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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Regresso a Itália'

Sinopse: Um artista viaja de Londres até Itália para vender a casa que era da sua falecida mulher. A companhia dele? O outro dono da casa, o filho dele.   

Desde que Liam Neeson estrelou o filme de ação policial "Busca Implacável" (2008) me pareceu que ele ficou no piloto automático, já que posteriormente ele viria a estrelar outros filmes com a mesma temática e originalidade zero. É uma pena um ator com grande talento chegar a esse ponto, já que estamos falando de alguém que interpretou personagens memoráveis do cinema como no caso, por exemplo, de Oscar Schindler do clássico "A Lista de Schindler" (1993). "Regresso a Itália" (2021) me parece que é uma forma do ator nos convencer que não perdeu a sua versatilidade, porém, não foi dessa vez que obteve a volta por cima.

Dirigido por James D'Arcy, "De Volta à Itália" conta a história de Robert (Liam Neeson), um artista boêmio, viaja de Londres para a Itália com seu filho Jack (Micheál Richardson) para tentar reformar e vender a casa que herdou de sua falecida esposa. Durante a reforma, acontecimentos fazem com que ambos façam suas próprias retrospectivas do passado.

A premissa soa interessante, já que vemos ambos os personagens tentarem se entenderem enquanto tentam reformar a casa que no passado foi muito importante para eles. O problema que o desenvolvimento dessa trama nos soa como um verdadeiro 'dejà Vu', já que não seria a primeira vez que estamos vendo um filme em que mostra a reconciliação entre pais e filhos, principalmente pelo fato que a desunião surgiu devido a perda de um ente querido. E quando vemos, por exemplo, Jack se envolver com uma italiana local não é preciso ser gênio que ali surge uma segunda chance para o personagem, já que ele está em estágio de divórcio.

James D'Arcy até que se esforça em tentar conseguir fisgar a nossa atenção, já que o filme possui um bom alinhamento entre o drama e a comédia, mas não sendo o suficiente para nos manter presos na linha. Talvez o mais prejudicado neste caso seja o próprio Liam Neeson que mais parece um peixe fora d'água dentro desse projeto. Depois de anos atuando em filmes de ação me parece que o ator está pouco à vontade em um papel que se exige um apelo mais dramático e não nos convencendo em nenhum momento.

O final é aquele de sempre, reconciliação entre o pai e filho, feridas não cicatrizadas sendo expostas e todos os demais personagens conseguindo obter um novo caminho na vida. Não é um filme que se pode jogar facilmente fora, já que ele tem chances de vir a se tornar uma boa sessão da tarde, desde que não tenha nada de melhor para assistir nos demais canais. "Regresso a Itália" é uma boa água com açúcar, mas que talvez só tenha servido para Liam Neeson pagar suas contas atrasadas. 



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