Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: Realizado a
partir de entrevistas feitas com jovens estudantes brasileiros pelo cineasta
Eduardo Coutinho antes de sua morte (em fevereiro de 2014), o filme busca
entender como pensam, como sonham e como vivem os adolescentes de hoje. O
material foi editado por sua parceira de longa data, a montadora Jordana Berg,
e a versão final é assinada por João Moreira Salles.
Em seu ultimo filme como
cineasta, Eduardo Coutinho se sente cansado, mas ao mesmo tempo disposto a
continuar filmando, pois como ele mesmo disse no início da obra: “o que mais eu
poderia fazer na vida”?
A sensação que se dá é
que, embora não prevendo o futuro, ele se sentia que estava em sua reta final,
mas antes de guardar as suas ferramentas de trabalho, decide então fazer uma
entrevista com jovens brasileiros de hoje. Nas entrevistas assistimos depoimentos
que contem de tudo um pouco, desde as vidas mais simples, ou até mesmo as mais
sofridas e ferrenhas.
Diferente do que se
vê em certos filmes que, tentam reconstituir o que é o jovem brasileiro, vemos
aqui pessoas reais, falando de tudo, desde os seus sonhos, dores familiares e certa
carga de incerteza com relação ao futuro de cada um. Embora com mais de oitenta
anos, Coutinho deixa a vontade os jovens para entrevista, pois embora não
conheça a cultura ou até mesmo os costumes dessa geração de hoje, demonstrou
total sensibilidade e ao mesmo tempo curiosidade para compreender o do porque da
moda deles, o que eles ouvem de música e do porque de certas profissões que
eles escolheram para estudar mais pra frente. As entrevistas começam a ficar tão
boas, que nos identificamos facilmente com aqueles jovens, pois cada passagem
de suas vidas, por vezes, soa que familiares para nós, para não dizer idênticas.
E quando a gente
achava que ele somente chamou jovens de classe média para as entrevistas, eis
que ele deixa uma menina chamada Luiza, de apenas seis anos e de classe média
alta para o final. Talvez ela não tenha sido ultima a ser entrevistada, mas as
suas palavras selam o filme de uma forma maravilhosa. Ambos travam um diálogo
filosófico e teológico, encerrado com a frase dela: “O Homem que morreu, a
gente chama de Deus”
E então rindo,
Coutinho pede ao assistente para abrir a porta e ela se caminhar para a saída
em contra-luz, como se fosse levada pela eternidade. Um encerramento brilhante,
mas que, após essas entrevistas, daríamos tudo para voltarmos no tempo e termos
uma tarde de conversas descompromissadas com o nosso inesquecível cineasta.
De
todos os monstros icônicos do Horror, o Zumbi é sem dúvida o mais
versátil. Desde os primórdios do cinema, sua figura sombria e
assustadora tem sido usada para representar as mais diversas ideias e
teorias. Irracional, letárgico e decadente, o zumbi pode surgir como
metáfora para nossos medos de muitas formas.
Se
nas primeiras décadas do cinema o zumbi era visto como uma ameaça
restrita a ambientes exóticos, produto do misticismo de uma cultura
inferior e selvagem na visão dos “heróis” (sempre estrangeiros na
América Central), mais tarde eles começaram a ameaçar áreas urbanas,
frutos da radiação atômica ou de invasões alienígenas, em uma clara
alusão ao horror nuclear e à paranoia anticomunista dos anos 1950.
Quando George A. Romero dirigiu, em 1968, o clássico A Noite dos Mortos-Vivos,
ele fez uma revolução. Criando a visão definitiva do zumbi na
modernidade, Romero deu início a uma epidemia criativa mundial que se
estendeu pelas décadas seguintes, atingindo um nível de contaminação
espetacular no século XXI.
Hoje
os zumbis são uma parte dominante da cultura pop, presentes em dezenas
de filmes por ano, além de séries de TV, histórias em quadrinhos e até
peças teatrais. Um fenômeno voraz que parece nunca morrer.
Objetivos
O curso Zumbis no Cinema: Eterno Retorno, ministrado por César Almeida,
tem como objetivo analisar as diversas interpretações e abordagens dos
mortos-vivos na ficção. O mito do zumbi será analisando desde suas
origens folclóricas até suas encarnações mais modernas, atravessando um
século de produção cinematográfica. A obra de George A. Romero, o grande
nome deste subgênero, terá um destaque especial, assim como as versões
europeias dos zumbis.
Conteúdos
Aula 1
- Introdução: etimologia, zumbis no folclore, antecedentes literários
- Os primeiros mortos-vivos do cinema.
- White Zombie e a tradição do zumbi haitiano.
- Os primeiros zumbis urbanos e a ameaça nuclear.
- George A. Romero e A Noite dos Mortos Vivos.
- Os zumbis no início dos anos 70.
Aula 2
- Zumbis espanhóis e italianos: dos Templários Cegos à carnificina de Lucio Fulci.
- Anos 80: a era das paródias e homenagens.
- Anos 90: releituras e retomadas.
- Século XXI: a dominação mundial.
Ministrante: CÉSAR ALMEIDA
Publica
artigos sobre cinema desde 2008. Lançou, em 2010, o livro "Cemitério
Perdido dos Filmes B", que compila 120 resenhas de sua autoria. Em 2012,
organizou "Cemitério Perdido dos Filmes B: Exploitation" com textos
próprios e de outros 11 críticos de cinema. Escreve ficção, com o
pseudônimo Cesar Alcázar, e atua como editor e tradutor. Já ministrou os
cursos "Mestres & Dragões: A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema"; "Sam Peckinpah – Rebelde Implacável" e "Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70" pela Cine UM.
Curso Zumbis no Cinema: Eterno Retorno de César Almeida
DATAS
Dias 11 e 12 / Julho (sábado e domingo)
HORÁRIO
15h às 18h
LOCAL
Cinemateca Capitólio
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Porto Alegre - RS)
INVESTIMENTO
R$ 80,00 (Valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 10 inscrições.
Válido apenas para pagamentos por depósito bancário)
FORMAS DE PAGAMENTO
Depósito bancário / Cartão de Crédito (PagSeguro)
MATERIAL
Certificado de participação e Apostila (arquivo em PDF)
Nos dias 27 e 28 de Junho,
eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, participando do curso
Vilões do Cinema: Nossos Malvados Favoritos, criado pelo Cine Um e ministrado
pela Mestra e Doutoranda em Comunicação
Social Janaina Gamba. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu
estarei relembrando os maiores vilões do cinema que nós adoramos odiar.
Norman
Bates
Pense antes de se hospedar
num motel isolado do mundo, pois nunca saberemos que tipo de visitas terá no
chuveiro. Psicose (1960) foi um filme a frente do seu tempo e uma das últimas
grandes obras primas do mestre Alfred Hitchcock. Mas fora todas as suas qualidades,
quando se pensa nesse filme, vêm em mente um único nome: Norman Bates.
Interpretado por Anthony
Perkins,Bates surge como uma pessoa doce, mas que sofre de uma proteção
doentia vinda de sua mãe. Porém, a realidade é muito mais obscura sobre essa
estranha relação do que se possa imaginar. O filme fez tanto sucesso que gerou três
continuações e mais uma terceira temporada que, conta um pouco mais sobre o
passado do personagem e de sua mãe, e que já esta na terceira temporada.
John
Ryder
Pense antes de dar carona
para alguém desconhecido na chuva, no meio da noite e numa estrada deserta, pois
vai lá se saber de que buraco ele saiu. É essa a pergunta que fica sem resposta
neste clássico oitentista. Afinal, quem era John Ryder?
Em a Morte pede Carona
(1986) Rutger Hauer (Blade Runner) é John Ryder, uma espécie de entidade do
caos, incontrolável, ao ponto dele próprio reconhecer que precisa ser abatido.
Nesse caso, ele faz de tudo para que o jovem Jim Halsey (C. Thomas Howell) o
mate, mas caso não faça isso, as mortes e destruição continuarão ao longo do
percurso desse terror psicológico e violento.
Hannibal
Lecter
Quando
for procurar um psiquiatra, procure saber antes que tipo de prato ele gosta de
comer, pois nunca saberá se ele for desejar o seu rosto ou seu cérebro para
comer. Em Silencio dos Inocentes (1991) Anthony Hopkins assombrou o mundo com
o seu olhar hipnotizante e com o seu jogo psicológico através de palavras
contra agente do FBI Clarisse (Jodie Foster) que, mesmo contra a vontade,
precisa da ajuda do ex-psiquiatra para encontrar outro psicopata. Embora estando
presente somente em meia hora de projeção, isso foi mais do que suficiente para
o ator ganhar o seu primeiro e único Oscar na carreira.
Max
Cady
Caso
seja advogado, pense bem antes de defender qualquer um, pois caso largue o caso
(ou omiti certas informações), vai lá se saber se seu cliente irá aceitar isso
numa boa. Em Cabo do Medo (1992) Robert De Niro esta assustador como Max Cady,
ex presidiário que, sofreu um inferno na cadeia, e que não medirá esforços para
transformar a vida de Sam Bowden (Nick Nolte) e de sua família num inferno. Por
ser dirigido por um cineasta autoral como Martin Scorsese, não faltam cenas que
se tornaram clássicas, ao ponto de ganhar homenagem em forma de paródia na
série Os Simpsons.
John
Doe
Antes de comer, transar, cobiçar,
se embelezar, ficar com raiva, ficar com inveja ou viver uma vida de desocupado,
tome muito cuidado, pois nunca se sabe quando for cruzar com alguém que leve os
sete pecados capitais a sério demais. Em Seven (1995) David Fincher não somente
lança o seu primeiro grande filme, como também lança um novo olhar sobre o gênero
noir, onde o preto e branco é substituído por um colorido sujo e frio de uma
Los Angeles que vive numa chuva incessante. Acima de tudo, o final é um dos mais
bombásticos e imprevisíveis da história do cinema e tudo isso orquestrado pelo enigmático
John Doe, interpretado de forma surpreendente por Kevin Spacey.
Mais informações e inscrições para o curso vocês
encontram clicando aqui.