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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Universidade de Monstros

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: 2046 - Os Segredos do Amor


Sinopse: O escritor Chow Mo-Wan (Tony Leung Chiu Wan) retorna a Hong Kong para escrever um romance. Ele se hospeda em um hotel barato em Wanchai, assumindo a personalidade de playboy e conquistador. Chow inicia uma série de relações amorosas com quatro diferentes mulheres que se hospedam no quarto 2046, que fica em frente ao seu. Enquanto isso, atormentado pelas lembranças dos anos que passou em Cingapura, Chow escreve uma história de ficção científica chamada "2046". Na história os passageiros de um trem fazem uma interminável viagem rumo a um destino misterioso, onde esperam reencontrar suas memórias perdidas.

2046 foi um enorme sucesso de público e crítica. Todas as pessoas que apreciam cinema encontram excelentes razões para gostar do filme de Wong Kar Wai: a magnífica direção de fotografia, a banda sonora de uma beleza assombrosa ou ainda as interpretações inesquecíveis de um elenco perfeito. Todos estes elementos surgem impecavelmente orquestrados pelo realizador mais brilhante e sensível de sempre. Mas há um grupo que terá uma relação particularmente intensa com 2046: os escritores. Essa gente tem razões acrescidas para gostar do filme, não só pela sua linguagem marcadamente literária (as analepses, os fragmentos), mas também pelo tema e protagonista. 
O herói de 2046 é um escritor e, como todos os escritores, é uma pessoa complexa. As suas ações parecem estranhas, paradoxais e, por vezes, falhas de carácter. Chow é um sedutor nato que parece querer levar as suas mulheres ao pico da felicidade a dois, apenas para que elas depois possam sofrer uma queda ainda maior. Talvez eu não seja um tipo assim tão decente, afirma o próprio Chow em jeito de confissão. Isto deixa à vista o carácter autobiográfico do seu texto sobre o misterioso comboio que parte para 2046, onde os homens e mulheres que buscam o amor querem resgatar as suas memórias perdidas; porém, a verdadeira natureza desse lugar permanece desconhecida, porque até à data ninguém regressou de 2046.
A solução para o mistério de 2046 poderá estar numa famosa obra de um outro escritor, Stendhal, intitulada Do Amor. O essencial deste formoso livro sobre o amor-paixão pode ser resumido em três grandes divisas. Primeiro, o amor é fundamentalmente um fenômeno da imaginação. O enamoramento implica uma projeção da perfeição naquilo que amamos e, nessa medida, é uma espécie de auto-ilusão deliberada. Segundo, os melhores momentos do amor são os seus momentos iniciais. Nas incertezas e inquietações da fase de sedução estão as delícias do amor; quando chega o seu desenlace, o melhor já passou e tudo o que nos espera é a comodidade, a rotina e o marasmo. Terceiro, o amor-paixão conduz a um certo ascetismo, porque paralisa todos os prazeres e torna insípidas todas as restantes ocupações da vida.
Encontramos reminiscências desta concepção austera do amor no final do filme Casablanca. Sabemos que Rick quisera anteriormente viver o seu amor com Ilsa, quando estava com ela em Paris e a pedira em casamento. Depois, em Casablanca, vivem um segundo e inesperado pico da sua paixão amorosa. O que Rick propõe no final (e Ilsa aceita tacitamente) é que ambos evitem a tentação da comodidade na vida amorosa, para que possam preservar como um tesouro a memória dos momentos que partilharam. We’ll always have Paris. Esse Paris é tão único e irrepetível como o quarto de hotel de In the Mood for Love e 2046. O protagonista sabe-o bem e é isso que explica o seu comportamento errático. Quando Chow opta por ficar só, não o faz por capricho ou egoísmo mas sim por lucidez.

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Cine Dica: LANÇAMENTO DA WEBSÉRIE URBANAUTAS NA SALA P. F. GASTAL


Segue divulgação do lançamento da websérie URBANAUTAS, que ocorrerá na Sala P. F. Gastal dia 31 de outubro, às 20h. 
@rte urbana. Fluxo líquido elétrico eletrônico. Luz, cor e
sombra espelhados na face da cidade. Fascinidade. Faz-se na ação.
Arte urbana. Urb@nautas.

Websérie em quinze episódios – cinco semanas apresentando os perfis de três artistas contemporâneos no seu trabalho, sob os ares da mesma cidade: Edu Tattoo, tatuador; Fernanda Chemale, fotógrafa; LfTrampo, grafiteiro. A cidade? Porto Alegre. O ano? 2013. Nosso agora nas telas do mundo, através das conexões internéticas em alta definição. 

Como funciona?
Você acessa o site http://urbanautas.net desde já, e pode assistir ao episódio-piloto com os artistas que serão apresentados nesta primeira temporada da websérie, em cinco episódios por artista. A duração do piloto, três minutos e cinquenta segundos, está na medida estimada para os demais episódios.

Na noite de 31 de outubro, noite das bruxas, serão lançados os três primeiros episódios, um de cada artista. A estreia “presencial” será na Sala P.F.Gastal, em sessão especial aberta ao público, com projeção na tela grande da sala de cinema. Em seguida a essa exibição, os episódios serão publicados no site, cada qual na página do respectivo artista. Nas quatro semanas seguintes, a cada semana Fernanda, Trampo e Edu terão um episódio seu publicado, num total de três episódios inéditos semanais da série.
Ou seja, adaptamos o conceito de temporada da série televisiva tradicional mixando-o à dinâmica interativa da web, com episódios curtos e intervalos menores de publicação dos inéditos, para na seqüência mantermos a temporada completa disponível no site Urb@nautas aos navegadores de todo o planeta, criando também a expectativa por uma segunda temporada. O lançamento será no original, com áudio em português, sendo feita a legendagem quando todos os episódios estiverem publicados. Todos os episódios são de acesso gratuito, restrito ao site. O piloto está disponível também no Vimeo. Assistir Episódio-Piloto no Vimeo. 

Lançamento:
Nosso objetivo é buscar interfaces planetárias, sempre a partir do nosso lugar no mundo. Por isso a importância do lançamento da websérie no seu próprio território. Tivemos já uma concorrida avant-premiére privada para a equipe e convidados, com a projeção do episódio-piloto – logo em seguida publicado no site http://urbanautas.net. E agora fazemos ao público portoalegrense e aos visitantes da cidade esta apresentação dos três episódios da primeira semana de Urb@nautas. Numa projeção aberta, na Sala P.F.Gastal da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, cidade onde trabalham os três artistas retratados, bem como o diretor da série, R. Brasil Ferrari, o músico Marcelo Fornasier, autor da trilha musical, e a produtora Vera Munhoz.
  
Urb@nautas é uma realização da EnygmaFilmes, com financiamento Pró-Cultura RS, através de edital do F.A.C. – Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac/RS), e é importante mencionar que sem esse recurso seria inviável realizar o projeto. A inclusão cultural possibilitada pelo F.A.C. é fator relevante e significativo no estado, projetando horizontes transnacionais aos gaúchos.

Trechos do projeto:
“Trabalhar na criação de mecanismos libertários de interlocução na web é tarefa à qual os artistas e realizadores do audiovisual não podem e não devem se furtar. Estabelecer o diálogo entre segmentos diferenciados das artes visuais urbanas, presentes no dia-a-dia da cidade e seus habitantes, e repensar o próprio audiovisual a partir dessas formas de expressão; projetar no tempo o espaço traçado na superfície das coisas e das pessoas, descobrindo as raízes subcutâneas das tintas e das luzes que emergem dos poros e dos pixels. Dessa forma acreditamos colaborar para fortalecer a dimensão do trabalho desses artistas e das formas de expressão que representam junto ao público, seja fiel ou noviço, abrindo espaço para novas iniciativas a partir dos exemplos apresentados nos perfis e amplificando mercados para as artes nas suas diferentes formas de expressão.
Pois o que vamos mostrar na websérie urb@nautas é o perfil de uma geração que resiste e projeta seu trabalho na pele da cidade, no reflexo que emana das ruas colorindo de nuances o cinza do cotidiano. A partir de preceitos clássicos do documentário, aliados a dinâmicas nascidas da interatividade digital, cada perfil se transmuta em interferência indireta no processo do artista, cinema feito liquidificador dos traços, cores, luzes e sombras, sejam sobre a pele, o cimento, tela ou papel; mistura urbana projetada em harmonias transversais.
O fato de não ter suporte físico para distribuição reduz o impacto ambiental, pois todo o circuito entre o produtor cultural e o consumidor acontece no espaço virtual, sem gerar lixo de mídia em meios físicos nem de embalagens, envios, etc. O emprego de ferramentas de captação de imagem e som de pequeno porte e alta definição permite realizar as filmagens com equipe reduzida, economizando recursos naturais e diminuindo o impacto no meio-ambiente, além de evitarmos o consumo de energia exorbitante dessas mega-produções de inspiração hollywoodense. No aspecto ético-estético, o minimalismo proporciona a integração entre a câmera e seu objeto, neste caso os artistas e seu trabalho em tatuagem, fotografia e graffiti.
Cabe ressaltar que a exibição gratuita da série através da internet promove a democratização do acesso, a inclusão e o desenvolvimento da cultura digital, oferecendo atrativos para públicos jovens e adultos, tanto do centro quanto da periferia.”
R. Brasil Ferrari

A ESTREIA
Local: Sala P.F.Gastal (Usina do Gasômetro)
Data: 31 de outubro (noite das bruxas)
Hora: 8 da noite (20:00 horas)
Sessão gratuita, aberta ao público,
com distribuição de senhas a partir das 20:00hs e projeção às 20:30hs.

Venha degustar miniwraps da Cayenne Sabores
com cabernet Salton e assitir à sessão com a gente.
Na madrugada de todos os santos e bruxas, de 31 de outubro
para primeiro de novembro, em hora incerta e
não sabida, os três episódios serão publicados na web,
 Vultos digitais da epiderme urbana.
Navegantes das cores.
Urbanautas.
51-3225.5460 / 51-9117.8857



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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cine Dica: "DYONÉLIO" TERÁ PRÉ-ESTREIA EM PORTO ALEGRE NO DIA 30 DE OUTUBRO

Longa-metragem de Jaime Lerner combina gêneros documentário e ficção para contar história do escritor gaúcho

O universo do escritor e político Dyonélio Machado (1895-1985) será apresentado pela primeira vez em Porto Alegre no próximo dia 30 de outubro, às 20h, na Sala P.F. Gastal (3º andar da Usina do Gasômetro).
 O longa-metragem inédito do diretor Jaime Lerner, "Dyonélio", esclarece a trajetória de um dos expoentes da literatura, psicanálise e do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Rio Grande do Sul. A produção da Manga Rosa Filmes em parceria com a Visom Digital foi um dos filmes exibidos na Mostra de Longas Gaúchos do Festival de Cinema de Gramado e entra oficialmente em cartaz a partir do dia 1º de novembro, na Cinemateca Paulo Amorim, da Casa de Cultura Mário Quintana.
No dia 30 de outubro, um coquetel para convidados será oferecido a partir das 19h. O filme "Dyonélio" será exibido a partir das 20h e a sessão é gratuita e aberta ao público – os interessados deverão retirar senhas que serão distribuídas uma hora antes da sessão.

 O Filme
Em uma produção que se apropria das linguagens ficção e não-ficção - tratando dois romances do escritor com viés documental e a vida do autor como ficção-, Jaime Lerner se propõe a explorar possíveis contradições acerca da emblemática figura de Dyonélio Machado. A narrativa pretende esclarecer a vida do escritor, psiquiatra, político e jornalista a partir do questionamento: quem foi Dyonélio? Fora um autor premiado e aclamado pela crítica em seu romance de estréia Os Ratos (1935), ou um escritor maldito que por mais de 20 anos não encontrara editor para seus textos? Seria Dyonélio um republicano chegado aos patrões do RS, ou fora um comunista perseguido, preso e cassado por suas idéias políticas?
A obra Os Ratos, de Dyonélio Machado, se consolidou como uma das mais influentes da segunda geração do Modernismo no Brasil, e o autor conquistou o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. O segundo romance do autor, "O Louco do Cati", no entanto, o jogou no ostracismo editorial. Enquanto médico, Dyonélio foi um dos precursores da psicanálise no Rio Grande do Sul. Presente nos principais periódicos gaúchos, Dyonélio foi um dos fundadores da Associação Rio Grandense de Imprensa. Militante, perseguido e preso político, Dyonélio se elegeu deputado estadual pelo PCB em 1947.
Mais do que um resgate histórico, a releitura acerca da vida e obra de Dyonélio Machado proposta por Jaime Lerner pretende aproximar o legado e os traços de humanidade deste personagem emblemático às novas gerações. O projeto "Dyonélio" teve incentivo do Fumproarte, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.


Pre-estreia DYONÉLIO
Dia 30 de outubro às 20h
Sala P.F. Gastal
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar da Usina do Gasômetro
www.salapfgastal.blogspot.com


PRODUÇÃO
Manga Rosa Filmes
Rua São Manoel, 1261/702
Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil
(51) 3279-1771 – (51) 3279.1772
www.mangarosafilmes.com.br
 
ASSESSORIA DE IMPRENSA:
Adriano Cescani e Robledo Milani
Phosphoros Novas Ideias
Porto Alegre – Rio Grande do Sul – Brasil
(51) 3012.6810 – (51) 8184.1561
phosphoros@phosphoros.com.br – www.phosphoros.com.br


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Um Lugar Qualquer


Sinopse: Acompanhamos um recorte da vida do ator Johnny Marco (Stephen Dorff): famoso, rico, separado e sem nenhuma perspectiva do que fazer na vida, Johnny não tem nada para fazer para passar seus dias: entre ficar sentado no sofá olhando para frente e comparecer aos compromissos do trabalho, Johnny dorme com mulheres desconhecidas que se oferecem para ele por ser famoso. Sua vida se resume a simplesmente isso. Até o dia em que precisa ficar com sua filha Cloe.

Não, não espere uma reviravolta. O filme não tem nenhuma. Não espere a filha traumatizada pelo divórcio dos pais dando lição de moral no pai, não há nada assim. Não espere situações embaraçosas envolvendo o estilo de vida do pai perante a filha, até tem, mas de maneira bem sutil e sem estardalhaços.
O filme divide: alguns adoram e outros acham ruim por ser muito parado. Eu gostei! O filme tem cenas longas, poucos diálogos e os que tem, são curtos. A edição é lenta, não tem cenas cortadas de um ângulo para o outro. Nada que passe ação! Tudo para demonstrar o vazio da vida de Johnny.
A filha de Johnny é Cleo (Elle Fanning), uma jovem de 11 anos inteligente e com a vida típica de uma menina de classe alta: estuda, faz um monte de esportes, estuda, vai para acampamentos e tem pais divorciados. É sua presença que faz Johnny questionar o seu vazio e mostra que existe algo que de sentido à sua vida. Isso é demonstrado por pequenas atitudes de Johnny e poucas falas. Não há nenhum discurso redentor.
Gostei de ver o ator Stephen Dorff em um papel principal em um bom filme. Ele está sempre relegado a filmes ruins e papéis pequenos em bons filmes (como em Inimigo público).O filme de Sofia Coppola é assim: lento, parado, sutil e delicado. Para alguns, pode ser cansativo. Para outros, apenas um pedaço da vida de uma pessoa: sem efeitos especiais, sem mudanças drásticas, sem lições de moral.


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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cine Dica: SOLIDÕES


Sinopse: Com Vanessa Giacomo no elenco, o cantor e compositor Oswaldo Montenegro lança novo longa. "Solidões" vai do riso ao drama, do musical ao documentário, da comédia romântica à sátira cruel, em questão de segundos, sempre com a solidão focalizada com humor e emoção em todos os seus aspectos. O roteiro, a direção e a trilha são assinadas pelo artista.

Em seu segundo longa metragem (o primeiro foi “Léo e Bia") Osvaldo Montenegro  explora várias facetas da solidão, que aliás, esta presente em algumas de suas musicas. Em pouco mais de uma hora e meia de projeção, somos pegos a uma enorme teia de eventos, de inúmeros personagens, onde o principal tema é a solidão desses seres:  o homem (Pedro Nercessian) que encontra uma versão sua vinda de uma realidade alternativa. Uma garota (Vanessa Giácomo) que tem amnésia após (segundo ela) ter tido um ataque de raiva. Um garçom (Eduardo Canto) que coleciona frases e compartilha com uma solitária no bar (Kamila Pistori). Musico cheio de talento tentando a sorte o quanto pode na cidade carioca e dentre outras historias.    
O roteiro feito pelo próprio cantor, usa inúmeras metáforas para se discutir os inúmeros significados sobre a solidão. Algumas acertam ao adicionar uma grande dose de profundidade e que fazem o espectador se emocionar, principalmente na participação de figuras ilustres do nosso país, como o nosso velho palhaço Cocada.  Claro que nem todas as passagens onde se procura o significado da solidão ou sobre o que é solitário na vida, acaba meio que soando forçado demais. Bom exemplo disso é quando o personagem de Pedro Nercessian conversando com sua contra parte, cita inúmeras coisas que são solitárias, mas que por vezes não faz muito sentido. 
Em contra partida a trama é repleto de frases engenhosas. Exemplo: "Ilha é aquele pedaço de mim que sobrou de tudo o mais que foi destruído". Além disso o filme é repleto de musicas inspiradas, nas quais a maioria delas é composta ou cantadas pelo próprio cantor. É com essas musicas, mais a trilha sonora e uma fotografia caprichada, é que fazem com que o filme jamais perca o ritmo.  
Não há como se esquecer da engenhosa montagem feita  pela equipe, que faz com que as inúmeras sub-tramas fluem muito bem uma sobre a outra e jamais fazendo com que o espectador se perca durante o percurso. Devido a isso, o filme pode soar até mesmo como um verdadeiro clipão, ou um musical, mas no saldo geral o filme é uma mistura de tudo um pouco, chegando até mesmo em algumas passagens parecer um documentário. Bom exemplo disso são os depoimentos de pessoas comuns sobre o que é para elas o significado da palavra solidão, sendo que algumas são emocionantes e outras muito engraçadas. 
Embora sendo curto o filme (inicialmente seria quatro horas de duração), cada ator tem os seus personagens bem aproveitados durante a trama. Merecem destaque os ótimos desempenhos de Vanessa Giácomo, Kamila Pistori e Pedro Nercessian. Contudo, quem rouba a cena é próprio Oswaldo Montenegro ao interpretar ninguém mesmo que o Diabo, em uma das melhores passagens do longa.  
Bonito, frenético  inteligente e reflexivo, Solidões nada mais é do que uma obra experimental, mas que foi muito além disso e provando que  o nosso cinema tem muito mais a oferecer do que podemos imaginar. Basta ter empenho e teimosia como do Osvaldo Montenegro, em querer ir contra a maré do cinema convencional.  

NOTA: O filme teve pré-estreia no ultimo sábado no Cineclube Zero Hora no Cine Espaço Itáu, mas irá estrear já neste final de semana.   

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Cine Dica: Narrativas Seriadas


Apresentação

Enquanto os grandes estúdios de cinema têm se voltado cada vez mais para resultados comerciais, a TV vem se tornando terreno fértil para a experimentação, liderando uma grande transformação no cenário televisivo mundial. Quem sai ganhando é o público, que é brindado com tramas densas e inteligentes como as de Breaking Bad; Game of Thrones; Mad Men e Homeland.

De olho neste mercado, o Netflix - cujo negócio era inicialmente apenas distribuição - começou a investir em conteúdo próprio, incluindo o prestigiadíssimo House of Cards, indicado a quatro categorias dos prêmios Emmy. Essas mudanças têm gerado especulações no mercado de que o Netflix estaria se tornando a nova HBO, devido à qualidade de seus projetos e dos nomes de peso que consegue reunir (como David Fincher e Kevin Spacey). Este formato resulta não só em programas mais ousados, mas também revoluciona e redefine o que é “assistir”. Jamais a audiência teve tamanho poder de agenciamento como hoje.

Objetivo


O curso NARRATIVAS SERIADAS: DA TV ÀS NOVAS MÍDIAS, ministrado por Sheron Neves (colunista do blog "Em Série", da Zero Hora) vai discutir a narrativa seriada e a TV contemporânea, além dos novos formatos dedistribuição e exibição. O curso apresentará essa evolução e vai projetar o que podemos esperar da TV nos próximos anos, incluindo o impacto da web, que vai afetar cada vez mais a forma como assistimos e interagimos com a TV.

Cronograma

Aula 1 (21/Novembro)
As diferenças entre TV aberta, TV paga e TV paga Premium;
Histórico da TV de qualidade: como The Sopranos nos preparou para Breaking Bad;
As temáticas-tabu, as tramas complexas e a estética cinematográfica;
Novas demandas e novas formas de distribuição;
A revolução trazida pelo Netflix e pela web.


Aula 2 (22/Novembro)
Telespectador ou participante? O novo comportamento da audiência;
A Social TV e o “assistir conectado”;
Panorama e análise da teledramaturgia atual;
O que muda com a narrativa transmídia;
O marketing das séries;
Fãs: muito além dos Trekkies.


Ministrante: Sheron Neves

Publicitária com especialização em Marketing; Professora, Mestre em “História do Cinema” e doutoranda em “Estudos de Televisão” pela Birkbeck, University of London. Colunista dos blogs da Escola de Criação da ESPM; Televisuale O Café, além de editar seu próprio blog, Meditations in an Emergency, onde escreve sobre suas três paixões: televisão; marketing e transmídia storytelling. Recentemente passou a assinar o blog Em Série, da Zero Hora / ClicRBS. Já ministrou para a Cena UM os cursos “HBO: A TV que não diz que é TV” e “A Vez das Séries: O melhor do Cinema foi para a TV?”.

Curso "NARRATIVAS SERIADAS: DA TV ÀS NOVAS MÍDIAS"
de Sheron Neves

Data: 21 e 22 de novembro (quinta e sexta)
Horário: 19h30 às 22h
Local: Centro Cultural CEEE Érico Verissimo (Rua dos Andradas, 1223 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


Realização: Cena UM
Promoção: Centro Cultural CEEE Érico Verissimo / Grupo CEEE / Governo do Estado do RS
Patrocínio: Back in Black

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