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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 23 a 29 de novembro

O Anjo Exterminador

COMÉDIAS ITALIANAS EM EXIBIÇÃO

A Cinemateca Capitólio recebe a partir do dia 21 de novembro uma retrospectiva de clássicos da comédia italiana. A programação integra a 18ª edição do Festival de Cinema Italiano no Brasil. Realização da Embaixada da Itália no Brasil e do Consolato Generale d’Italia. Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6826/festival-do-cinema-italiano/


JEAN ROLLIN NO PROJETO RAROS

A segunda sessão do Projeto Raros do mês de novembro apresenta o cinema onírico de Jean Rollin. Na sexta-feira, 24/11, às 19h30, a Cinemateca Capitólio exibe As Demoníacas (Les démoniaques, 1974). Com entrada franca, a sessão será apresentada pelo pesquisador Carlos Thomaz Albornoz.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/6850/projeto-raros-as-demoniacas/


FASE MEXICANA DE BUÑUEL EM CARTAZ

De 28 de novembro a 08 de dezembro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Buñuel no México, com dez filmes da fase mexicana do grande diretor espanhol. A sessão de abertura, na terça-feira (28), às 19h30, exibe uma das grandes obras-primas de Luis Buñuel, O Anjo Exterminador, com apresentação do crítico de cinema Marcus Mello. Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6854/bunuel-no-mexico/


GRADE DE HORÁRIOS

23 a 29 de novembro de 2023


23 de novembro (quinta-feira)

15h – Amor à Italiana

17h – Plauto, Um Sopro Musical

19h – Mimi, o Metalúrgico


24 de novembro (sexta-feira)

15h – Golpe dos Eternos Desconhecidos

17h - Esses Nossos Maridos

19h30 – Projeto Raros: As Demoníacas


25 de novembro (sábado)

15h – Venha Tomar Café Conosco

17h – Plauto, Um Sopro Musical

19h – Brancaleone nas Cruzadas


26 de novembro (domingo)

15h – Por um Destino Insólito

17h – Plauto, Um Sopro Musical

19h – Golpe dos Eternos Desconhecidos


28 de novembro (terça-feira)

15h – Mimi, o Metalúrgico

17h – Plauto, Um Sopro Musical

19h30 – O Anjo Exterminador


29 de novembro (quarta-feira)

15h – Brancaleone nas Cruzadas

17h – O Bruto

19h30 – Os Esquecidos

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 23 A 29 DE NOVEMBRO DE 2023

 PROGRAMAÇÃO DE 23 A 29 DE NOVEMBRO DE 2023

Durval Discos


SALA PAULO AMORIM


15h15 – TIA VIRGÍNIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 100min). Direção de Fabio Meira, com Vera Holtz, Arlete Salles, Louise Cardoso, Antonio Pitanga, Vera Valdez. Elo Studios, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Virgínia nunca se casou, não teve filhos e foi convencida pelas irmãs a cuidar dos pais. No primeiro Natal depois da morte do pai, com a mãe dependente de cuidados, Virginia reencontra suas irmãs. Enquanto preparam a ceia, os afetos e os ressentimentos dão o tom das conversas entre Virginia, Vanda e Valquiria. Inspirado nas memórias do próprio diretor, o filme ganhou seis Kikitos no Festival de Gramado, incluindo melhor filme pelo Júri da Crítica, melhor atriz para Vera Holtz e melhor roteiro.


17h15 – MUSSUM, O FILMIS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 120min). Direção de Silvio Guindane, com Aílton Graça, Yuri Marçal, Neusa Borges, Cacau Protásio, Gero Camilo. Downtown Filmes, 10 anos. Drama biográfico.

Sinopse: Antônio Carlos Bernardes Gomes entrou para a história da cultura brasileira como Mussum. Referência de humor por conta do programa Os Trapalhões e venerado como músico no grupo Originais do Samba e na escola Mangueira, Antônio Carlos teve uma infância pobre, serviu no exército e soube driblar as armadilhas do destino com seu talento. Baseado no livro "Mussum – uma história de Humor e Samba", de Juliano Barreto, o filme foi o grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado 2023, com os Kikitos de melhor filme pelo júri oficial e popular e melhor ator para Aílton Graça.


19h30 – DURVAL DISCOS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2003, 96min). Direção de Anna Muylaert, com Ary França, Etty Fraser, Leticia Sabatella. Projeto Vitrine Petrobras, 12 anos. Comédia dramática.

Sinopse: O projeto Vitrine Petrobras está de volta com a reestreia de um dos filmes brasileiros mais queridos do público. Vencedor de sete Kikitos no Festival de Cinema de Gramado de 2002 (incluindo melhor filme e direção), o longa é ambientado na loja Durval Discos, administrada por um cara solteirão que insiste em vender discos de vinil. Para ajudar a mãe no trabalho da casa, Durval contrata uma ajudante que cozinha muito bem. Mas ela desaparece alguns dias depois e deixa sua filha, Kiki, aos cuidados de Durval e sua mãe.

(NÃO HAVERÁ SESSÃO NA SEXTA E TERÇA, DIAS 24 E 28)


SALA EDUARDO HIRTZ


15h – MEU NOME É GAL Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 90min). Direção de Lo Politi e Dandara Ferreira, com Sophie Charlotte, Rodrigo Lelis e Dandara Ferreira. Downtown/Paris Filmes, 16 anos. Cinebiografia.

Sinopse: Com sua presença, sua atitude, seu corpo e sua voz, Gal Costa foi a musa do movimento Tropicalista e ajudou a transformar os rumos da música e da cultura brasileiras. Junto com os companheiros Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Jards Macalé, Tom Zé e Wally Salomão, ela enfrentou as dificuldades de ser de vanguarda em meio ao conservadorismo e à violência impostos pela ditadura militar no Brasil.


FESTIVAL VARILUX

PROGRAMAÇÃO:


QUINTA, DIA 23


Sala Eduardo Hirtz


17h - MEU NOVO BRINQUEDO

(Le Nouveau jouet – 2022, 110min). Direção de James Huth, com Jamel Debbouze, Daniel Auteuil, Simon Faliu. A2 Filmes, Comédia. Livre.

Sinopse: Pensando no sustento de sua futura família, Samy aceita um trabalho como vigia noturno em uma loja de luxo. Philippe Etienne, o homem mais rico da França, decide inaugurar sua loja de brinquedos e diz ao seu filho, Alexandre, que pode escolher o que mais desejar como presente de aniversário. Alexandre escolhe Samy como seu novo brinquedo.


19h15 - O LIVRO DA DISCÓRDIA

(Youssef Salem a du succès – 2023, 100min). Direção de Baya Kasmi, com Ramzy Bedia, Noémie Lvovsky, Abbes Zahmani, Tassadit Mandi. Distribuição Bonfilm, Comédia. Livre.

Sinopse: Youssef Salem tem 45 anos, é descendente de uma família de imigrantes argelinos e vive em Paris onde se dedica à escrita. Após uma série de contratempos, ele decide escrever um romance parcialmente autobiográfico, inspirado na sua juventude e em particular nos tabus que rodeiam a sexualidade no ambiente onde cresceu. O livro provoca um debate público apaixonado e, principalmente, muita tensão entre seus familiares.


SEXTA, DIA 24


Sala Eduardo Hirtz


17h - DISFARCE DIVINO

(Magnificat – 2023, 100min). Direção de Virginie Sauveur, com Karin Viard, François Berléand, Nicolas Cazalé. Distribuição: Bonfilm, Drama, 14 anos.

Sinopse: Quando um padre idoso falece, a chanceler encarregada da diocese descobre que ele era uma mulher. Sem que ninguém suspeitasse, o padre estava praticando sua vocação por anos. Consternada, a chanceler decide iniciar uma investigação em meio a comunidade.


19h - AS BESTAS

(As Bestas – 2022, 140min). Direção: Rodrigo Sorogoyen, com Denis Ménochet, Marina Fois, Luis Zahera. Pandora, Drama. 14 anos.

Sinopse: Um casal francês se muda para uma vila no interior da Galícia, buscando proximidade com a natureza. Eles levam uma vida sossegada, plantam vegetais e recuperam casas abandonadas, mas não têm uma boa relação com os outros habitantes. Após rejeitar um projeto de energia elétrica eólica, dois irmãos da vizinhança se desentendem e levam a situação ao limite. O filme ganhou nove prêmios Goya, incluindo melhor filme, direção e roteiro original.

SÁBADO, DIA 25

Sala Eduardo Hirtz


17h - MEMÓRIAS DE PARIS

(Revoir Paris – 2022, 105min).  Direção de Alice Winocour, com Virginie Efira, Benoît Magimel, Grégoire Colin. Mares Filmes. Drama. 14 anos

Sinopse: Três meses depois de sobreviver a um ataque terrorista em um bistrô parisiense, Mia ainda está traumatizada e incapaz de se lembrar dos acontecimentos daquela noite. Em um esforço para finalmente seguir em frente, ela investiga suas memórias e refaz seus passos.


19h - O ASTRONAUTA

(L’astronaute – 2022, 110min). Direção de Nicolas Giraud, com Nicolas Giraud, Mathieu Kassovitz, Hélène Vincent.

Sinopse: Engenheiro de aeronáutica na empresa Arianespace, Jim se dedicou durante anos a um projeto secreto: construir seu próprio foguete e realizar o primeiro voo espacial tripulado amador. Mas para realizar seu sonho, ele deve aprender a compartilhá-lo.


DOMINGO, DIA 26

Sala Eduardo Hirtz

17h - MAKING OF

(2023, 120min). Direção de Cédric Kahn, com Denis Podalydès, Jonathan Cohen, Emmanuelle Bercot, Stefan Crepon. Drama. Distribuidora Bonfilm, Comédia dramática. Livre.

Sinopse: Simon, um diretor experiente, começa a rodar um filme sobre a luta dos trabalhadores para salvar sua fábrica. Mas nada sai como planejado. Sua produtora deseja reescrever o final, sua equipe entra em greve, sua vida pessoal está em ruínas e, para piorar as coisas, o ator principal é um desagradável egocêntrico. Joseph, um jovem cineasta, aceita dirigir o making of e começa a capturar toda a confusão.


19h15 - CULPA E DESEJO

(L’été dernier – 2023, 105min). Direção de Catherine Breillat, com Léa Drucker, Samuel Kircher, Olivier Rabourdin. Synapse Filmes, Drama, 16 anos.

Sinopse: Anne é uma renomada advogada especializada em violência sexual contra menores. Ao conhecer o filho de 17 anos de seu atual parceiro, ela inicia um relacionamento com ele. Ao fazê-lo, corre o risco de pôr em risco a sua carreira e desmembrar a sua família.


TERÇA, DIA 28

Sala Eduardo Hirtz


17h - O LIVRO DA DISCÓRDIA

(Youssef Salem a du succès – 2023, 100min). Direção de Baya Kasmi, com Ramzy Bedia, Noémie Lvovsky, Abbes Zahmani, Tassadit Mandi. Distribuição Bonfilm, Comédia. Livre.

Sinopse: Youssef Salem tem 45 anos, é descendente de uma família de imigrantes argelinos e vive em Paris onde se dedica à escrita. Após uma série de contratempos, ele decide escrever um romance parcialmente autobiográfico, inspirado na sua juventude e em particular nos tabus que rodeiam a sexualidade no ambiente onde cresceu. O livro provoca um debate público apaixonado e, principalmente, muita tensão entre seus familiares.


19h - MEMÓRIAS DE PARIS

(Revoir Paris – 2022, 105min).  Direção de Alice Winocour, com Virginie Efira, Benoît Magimel, Grégoire Colin. Mares Filmes. Drama. 14 anos

Sinopse: Três meses depois de sobreviver a um ataque terrorista em um bistrô parisiense, Mia ainda está traumatizada e incapaz de se lembrar dos acontecimentos daquela noite. Em um esforço para finalmente seguir em frente, ela investiga suas memórias e refaz seus passos.


QUARTA, DIA 29

Sala Eduardo Hirtz


17h - CONDUZINDO MADELEINE

(Une Belle course - 2022, 90min). Direção de Christian Carion, com Line Renaud, Dany Boon, Alice Isaaz. California Filmes, Drama. Livre.

Sinopse: Madeleine, 92 anos, chama um táxi para chegar à casa de repouso onde deverá morar a partir de agora. Ela pede a Charles, um motorista um tanto desiludido, que passe pelos lugares que importaram em sua vida, para vê-los uma última vez. Aos poucos, pelas ruas de Paris, Madeleine revela um passado extraordinário que perturba Charles. Há viagens de táxi que podem mudar uma vida.


19h - SOB AS ESTRELAS

(A la belle étoile – 2023, 110min). Direção de Sébastien Tulard, com Riadh Belaïche, Loubna Abidar, Christine Citti. Mares filmes, Comédia. Livre.

Sinopse: Desde cedo, Yazid teve apenas uma paixão: cozinhar. Criado entre uma família adotiva e um abrigo, o jovem forjou um caráter indomável. De Epernay à Paris, passando por Mônaco, ele tenta realizar seu sonho: trabalhar com os maiores confeiteiros e se tornar o melhor.

SALA NORBERTO LUBISCO


14h45 – INCOMPATÍVEL COM A VIDA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 92min). Documentário de Eliza Capai. Descoloniza Filmes, 14 anos.

Sinopse: O filme traz a experiência pessoal da própria diretora, que engravidou durante a pandemia e recebeu o diagnóstico de malformação do bebê. Eliza buscou o seu direito legal de fazer um aborto, mas a burocracia, mesmo em casos já assegurados por lei, se mostrou um grande empecilho. O filme reúne outras mulheres que passaram pela mesma situação e faz um potente coral com diversas opiniões e vivências sobre o aborto, além de refletir sobre a morte, o luto e políticas públicas.


16h30 – AFIRE Assista o trailer aqui.

(Roter Himmel- Alemanha, 2023, 103min). Direção de Christian Petzold, com Thomas Schubert, Paula Beer, Langston Uibel, Enno Trebs, Matthias Brandt. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Um grupo de jovens, entre conhecidos e desconhecidos, é obrigado a conviver por alguns dias em uma casa de férias junto ao mar Báltico. À medida em que o tempo passa, surge um clima de amizade e até de romance em parte do grupo, enquanto Leon se irrita com o desenrolar da situação. Lá fora, os dias estão quentes, não chove há semanas e as florestas secas da região começam a pegar fogo. O filme foi o vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim 2023.


18h45 – SAMSARA – A JORNADA DA ALMA Assista o trailer aqui.

(Samsara - Espanha, 2023, 110min). Direção de Lois Patiño, com Amid Kiomany e Simone Milavahn. Pandora Filmes, Drama. Livre.

Sinopse: Todas as manhãs, um adolescente budista do Laos visita a casa de uma idosa para ler o “Livro Tibetano dos mortos”, que serve como guia para o caminho entre a morte e o próximo renascimento. No último dia da mulher, quando ela finalmente fecha os olhos, o jovem medita ao seu lado e o público é convidado a imaginar como é esta jornada transformadora para uma outra vivência. Rodado entre Laos e Zanzibar, o filme é dividido em duas partes, sendo que cada uma foi captada por um diretor de fotografia diferente.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos.

Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Cine Dica: Sessão Clube de Cinema 25/11/2023 - 'Hair'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Cinemateca Capitólio

Data: 25/11/2023, sábado, às 10:15 da manhã 


"Hair"

EUA/ Alemanha, 1979, 121 minutos, 14 anos

Direção: Milos Forman

Elenco: John Savage, Treat Williams, Beverly D'Angelo, Annie Golden 

Sinopse: Claude, um jovem do Oklahoma que foi recrutado para a guerra do Vietnã, é “adotado” em Nova York por um grupo de hippies. Comandados por Berger, o bando tem conceitos nada convencionais sobre o comportamento social e tenta convencê-lo dos absurdos da atual sociedade. Na cidade, Claude ainda fica amarradão por Sheila, uma jovem ricaça e belíssima. Marco de Milos Forman, o musical conta com uma participação de Nicholas Ray no elenco.

Atenciosamente,

Carlos Eduardo Lersch

Diretor de Programação CCPA.

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Cine Especial: Festival Varilux de Cinema Francês - 'Culpa e Desejo'

Sinopse: Anne, mãe bem-sucedida e respeitada advogada especializada em violência sexual contra menores, coloca tudo em risco ao entrar em um jogo de sedução com Théo, filho de seu marido em um casamento anterior. 

"A Dama de Copas" (2019) foi um filme dinamarquês que me impressionou pela sua bela direção, elenco afiado e do qual o mesmo não se intimidou por momentos polémicos da trama. Portanto, era difícil crer que haveria uma nova versão em um curto espaço de tempo. Eis que me engano e chega agora o franco-norueguês "Culpa e Desejo" (2023), cuja tramas são as mesmas, mas possuindo alguns pontos que fazem a diferença.

Dirigido por Catherine Breillat, acompanhamos a história de Anne (Léa Drucker), um brilhante e respeitada advogada que vive com seu marido Pierre (Olivier Rabourdin) e as filhas do casal. Inesperada e gradualmente, a vida de Anne começa a mudar quando ela conhece o jovem Théo (Samuel Kircher), filho de um relacionamento passado de Pierre. Os dois acabam embarcando em um arriscado jogo de sedução, que resulta rapidamente em uma relação apaixonada - mas isso pode colocar a carreira de Anne e sua vida familiar em perigo.

Embora possua um tema que soe como tabu até nos dias de hoje, a realizadora Catherine Breillat opta em remodelar a trama de um modo mais delicado e menos sexual tecnicamente falando. Assim como no original, a protagonista surge como uma forte e destemia advogada que não tolera violência contra as mulheres, pois observamos no seu olhar que ela guarda um fato dolorido vindo do passado. Por conta disso os seus sentimentos soam complexos perante o enteado, do qual a enxerga nele sentimentos nunca antes alcançado em tempos mais libertários, mas dos quais foram afogados por tempos mais conservadores.

Vista em ótimos filmes como "Custódia" (2017) Léa Drucker aqui cria para si uma personagem que se difere do que foi visto na pele da atriz Trine Dyrholm na versão de 2019. Se lá sentimos simpática, desejo e desprezo pela personagem em um único filme, aqui a situação é o inverso, já Léa Drucker possui já uma aura dominante em seu olhar, mas não escondendo certa ingenuidade com relação as regras que existem no mundo real e se jogando de frente nos perigosos que podem lhe causar ao deixar nascer essa relação. Já Samuel Kircher pouco tem de oferecer em cena, já que em sua primeira atuação em cena ele não faz muita coisa a não ser fazer pose e nos passar um olhar sedutor para a protagonista, mas que soa artificial em situações em que deveria se fortalecer a verossimilhança.

Com requintes menos sexuais e mais conservadores, o filme se encaminha para um final similar ao original. Contudo, a Catherine Breillat opta em fechar a história com o destino dos personagens principais em aberto e frustrando aqueles que esperavam algo mais dramático. Por conta disso, o filme se enfraquece ainda mais se formos comparar esse final com o original e que fará com que muitos que assistirem ficarem na dúvida se preferem esse ou original.

"Culpa e Desejo' é até eficiente em sua proposta, mas se perdendo se formos comparar ao polêmico e indispensável "A Dama de Copas" 

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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Cine Especial: Festival Varilux de Cinema Francês - 'Anatomia de uma Queda'

Sinopse: Durante o último ano, Sandra, uma escritora alemã, e Samuel, seu marido francês, viveram juntos com Daniel, o filho de 11 anos do casal, em uma pequena e isolada cidade nos Alpes. Quando Samuel é encontrado morto, a polícia passa a tratar o caso como um suposto homicídio, e Sandra se torna a principal suspeita. 

O subgênero "filme de tribunal" pode facilmente ser encontrado dentro do universo de suspense, pois a cada minuto que passa durante o julgamento ele se torna cada vez mais sufocante. Em muitos casos, por exemplo, a pergunta não é sobre quem cometeu determinado crime, mas quem se beneficia com ele, sendo que por esse ponto é que podemos concluir, ou não, determinado caso sendo retratado no longa como um todo. "Anatomia de Uma Queda" (2023) é um emocionante filme de tribunal, do qual a transição entre o drama e o suspense acontece em harmonia e gerando algo até mesmo incomum do que se vê hoje em dia.

Dirigido por Justine Triet, a mesma de "Sibyl" (2021), o filme conta a história sobre um homem que é encontrado morto na neve do lado de fora do chalé isolado onde morava com sua esposa, uma escritora alemã, e seu filho de 11 anos com deficiência visual. A investigação conclui se tratar de uma "morte suspeita": é impossível saber ao certo se ele tirou a própria vida ou se foi assassinado. A viúva é indiciada, tendo seu próprio filho no meio do conflito: entre o julgamento e a vida familiar, as dúvidas pesam na relação mãe-filho.

Justine Triet já surpreende na abertura desse filme, pois a trama começa com a protagonista Sandra (Sandra Hüller) sendo entrevistada dentro de sua casa por uma jornalista enquanto o marido está no andar de cima. Imediatamente o mesmo começa a tocar uma música alta e gerando certa tensão no ar e obrigando a jornalista ter que sair. Não demora muito para que o marido seja encontrado morto e fazendo a gente obter mais dúvidas do que respostas sobre ocorrido.

Durante a investigação e o julgamento, a cineasta nos leva ao passado em determinado ponto do antes e o depois da morte do marido, mas ao mesmo tempo nos colocando em dúvida se aquilo o que a gente vê é algo verossímil ou fruto da imaginação de um dos personagens. Neste último caso, por exemplo, podemos interpretar que é uma forma de como o jovem Daniel, interpretado de forma estupenda por Milo Machado Graner, consegue se lembrar das coisas mesmo não podendo enxergar nada. Ao mesmo tempo isso nos serve como um verdadeiro quebra cabeça que pode ser montado, mas ao mesmo tempo nos levando em um beco infinito.

Mas o lado primoroso da direção fica por conta das cenas do julgamento, onde a cada momento um novo capítulo é revelado sobre os fatos e ao mesmo tempo gerando até mesmo uma situação claustrofóbica em alguns momentos. Sandra se vê a todo momento sendo encurralada, julgada e, por vezes, de forma apressada, mas jamais recuando perante o promotor que na maioria das vezes mais parece um carrasco disposto a decapitá-la. Logicamente, nos passa aquela sensação em alguns momentos de que o julgamento não está sendo exatamente justo com a protagonista, mas a dúvida existe graças a forma como a personagem se apresenta em suas declarações.

Sandra Hüller cria para si uma personagem dúbia, da qual jamais temos certeza se está sendo sincera em suas palavras ou se há um jogo psicológico sendo criado por ela mesma. A situação ainda piora quando determinada gravação é encontrada e cujo conteúdo transita entre os momentos que testemunhamos determinada discussão, para logo em seguida ouvirmos somente o áudio do ápice do conflito. Ponto para diretora que faz com que a gente fique com um conflito interno sobre as motivações dos principais personagens e fazendo com que jamais apontemos o culpado de forma imediata.

Porém, é impressionante que quem rouba a cena do filme como um todo seja justamente o cachorro da família, sendo que o seu olhar curioso não esconde certa tristeza no decorrer da história, pois o mesmo testemunha aquele casal em ruínas e carregando consigo um fardo que o faz se sentir mais velho e cansado. Em um determinado momento, por exemplo, acontece uma cena dramática com o animal, do qual irá fazer muitos recuarem o olhar, mas ao mesmo tempo nos surpreendendo com tamanha verossimilhança que nos passa naquela cena. Não é à toa que o cachorrinho viria a ganhar o prêmio "Palm Dog" no último festival de Cannes.

Dito isso, o filme nos leva a crer que vivemos atualmente em um mundo do qual ficamos facilmente frustrados com os nossos desempenhos em vida e fazendo a gente crer que nada nos resta, a não ser sermos corroídos pela inveja devido ao sucesso de outros em nossa volta. Em tempos que é cada vez mais difícil criarmos uma família e nos tornarmos facilmente mesquinhos ao decidirmos ficar sozinhos em vida, o filme vem em um momento em que a sociedade se encontra em metamorfose e cujo casamento tradicional se encontra em frangalho e fazendo a gente ficar com maior receio sobre o nosso futuro. Portanto, a cena final se torna um consolo, pois sempre haverá um amigo para dividir as dores como um todo.

Vencedor do prêmio de melhor filme no último festival de Cannes, "Anatomia de Uma Queda" nos coloca em dúvida sobre as reais intenções de cada um dos seus personagens e ao mesmo tempo retratando o lado frágil que uma família é construída nos dias de hoje. 

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Cine Dica: Buñuel no México

 Cinemateca Capitólio apresenta

BUÑUEL NO MÉXICO

Mostra conta com 10 filmes da fase mexicana do grande diretor espanhol


QUANDO: 28/11 (terça-feira) a 08/12/2023 (sexta-feira)

ONDE: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1.085 - Centro Histórico de Porto Alegre). QUANDO: Entrada gratuita com distribuição de senhas 30 minutos antes da sessão

De 28 de novembro a 08 de dezembro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Buñuel no México, com dez filmes da fase mexicana do grande diretor espanhol. A sessão de abertura, na próxima terça-feira (28), às 19h30, exibe uma das grandes obras-primas de Luis Buñuel, O Anjo Exterminador, com apresentação do crítico de cinema Marcus Mello.

A programação destaca ainda as demais obras marcantes da história do cinema, como Os Esquecidos, Nazarín, O Alucinado e Simão do Deserto, com um recorte que passeia entre histórias de cunho social e narrativas abertamente surrealistas.


GRADE DE HORÁRIOS

28 de novembro

19h30 – O Anjo Exterminador


29 de novembro

17h – O Bruto

19h30 – Os Esquecidos


30 de novembro

17h – Escravos do Rancor

19h30 – A Adolescente


01 de dezembro

17h – Nazarín


02 de dezembro

17h – Simão do Deserto


03 de dezembro

17h – Ensaio de um Crime

19h – O Alucinado


05 de dezembro

17h – A Adolescente

19h30 – Escravos do Rancor


06 de dezembro

17h – Simão do Deserto

18h – Os Esquecidos

19h30 – Nazarín


07 de dezembro

15h – Ensaio de um Crime

17h – O Bruto

19h30 – A Morte Neste Jardim


08 de dezembro

15h – O Alucinado

17h – O Anjo Exterminador


Mais informações, imagens e solicitações de entrevista com:

CAROL ZATT ASSESSORIA

carolinezatt@gmail.com - (51) 9 9737-7031

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Tia Virgínia'

Sinopse: Virgínia, uma mulher de 70 anos, nunca se casou e nem teve filhos. Ela foi convencida pelas irmãs a deixar a vida que tinha para cuidar dos pais. Agora, Virgínia se prepara para receber as irmãs, que viajam para celebrar o Natal. 

Fabio Meira parece gostar de rasgar as cortinas e revelar como é realmente feito as entranhas de uma família brasileira. Em "As Duas Irenes" (2017) ele faz uma análise do que acontece quando segredos estão a poucos metros de nossa casa, mas não são revelados por medo, ou por não assumir a culpa e a responsabilidade com relação aos cenários dos eventos. "Tia Virgínia" (2023) vai mais além, onde o copo simplesmente transborda e não tendo nada para remediar a situação inevitável e do qual acabamos nos identificando.

O filme conta a história de uma mulher (interpretada por Vera Holtz) de 70 anos que não tem nenhum filho e nunca se casou, e acaba sendo convencida pelas irmãs, Vanda (Arlete Salles) e Valquíria (Louise Cardoso), a se mudar para outra cidade a fim de cuidar dos pais. Se passando em apenas um dia, o filme acompanha a preparação de Virgínia para receber as irmãs que estão vindo até sua casa para celebrar o Natal.

A cena de abertura é simbólica, onde vemos a protagonista movimentar os ponteiros de um antigo relógio, como se ela quisesse avançar no tempo rapidamente, ou então retrocedê-lo para que possa, então, resolver algo do passado. Porém, não há como retornar, mas sim ter que encarar o fato de que a responsabilidade veio ao ter que cuidar da mãe enferma enquanto as demais irmãs sempre deram uma desculpa para fugir da responsabilidade. Quem passa ou já passou por uma mesma situação irá se identificar com o filme de forma imediata.

Mas Virgínia, talvez, seja uma representação do nosso "eu" que nunca aflora, seja por medo das consequências, ou de simplesmente não querer perder a pessoa próxima. Uma vez que revela a sua verdadeira face nada lhe detém, mesmo tendo que encarar os seus demônios do passado de frente, mas de forma potencializada e que dificilmente pode ser parada. Atriz veterana de novelas, além de diretora de teatro, Vera Holtz chega aqui no ápice de sua carreira, pois embora eu tenha testemunhado grandes desempenhos seus no passado nenhum supera o que é visto aqui como um todo.

Sua Virgínia é uma entidade da natureza, cuja sua jaula estava aberta e pronta para atacar uma vez que não tem mais motivos nenhum para se sentir presa. Sua atuação é tão intensa e assombrosa que dificilmente nos lembraremos das atuações das atrizes que interpretam as irmãs, mesmo quando as mesmas são interpretadas por grandes talentos como Arlete Salles e Louise Cardoso. Devo salientar que cada uma ali possui os seus conflitos internos, dos quais tentam conte-los, mas uma vez que os ânimos se encontram aflorados não tem mais do que esconder.

O filme é um retrato mórbido da verdadeira cara da família brasileira, da qual muitas vivem das aparências, mas que a qualquer momento esse teatro pode acabar ficando em pedaços. Neste último caso, o filme flui muito bem com relação ao fato de transitar entre o cinema com elementos teatrais, pois quase toda a trama se passa em um único cenário, ou seja, a casa que no final das contas é disputada internamente pelas irmãs. Isso faz com que gere em nós uma sensação claustrofóbica e da qual me remete ao que já foi visto em filmes como "A Morte da Donzela" (1994), ou "Deus da Carnificina" (2011) de Roman Polanski.

Do segundo ao terceiro ato não há mais como fingir, seja sobre as dores internas, ou pelo fato de erros não poderem mais serem camuflados. Portanto, a sequência final do terceiro faz com que o filme facilmente se torne o melhor longa brasileiro do ano, pois foi criada em um plano-sequência para que nos dê a sensação de que algo muito importante acontecerá e uma vez quando acontece não pode mais voltar. Curiosamente, a última cena da personagem me fez lembrar da cena final do clássico "Os Incompreendidos" (1959), pois em ambos os casos o destino dos protagonistas fica em aberto e diante deles está um mundo a ser explorado.

"Tia Virgínia" é um filme de humor sombrio do qual nos identificamos, pois sempre temos aquele desejo de falarmos umas verdades para o nosso próximo, sendo que os mesmos fogem por medo de encarar os fatos. 

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