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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: O ABISMO PRATEADO


Sinopse: Violeta (Alessandra Negrini) é uma dentista de 40 anos, casada e com um filho adolescente, que está pronta para começar mais um dia em sua rotina, entre seu consultório, a academia e um novo apartamento em Copacabana. Parece ter uma vida dos sonhos, até que recebe um recado no celular, o que muda drasticamente seu cotidiano, fazendo com que ela passe por uma dolorosa experiência, durante a qual busca entender a situação, andando pelas ruas do Rio de Janeiro.

No mais novo filme do cineasta Karim Aïnouz, O Abismo Prateado traz Alessandra Negrini em sua melhor performance no cinema.O tema é o mesmo de outras obras já apresentadas pelo diretor como o  Céu de Suely (2005) em que o abandono é o que assombra os seus protagonistas. Violeta (Alessandra), uma dentista de 40 anos da Zona Sul do Rio, casada e com um filho adolescente, recebe um recado na secretária eletrônica. É o marido (Otto Jr.), com quem ela vinha mantendo uma relação aparentemente estável, do ponto de vista sexual inclusive (numa cena bem sensual), dizendo que não a ama mais e que vai embora para Porto Alegre.
O cineasta então foca o drama da protagonista, que num momento busca o paradeiro do seu amor, e em outro  momento segue caminhando sem rumo pelas ruas do Rio e caindo na balada. A câmera do diretor fisga com maestria o espírito em frangalhos de Violeta em sua jornada, sendo que dois  momentos impressionam: a que começa em uma boate e termina na beira da praia, com belas imagens das ondas do mar, simbolizando a idéia da protagonista buscar novas praias para melhorar a sua vida, ou pelo menos buscar algo para fazer algum sentido em sua jornada. 
No percurso para o aeroporto, para onde ela vai de carona com um pai (Thiago Martins) e sua filha pequena (Gabi Pereira), começa a se sentir melhor consigo mesma, em momentos singelos e se descobrindo um pouco, em novas camadas até então desconhecidas de sua pessoa. Embora pouco divulgado e distribuído em poucas salas, Abismo Prateado é mais um pequeno e belo filme do nosso cinema nacional que merece ser descoberto pelo grande publico. 

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Cine Dica: Mostra ANIMAÇÃO PORTUGUESA RUMA AO SUL

O CineBancários recebe, de 4 a 9 de junho, nas sessões das 15h, a mostra de animações portuguesas RUMA AO SUL, um panorama que reflete diferentes vivências e formas da alma portuguesa sentir o mundo, organizada pelo Cineclube Torres e a Casa da Animação. A mostra também acontece na Casa de Cultura Mario Quintana. Todos pagam meia entrada.
 Nas sessões das 17h, o CineBancários exibirá, até dia 9 de junho, o longa Abismo Prateado. O documentário Sibila, segue também em cartaz até dia 9, nas sessões das 19h.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

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domingo, 2 de junho de 2013

Cine Dica: O Humor Nonsense de Jerry Lewis na Sala P. F. Gastal

O HUMOR NONSENSE DE JERRY LEWIS
NA SALA P. F. GASTAL 

Incensado pela crítica francesa como um dos grandes gênios da comédia no cinema, o ator e cineasta Jerry Lewis ganha uma mostra na Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) a partir de terça-feira, dia 4 de junho. A mostra acontece no momento em que Lewis acaba de ser alvo de uma homenagem no Festival de Cannes, por ocasião de sua volta ao cinema, aos 86 anos de idade – após um jejum de quase duas décadas – com Max Rose, de Daniel Noah (que teve sua première há duas semanas no prestigiado festival francês), e pela comemoração do 50º aniversário de lançamento daquela que é considerada sua obra-prima, O Professor Aloprado (1963).
A mostra organizada pela Sala P. F. Gastal privilegia os filmes dirigidos e protagonizados por Lewis, a partir de O Mensageiro Trapalhão (1960), que marcou sua estreia atrás das câmeras, e inclui momentos altos de sua carreira, como O Terror das Mulheres (1961) e o citado O Professor Aloprado. Além destes, o público poderá conferir a antológica colaboração do ator com o diretor Martin Scorsese em O Rei da Comédia (1983), onde Lewis brilha ao lado de Robert De Niro.
A mostra Jerry Lewis – O Gênio da Comédia tem o apoio da distribuidora MPLC, e pode ser conferida em três sessões diárias.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: João e Maria: Caçadores de Bruxas

A MAIOR BOMBA DO ANO, MAS GRANDE SUCESSO NO BRASIL (ALGUÉM EXPLICA ISSO?), CHEGA AS LOCADORAS.
   Leia a minha critica já publicada clicando aqui.


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sábado, 1 de junho de 2013

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Holy Motors


Sinopse: Monsieur Oscar (Denis Lavant) é um homem sombrio que viaja de uma vida para a outra. Ele alterna-se entre ser um assassino, um pedinte, um industrial, um monstro e um pai de família. Ele parece ser um ator representando, mas onde estão as câmeras? Oscar vaga acompanhado por Céline, que dirige o enorme carro que o transporta pelos arredores de Paris. Como um assassino que se move de morte em morte, ele persegue a beleza e o motor da vida, as mulheres e os fantasmas da sua memória.

A pessoa acostumada com o cinema convencional, não irá entender coisa nenhuma vista no filme Holy Motors, mas se eu fosse resumir para esse publico leigo, digo que o filme em si é uma verdadeira homenagem ao próprio cinema. Dirigido por  Leos Carax (Sangue Ruim), acompanhamos o dia a dia do protagonista (interpretado pelo ator fetiche do diretor, Denis Lavant), que vive diversos personagens, sendo que quando é ele mesmo, está sempre se preparando dentro de uma limusine para o próximo personagem que irá interpretar. O que da a entender, é que o filme se passa num futuro, em que o cinema cada vez mais procurou novas formas de atrair o publico, ao ponto dos atores e atrizes interpretarem diversos personagens 24 horas direto, sendo que as câmeras nem sequer são vista de tão bem escondidas.
Sendo assim, da à sensação que estamos assistindo diversos curtas, onde uma trama pode ser bem linear, outra completamente sem sentido e que espectador terá que tirar suas próprias conclusões com relação ao que viu. Um dos meus momentos preferidos é quando o protagonista entra numa sala especial, para interpretar um personagem digital: aqui é mostrada a típica técnica de captura em movimento, onde ele está interpretado um alienígena guerreiro, que por sua vez começa há fazer sexo com uma alienígena. Neste momento assistimos tanto a simulação de sexo com os atores, como também o resultado dos personagens digitais se acasalando, numa seqüência muito engenhosa.       
Como eu disse acima, é um filme que presta homenagem ao cinema em si, sendo que vemos tanto momentos em que representa o cinema atual (como a já citada técnica em captura em movimento), como o inicio do cinema mudo. No começo da projeção, por exemplo, surge uma cena de um filme mudo, onde o protagonista surge pela primeira vez presenciando isso numa tela de cinema, mas isso logo depois de abrir uma parede com uma chave saída de seu dedo. Bizarro? Na realidade o filme lembra até mesmo alguns dos melhores momentos de filmes como Brazil: O filme, e o final lança mais perguntas do que respostas para o espectador, mas isso faz que somente aumente  ainda mais a originalidade dessa bela homenagem que o cineasta faz ao cinema. Não é a toa que toda a trama se passa em Paris, já que a sétima arte nasceu  lá.

 Nunca é demais retornar as origens de uma incrível arte como essa.  

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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: Terapia de Risco



Sinopse: A trama gira em torno da jovem Emily Hawkins (Rooney Mara), que acaba de ver o marido (Channing Tatum) ser libertado da prisão por um crime de colarinho branco. Mesmo aliviada, Emily tem crises de depressão e busca a ajuda de medicamentos prescritos para conter a ansiedade. Ela também busca amparo num tratamento psicológico, lidando com  profissionais (Jude Law e Catherine Zeta-Jones). O tratamento, por mais que comece de forma positiva, vai gerar consequências inesperadas na vida da jovem.

A quem diga que Terapia de Risco seria o ultimo filme de Steven Soderbergh, pois o próprio alega que está muito cansado e que gostaria de encerrar com sua carreira de cineasta. O caso, que isso já faz alguns anos que ele fica dizendo isso, e nesse meio tempo, ele tem lançado pelo menos dois ou três filme por ano, sendo que às vezes até mesmo eu me perco sobre o que já foi lançado dele (o ultimo que eu vi no cinema foi Contagio). Caso esse venha ser o seu ultimo filme, pelo menos ele fecharia a carreira com estilo, pois embora não seja uma obra prima, o filme possui todos os ingredientes que fizeram a sua carreira decolar desde Sexo, Mentiras e Video tape.  
Embora seja com um elenco pequeno (diferente de outras obras como 11 Homens e um segredo), o filme não deixa de ser uma teia de inúmeros eventos, a partir do momento que a protagonista Emily (Rooney Mara) passa a sofrer de depressão e pede ajuda a um psiquiatra (Jude Law), que por sua vez recorre a uma amiga e psiquiatra (Catherine Zeta-Jones) para testar na paciente um novo antidepressivo que estão testando. O caso que tudo ocorre de uma forma inesperada e Emily acaba matando o seu próprio marido (Channing Tatum) num momento que parecia estar em sonambulismo, ou efeito do remédio. Do inicio até a metade do filme, o que assistimos é um verdadeiro jogo de cenas, onde o cineasta cria, o que parece ser um verdadeiro retrato sobre até onde a depressão de uma pessoa pode levar, mas nem tudo é o que parece.
Na realidade o primeiro ato é a construção de um palco, onde os protagonistas (aparentemente) se apresentam como eles são. Mas a partir do segundo ato, Soderbergh cria uma verdadeira cebola de tamanho gigante, aonde aos poucos ele vai descascando-a e revelando a verdadeira personalidade de cada um dos protagonistas e fazendo com que tudo que imaginávamos até então fique do avesso. Com isso, é preciso dar palmas para Rooney Mara e Jude Law, pois se no principio eles se apresentam de uma forma, aos poucos seus personagens vão crescendo de tal forma, que a imagem da qual ambos tinham  no principio, se torna cada vez mais distante quando eles começam a mudar radicalmente.
O curioso é observar, que como Soderbergh gosta de fazer filmes da sua autoria, mas que ao mesmo tempo não perde a oportunidade de fazer uma critica pessoal de determinado assunto. Se em Traffic ele escancara a verdadeira torre de Babel sobre o trafico de drogas, aqui ele mostra o submundo sobre o universo farmacêutico e como eles tratam os seus pacientes como se fosse gado, fazendo de tudo para que eles tomem os remédios novos que eles vão lançando ao longo dos anos. Podemos interpretar o filme também como uma espécie de continuação de Contágio, pois tanto neste como naquele, o cineasta soube muito bem retratar a hipocrisia daqueles que controlam os remédios perante a uma situação inexplicável, seja vinda de um vírus ou até mesmo de uma doença mental.

Embora o final decaia um pouco em soluções fáceis, isso não é o suficiente para tirar o brilho desse filme elegante, eficiente e que nos prende atenção do inicio ao fim. Se for a aposentadoria do cineasta, então ele encerrou suas atividades com honras.   

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terça-feira, 28 de maio de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: O Massacre da Serra Elétrica 3D - A Lenda Continua


Sinopse: 1974, uma pequena cidade no interior do Texas. Uma garota escapou de um massacre que matou cinco pessoas e é criada sem saber a verdade sobre seu passado. Já adulta, Heather Mills (Alexandra Daddario) é surpreendida ao ser informada que é a beneficiária da herança de uma avó que nem sabia existir. Ao lado dos amigos Nikki (Tania Raymonde), Ryan (Trey Songz) e Kenny (Kerum Milicki-Sanchez), Heather viaja ao Texas para conhecer a mansão que herdou. Entretanto, ela tem duas regras a seguir: não pode vender a mansão e precisa seguir à risca as instruções deixadas pela avó em uma carta. O problema é que, antes mesmo de abrir esta carta, Heather é surpreendida por outro parente que também sobreviveu ao massacre de décadas atrás.

Quando se acha que uma franquia já deu o que tinha que dar, eis que surge mais um capitulo, seja refilmagem, reeboot ou prequel. No caso de O Massacre da Serra Elétrica 3D - A Lenda Continua, é na realidade uma continuação direta do clássico dos anos 70, ignorando suas seqüência e refilmagens e injetando algo de novo. Para começar, John Luessenhop (Ladrões) foi engenhoso em começar o filme com cenas clássicas da obra original, fazendo o espectador desavisado se situar na trama e reconstituindo o que aconteceu realmente após aqueles trágicos eventos.
Após uma mirabolante desculpa (coisas de família), o roteiro entrega algo já bem familiar para os fãs do gênero: grupo de adolescentes com os hormônios em ebulição, fazem uma viagem para se hospedarem num determinado lugar, para então cada um deles servirem de vitimas para Leatherface. Claro que é preciso ter uma heroína linda (talvez virgem) e a bola da vez é Heather, personagem vivida por Alexandra Daddario, que descobre ter fortes ligações de sangue com a família do assassino. Com os peões prontos no tabuleiro, ocorrem as típicas cenas de perseguição, que a gente já sabe muito bem quem vive e quem morre e com altas doses mutilação e sangue, algo que não foi visto no clássico de Tobe Hopper.
Mas para tentar surpreender o publico, o ato final entra num território arriscado, onde faz com que a gente se esforce em ter simpatia com o vilão, fazendo dele uma espécie de anti-herói e vitima das circunstâncias, enquanto as autoridades locais, que acreditam que são a lei e a ordem, acabam se tornando os verdadeiros vilões da trama. Não sei se é correto mexer no que já funcionou e o que deixa o futuro do gênero indefinido, fazendo a gente temer que sempre surja uma justificativa para que não temamos tanto esses monstros tão conhecidos nossos.
Seria a onda do politicamente correto aterrissando até mesmo nos filmes hiper violentos? Espero que não!  

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