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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Cine Especial: Fantaspoa 2015: TEJEN



Sinopse: Em uma casa de campo em ruínas e isolada do mundo, Oscar procura reconstruir o corpo atrofiado de sua amada esposa. Tenta como pode aliviar a agonia inextinguível que asola a sua jovem mulher: a enfermidade desconhecida parece tê-la consumido a ponto de transformá-la num animal indefeso que só consegue gemer de dores e clamar por ajuda. À noite, Oscar sonha com infernos repletos de corpos apodrecidos e atrofiados que, como o de sua esposa, somente conhecem a dor.


O bom do Fantaspoa é de você apreciar, não somente filmes autorais, como também obras que desafiam a sua mente e que, por vezes, você não sabe ao certo o que viu. Alguns casos a pessoa se sente zonza, mas não devido às imagens fortes, mas por não conseguir assimilar o que acabou de assistir. No seu primeiro longa metragem, Pablo Rabe cria em seu Tejen um filme inquietante, tenebroso, indecifrável e que dificilmente o cinéfilo consegue digerir facilmente após assisti-lo.
Em outras mãos, a trama seria simplesmente mostrar as dificuldades de um homem em cuidar da sua esposa enferma. Porém, nas mãos de Rabe essa trama toma dimensões avassaladoras, das quais explora, não somente o lado mais sombrio do ser humano, como também, como problemas corriqueiros (desde a doença e morte) podem afetar a mente humana e tornando ela tão perigosa para o próprio quanto se possa imaginar. O filme se direciona entre o sobrenatural e terror psicológico, mas jamais ficando num único lugar.
Amante das artes plásticas e da fotografia, Pablo Rabe usa a sua câmera para criar inúmeros ângulos de cena pouco convencionais, criando então uma sensação mais mórbida e fazendo com que a gente se pergunte o que virá depois. Logicamente ele se inspirou em outros gênios para criar determinadas cenas: a minha cabeça soou Melancolia de Lars Von Trier na abertura do filme, pois as cenas (embora diferentes) nos dão o mesmo tipo de sensação graças á fantástica câmera lenta.
Fora isso, talvez um dos ápices da trama, seja quando o protagonista começa a ter inúmeros pesadelos, onde por vezes enxerga pessoas nuas sentindo dor, fazendo sexo, ou simplesmente se auto-infringindo. Vendo as cenas, me fez lembrar também a obra A Divina Comédia de Dante Alighieri e com elas, se cria um verdadeiro pesadelo visual que, ou você recua o rosto ou encara o horror. Há uma introdução de uma professora querendo saber por que a filha do protagonista não vai à aula, mas isso é passageiro, pois o inferno naquela casa já esta mais do que tomado como um todo.
Acima de tudo Tejen é um filme experimental, algo cada vez mais raro hoje em dia e que dificilmente será visto num cinema convencional.


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (21/05/15)



Poltergeist - O Fenômeno

 

Sinopse: A família Bowen acaba de se mudar para uma nova casa. O pai, a mãe e os dois filhos parecem se adaptar bem ao novo lar, até começarem a perceber estranhas manifestações em casa, atingindo principalmente a filha pequena. Um dia, ela é sequestrada pelas forças malignas, fazendo com que os pais procurem a ajuda em especialistas no assunto, para recuperar a criança antes que seja tarde demais.



O Vendedor de Passados


Sinopse: O que você faria se pudesse alterar erros ou lembranças dolorosas do passado? Esta é a profissão de Vicente (Lázaro Ramos): ele vende passados às pessoas, criando documentos, fotos e outros indícios necessários para reescrever a história. Esta trama é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito pelo angolano José Eduardo Agualusa.

 

Crimes Ocultos


Sinopse: Durante o governo stalinista na União Europeia, um oficial da segurança ouve falar de um país onde o número de assassinatos de crianças é muito alto, a ponto de se considerar a existência de um serial killer. O Estado não quer saber do caso, que pode ter conexões com altos funcionários do governo, e exila o oficial para que ele não possa prosseguir com a análise dos fatos. No entanto, este homem obstinado decide chamar a sua esposa para investigarem o caso por conta própria.

 

Nick Cave - 20.000 Dias na Terra


Sinopse: Híbrido de documentário e ficção, um perfil do cantor, escritor e compositor australiano Nick Cave. Numa abordagem que contempla visões surpreendentemente francas e um retrato íntimo do processo artístico, o filme examina o que faz de nós o que somos e celebra o poder transformador do espírito criativo.

 

A Incrível História de Adaline


 Sinopse: Adaline Bowman (Blake Lively) nasceu na virada do século XX. Ela tinha uma vida normal até sofrer um grave acidente de carro. Desde então, ela, milagrosamente, não consegue mais envelhecer, se tornando um ser imortal com a aparência de 29 anos. Ela vive uma existência solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém, para não ter seu segredo revelado. Mas ela conhece o jovem filantropo, Ellis Jones (Michiel Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade.

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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Cine Especial: HISTÓRIA DO CINEMA GAÚCHO: Parte 3



Nos dias 30 e 31 de Maio eu estarei participando do curso História do Cinema Gaúcho, criado pelo Cine Um e ministrada pela Doutora, jornalista e professora Miriam de Souza Rossini. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, estarei postando por aqui os filmes rodados em nossa terra (de ontem e de hoje) e que eu tive o privilegio de assistir.

 

O Homem que Copiava



Sinopse: André (Lázaro Ramos) é um jovem de 20 anos que trabalha na fotocopiadora da papelaria Gomide, localizada em Porto Alegre. André mora com a mãe e tem uma vida comum, basicamente vivendo de casa para o trabalho e realizando sempre as mesmas atividades. Num dia André se apaixona por Sílvia (Leandra Leal), uma vizinha, a qual passa a observar com os binóculos em seu quarto. Decidido a conhecê-la melhor, André descobre que ela trabalha em uma loja de roupas e, para conseguir uma aproximação, tenta de todas as formas conseguir 38 reais para comprar um suposto presente para sua mãe.


A atuação do Lázaro Ramos é impecável, sendo um ótimo ator, e ele não deixa a desejar nesse filme. Pedro Cardoso (ele parece um clone do Agostinho, seu personagem 'A Grande Família), Leandra Leal e Luana Piovani são os outros três componentes do "quarteto fantástico" do filme. Um fator interessante é que não há heróis nem vilões. Os personagens são pessoas reais, com dúvidas, medos, ambições. Você acaba simpatizando com André mesmo sabendo que, suas atitudes não são muito éticas.
Você compreende as ações dele, mesmo não concordando com elas. O enredo mostra as causas, os atos e as suas conseqüências. Apesar de ser bem realista, ainda é um filme. As pessoas assaltam bancos, falsificam notas, mas não são presas E alguém nesse país é? Talvez o filme seja mais realista do que eu imaginava ganham na loteria e (é claro!) no fim os protagonistas terminam juntos. Não, eu não acabei com a graça do filme. Quem ainda não sabia disso?
Nada que retire o brilhantismo do filme. Uma mostra que o cinema nacional é muito melhor do que os brasileiros imaginam.

 

Saneamento Básico: O Filme



Sinopse: Os moradores de Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos localizada na serra gaúcha, reúnem-se para tomar providências a respeito da construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Eles elegem uma comissão, que é responsável por fazer o pedido junto à sub-prefeitura. A secretária da prefeitura reconhece a necessidade da obra, mas informa que não terá verba para realizá-la até o final do ano. Entretanto, a prefeitura dispõe de quase R$ 10 mil para a produção de um vídeo. Este dinheiro foi dado pelo governo federal e, se não for usado, será devolvido em breve. Surge então a idéia de usar a quantia para realizar a obra e rodar um vídeo sobre a própria obra, que teria o apoio da prefeitura. Porém a retirada da quantia depende da apresentação de um roteiro e de um projeto do vídeo, além de haver a exigência que ele seja de ficção. Desta forma os moradores se reúnem para elaborar um filme, que seria estrelado por um mostro que vive nas obras de construção de uma fossa.


Um filme bastante divertido, com uma história que poderia ter sido filmada em qualquer pequena cidade do interior do país. Os atores são excelentes, a trilha sonora, em sua maioria de música italianas, é emocionante, a fotografia cuidadosa. Jorge Furtado, diretor que já é sinônimo de qualidade, construiu uma obra leve e divertida, e ao mesmo tempo profunda. É um filme sobre como fazer cinema, um filme sobre mobilização de um grupo em prol de uma causa, sobre o modo como nossos políticos reagem a essas mobilizações, e também sobre o relacionamento entre pais e filhos, marido e mulher, irmão e irmã. Enfim, Saneamento Básico é uma demonstração de que o cinema brasileiro é capaz de produzir grandes obras.


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Cine Dica: Luiz Carlos Oliveira Jr. e Raros Especial na mostra 8x André Téchiné


Nesta semana acontecem duas sessões especiais dentro da mostra 8x André Téchiné. Na quarta-feira, 20 de maio, às 20h, a Cinemateca Capitólio recebe o crítico e pesquisador Luiz Carlos Oliveira Jr. para conversar com o público sobre a obra do realizador francês, após a exibição de um de seus filmes mais recentes, As Testemunhas (2007). Na sexta-feira, 22 de maio, às 20h, acontece uma edição especial do Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) com uma das obras mais importantes da fase inicial de Téchiné, Barroco, o Jardim do Suplício (1976). A mostra é uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia e da Vai & Vem Produções Culturais e Cinematográficas, com apoio da Embaixada da França no Brasil, o Consulado da França em São Paulo e do restaurante Atelier de Massas. 
A conclusão das obras da Cinemateca Capitólio representa um momento histórico na vida cultural de Porto Alegre. Iniciado em 2004, o longo e complexo processo de restauração do Cine-Theatro Capitólio, uma das mais luxuosas salas de cinema da cidade, além de recuperar a vocação original do espaço como sala de exibição, também teve o objetivo de transformar o prédio em um local destinado à preservação da memória audiovisual do Rio Grande do Sul. O projeto de restauração e de ocupação do espaço foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE


LUIZ CARLOS OLIVEIRA JR.

Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), sob orientação do Prof. Dr. Ismail Xavier. Autor do livro "A mise en scène no cinema: do clássico ao cinema de fluxo" (Papirus, 2013). Atuou como crítico de cinema na revista eletrônica Contracampo no período 2002-2011, participando do corpo editorial de 2004 em diante. Curador das mostras de cinema "Vincente Minelli - Cinema de Música e Drama" (CCBB-RJ e SP, 2011) e "Jacques Rivette - Já Não Somos Inocentes (CCBB-RJ e SP, 2013). Como professor convidado, lecionou a disciplina Crítica Cinematográfica no curso de Cinema e TV da Faculdade de Artes do Paraná (segundo semestre de 2008). Autor do artigo De volta para o futuro: a nova era do cinema sul-coreano publicado em Cinema Mundial Contemporâneo, Campinas, SP: Papirus, 2008. Participou do Trainee Project for Young Film Critics do Festival Internacional de Cinema de Roterdã de 2008. Integrou o programa Collegium, para jovens pesquisadores de cinema, da 27ª e da 28ª edições da Giornate de Cinema Muto de Pordenone (Itália), em outubro de 2008 e de 2009, respectivamente. Já colaborou para as revistas Bravo!, Cult, Interlúdio, Paisà e Foco e para o Guia Folha Livros, Discos e Filmes. Ministrou cursos e oficinas em espaços como Centro Cultural Banco do Brasil, CineSESC, Cine Humberto Mauro e Fundação Getúlio Vargas. Diretor e roteirista de O dia em que não matei Bertrand , curta-metragem 35 mm adaptado do conto homônimo de Sérgio Sant’anna.

AS TESTEMUNHAS 
(Les Témoins, França, 2007, 112')
Com: Michel Blanc, Emmanuelle Béart, Sami Bouajila, Julie Depardieu, Johan Libéreau

Desde que conhece o jovem Manu (Libéreau), o médico Adrien (Blanc) fica completamente apaixonado. Manu porém prefere preservar a relação apenas no nível da amizade. Adrien apresenta-o então à sua melhor amiga, Sarah (Béart), que acabou de ter um filho e vive uma relação aberta com o marido (Bouajila). Passado em meados dos anos 1980, o filme tem como contexto o momento da descoberta e disseminação da Aids na Europa. Exibição em 35mm.


RAROS: BARROCO, O JARDIM DO SUPLÍCIO

(Barocco, França, 1976, 105') 
Com: Isabelle Adjani, Gerard Depardieu, Marie-France Pisier, Jean-Claude Briali, Hélène Surgère

Terceiro longa-metragem realizado por André Téchiné. Samson, um lutador de boxe (Depardieu), tem informações que podem acabar com a carreira de um conhecido político cuja candidatura às eleições presidenciais será lançada nos próximos dias. A fim de impedir que essas revelações venham à tona, o partido do candidato suborna Samson e impõe como condição que ele deixe o país imediatamente com sua namorada (Adjani). Exibição em Blu-ray / Legendagem eletrônica em português


GRADE DE HORÁRIOS
CINEMATECA CAPITÓLIO
19 a 24 de maio de 2015

19 de maio (terça)
15:00 – Cuba Libre
16:30 – Era uma Vez na Anatólia
20:00 – Os Ladrões

20 de maio (quarta) 
15:00 – Cuba Libre
16:30 – Era uma Vez na Anatólia
20:00 – As Testemunhas + debate com o crítico Luiz Carlos Oliveira Jr.

21 de maio (quinta)
15:00 – Cuba Libre
16:30 – Era uma Vez na Anatólia
20:00 – As Irmãs Brontë

22 de maio (sexta)
15:00 – Cuba Libre
16:30 – Era uma Vez na Anatólia
20:00  – Projeto Raros: Barroco, o Jardim do Suplício (Sessão na Sala P. F. Gastal/Usina do Gasômetro)

23 de maio (sábado)
15:00 – O Local do Crime
17:00 – Rosas Selvagens
19:00 –  Rendez-vous

24 de maio (domingo)
17:00 – As Testemunhas
19:00 – Hotel das Américas

  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

www.salapfgastal.blogspot.com