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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Cine Dica: Em Cartaz: Corpo Elétrico



Sinopse:Com a chegada do verão, Elias deseja conhecer o mar. Enquanto isso, ele segue com o trabalho numa confecção feminina. Numa noite de bebedeira com os colegas, Elias vê novos horizontes surgindo e o amor que sente por Filipe só aumenta.
Existe um cinema brasileiro do qual se explora o dia a dia da pessoa comum, mesmo quando sua vida não possui nada de maravilhoso para oferecer, mas que mesmo assim nos faz refletir. O retrato da naturalidade dos personagens de filmes como, por exemplo, Boy Neon, se criando então um mosaico de significados, desde que, aquele que for assistir, aceite caminhar com esses personagens, mas tendo a consciência que não ganhará nada em troca. No filme Corpo Elétrico não acontece nada de extraordinário, mas sim retrata apenas o dia a dia de pessoas comuns que tentam sobreviver perante o mundo cão e fazendo as pessoas que forem assistir se identificarem facilmente com elas.
Dirigido por Marcelo Caetano, o filme acompanha o dia a dia de Elias (Kelner Macêdo), que trabalha numa fabrica de confecção feminina. Quando não está trabalhando ele sai com amigos, ficantes, ex- namorados e ficam curtindo noites adentro cheio de festas, sexo e bebida. O final de ano está chegando junto com o verão e Elias e seus demais companheiros começam a refletirem o que irão fazer nesse meio tempo e posteriormente.
Mais do que um filme cuja temática LGBT se faz presente, o filme explora a cruzada dessas pessoas comuns de classe média baixa, das quais não possuem grandes ambições, desde que tenha algum dinheiro no bolso e seguir então em frente. O filme sintetiza um pouco o clima de indefinição da qual essa nova geração brasileira sente atualmente, da qual possuem sonhos distintos, mas que, por vezes, adiam devido às mudanças que o tempo tumultuado da política traz. Se o clima não ajuda, o que resta então é se livrar das amarras, do preconceito, da preocupação de um futuro melhor e se concentrar no agora e abraçar com o que tem de melhor.
Em alguns momentos Elias parece o nosso guia, do qual apresenta a sua libertinagem ao lado de amigos, ex-namorados e ficantes. A relação das quais ele cria não possui amarras, mas sim respeito mútuo com ambas as partes e fazendo da situação uma coisa rotineira, da qual não se deve ser observado com um olhar crítico, mas sim aceitável. Kelner Macêdo como Elias se sai muito bem em cena, tanto nas palavras em conversas que nos faz refletir, como também através do seu olhar profundo, do qual sintetiza tudo o que o seu personagem está refletindo e sentindo.
Embora ainda novato na área de direção, Marcelo Caetano consegue criar cenas inesquecíveis, das quais transmite simplicidade, mas ao mesmo tempo sensibilidade e cuidado na apresentação de determinadas cenas. Seguro de si, o cineasta elabora cenas curiosas na apresentação de seus personagens, dos quais se apresentam de forma espontânea e se casando de forma primorosa com os planos sequências que o cineasta elabora: a cena em que vemos a maioria dos personagens centrais caminhando na rua tarde da noite e conversando sobre o seu dia a dia é disparado o melhor momento do filme. 
Com um final que deixa em aberto com relação aos destinos de seus principais personagens, Corpo Elétrico é uma representação de uma parte do povo brasileiro atual, do qual mesmo com poucos recursos não desejam retroceder, mas sim seguir em frente e continuar sendo o que são do principio ao fim. 




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Cine Dica: PROJETO RAROS EXIBE A ROSA DE FERRO DE JEAN ROLLIN



 GEORGE A. ROMERO GANHA HOMENAGEM NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS

Na sexta-feira, 25 de agosto, às 20h, O Projeto Raros apresenta na Cinemateca Capitólio Petrobras o filme A Rosa de Ferro, de Jean Rollin. Após a sessão, acontece debate com o crítico e pesquisador Carlos Thomaz Albornoz. Entrada franca.
Durante a semana, o eterno George A. Romero é lembrado com sessões únicas de dois clássicos, A Noite dos Mortos-Vivos (26 de agosto, 20h30) e O Despertar dos Mortos (27 de agosto, 19h30), e sessões de um de seus filmes favoritos, Depois do Vendaval, de John Ford (a partir do dia 24). O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.


PROJETO RAROS

A ROSA DE FERRO
(La Rose de Fer)
86 min., 1973, França
Direção: Jean Rollin

Um jovem casal sai para passear e fazer sexo num cemitério. Quando as trevas se abatem sobre o local, eles percebem que não sabem como sair dali. É quando o medo e os devaneios sobre vida, morte e amor passam a se abater sobre eles. Um dos filmes mais icônicos de Jean Rollin, o mestre francês do cinema onírico. Após a sessão, debate com o crítico e pesquisador Carlos Thomaz Albornoz. Exibição em HD com legendas em inglês. Entrada franca.
“Filmes que você sempre quis ver ou nem imaginava que existiam”. O slogan do projeto Raros é a sua melhor definição. Iniciado em maio de 2003, o projeto foi concebido com a intenção de apresentar ao público local títulos nunca lançados no circuito exibidor brasileiro ou há muito tempo fora de circulação nos cinemas, procurando reproduzir o espírito das “midnight movies” realizadas em Nova York a partir do final dos anos 1960. Cada filme é apresentado uma única vez, nas noites de sexta-feira, e as sessões são comentadas. Imediatamente acolhido pelos cinéfilos porto-alegrenses, o Raros foi um sucesso instantâneo e logo inspiraria outras iniciativas similares, a mais conhecida delas sendo as Sessões do Comodoro, organizadas pelo saudoso diretor Carlos Reichenbach no Cinesesc de São Paulo. Em 2017, em função da reforma da Usina do Gasômetro, a Cinemateca Capitólio Petrobras passa a receber provisoriamente o projeto Raros.

HOMENAGEM A GEORGE A. ROMERO

A NOITE DOS MORTOS-VIVOS (26 de agosto/20h30)
(The Night of the Living Dead)
97 minutos, 1968, Estados Unidos.
Direção: George A. Romero
Distribuição: MPLC

Os mortos andam e têm fome de carne humana. Um grupo de sobreviventes está isolado em uma fazenda, enquanto os mortos vivos aproximam-se de suas portas. Exibição em HD.

O DESPERTAR DOS MORTOS (27 de agosto/19h30)
(Dawn of the Dead)
126 minutos, 1978, Estados Unidos
Direção: George A. Romero
Distribuição: Versátil
Em plena crise mundial provocada por um ataque de zumbis, um grupo de pessoas refugia-se em um grande shopping center, aproveitando-se das mercadorias das lojas ao mesmo tempo em que tentam permanecer vivos.

Exibição em HD.
DEPOIS DO VENDAVAL (a partir de 24 de agosto)
(The Quiet Man) 129 min., 1952, Estados Unidos
Direção: John Ford
Distribuição: MPLC

George A. Romero morreu ouvindo a trilha sonora de um de seus filmes favoritos, um dos clássicos absolutos de John Ford. Depois de muitos anos fora, Sean Thornton (John Wayne) retorna dos Estados Unidos para sua pequena cidadezinha na Irlanda. Chegando lá, logo vê Mary Kate Danaher (Maureen O’Hara), uma pobre e linda moça, irmã mais nova de Will, sujeito bruto que não vai com a cara de Sean. Exibição em HD.

GRADE DE HORÁRIOS
24 a 30 de agosto de 2017

24 de agosto (quinta)
15h - O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
17h – Depois do Vendaval
20h – Castanha

25 de agosto (sexta)
15h - O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
17h – Depois do Vendaval
20h – Projeto Raros: A Rosa de Ferro

26 de agosto (sábado)
15h - O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
18h – Homenagem Scliar – 80 anos – Sonhos Tropicais
20h30 – A Noite dos Mortos Vivos

27 de agosto (domingo)
15h - O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
17h – Depois do Vendaval
19h30 – O Despertar dos Mortos

29 de agosto (terça)
15h - O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
17h – Depois do Vendaval
20h – Divulgação em breve

30 de agosto (quarta)
15h - O Dia Mais Feliz da Vida de Olli Mäki
17h – Depois do Vendaval
20h – Divulgação em breve

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Cine Especial: Filmes e Sonhos: Parte 3


Nos dias 16 e 17 de setembro eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, participando do curso Cinema e Sonhos, criado pelo Cine Um e ministrado pelo Psicanalista Leonardo Della Pasqua. Enquanto os dias da atividade não chegam, estejam por aqui comigo, para mergulhar nos melhores exemplos cinematográficos e que tentam retratar um pouco esse nosso universo do sonhar.
 
Sonhos e fantasias

O gênero contos de fadas é cheios de significados, alguns até bem nítidos com relação ao seu conteúdo. Abaixo, cito dois exemplos de adaptações cinematográficas sobre dois contos de fada clássicos, em que o sonho tem papel fundamental, mas que somente nos damos conta disso nos minutos finais da obra.
 
O Mágico de OZ (1939)

Sinopse: Dorothy e seu cachorro Totó são levados para a terra mágica de Oz quando um ciclone passa pela fazenda de seus avós no Kansas. Eles viajam em direção à Cidade Esmeralda para encontrar o Mago Oz e no caminho encontram um Espantalho, que precisa de um cérebro, um Homem de Lata sem um coração e um Leão Covarde que quer coragem. O Mago pede ao grupo que tragam a vassoura da Bruxa Malvada do Oeste a fim de ganharem sua ajuda.
Glorioso musical da Metro, baseado em um romance de L. Frank Baum. Tudo é perfeitamente encantador: Historia, elenco, direção, cenário, coreografias e canções primorosas. Judy, então com 16 anos ganhou um Oscar especial (uma miniatura, por ser criança) outras duas estatuetas foram para canção OverThe Rainhow (musica de Harold Arlen, letra do E. Y. Hurburg) e para a trilha sonora do Herbert Stothart.

Curiosidades: A estrada de tijolos amarelos inicialmente seria verde. A mudança de cor aconteceu após uma das paralisações nas filmagens, quando ficou definido que a cor amarela seria a melhor a ser usada em um filme feito com Technicolor. A Bruxa Má do Oeste de O Mágico de Oz tem dois olhos, enquanto que no livro tem apenas um.

Alice no País das Maravilhas (1953)

Sinopse: Alice é uma menina curiosa e cansada de seu mundo monótono. Ao seguir o apressado Coelho Branco, acaba caindo no maluco País das Maravilhas.
Alice no País das Maravilhas (em inglês: Alice in Wonderland) é um filme de animação de longa-metragem, considerado um clássico, produzido pelos estúdios Disney em 1951. É uma adaptação do clássico de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas.  O filme seguiu uma rota bem diferente das produções anteriores do estúdio, pois afinal de contas, o conto original é cheio de significado e muito conteúdo, cujo qual Disney queria passar ao máximo na tela. Contudo, com pouco mais de uma hora, o filme condensou inúmeras partes e alguns personagens ficaram de fora, entretanto manteve toda a excentricidade que o livro possuía com seus personagens incomuns como o mestre Gato. 
Tendo sido um relativo fracasso na época, o filme acabou conquistando aos poucos o publico em suas reprises na tv e aos poucos ganhou status de cult.Tim Burton criou uma espécie de continuação da história que acabou gerando um maior sucesso e com isso uma nova geração acabou descobrindo esse clássico de 1953.

Curiosidades: No Brasil o filme teve duas dublagens, a original feita no ano de 1951 no estúdio Continental Discos, e uma segunda feita em 1991 na Herbert Richers sob encomenda do SBT. A dublagem original foi lançada em VHS e atualmente em DVD, enquanto a segunda dublagem, só foi exibida apenas no SBT no início de 1991, e depois disso acabou sendo substituída pela dublagem original de 1951 nas exibições do canal.


Mais informações sobre o curso Filmes e Sonhos você confere clicando aqui.