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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 20 de julho de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Lost Girls - Os Crimes de Long Island'

Sinopse: O drama sobre uma mãe desesperada para encontrar a sua filha desaparecida e que encontra resistência na polícia, que não se dedica com afinco a investigar o que aconteceu com ela.

Não é fácil para determinados documentaristas passar a experimentar novos rumos na carreira, como no caso, por exemplo, transitar para os filmes de ficção. Liz Garbus é uma ótima cineasta no ramo dos documentários, pois basta assistir ao "What Happened, Miss Simone?", baseado na vida da lendária cantora e ativista Nina Simone, para constatarmos isso. Ao fazer o seu primeiro filme de ficção, "Lost Girls - Os Crimes de Long Island" ela nos apresenta um filme com alguns defeitos, mas com uma carga bastante pesada e reflexiva sobre a realidade impune em que nós vivemos.
Baseado no livro do escritor e repórter Robert Kolker, o filme conta a história de Mari Gilbert (Amy Ryan), que está desesperada para encontrar sua filha, que desapareceu em Long Island. Com isso, ela acaba ajudando a polícia a descobrir diversos casos de assassinatos não resolvidos.
Tanto o livro como o filme são baseados nos casos reais dos assassinatos de jovens garotas que foram brutalmente assassinadas e cujas as histórias de cada uma renderia um material farto até mesmo para uma série documental. Ao invés disso, Liz Garbus opta por um longa-metragem de pouco mais de uma hora e meia e fazendo com que várias subtramas sobre as outras vítimas ficassem de fora. Se por um lado ficamos um tanto que frustrados ao imaginarmos sobre como teria sido melhor executado essas histórias neste outro formato, por outro lado, esse problema é contornado quando filme não se torna uma mera trama policial.
Ao invés disso, o filme gira em torno do drama da figura de Mari, de suas filhas e dos atos e consequências que elas obtiveram ao longo da vida. Mari, por exemplo, é a típica norte americana que se vira sozinha, mãe solteira e moldada pelo machismo atual que lhe cuspiram na cara. Amy Ryan, indicada ao Oscar pelo filme "Medo da Verdade" (2007), dá um show de interpretação ao carregar o filme nas costas, ao sintetizar a dor física e mental de uma mulher consciente dos seus erros, mas não permitindo que lhe pisem como um todo.
A sua presença em cena compensa a falta de experiência de Liz Garbus na direção deste tipo de obra, mesmo quando essa última se esforça em nos passar algo que nos faz pensar ao fim da sessão. Em resumo, é um filme sobre o universo das mulheres que tentam viver de forma independente, mas que sofrem nas mãos, tanto de homens criminosos, como também de homens da justiça incompetentes e que as tratam como lixo. O ato final não nos traz nenhum conforto, principalmente com relação ao destino de alguns personagens, mas não tinha como ser diferente.
"Lost Girls - Os Crimes de Long Island" é sobre casos criminais sem solução contra as mulheres e cujas as suas vozes não podem serem caladas pelo lado sombrio dos homens. 

Onde Assistir: Netflix. 

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