Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Na sexta-feira, 21 de novembro, às 19h30, o Projeto Raros apresenta, na Cinemateca Capitólio, Na Boca do Mundo, primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Antônio Pitanga. Entrada franca.
No sábado, 22 de novembro, às 18h30, o Coletivo Reconto convida o público para um debate sobre o filme Ata-me, dirigido por Pedro Almodóvar, logo após a exibição do longa na Cinemateca Capitólio. A proposta é abrir um espaço de conversa onde o cinema encontra a psicanálise — e onde o pensamento pode se deslocar a partir das imagens. A entrada custa R$10, com ingressos à venda no dia, a partir das 17h30, diretamente na bilheteria da Cinemateca. O pagamento é feito somente em dinheiro.
A partir de domingo, 23 de novembro, a Cinemateca Capitólio celebra a vida e a arte de Lô Borges e apresenta sessões gratuitas do filme Lô Borges – Toda Essa Água, dirigido por Rodrigo de Oliveira e Vânia Catani. No mesmo dia, às 16h30, uma sessão gratuita do filme colombiano Um Poeta, de Simon Mesa Soto, será realizada dentro do evento mundial Europe–Latin America Cinema Night.
Nos dias 22 e 23 de novembro serão realizadas as últimas sessões da mostra Judit Elek: Uma ilha em terra firme, dedicada a uma das pioneiras diretoras do cinema húngaro.
O filme apresenta analogias com um projeto realizado recentemente pelo ponto de cultura sobre o resgate de um acervo fotográfico particular.
Finding Vivian Maier ("À procura de V.M." ou "A Fotografia Oculta de V. M.) é um documentário estadunidense de 2013 dirigido por John Maloof e Charlie Siskel. Na obra se reconstroem os fortuitos acontecimentos que levaram à descoberta, póstuma, da vida e da obra da fotógrafa Vivian Maier, hoje considerada a maior fotógrafa de rua estadunidense. O filme foi indicado em 2015 ao Oscar de melhor documentário de longa-metragem.
O longa foi escolhido para integrar o ciclo de novembro, sobre a fotografia, exatamente por alguma semelhança com a realização de um projeto do cineclube de digitalização e catalogação do acervo do fotógrafo Jacob Prudêncio Herrmann. O projeto, realizado com recursos advindos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal através de um edital da Secretaria de Estado da Cultura do RS e coordenado pelo artista Jorge Herrmann, será apresentado em Torres em uma exposição cuja inauguração está marcada para dia 22, às 18h, na Galeria Ten Caten.
O Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos devidamente formalizada e regularizada, não só é cineclube inscrito na Agência Nacional do Cinema e no Conselho Nacional de Cineclubes, mas é Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo Instituto Brasileiro de Museus, Equipamento de Animação Turística certificado pelo Ministério do Turismo (Cadastur) e Biblioteca Comunitária.
Serviço:
O que: Exibição do filme "À procura de Vivian Maier", de John Maloof e Charlie Siskel (EUA) - 1h24m
Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto à escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres
Quando: Segunda-feira, 17/11, às 20h
Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).
Cineclube Torres
Associação sem fins lucrativos
Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva
Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus
Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística - Cadastur
A Sala Redenção – Cinema Universitário apresenta, entre os dias 17 e 19 de novembro, a mostra “Consciência Negra”. Com sessões gratuitas e abertas ao público em geral, a programação reflete sobre a presença negra no cinema e apresenta um modo de pensar e criar o mundo que rompe com as hierarquias coloniais da imagem, afirmando o audiovisual como território de liberdade.
A mostra estreia nesta segunda-feira, dia 17, às 16h, com o documentário “Dorival Caymmi – um homem de afetos” (2019), que revela o universo sensível do compositor que trouxe para a música brasileira sua identidade de raízes africanas. À noite, a exibição do filme “O poeta da consciência negra – Oliveira Silveira” (2022), que retrata a trajetória do intelectual gaúcho, é seguida de roda de conversa com Bira Toledo e Ronald Augusto.
A programação de terça-feira, dia 18, inicia com o aclamado “Branco sai, preto fica” (2015), de Adirley Queirós, e segue com uma sessão dos curtas-metragens “O tempo” (2023), “Filhas de lavadeiras” (2019), “Cinzas” (2015) e “Jeguatá Xirê” (2024), seguida de bate-papo com as equipes realizadoras.
Na quarta-feira, último dia da mostra, o Sala Redenção apresenta, às 16h, “A pequena vendedora de sol” (1999), drama senegalês do diretor Djibril Diop Mambéty (2019). Às 19h, a exibição de “Marte Um” (2022), representante brasileiro no Oscar 2023, encerra a programação. “Consciência Negra” é uma realização da Sala Redenção em parceria com a Casa de Cultura Mario Quintana, Descoloniza Filmes, Embaúba Filmes, Sesc, SescTV e Vitrine Filmes.
Confira a programação completa no site oficial da sala clicandoaqui.
Quando Philip K. Dick escreveu o seu livro "Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?" talvez o mesmo nem imaginava que a sua obra chegaria tão longe. O livro deu origem a "Blade Runner" (1982), um dos filmes mais cultuados de todos os tempos e que levantou diversas questões sobre o que nos faz realmente humanos perante a possibilidade da própria inteligência artificial questionar e desejar em querer viver. Curiosamente, no mesmo ano em que o filme de Ridley Scott foi lançado, no Japão o roteirista e desenhista Katsuhiro Otomo lançou o seu mangá "Akira", obra que posteriormente renderia uma incrível adaptação para o cinema em 1988 e que possuía os mesmos questionamentos existencialistas vistos a partir do conceito levantado inicialmente por Philip K. Dick.
Tudo isso gira em torno do conceito Cyberpunk, palavra originada a partir da cibernética, traz uma visão de universo underground da sociedade, ou seja, visão de contracultura, pois foge dos padrões impostos na intenção de obter novos espaços para expressão. Simplificando, uma realidade em que humanos e a inteligência artificial se separam somente através de uma linha muito fina e fazendo a gente questionar em que ponto começa e termina o lado humano deste cenário pessimista. Juntando tudo isso chegamos então a "Ghost in the Shell - O Fantasma do Futuro" (1995), filme que está completando trinta anos e que até hoje nos levanta vários questionamentos.
Dirigido por Mamoru Oshii, e com roteiro de Masamune Shirow que é autor do mangá que deu origem ao projeto, o filme se passa no ano de 2029, onde o mundo se tornou um local altamente informatizado, a ponto de os seres humanos poderem acessar extensas redes de informações com seus ciber.-cérebros. A agente cibernética Major Motoko é a líder da unidade de serviço secreto Esquadrão Shell, combatente do crime. O governo informa ao grupo de que o famoso hacker conhecido "Mestre das Marionetes", especialista em invadir e controlar o ciber-cérebro das pessoas, está no Japão.
Ja na abertura o filme já nos diz que estamos diante de algo diferente, tanto para época do seu lançamento, como até mesmo para os dias de hoje. Alinhado com os melhores técnicos de animação do Japão, Mamoru Oshii criou um longa em que o desenho tradicional se alinhou com uso do CGI em animação que na época ainda era novidade para o grande público, mas que já havia dado sinais de que mudaria o mercado cinematográfico a partir de filmes como "Parque dos Dinossauros" (1993) e "Toy Story" (1995). O que se vê na tela é a união perfeita destes dois mundos, onde um não se sobressai sobre o outro, mas sim colaboram para nos brindar com um grande espetáculo.
Se percebe, por exemplo, como os realizadores buscaram cenários reais para a criação do universo futurístico, onde podemos reconhecer facilmente a cidade de Tóquio, como se ela tivesse transcendido para algo novo e poucas vezes visto no cinema. Assim como "Blade Runner, o longa de Mamoru Oshii é um daqueles tipos de filmes com tantos detalhes visuais que quando você revê a obra mais de uma vez parece que estamos diante de algo que não havia sido captado anteriormente. Se isso é sentido pelo lado visual, o mesmo pode ser dito na questão roteiro que é desde já fantástico.
Durante todo o filme a protagonista Major Motoko fica se questionando até onde ela é humana, se as suas lembranças são verdadeiras e se não existe a possibilidade de estar sendo manipulada por algo maior. Por conta disso, o antagonista o mestre dos Fantoches acaba sendo uma espécie de reflexo de suas dúvidas, já que ele é uma inteligência artificial que vaga livremente por todo o sistema, mas que enxerga limitações a partir do momento em que acredita que seja necessário fazer parte de um corpo humano. O encontro entre os dois personagens culmina em um final antológico e que se casa com a proposta principal da obra em apresentar algo novo a partir da fusão do modo tradicional e computadorizado na realização do longa e ser apresentado para o grande público.
Não posso deixar de mencionar a fantástica trilha sonora do longa composta por Kenji Kawai, que buscou usar elementos da música folclórica Búlgara misturadas com a tradicional japonesa e resultando em outro elemento técnico, porém, bastante orgânico e se tornando uma peça essencial para o longa como um todo. Curiosamente, a primeira vez que eu soube sobre o filme foi exatamente no ano de seu lançamento através de uma matéria da revista semanal Heróis, quando o longa foi exibido na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Posteriormente a distribuidora FlashStar cogitou exibir Ghost in the Shell nos cinemas antes de lançar direto em vídeo, em 1998, e DVD, em 2001.
Revendo o filme nos damos conta que ele não somente envelheceu muito bem, como também serviu de inspiração para a criação de novos longas metragens. As próprias irmãs Lana Wachowski e Lilly Wachowski disseram que eram grandes fãs do longa japonês e que buscaram inspiração nele para a realização de "Matrix" (1999), sendo que isso é comprovado principalmente nos famosos algoritmos do filme e que são muito semelhantes ao que é visto no longa de Mamoru Oshii. Claro que houve também outros longas metragens, e até mesmo uma versão norte-americana, na tentativa de repetir o mesmo feito, mas nada que supere essa grande obra como um todo.
Trinta anos já se passaram, mas "Ghost in the Shell - O Fantasma do Futuro" ainda é um marco da ficção científica e que mudou a forma de se fazer animes para o cinema.
Nosso encontro deste sábado será às 10h15 da manhã, na Cinemateca Capitólio, com a exibição de Todos Já Sabem (Todos lo saben, 2018), do premiado cineasta Asghar Farhadi, diretor de dois vencedores de Melhor Filme Estrangeiro (A Separação e O Apartamento) no Oscar. Filmado na Espanha e protagonizado por Penélope Cruz, Javier Bardem e Ricardo Darín, o longa conduz um suspense familiar de atmosfera intensa, em que o desaparecimento de uma jovem desencadeia segredos, culpas e ressentimentos de uma comunidade marcada por laços frágeis e verdades não ditas. Com seu olhar sensível e preciso, Farhadi transforma o drama em uma reflexão sobre confiança, amor e as fissuras invisíveis que unem e separam as pessoas.
Confira os detalhes da sessão:
SESSÃO DE SÁBADO NO CLUBE DE CINEMA
📅 Data: Sábado, 15/11/2025, às 10h15 da manhã
📍 Local: Cinemateca Capitólio
Rua Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico, Porto Alegre
Sinopse: Laura retorna com os filhos da Argentina à aldeia onde nasceu, na Espanha, para o casamento da irmã. O reencontro familiar, porém, é abalado pelo súbito desaparecimento de sua filha adolescente. À medida que a investigação avança, emergem segredos e tensões que revelam as fragilidades de cada relação e o peso do que se tentou esconder.
Sobre o Filme: Ao lado do já falecido Abbas Kiarostami, o cineasta Asghar Farhadi tem nos brindado com a sua visão autoral com relação ao universo iraniano do qual ele vive e provando que, com uma ideia na cabeça e uma câmera na mão, todos os percalços impostos em seu país podem ser sim driblados para realização de um grande espetáculo. Em "Procurando Elly" (2010), por exemplo, Farhadi cria um suspense psicológico, onde segredos não revelados podem acarretar sérias consequências para os personagens que a muito tempo carregam determinadas feridas vindas do passado. Eis que no outro lado do mundo o cineasta nos brinda com o filme “Todos Já Sabem”, onde se revela que determinados segredos precisam sim vir à tona, antes que todos se corroem perante a dor de uma perda e da qual poderia ser evitada.
Na trama, Laura (Penélope Cruz) viaja para a sua cidade natal na Espanha para visitar a sua família e participar de um casamento. Lá, ela revê velhos amigos, como no caso de Paco (Javier Barden). Porém, durante as festividades, a filha de Laura desaparece e desencadeando uma corrida contra o tempo.
Confira a minha crítica já publicada clicandoaqui.
A cinesemana de 13 a 19 de novembro traz quatro estreias na nossa programação, representativas de várias nacionalidades e estilos cinematográficos. Um dos destaques é FRANKENSTEIN, adaptação do mexicano Guillermo del Toro para um dos maiores clássicos de terror da literatura mundial. Os dilemas da adolescência estão presentes em CORAÇÕES JOVENS, um drama intimista rodado entre Holanda e Bélgica, enquanto os problemas da terceira idade dão o tom de QUERIDO TRÓPICO, protagonizado pela grande atriz chilena Paulina García. A lista de estreias se completa com A QUEM EU PERTENÇO, uma coprodução entre Tunisia e França e que propõe uma reflexão sobre o papel da maternidade.
Sucesso absoluto de público, O AGENTE SECRETO, de Kleber Mendonça Filho, continua em cartaz com uma sessão noturna. A produção brasileira segue representada por outros três títulos: O ÚLTIMO AZUL, de Gabriel Mascaro; MALÊS, dirigido e protagonizado por Antonio Pitanga; e ENTERRE SEUS MORTOS, novo terror de Marco Dutra.
Entre as sessões especiais, o público terá a oportunidade de conferir os curtas TRAPO e GAMBÁ, vencedores do Festival de Gramado, e mais uma sessão do Clube de Leitura Jane Austen, com a exibição de AS PATRICINHAS DE BEVERLY HILLS.
Confira a programação completa no site oficial da cinemateca clicandoaqui.
Sinopse: Um impasse entre um xerife e um prefeito de uma pequena cidade gera um conflito entre vizinhos, em maio de 2020, em Eddington, Novo México.
TRUQUE DE MESTRE - O 3º ATO
Sinopse: Os Quatro Cavaleiros estão de volta com uma nova geração de ilusionistas e uma trama cheia de reviravoltas, mágicas e surpresas, em um truque que envolve a joia mais valiosa do mundo.
QUANDO O CÉU SE ENGANA
Sinopse: Após uma troca de vidas causada por um anjo desajeitado, dois amigos com rotinas opostas precisam enfrentar verdades inesperadas sobre si mesmos. Uma comédia sobrenatural cheia de surpresas!
O BAD BOY E EU
Sinopse: Dallas (Siena Agudong) sonha em entrar para a melhor escola de dança do país e honrar a memória de sua mãe. Tudo parecia sob controle… até Drayton Lahey (Noah Beck), o bad boy mais popular do colégio, cruzar seu caminho. Entre passos de dança, provocações e segredos que ninguém imagina, os dois vão descobrir que às vezes o amor chega justamente quando você menos espera, e que alguns encontros podem mudar tudo. Baseado no sucesso de Tay Marley.
SOMBRAS NO DESERTO
Sinopse: No Egito antigo, uma família vive escondida, tentando escapar de um passado que não pode ser revelado. O Carpinteiro (Nicolas Cage), sua esposa (FKA twigs) e o Menino (Noah Jupe) sobrevivem entre a fé e o medo de serem encontrados. Quando uma presença sombria cruza seu caminho, o Menino começa a questionar tudo o que acredita, despertando forças que nem ele é capaz de compreender. À medida que seu dom cresce, o confronto do sagrado com o desconhecido se inicia.