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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: PHILOMENA



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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cine Especial: Glauber Rocha: Deus e o Diabo do Cinema Brasileiro: Parte 2



Nos dias 26 e 27 de maio eu estarei participando do curso Glauber Rocha: Deus e o Diabo do Cinema Brasileiro, criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista e pesquisador André Araujo. Enquanto os dois dias não vem, por aqui irei destacar os principais filmes deste cineasta, que foi um dos principais pilares do “Cinema Novo”.  





Deus e o Diabo na Terra do Sol

Sinopse: Manuel (Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes (Mílton Roda) e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser perseguido por jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa (Yoná Magalhães). O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva), que promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo místico e ritual. Porém ao presenciar a morte de uma criança Rosa mata o beato. Simultaneamente Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região, extermina os seguidores do beato.

Um dos filmes mais representativos do cinema novo, conseguindo pela maioria dos críticos como o melhor filme de Clauber Rocha. Vigorosos momentos de drama, aventura e poesia, comentados pelas musicas de Heitor Villa Lobos e Sergio Ricardo. Atenção para o magistral desempenho de Othon Bastos, como o cangaceiro Corisco, um dos remanescentes de Lampião. Sempre quando surge em cena, suas palavras falam por si, como quando batiza Manuel de Satanás. 



Curiosidade: Foi rodado nos municípios de Monte Santo, Feira de Santana, Salvador, Canché e Canudos, todos no estado da Bahia. - Foi lançado no Rio de Janeiro em 10 de julho de 1964, nos cinemas Caruso, Ópera e Bruni-Flamengo.



O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

Sinopse: Quando um matador de cangaceiros é contratado para exterminar um bando e descobre nos criminosos um idealista que o faz rever seus conceitos de vida.



Sequência oficial de Deus e o Diabo na terra do Sol, o filme é uma desconcertante mistura de oporá, macumba, mas principalmente faroeste. O filme é trajado com aquela roupa típica do western: a seca do Nordeste brasileiro constituída de homens duros e impiedosos. Não é nenhuma surpresa ver isso, até mesmo porque o western americano desencadeou muitas afluentes abraçadas por vários países distintos; o Brasil abraçou o cangaço mergulhado na pobreza.  Premio de melhor direção no festival de Cannes em 1969.





TERRA EM TRANSE

Sinopse: O senador Porfírio Diaz (Paulo Autran) detesta seu povo e pretende tornar-se imperador de Eldorado, um país localizado na América do Sul. Porém existem diversos homens que querem este poder, que resolvem enfrentá-lo.

 

Tido para alguns, como a obra prima de Glauber, o filme pode ter envelhecido para outros, mas não há como negar sua coragem histórica, pois o filme foi lançado em pleno período da ditadura e a trama nada mais era que uma critica disfarçada daquele tempo. Considerado clássico do Cinema Novo e vencedor do prêmio da critica em Cannes, é de difícil entendimento para quem não esteja habituado com a integridade linguagem do diretor. 



Curiosidade: Em abril de 1967 o filme foi proibido em todo território nacional, por ser considerado subversivo e irreverente com a Igreja. Depois foi liberado, com a condição de que se desse um nome ao padre interpetrado por Jofre Soares.




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Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum






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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: GODZILLA (2014)



HOLLYWOOD FAZ AS PAZES COM O REI DOS MONSTROS DO CINEMA E LANÇA UM FILME QUE FAZ JUS A SUA GRANDEZA

 




Sinopse: Um épico renascimento para o icônico Godzilla da Toho coloca o monstro mais famoso do mundo contra criaturas que sustentadas pela arrogância científica da humanidade ameaçam nossa própria existência.



Quando foi anunciado que Godzilla teria uma versão americana em 1998, muitos fãs esperavam com ansiedade ver o maior monstro do Japão sendo apresentado para uma nova geração e com efeitos especiais caprichados. Mas a produção de Roland Emmerich (O Dia depois do Amanhã) foi uma tremenda decepção, principalmente se comparado ao primeiro filme do monstro que foi lançado em 1954 e que atualmente é considerada uma obra prima do cinema japonês. Mas aproveitando o aniversário de 60 anos do monstro, eis que Hollywood decide fazer as pazes com ele e lança uma produção que, não somente respeita o clássico de 1954, como também traz consigo quase as mesmas metáforas que a produção japonesa apresentou há sessenta anos.
Para começar, a produção comandada pelo cineasta Gareth Edwards (Monstros) não tem pressa alguma em mostrar a criatura, mas sim desenvolver o melhor possível o drama dos personagens humanos perante o inexplicável. Para alguns mais fanáticos, essa escolha ao não apresentar o grande protagonista de cara, talvez soe como uma grande decepção. Porém, convenhamos que nós estejamos falando de uma criatura vinda da própria natureza e que homem em si jamais conseguiria dominá-la.
Portanto, ao ver o personagem Brody (Bryan Cranston) encarando a morte da esposa (Juliette Binoche) em um acidente na usina nuclear em que ambos trabalhavam no Japão, se cria então um elo emocional entre os personagens humanos e o publico que assiste. Infelizmente esse elo não se mantém muito forte, no momento em que o filho do casal (Aaron Taylor-Johnson) já crescido entra em cena, pois o interprete não nos convence muito nem como pai de família e tão pouco como herói em cena. Contudo, o veterano Ken Watanabe (O Ultimo Samurai) cumpre com louvor o seu trabalho, ao interpretar um pesquisador e defensor de Godzilla, que acredita que ele possa derrotar os outros monstros e trazer de volta o equilíbrio das coisas.
Sim, há outros monstros, mais precisamente um casal que deseja acasalar e espalhar os seus filhotes pela terra. Curiosamente, ambas as criaturas lembram muito o visual do monstro visto em Cloverfield, sendo que não me surpreenderia se isso fosse uma homenagem a produção de J.J. Abrams, que até então era o melhor filme de monstros ao lado do (claro) sempre mencionado Circulo de Fogo. 
Falando em homenagens, é surpreendente a forma que Edwards filmou essa produção, fazendo a gente acreditar que á cada momento que ele nos apresenta uma cena, ele está prestando um grande respeito da forma que Steven Spielberg filmava os seus filmes como Tubarão e o Parque dos Dinossauros. Assim como o veterano diretor, Edwards apresenta as criaturas de uma forma gradual, lenta, mas muito bem filmada e criando um verdadeiro clima de suspense na medida certa. O Godzilla em si quando finalmente surge, não só é um dos momentos mais esperados do filme, como também nos faz urrar de felicidade ao vermos que esse sim é o Godzilla visto nos filmes de antigamente no Japão, sendo uma verdadeira entidade da natureza na qual o homem não pode simplesmente deter.
Mas é ai que o filme entra num momento arriscado, pois embora Godzilla seja uma criatura que não pode ser detida, os roteiristas ousaram em transformar ele numa espécie de grande herói a serviço da humanidade ao deter os outros monstros. No filme de 1954, o monstro era uma entidade da natureza, que ao mesmo tempo foi remodelada devido aos testes nucleares durante a guerra fria e resumidamente ele nada mais era do que uma metáfora dos maiores temores dos japoneses daquele tempo. Aqui, a metáfora é mantida, mas ao mesmo tempo Godzilla se torna uma espécie de equilibro, que querendo ou não, surge com o objetivo de preservá-lo e fazer com que os protagonistas humanos apenas assistam e torçam por ele.
Seria isso uma forma de tornar a criatura mais acessível para o publico atual? Será que o publico de hoje simplesmente não aceitaria Godzilla como uma criatura bestial da natureza que não pode ser detida? Será que o politicamente correto chegou até mesmo neste terreno?
Embora tenha torcido o nariz com isso, devo reconhecer que, pelo menos aqui essa situação funcionou, mas numa eventual sequência (o final deixa claro que haverá) duvido muito que esse artifício irá funcionar de novo.
Com começo, meio e fim bem amarrados, Godzilla, mesmo com seus sessenta anos de vida, prova que ainda tem fôlego para continuar sendo o rei dos monstros do cinema, mas resta saber se os produtores irão acertar o alvo novamente, criando então uma trama mirabolante, ou simplesmente será mais ou menos o que já foi visto e correndo o risco de ter um prejuízo do tamanho do personagem.



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