Sinopse: Concord, Massachussetts. Com o pai lutando em plena Guerra Civil, as irmãs Jo, Beth, Meg e Amy vivem em harmonia com a mãe, Marmee.
"Adoráveis Mulheres" de 1994 se tornou um pequeno clássico daquela década, ao retratar a união de quatro irmãs perante as adversidades do dia a dia. Porém, mesmo com uma trama se passando no século 19, é preciso que aja uma forma do público feminino atual se identificar com as personagens, o que não aconteceria se o mesma versão daquele ano, ou de outras adaptações passadas, fossem levadas agora nas telas do cinema. Felizmente, "Adoráveis Mulheres" de 2019 tenta dialogar com a força do feminismo atual, mesmo que em alguns momentos descarrilhe para o convencional.
Dirigido por Greta Gerwig, do filme "Lady Bird - A Hora de Voar" (2017), e baseado na obra de Louisa May Alcott, a trama se passa durante a Guerra Civil, onde uma mãe com 4 filhas passa por graves problemas financeiros, enquanto o marido está na frente de batalha. A mais intelectualizada das irmãs, que sonha ser escritora, é cortejada por um rico vizinho, mas quando este se declara ela o rejeita e vai morar em Nova York, onde se envolve com um professor. Mas quando chega a notícia de que o estado de saúde de uma de suas irmãs piorou consideravelmente, ela retorna para casa.
Tanto a sua trilha sonora como também o ritmo da edição lembra, por vezes, a adaptação de 1994. Porém, o filme ganha contornos em que dialoga com os tempos atuais, principalmente em dias de hoje em que as mulheres não enxergam mais o casamento como a principal opção para o seu futuro. No caso das protagonistas, é inevitável que o público feminino irá se identificar principalmente com a personagem Jo, da qual é interpretada pela ótima Saoirse Roan e repetindo a boa parceria com a diretora Greta Gerwing.
Curiosamente, a trama se passa em duas linhas temporais que vem e vão, onde atos e consequências já ocorreram e fazendo a gente se perguntar como as personagens chegaram até naquele momento. Se tem, portanto, as personagens sendo apresentadas para nós de formas diversas, cujo a inocência dá lugar ao amadurecimento de forma gradual, porém, necessário. Se por um lado muitas das passagens lembra a versão de 1994, do outro, há um cuidado para que não se tenha uma espécie de repeteco, mas sim conseguindo nos passar algo de novo.
Acima de tudo, o filme fala sobre o papel da mulher de várias épocas, das quais a maioria foram submissas perante ao machismo dos homens, mas cuja algumas não optaram pelo óbvio, ou seja, o casamento. No caso de Jo, por exemplo, vemos uma personagem que não consegue se enxergar de acordo com que o sistema conservador da época quer dela, mas sim em realizar o seu desejo de independência e obter o sucesso com a escrita. Em tempos em que o conservadorismo atual deseja colocar a mulher reduzida a mera dona de casa, nunca é demais vermos uma personagem com uma personalidade tão forte na tela do cinema.
Porém, o filme desliza em alguns momentos para o convencional, como se em alguns momentos estivéssemos assistindo aquelas velhas fórmulas manjadas das comédias românticas e que foram usadas a exaustão. Porém, os realizadores conseguiram obter um equilíbrio necessário entre o convencional e com uma linguagem que dialogue com os novos tempos e resultando em um final até mesmo satisfatório. Não mudará a vida de ninguém, mas também não irá cair na vala comum das adaptações literárias convencionais.
Com a participação mais do que especial de Meryl Streep, "Adoráveis Mulheres" é uma bem vinda nova versão do conto clássico, do qual obtém certo êxito ao falar sobre o papel da mulher na sociedade de ontem e hoje e contra os obstáculos que precisam ser eliminados.
Dirigido por Greta Gerwig, do filme "Lady Bird - A Hora de Voar" (2017), e baseado na obra de Louisa May Alcott, a trama se passa durante a Guerra Civil, onde uma mãe com 4 filhas passa por graves problemas financeiros, enquanto o marido está na frente de batalha. A mais intelectualizada das irmãs, que sonha ser escritora, é cortejada por um rico vizinho, mas quando este se declara ela o rejeita e vai morar em Nova York, onde se envolve com um professor. Mas quando chega a notícia de que o estado de saúde de uma de suas irmãs piorou consideravelmente, ela retorna para casa.
Tanto a sua trilha sonora como também o ritmo da edição lembra, por vezes, a adaptação de 1994. Porém, o filme ganha contornos em que dialoga com os tempos atuais, principalmente em dias de hoje em que as mulheres não enxergam mais o casamento como a principal opção para o seu futuro. No caso das protagonistas, é inevitável que o público feminino irá se identificar principalmente com a personagem Jo, da qual é interpretada pela ótima Saoirse Roan e repetindo a boa parceria com a diretora Greta Gerwing.
Curiosamente, a trama se passa em duas linhas temporais que vem e vão, onde atos e consequências já ocorreram e fazendo a gente se perguntar como as personagens chegaram até naquele momento. Se tem, portanto, as personagens sendo apresentadas para nós de formas diversas, cujo a inocência dá lugar ao amadurecimento de forma gradual, porém, necessário. Se por um lado muitas das passagens lembra a versão de 1994, do outro, há um cuidado para que não se tenha uma espécie de repeteco, mas sim conseguindo nos passar algo de novo.
Acima de tudo, o filme fala sobre o papel da mulher de várias épocas, das quais a maioria foram submissas perante ao machismo dos homens, mas cuja algumas não optaram pelo óbvio, ou seja, o casamento. No caso de Jo, por exemplo, vemos uma personagem que não consegue se enxergar de acordo com que o sistema conservador da época quer dela, mas sim em realizar o seu desejo de independência e obter o sucesso com a escrita. Em tempos em que o conservadorismo atual deseja colocar a mulher reduzida a mera dona de casa, nunca é demais vermos uma personagem com uma personalidade tão forte na tela do cinema.
Porém, o filme desliza em alguns momentos para o convencional, como se em alguns momentos estivéssemos assistindo aquelas velhas fórmulas manjadas das comédias românticas e que foram usadas a exaustão. Porém, os realizadores conseguiram obter um equilíbrio necessário entre o convencional e com uma linguagem que dialogue com os novos tempos e resultando em um final até mesmo satisfatório. Não mudará a vida de ninguém, mas também não irá cair na vala comum das adaptações literárias convencionais.
Com a participação mais do que especial de Meryl Streep, "Adoráveis Mulheres" é uma bem vinda nova versão do conto clássico, do qual obtém certo êxito ao falar sobre o papel da mulher na sociedade de ontem e hoje e contra os obstáculos que precisam ser eliminados.
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