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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Cine Dica: Curso de Férias - Zumbis no Cinema


Apresentação

De todos os monstros icônicos do Horror, o Zumbi é sem dúvida o mais versátil. Desde os primórdios do cinema, sua figura sombria e assustadora tem sido usada para representar as mais diversas ideias e teorias. Irracional, letárgico e decadente, o zumbi pode surgir como metáfora para nossos medos de muitas formas.
Se nas primeiras décadas do cinema o zumbi era visto como uma ameaça restrita a ambientes exóticos, produto do misticismo de uma cultura inferior e selvagem na visão dos “heróis” (sempre estrangeiros na América Central), mais tarde eles começaram a ameaçar áreas urbanas, frutos da radiação atômica ou de invasões alienígenas, em uma clara alusão ao horror nuclear e à paranoia anticomunista dos anos 1950.

Quando George A. Romero dirigiu, em 1968, o clássico A Noite dos Mortos-Vivos, ele fez uma revolução. Criando a visão definitiva do zumbi na modernidade, Romero deu início a uma epidemia criativa mundial que se estendeu pelas décadas seguintes, atingindo um nível de contaminação espetacular no século XXI.
Hoje os zumbis são uma parte dominante da cultura pop, presentes em dezenas de filmes por ano, além de séries de TV, histórias em quadrinhos e até peças teatrais. Um fenômeno voraz que parece nunca morrer.

Objetivos

O curso Zumbis no Cinema: Eterno Retorno, ministrado por César Almeida, tem como objetivo analisar as diversas interpretações e abordagens dos mortos-vivos na ficção. O mito do zumbi será analisando desde suas origens folclóricas até suas encarnações mais modernas, atravessando um século de produção cinematográfica. A obra de George A. Romero, o grande nome deste subgênero, terá um destaque especial, assim como as versões europeias dos zumbis.

Conteúdos

Aula 1
- Introdução: etimologia, zumbis no folclore, antecedentes literários
- Os primeiros mortos-vivos do cinema.
White Zombie e a tradição do zumbi haitiano.
- Os primeiros zumbis urbanos e a ameaça nuclear.
- George A. Romero e A Noite dos Mortos Vivos.
- Os zumbis no início dos anos 70.
Aula 2
- Zumbis espanhóis e italianos: dos Templários Cegos à carnificina de Lucio Fulci.
- Anos 80: a era das paródias e homenagens.
- Anos 90: releituras e retomadas.
- Século XXI: a dominação mundial.


Ministrante: CÉSAR ALMEIDA

Publica artigos sobre cinema desde 2008. Lançou, em 2010, o livro "Cemitério Perdido dos Filmes B", que compila 120 resenhas de sua autoria. Em 2012, organizou "Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation" com textos próprios e de outros 11 críticos de cinema. Escreve ficção, com o pseudônimo Cesar Alcázar, e atua como editor e tradutor. Já ministrou os cursos Mestres & Dragões: A Era de Ouro das Artes Marciais no CinemaSam Peckinpah – Rebelde Implacável e Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70 pela Cine UM.


Curso
Zumbis no Cinema: Eterno Retorno
de César Almeida


DATAS: Dias 03 e 04 / Fevereiro (quarta e quinta)

HORÁRIO: 19h às 22h

CARGA HORÁRIA: 2 aulas (6 horas / aula)

LOCAL: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
(Rua dos Andradas, 1223 - Porto Alegre - RS)

INVESTIMENTO: R$ 60,00
(Valor promocional de R$ 50,00 para as primeiras 10 inscrições

FORMAS DE PAGAMENTO: Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)

MATERIAL: Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)

INFORMAÇÕES: cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 9320-2714


REALIZAÇÃO
PARCERIA

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: A GRANDE APOSTA



Sinopse: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.

Às vezes a realidade é tão absurda, para não dizer trágica, que para adaptá-la é preciso ser na forma tragicômica, pois antes rir para não chorar. Martin Scorsese deu uma aula precisa de como se faz isso, pois basta ver o seu O Lobo de Wall Street que, revisto hoje, seria uma espécie de trama de prelúdio sobre a tragédia que viria assolar nos EUA, com a complexa crise imobiliária ocorrida em 2008 e que afetaria, não só muitos americanos, como também o resto do mundo. Eis então que o cineasta Adam McKay, conhecido pelas comédias pouco vistas por aqui como o Âncora, cria uma trama baseado em fatos verídicos, mas moldada de uma forma de humor negro irresistível, do qual você ri da situação absurda que aqueles investidores se meteram naquela época.
Inspirado no livro escrito por Michael Lewis, a trama se passa meses antes da crise explodir. Tudo é focado em quatro grupos de investidores, sendo que cada um possui uma particularidade individual, mas com um objetivo em comum: ganhar e muito dinheiro a partir da queda do sistema. Tal contrasenso moral é a crítica que o longa-metragem passa, apontada diretamente para o capitalismo: se o que importa é lucrar a todo custo, por que não apostar na perda de empregos e na piora de condições de vida da classe mais baixa da sociedade?
Por mais sujo que isso possa parecer isso realmente aconteceu, mas o que poucas pessoas sabem é que alguns previram que o navio iria afundar e decidiram lucrar com isso, como no Michael Burry (Christian Bale): vitima de preconceito na infância, mas com auto grau de conhecimento em matemática, Burry não hesitou em ir contra a maré na época e jogando de uma forma que fizesse com que ele parecesse louco, mas no fim foi o mais esperto no período da calmaria antes da tempestade. Christian Bale dá um verdadeiro show em cena, ao inserir em seu personagem uma excentricidade incomum, mas que, ao mesmo tempo, se percebe que o seu personagem sente culpa por se beneficiar através das tragédias dos outros, mas até certo ponto, lógico.
Numa realidade em que muitos lobos comem incontrolavelmente para sobreviver à custa dos outros, é interessante observar o personagem Mark Baum (Steve Carell): dono de uma corretora, Baum gradualmente vai conhecendo as verdadeiras engrenagens do mundo em que trabalha e fica se perguntando sobre qual é o sentido dessa teia de aranha da qual vive. Conhecido pela maioria do público nas atuações de humor, Carrell novamente dá um show na interpretação, onde o humor sombrio e o lado dramático se misturam com o seu ser, sendo algo já previsto há muito tempo em sua carreira, desde o brilhante Pequena Miss Sunshine.
Até aqui, se percebe que muito se deve a boa interpretação do seu elenco para o sucesso do seu filme, mas Adam McKay, como cineasta prova que pode ir muito mais longe ao longo da carreira. Durante o longa, Mckay cria inúmeras formas para o cinéfilo jamais se perder ou ficar aborrecido com esse universo de números das bolsas de valores. Com cortes rápidos na montagem, mas ao mesmo com inúmeras cenas congeladas (inserindo legendas explicativas, dependendo da situação), o cinéfilo se diverte com inúmeros momentos, como por exemplo, quando determinado personagem surge do nada, para nos explicar como certa palavra ou situação funciona naquele universo movido pelo dinheiro. 
Há momentos também que a famosa “quebra da quarta parede” (do personagem falar com a plateia) acontecem em determinados personagens, como no caso do ambicioso Jared Vennett (Ryan Gosling): de uma forma sarcástica, Gosling transmite veneno através das palavras do seu personagem, mas ao mesmo tempo passa lucidez e não se envergonhando nem um pouco daqueles que vão sair prejudicados durante a crise e passando total tranquilidade quando fala num tom debochado para nós. E quando a bolha estoura, eis que esse quadro de personagens, já vendo o que viria acontecer, agem de uma forma anestesiada perante a realidade crua quando finalmente acontece o dia fatídico. 
Com uma participação especial de um “Brad Pitt paz e amor’ A Grande Aposta é uma genial comédia tragicômica de fatos absurdamente verídicos e provando que o mundo real chega ser tão absurdo quanto qualquer livro de ficção científica.  

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Cine Dicas: Estreias do final de semana (21/01/16)



A Quinta Onda

 

Sinopse: No futuro, a Terra é tomada por alienígenas. Na primeira onda de ataques, um pulso eletromagnético acaba com toda a eletricidade do planeta. Na segunda, um tsunami mata 40% da população. Na terceira onda, os pássaros começam a transmitir um vírus que mata 97% das pessoas que resistiram aos outros ataques. Já na quarta onda, a adolescente Cassie Sullivan (Chlöe Grace Moretz) precisa se virar sozinha para sobreviver e ainda reencontrar seu irmão.




As Maravilhas


Sinopse: A adolescente Gelsomina (Maria Alexandra Lungu) é de uma família de apicultores liderada por um rígido patriarca. Ela vive numa região rural da Itália e sua rotina é transformada quando um programa de televisão local, apresentado por Milly Catena (Monica Bellucci), chega ao lugar. 

Body

 

Sinopse: Um cético investigador de polícia (Janusz Gajos) leva uma vida estressante no trabalho. Em casa, ele ainda tem de lidar com a filha, Olga (Justyna Suwala), que ficou anoréxica apósa morte da mãe. A grande questão é que os dois enfrentam o luto de formas diferentes. Mas quando conhecem a terapeuta Anna (Maja Ostaszewska), ambos são forçados a mudar opiniões sobre vida, morte e espiritismo.


 Irmãs

 

Sinopse: As irmãs Maura (Amy Poehler) e Jane (Tina Fey) descobrem que seus pais vão vender a casa onde cresceram. A mãe ordena que elas esvaziem seus antigos quartos e as irmãs decidem fazer uma festa épica para se despedirem do lar onde cresceram, gerando uma série de pequenos desastres na celebração.


 

Joy: O Nome do Sucesso

 

Sinopse: A inventora Joy Mangano (Jennifer Lawrence) é uma mãe solteira cheia de ideias criativas na cabeça. A sua primeira criação revoluciona o mercado com o Miracle Mop, um esfregão feito com um tecido propício para ser torcido, sem a pessoa molhar as mãos. A partir dessa invenção ela constrói seu negócio milionário.




Reza a Lenda

 

Sinopse: A seca castiga o Nordeste do Brasil. É por isso que um grupo de cangaceiros tem o objetivo de roubar um santa de ouro, que segundo reza a lenda, é capaz de fazer chover o ano inteiro. É nesse lugar árido que um motociclista nômade (Cauã Reymond) se apaixona por uma mulher (Sophie Charlotte).
 

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Cine Curiosidade: Em making of, Emma Donoghue comenta sobre a adaptação de seu Room para o roteiro de ‘O Quarto de Jack’

Em “Adaptando o romance”, primeiro vídeo promocional do drama “O Quarto de Jack” (Room), a escritora e roteirista Emma Donoghue conversa sobre o processo de adaptação de seu best-seller para os cinemas. Entre depoimentos e cenas de backstage, o making of também mostra a autora conhecendo o set de filmagem, elenco e equipe de produção. Assista 
De acordo com o diretor Lenny Abrahamson, Emma foi extremamente aberta sobre adaptação de sua obra: “Ela acreditou que eu faria algo interessante com o livro dela e nós dois protegemos o livro em sua essência, a sua verdade, beleza e frescor”, comenta. Já para Emma, a dedicação e cuidado da equipe foi o que passou a sensação de trabalho em conjunto. Enquanto visitava o set pela primeira vez, ela disse: “A magia de ver as minhas palavras serem transformadas em coisas tridimensionais e reais é uma grande emoção”. 
“O Quarto de Jack” conta a história de Jack e sua mãe, Joy, que durante todo o filme é chamada apenas de Ma. Como toda boa mãe, ela se dedica a manter uma relação normal com o filho e a deixá-lo sempre feliz e seguro, apesar de viverem em um mundo completamente atípico: ambos estão confinados em um quarto de 10m² sem janelas. Jack cresce nesse solitário mundo acreditando que tudo se resume a esse quarto, mas sua curiosidade sobre a situação em que vivem aumenta quando faz cinco anos. A partir desse momento, mãe e filho começam a traçar um plano de fuga, o que os leva a ficar cara a cara com algo assustador: o mundo real. 
Com três indicações ao Globo de Ouro (Melhor filme de drama, Melhor roteiro e Melhor atriz de drama - Brie Larson), o filme tem distribuição da Universal Pictures e chega aos cinemas em 18 de fevereiro. Premiado no Festival de Toronto como melhor filme pelo voto do público, o longa traz Joan Allen (três vezes ganhadora do Oscar), William H. Macy, Brie Larson e Jacob Tremblay – ator mirim revelação de acordo com a crítica internacional – no elenco.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: Snoopy & Charlie Brown - Peanuts, O Filme



Sinopse: Charlie Brown, Snoopy, Lucy, Linus e todo resto da turma do beagle mais amado do mundo está de volta! A aventura começa quando Snoopy embarca numa missão, ao partir em busca de seu arqui-inimigo, o Barão Vermelho, enquanto seu melhor amigo, Charlie Brown, dá início a sua própria missão.

 

A obra máxima de Charles Schulz (1922 – 2000) eu não a conheci pelas suas clássicas tirinhas, mas sim pelo seu desenho animado que dava nas manhãs do SBT e posteriormente na rede Globo. Porém, aquela animação respeitava a sua fonte, tanto no traço, como também as mensagens filosóficas que, poderiam sair tranquilamente de um personagem adulto, mas saia justamente de crianças cheias de imaginação. Quando eu soube que o mesmo estúdio da Era do Gelo adaptaria a obra para o cinema, eu rapidamente temi pelo pior, mas felizmente o filme é extremamente fiel ao conteúdo original.
Todos estão lá e se apresentam a nós como deveriam realmente ser: Charlie Brown com falta de alto estima; Snoopy cheio de imaginação; Lucy sendo psiquiatra e esquentada; Linus um filósofo e sempre com o seu companheiro cobertor; Patty Pimentinha, Marcie, Chiqueirinho, Sally, Schroeder, Woodstock etc. Todos os nossos velhos conhecidos e que encantavam inúmeras gerações de ontem e que agora vieram para conquistar os corações da geração de hoje.
Mas estamos falando de um longa metragem de pouco mais de uma hora e meia e nem todos os personagens tiveram tempo para serem bem explorados e serem apresentados para o público de primeira viagem. Porém, suas características continuam intactas, como no caso de Schroeder, sempre tocando o seu pequeno piano e venerando Beethoven. Mas o foco principal fica sendo mesmo em Charlie Brown, na sua luta para ser alguém melhor na vida e ter coragem de conversar com a garotinha ruiva.
Quem conhece as clássicas histórias, tanto nas tirinhas como no clássico desenho animado, se lembra que, Charlie Brown sempre queria se declarar a garotinha ruiva, mas sempre dava o azar de algo errado acontecer e desse encontro sempre ser adiado. Esse talvez seja o grande charme do filme, de não só manter fiel aos traços e as personalidades dos personagens, como também as situações das quais eles sempre protagonizaram: escorados no muro e filosofando, jogando beisebol e futebol americano, tendo sempre os mesmos problemas da escola e, logicamente, a professora e os demais adultos que, quando falam, a gente nunca entende o que eles dizem e tão pouco aparecem de corpo inteiro.
Esse é o maior legado que Charles Schulz nos deixou. Apresentar crianças das quais a gente se identificava facilmente quando éramos pequenos, mas que ainda ficaríamos nos identificando com elas na nossa fase adulta, pois os seus dilemas são algo que nos faz pensar e compreender e provando que o autor tinha uma mente muito à frente do seu tempo. O filme, em si, é um grande resumo de todo esse legado que ele nos deixou, mas criado com carinho e pensando nos novos e velhos fãs.
Porém, se há um ato falho na produção é justamente alguns momentos protagonizados por Snoopy. Não que os seus momentos em cena sejam todos ruins, pois os momentos em que ele tenta a todo custo criar um livro são hilários. O problema é quando o personagem se solta na imaginação, usando a sua casinha como avião, para então enfrentar o seu inimigo dos ares Barão Vermelho. É algo que nos já víamos nas tirinhas e no desenho, mas aqui é esticado de tal forma que faz esse momento do filme se tornar cansativo e atrapalhando a trama principal que é a protagonizada por Charlie Brown. 
Tirando esse deslize que poderia ter sido evitado, o filme possui início, meio e fim bem redondinho e nostálgico. Snoopy & Charlie Brown - Peanuts, O Filme é uma obra para agradar as pessoas de todas as idades e uma prova de que histórias que nos encantavam no passado podem sim funcionar e fluir perfeitamente nos dias de hoje.  




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