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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Cine Dicas: Estreias do final de semana (08/07/16)



A Era do Gelo 5: O Big Bang
Sinopse: O esquilo Scrat encontra uma noz e ao escondê-la descobre uma nave que acaba o levando para o espaço. Atrapalhado, ele desencadea eventos cósmicos que ameaçam a Era do Gelo e também Sid, Manny, Diego e companhia, que estão na Terra.
  
Estive em Lisboa e Lembrei de Você
Sinopse: Cataguases, Minas Gerais, 2005. Sérgio (Paulo Azevedo) toma a decisão de emigrar para Lisboa, Portugal após o fim do casamento e dificuldades financeiras. Ele espera que na nova cidade ele consiga um bom trabalho, mas bate de frente com a dura realidade da migração.  

Florence: Quem é Essa Mulher?
Sinopse: Florence Foster Jenkins (Meryl Streep) é uma herdeira milionária que tem uma vida fabulosa na companhia do marido, St Clair Bayfield (Hugh Grant). Mas ela sente que falta algo na sua vida. Ela sonha em ser cantora de ópera, mas o problema é que ela não tem o mínimo de talento para isso.

Janis: Little Girl Blue
Sinopse: Documentário relembra a história da rainha do rock, Janis Joplin. Ela começa a carreira em bares de música folk e ganha projeção, liderando a banda Big Brother and the Holding Company. Seu cabelão e a voz rouca a levou para grandes festivais ao redor do mundo, cantando hits, como “Me and Bobby McGee” e “Piece of My Heart”, até que morre em 1970, aos 27 anos, por overdose de heroína.
  
Julieta
Sinopse: No ano de 1985, Julieta (Adriana Ugarte na fase jovem) tinha muitos sonhos e planos para a sua vida. Trinta anos se passam e Julieta (Emma Suárez) não tem contato com a filha, na verdade mal a conhece, seus sonhos não foram realizados e ela está à beira da loucura.
 
Ralé
 Sinopse: No passado, Barão (Ney Matogrosso) foi viciado em heroína e nos dias de hoje ele busca uma vida alternativa, fundando uma seita ligada aos rituais com o chá alucinógeno ayahuasca. Além disso, ele se sente pronto para se casar com um bailarino.

São Sebastião do Rio de Janeiro
 – A Formação de uma Cidade
Sinopse: Documentário celebra os 450 anos do Rio de Janeiro contando a história da arquitetura da cidade. Diversos nomes da área analisam a estética das construções desde os primeiros anos até os dias de hoje, mostrando porque o Rio de Janeiro é conhecido como Cidade Maravilhosa.



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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Cine Especial: Curso FILME-ENSAIO: A Experiência do Cinema: FINAL

Nos dias 09 e 10 de Julho eu estarei participando do FILME-ENSAIO: A experiência do cinema, criado pelo Cine Um e ministrado pelo documentarista, pesquisador, curador e docente Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu irei fazer uma analise dos principais filmes que serão debatidos durante o curso.
 
O Homem da Câmera (1929)

Sinopse: Um documentário que mostra um dia normal, bastante típico. Um cinegrafista (Michail Kaufman) filma um dia despretensioso na vida da cidade moderna: Primeiro as ruas vazias ao amanhecer que vão gradualmente se enchendo, depois os habitantes de Moscou, ou de outra cidade soviética no trabalho ou no lazer. São as pessoas comuns mostrando a verdade da vida cotidiana.

As cenas cinematográficas e as realidades filmadas seguem cursos paralelos. A nova linguagem cinematográfica obriga o autor a intercalar os episódios filmados com imagens do processo de filmagem, que também faz parte do cotidiano apanhado em flagrante. Por isso, Dziga Vertov insiste em colocar em uma mesma cena um operário polindo uma peça de metal e o operador configurando sua câmera.
Mostrando suas técnicas, o cinema faz uma autoanálise. Editando o filme, Vertov compara o processo de filmagem com o funcionamento de uma fábrica ou com o cuidado que se tem pelas unhas. A mistura de alusões cria, no fim de contas, um quadro objetivo: o cinema não é só uma arte, mas também um simples trabalho cotidiano. Curiosamente, foi um filme que foi rodado durante três anos, para retratar uma trama que se passa durante vinte quatro horas. Uma obra a frente do seu tempo.  
 
Di Cavalcanti Di Glauber (1977)

Sinopse: "Di Cavalcanti Di Glauber", ou "Ninguém Assistiu ao Formidável Enterro de Sua Última Quimera; Somente a Ingratidão, Essa Pantera, Foi Sua Companheira Inseparável", é uma curta polêmica, quando o pintor brasileiro Emiliano Di Cavalcanti morreu, Glauber Rocha foi ao funeral com uma câmera na mão e uma idéia (discutível) na cabeça. Glauber filmou o enterro, o corpo no caixão, enquanto a família de Di, aos berros, pedia para ele ir embora.

Um dos mais longos casos de censura a uma obra de arte no Brasil teve início no dia 26 de outubro de 1976. Ao saber da morte do pintor Di Cavalcanti, o cineasta Glauber Rocha correu para o funeral, com a câmera na mão e a ideia na cabeça de homenagear o amigo de longa data. O registro virou o curta Di-Glauber que, até hoje, poucos brasileiros puderam assistir. O filme estreou juntamente com “Cabeças cortadas”, em 11 de março de 1977, na Cinemateca do MAM, e logo após a primeira sessão, a filha adotiva do pintor, Elizabeth Di Cavalcanti, iniciou sua batalha para proibi-lo. Em 1979, a 7ª Vara Cível concedeu liminar a um mandado de segurança impetrado por Elizabeth, vetando a exibição do filme. A decisão vale até hoje, porém,  2004, um sobrinho do cineasta disponibilizou o filme na internet.
O filme ganhou o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes, em 1977, antes que a Justiça proibisse a exibição em território nacional. Clique aqui para assistir o curta.
 
Guernica (1950)

Sinopse: O bombardeio da cidade de Guernica pela aviação nazista, em favor de Franco, é evocado através do afresco de Picasso e de outras de suas obras.
Guernica é parte de uma colaboração entre Alain Resnais e Robert Hessens. O documentário de treze minutos serve sobretudo para ilustrar o poema de Paul Eluard que é recitado por Maria Casares. Em momento algum se trata da análise do quadro de Picasso. Os realizadores recorrem a várias obras do pintor, mas também a títulos de jornal, onde se destacam palavras, como destruição, barbárie e fascismo. Aliás as imagens do quadro surgem apenas a partir de meio do documentário e sempre de forma parcial e detalhada, concentrando-se em alguns pormenores em detrimento de uma visão de conjunto.

 Carta da Sibéria (1957)

Sinopse: No caso de Carta da Sibéria, Marker a princípio parece querer nos falar sobre esta vasta região russa. Mas, aos poucos, vemos que suas intenções são mais téoricas e reflexivas do que propriamente documentais.
Pelo pouco que é visto na obra, o cineasta quis mais era passar sobre o poderio russo, mas ao mesmo tempo sobre a força braçal do homem em sobreviver perante a qualquer obstáculo e continuar sobrevivendo. 
 
O fogo que não se apaga (1969)

Sinopse: O filme encena as relações íntimas entre o napalm, a guerra como espetáculo televisionado e a acumulação de capital.

Dirigido por Harun Farocki, o filme explora em poucos minutos o horror que o napalm causou durante a guerra do Vietnam, mas ao mesmo tempo é uma crítica aos meios televisivos que tratavam o assunto como espetáculo. O filme pode ser visto como uma experiência em laboratório, do qual iria crescer e servir de base para outros filmes que viriam a surgir na década de 70 como O Franco Atirador que toca sobre o mesmo tema. 
Clique aqui para assistir o curta metragem.     

Mais informações sobre o curso e interessados em se inscrever cliquem aqui.


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Cine Curiosidade: Cris Lopes em entrevista sobre cinema na Europa e filmes sobre violência contra a mulher e racismo



A atriz Cris Lopes gravou entrevista em dois idiomas tanto para os fãs brasileiros como em inglês para público internacional, falando de suas temporadas nos últimos anos em estúdios de cinema na Europa (Inglaterra, França e Itália) e os 08 filmes que atuou desde seu retorno ao Brasil em 2015.
Entre eles, Cris Lopes fala do filme Miguel sobre Violência contra a Mulher exibido na Mostra de Direitos Humanos em Caruaru/PE e seleção oficial do Cinefest Votorantim este ano e o filme que aborda o tema do racismo, Pele Suja Minha Carne do diretor Bruno Ribeiro, rodado recentemente. 
Cris acaba de atuar em um longa metragem brasileiro esta semana e já está confirmada para atuar em mais 04 filmes previstos ainda para 2016.

 Assista aqui a entrevista da atriz Cris Lopes:
Entrevista Cinema - Atriz Cris Lopes  (versão em português): https://www.youtube.com/watch?v=Ps9tDOixi9I
CINEMA Interview - Actress Cris Lopes (english version): https://www.youtube.com/watch?v=Z8XCY1WBXsM



Crédito: Vídeos: Web Reporter News
Fan page atriz Cris Lopes  : https://www.facebook.com/crislopes.oficial/
 


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: Teobaldo Morto, Romeu Exilado



Sinopse:O músico João (Alexandre Cioletti) é expulso de casa pela esposa, que está grávida. Ele então se isola num casebre no interior do Espírito Santo para refletir questões internas para então voltar ao lar para ser um bom pai para o filho.
 
Teobaldo Morto, Romeu Exilado, é um exemplo do cinema brasileiro que une magia e realismo poucas vezes visto em nosso cinema, pois traz um pouco de arte, mas alinhado com temas políticos contemporâneos. Com um teor adulto, o filme adiciona elementos de fantasia surrealista, do qual se casa com a proposta principal da obra. A trama se centra nos personagens amigos João (Alexandre Cioletti) e Max (Rômulo Braga) e adicionando temas pertinentes, mas que, por vezes, perturba a mente de uma pessoa comum.
Os diálogos cara a cara entre os protagonistas João e Max destrincham sentimentos e um teor dramático bastante familiar para as pessoas que assistem, mesmo quando o roteirista insere elementos que, por vezes, lembra um sonho ou então um pesadelo. Entre amor e amizades entre pais e filhos, há uma mitologia inserida entre eles, mais precisamente algo que soe familiar com que a gente ouve dos nossos avôs do interior, mas visto tanto no visual, que o longa oferece então uma experiência que vai contra as nossas perspectivas. O filme acaba mesclando inúmeros elementos, que vai do drama, suspense e uma realidade um pouco abstrata.
No decorrer do trajeto, o cineasta Rodrigo de Oliveira (As Horas Vulgares) filma bastante planos sequências que formam esse cenário, alinhado com uma ótima fotografia, com uma luz poucas vezes vistas no cinema brasileiro e focando os campos verdes de uma forma muito bela. O cineasta nos coloca como uma espécie de observador de uma trama, cujo silêncio se torna muito recorrente ao longo da projeção e fazendo dela um artifício para causar apreensão para aqueles que assistem.
O longa é recheado também de momentos discursivo, onde os personagens largam as amarras de um lugar comum e abraçam para um diálogo cheio de filosofia, do qual obriga o cinéfilo a pensar sobre o que eles falam. Do princípio ao fim, os personagens são dramáticos, para não dizer trágicos, dando a impressão que saíram de uma peça shakespeariana: a sequência em que mostra ambos se digladiando verbalmente e fisicamente sintetiza bem isso.
Embora a trama seja compreensiva em alguns momentos, sua forma incomum de ser apresentada a nós, por vezes, pode confundir a pessoa desavisada, já que a história vem e volta ao presente e passado sem avisar. Em Teobaldo morto, Romeu exilado fala-se de paternidade, da falta familiar e fraterna, exílio da ditadura militar, certa paranoia do imigrante, aquele que não se reconhece mais na terra da qual se criou. No ato final da trama, do nada, surge um centauro e um arqueiro, ambos da mitologia grega, mas em plena terra do Espírito Santo. 
A partir disso tudo é possível, com o direito da relação de João e Max adentrar num novo patamar que nem mesmo talvez pudessem ter calculado. Teobaldo Morto, Romeu Exilado é um filme que levanta mais perguntas do que respostas e criando uma experiência extrassensorial do qual nem todos estão preparados a encará-la.  




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