas se eles fizerem essa sacanagem, não devemos nos envergonhar de aderir outros meios para se assistir uma produção.
Como é o assunto do momento, deixo abaixo cinco filmes que fizeram polemica e grande barulho por aqui e no resto do mundo.
Laranja Mecânica
Para época (1971), o filme era muito a frente do seu tempo. Uma espécie de critica ao sistema que possui o desejo de por em pratica certas regras para o individuo jamais sair da linha, por meio de experiências ilícitas. Apesar de todo o sucesso de publico e critica, o filme se tornou proibido alguns países, incluindo o Brasil, onde o filme foi só liberado em 1979. Atualmente o filme é considerado uma obra prima e ninguém mais ousam dizer o contrario.
O ULTIMO TANGO EM PARIS
Já assistimos, muitas sessões da madruga, onde era exibidos filmes da Emmanuelle muito mais fortes em cenas de sexo do que esse filme comandado por Bernardo Bertolucci, mas para época foi um verdadeiro escândalo. Ver Marlon Brando (em seu melhor momento de sua carreira) na já clássica cena da manteiga foi algo que estourou de uma maneira sem precedentes.
O tempo provou que houve certo exagero pela parte conservadora que não entende nada quando é pornografia ou erotismo.
Caligula
Esse pediu para ser polemico desde o principio, mas ao meu ver, se era para fazer um verdadeiro retrato dos dias do maníaco imperador Caligula governando em Roma, não tinha como ser diferente. Interessante foi o fato do diretor Tinto Brass ter conseguido convencer os atores Malcolm McDowell e Peter O'Toole a atuarem nesse filme, mas soube-se depois, que eles não sabiam que o filme iria possuir cenas pornográficas, e sim, tudo foi bem arranjado na mesa de montagem sem que eles soubessem. Na época do lançamento, o filme foi duramente criticado mas aos poucos alguns críticos foram reconhecendo que a produção é a que mais possuiu pé no chão ao retratar o lado o obscuro e pecador do mundo romano daquele tempo.
A ULTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO
Lançado em 1988, o filme de Martin Scorsese foi recebido por aqui a paus e pedras, mas não havia como ser diferente, numa época que o país era muito mais conservador em termos religiosos que atualmente. Há idéia de ver um Jesus Cristo mais humano, amigo de Judas e tendo um caso com Maria Madalena era algo que ninguém queria ouvir. Mas deve se levar em conta que a trama não foi baseada na bíblia e sim no polemico livro escrito por Nikos Kazantzakis 1951 que colocava certas liberdades sobre a passagem de Jesus na terra. Talvez, tanta a intenção do escritor como também do diretor, era retratar um Jesus mais humano e que possui as suas falhas, e mesmo que deseje escapar de sua grande responsabilidade, há de aceitar o seu destino. Não antes é claro de ter uma visão de ter desistido da crucificação e ter tido uma vida normal com Madalena num momento impressionante da obra de Scorsese.
O CLUBE DA LUTA
O filme que mais soube sintetizar o que foi os anos noventa, não conseguiu escapar de um caso infeliz que aconteceu em São Paulo. Um louco atirou e matou algumas pessoas numa sessão que o filme estava passando e, logicamente, a imprensa (querendo audiência) começou a dizer que talvez a mensagem que o filme passava tenha despertado o desejo assassino do psicopata. Pura besteira, pois o filme é um verdadeiro retrato da alienação das pessoas dos anos 90 (e de hoje) onde se tornaram verdadeiros zumbis do consumo desenfreado e presos ao sistema. Garanto, que se o crime tivesse acontecido numa sessão de um filme da Disney, colocariam culpa nas lendárias mensagens subliminares do estúdio que tanto os conservadores insistem que existem. Polemicas a parte, o filme de David Fischer da uma verdadeira aula de montagem de imagens nunca antes vistas no cinema e apresentou os melhores desempenhos de Bratt Pitt e Eduard Norton.