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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Cine Dica: Sessão Clube de Cinema 10/09: "Lixo Extraordinário" na Sala Redenção (UFRGS)

Na próxima terça-feira, 10 de setembro, às 19h, o Clube de Cinema de Porto Alegre, em parceria com a Sala Redenção, tem o prazer de exibir "Lixo Extraordinário", em uma sessão comentada que faz parte do nosso Ciclo de Documentários. Ao longo deste ano, exploramos diversos documentários brasileiros que abordam temas como política, presídios, e recentemente prestamos uma homenagem a Eduardo Coutinho com a exibição de "As Canções". Agora, voltamos nossa atenção para a intersecção entre arte e questões ambientais, tão relevantes no contexto atual.


📣 A entrada é franca, traga seus amigos também! 


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Redenção - Campus central da UFRGS - Rua Eng. Luiz Englert, 333.

Data: 10/09/2024, terça-feira, às 19h.

"Lixo Extraordinário"

Documentário brasileiro, 2011, 99 min

Direção: Lucy Walker, João Jardim, Karen Harley

Sinopse: "Lixo Extraordinário" documenta o trabalho do renomado artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário da América Latina, localizado no Rio de Janeiro. O filme, que foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2011, não só retrata a transformação de materiais descartados em obras de arte, mas também lança luz sobre a vida das pessoas que dependem desse espaço. É uma obra que nos convida a refletir sobre o impacto da arte na conscientização social e ambiental.


Contamos com a sua presença, até lá!


Sobre o Filme: 

Vik Muniz fez o que para muitos parecia impossível que é era criar a arte em meio a enormes montanhas de lixo, melhor dizendo, no maior aterro da América do sul que fica no Jardim Gramacho. Com a ideia fixa na cabeça, o brasileiro erradicado nos Estados Unidos decide, não só vim para cá para fazer isso, como também mudar a vida de algumas pessoas de lá que iriam participar na construção das imagens através de lixo, tanto seco, como orgânico e dentre outras coisas que são jogadas fora pelo resto da sociedade. O que difere de outros documentários com o mesmo assunto é que Muniz decidiu focar o dia a dia dessas pessoas neste tipo de trabalho, o que vai contra as expectativas de muitos, pois quando achamos que iremos ver pessoas tristes e desiludidas com a vida por trabalharem naquele lugar, vemos as mesmas alegres e determinadas a seguirem em frente, mesmo com o pouco que lhe restam. Mal sabendo é claro, que ao longo do documentário, gradualmente suas vidas vão mudando unicamente por terem servido de modelos para o artista plástico. 

Perfeito do início ao fim, "Lixo Extraordinário" conquista o espectador de uma maneira rápida, positiva e faz a gente querer saber mais daquele mundo que para muitos é o fundo do poço, mas é um exemplo de pessoas que possuem perseverança e persistência acima de tudo. 

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domingo, 8 de setembro de 2024

Cine Dica: O Excêntrico Wes Anderson

Nos últimos 30 anos, Wes Anderson despontou como um realizador que pode ser considerado o epítome da criatividade. Suas cores vibrantes e estética lúdica contrastam, muitas vezes, com a seriedade das temáticas expressas em seus filmes. Graças a seu estilo único, suas obras se tornaram facilmente reconhecíveis e vem arregimentando um número cada vez maior de fãs e admiradores.

Nascido em 1969, Anderson tem atualmente em sua filmografia 29 produções, entre curtas e longas-metragens. Ele faz parte de uma nova geração de diretores de cinema que faz filmes considerados originais, de maneira a sempre manter a essência de sua estética, criando obras complexas narrativa e visualmente.


Objetivos

O curso O Excêntrico Universo de Wes Anderson, ministrado por Janaina Gamba, tem a proposta de analisar e conhecer a extensa filmografia deste cineasta, cuja estética indiscutível, a partir de referências visuais e temáticas sempre presentes em suas obras, já se tornou referência e sinônimo de criatividade, irreverência e peculiaridade.


Curso

O EXCÊNTRICO UNIVERSO DE WES ANDERSON

de Janaína Gamba


* Datas

14 e 15 de Setembrto

(sábado e domingo)


* Horário

14h30 às 17h30


* Local

Cinemateca Capitólio

(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro - Porto Alegre - RS)


INSCRIÇÕES / INFORMAÇÕES

https://cinemacineum.blogspot.com/2024/08/wes-anderson.html


Realização

Cine UM Produtora Cultural


Apoio

Cinemateca Capitólio

Cine Dica: Próxima Sessão Cineclube Torres -'É Proibido Fumar'

Cinema brasileiro no Cineclube Torres com "É proibido fumar" da Ana Muylaert, segunda-feira dia 9 de setembro, às 20h. Da autora do "Durval Discos" e "A que horas ela volta", um filme entre comédia e suspense na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo localizada na UP Idiomas Torres.

Ana Muylaert, que recentemente lançou sua mais recente obra em Gramado, "O Clube das Mulheres de Negócios" é uma das diretoras e roteiristas mais premiadas dentro e fora do Brasil. É dela esta obra que se insere perfeitamente na temática deste mês do Cineclube Torres, o fumo, mas sem maniqueísmos, de forma subtil e ao mesmo tempo solidamente integrado na trama.

A solteira Baby (Glória Pires) vive no apartamento que herdou da mãe dando aulas de violão para alguns alunos. Quando o músico Max (Paulo Miklos) se muda para o apartamento vizinho, Baby vê nele a grande chance de voltar à vida. Mas para que o romance dê certo, precisa ultrapassar alguns obstáculos, como seu vício compulsivo por fumar.

O filme desbancou no 42º Festival de Brasília de 2009, com os prêmios de melhor filme, melhor atriz, ator e atriz coadjuvante (Dani Nefussi), melhor roteiro (Anna Muylaert), melhor montagem e melhor trilha sonora, uma preciosa coletânea da melhor MPB, com Caetano, Jorge Ben Jor e Gilberto Gil e outros, junto com os solos de violão de Marcio Nigro.

Como no filme da sua estreia, “Durval Discos”, aqui comédia e drama se interligam perfeitamente: “É Proibido Fumar” é um filme que se aprecia com um sorriso agridoce. Traz diálogos deliciosos e um timming cômico que beira a perfeição... (Planeta Tela).

A sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada nas segundas feiras, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.


“É proibido fumar” | de Ana Muylaert | Brasil | 2009 | 1h 26min

Serviço: 

O que: Exibição do filme “É proibido fumar”, integrado no ciclo “Cortinas de Fumaça”.

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, na escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, dia 09/09, às 20h.

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Cine Especial: Revisitando 'Os Fantasmas Se Divertem'

Não é de hoje que Tim Burton sempre aparentou ser um estranho no ninho em meio ao show de luzes e previsibilidade do universo Hollywoodiano. Porém, como o dinheiro fala mais alto, ele logo chamou atenção dos engravatados dos estúdios a partir do sucesso "As Grandes Aventuras de Pee-Wee" (1985), onde retratava as aventuras de Pee-Wee (Paul Reubens), uma criança presa no corpo de um homem, e acaba embarcando na maior aventura da sua vida quando ele parte em busca do seu bem mais precioso: Sua bicicleta.

Por mais bizarro que seja o filme ele acabou agradando a crítica e o público e logo Tim Burton recebeu inúmeras propostas para dirigir novos filmes. O problema é convencer alguém em rodar algo previsível, sendo que foi exatamente isso que o realizador acabou recebendo ao longo dos meses após o seu primeiro grande sucesso. Porém, a resposta veio através do roteirista David Geffen, que entregou um roteiro sobre fantasmas que se encontram presos em sua casa enquanto tentam tirar os novos inquilinos de lá.

A trama foi remodelada pelo próprio Burton, além de outros envolvidos como Michael McDowell, Larry Wilson e Warren Skaaren. Inicialmente a história teria um teor mais violento, como no acidente que vitimou o casal central, com o direito de os braços serem arrancados durante a tragédia. Porém, Burton queria um uma trama que soubesse transitar entre o horror e a comédia, nunca apelando para a violência explicita, mas sim prestando uma homenagem aos mais diversos clássicos dos filmes de horror B que ele assistia ao longo de sua vida.

"Beetlejuice" (1988), ou "Os Fantasmas Se Divertem" como ficou conhecido por aqui no Brasil, era um projeto desacreditado por muitos, sendo que os inúmeros atores que receberam o roteiro não entendiam nada com relação a sua proposta principal. Aos poucos, nomes que estavam se destacando na época começaram a se unir ao projeto, como no caso de Alec Baldwin, Geena Davis, Winona Ryder, Catherine O'Hara, Jeffrey Jones e, por fim, Michael Keaton. Esse último estava começando a se destacar durante os anos oitenta através da comédia, em filmes como "Fábrica de Loucuras" (1986), mas sempre lhe escapando o papel definitivo que o levasse ao grande estrelato.

Mesmo achando estranho o roteiro, Keaton aceitou a proposta, desde que Tim Burton o deixasse ser criativo ao máximo na construção do personagem Beetlejuice. Com a proposta aceita, o ator improvisou ao máximo para liberar todo o seu potencial humorístico, mas talvez nem o próprio imaginava que chegaria tão longe. Pode-se dizer que que sem o personagem Beetlejuice o filme não teria um resultado tão bom, peculiar e divertido que acabou obtendo.

Na trama, após morrerem quando o carro deles cai em um rio, Barbara Maitland (Geena Davis) e Adam Maitland (Alec Baldwin) se veem como fantasmas que não podem sair da sua casa de campo. Essa nova realidade acaba adquirindo um novo ingrediente quando Charles (Jeffrey Jones) e Delia Deitz (Catherine O'Hara), um casal de novos-ricos, compra a casa. Embora tentam assusta-los para saírem de lá, os esforços do casal central se tornam inúteis, principalmente perante a jovem Lydia Deitz (Winona Ryder), a excêntrica e dark filha dos novos residentes. Não havendo muito opção, eles pedem ajuda ao fantasma Beetlejuice (Michael Keaton), mas piorando toda a situação que já estava ruim.

Embora seja um dos seus primeiros longas já é notório que as marcas registradas do cineasta já se encontravam aqui, ao começar pela abertura. Há um grande plano-sequência no alto, onde a câmera vai passando pela cidade de Connecticut, em Winter River. Na medida em que a cena avança, logos notamos que não há sombra, ou vento tocando as arvores, sendo que tudo é muito imóvel. Quando o plano-sequência se encerra, logo descobrimos que a cidade aos poucos havia se tornado uma maquete e iniciando a trama dentro do sótão da casa. Essa maneira de começar o filme seria posteriormente usado nos seus futuros títulos, como se a câmera nos leva-se para um verdadeiro desconhecido e que tudo poderia acontecer dali em diante.

O visual é outro trunfo feito pelo realizador, já que ele não remete somente aos filmes de horror de antigamente, como também até mesmo com relação ao expressionismo alemão como no caso, por exemplo, "O Gabinete do Dr. Caligari" (1919). É como se testemunhássemos uma realidade distorcida da nossa, principalmente quando o casal central descobre a entrada da vida após a morte, sendo que lá tudo está estruturado de acordo com uma burocracia complexa. Curioso é vermos personagens secundários em espera por lá, sendo que o visual deles é de acordo com a maneira de como eles morreram e tornando tudo visualmente ainda mais fantasioso e divertido.

Vale destacar que Tim Burton sempre foi um devoto com relação aos efeitos práticos e quase nunca se entregando ao CGI que hoje se encontra cada vez mais enfraquecido. Neste filme, por exemplo, o realizador foi um dos últimos ao final dos anos oitenta ao utilizar o recurso stop motion, efeito visual prático e do qual Burton cresceu assistindo através dos filmes comandados pelo realizador Ray Harryhausen e que para muitos é o pai deste recurso. As cenas em que o  Beetlejuice se transforma em uma cobra, ou quando esculturas de pedra criam vida, são os últimos suspiros daquele velho recurso, mas que ganharam uma sobrevida através das animações do estúdio Aardman Animations no final do século passado.

Mas o que realmente sustenta esse clássico é realmente os seus personagens carismáticos, desde o casal central confuso na vida pós morte, como também a família excêntrica e sua filha Lydia. Aliás, Winona Ryder é uma atriz que se encaixa perfeitamente neste universo sombrio de Burton, pois a própria se sente mais do que a vontade ao dar vida a personagens peculiares e que sempre gostam de usar um pretinho básico. É uma pena, portanto, que não a veríamos em mais outros títulos do realizador, sendo que ela voltaria a trabalhar mais uma vez com Burton somente em "Edward Mãos de Tesoura" (1990).

Mas o longa pertence realmente a Michael Keaton, e olha que o seu Beetlejuice somente aparece como um todo após quarenta e cinco minutos de projeção, mas uma vez que surge em cena ele coloca o filme no seu bolso. Desbocado, alucinado, engraçado e completamente imprevisível, fica até mesmo difícil de imaginar que essa figura inusitada seria posteriormente Batman no cinema, o que só comprova a versatilidade de Michael Keaton com relação aos papeis que ele obtinha. É uma pena que no decorrer dos anos Hollywood não conseguia enxergar todo esse potencial, sendo que o ator ficou por tempo demais sendo lembrado somente como Batman, mas ganhando uma sobrevida na carreira a partir do genial "Birdman" (2014) de Alejandro González.

Claro que todo grande clássico que se preze há sempre uma cena especifica que fica na mente das pessoas. Talvez a mais emblemática seja a surpreendente cena do jantar, onde os pais de Lydia e demais personagens começam a dançar e cantar a música "Banana Boat", do cantor Harry Belafonte. É uma bizarrice bem ao estilo de Tim Burton, já que a música em si não tem nada a ver com aquele universo lírico do realizador, mas a forma como ela é inserida acaba se tornando genial. Neste momento, destaco a divertida atuação de Catherine O'Hara, sendo que a sua personagem não sabe o que está acontecendo naquele momento, mas ao mesmo tempo adorando, o que não deixa de ser bizarro.

Com um orçamento de RS15 milhões de dólares, o filme acabou se tornando um enorme sucesso de público e de crítica e levando o Oscar de melhor maquiagem de forma mais do que merecida. O longa ainda renderia um desenho animado, jogos de vídeo game e até mesmo uma versão teatral da Broadway em 2019 e que chegou ao Brasil em fevereiro de 2024. Vale destacar que o filme se tornou um grande clássico também pelas sessões de filmes da Globo, a saudosa Sessão da Tarde e sendo que foi por ela que conheci essa pérola.

Não poderia deixar de mencionar que esse foi o início de uma longa parceria entre Tim Burton e o compositor musical Danny Elfman, sendo que ambos já haviam trabalhado juntos em "As Grandes Aventuras de Pee-Wee". Porém, foi a partir desse filme que a parceria realmente se solidificou. Efflman talvez seja um dos poucos compositores a conseguir captar a essência das cenas em que Burton dirige, sendo que há uma verdadeira harmonia entre a sua trilha extraída de sua partitura com o lado criativo do cineasta.

Por fim, "Os Fantasmas Se Divertem" ainda é um dos melhores longas do realizador Tim Burton, onde guarda todas as características sombrias e líricas do cineasta e das quais se manteve ao longo de sua carreira. 


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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (05/09/24)

 OS FANTASMAS AINDA SE DIVERTEM – BEETLEJUICE BEETLEJUICE

Sinopse: Depois de uma tragédia familiar inesperada, três gerações da família Deetz voltam para casa em Winter River. 


HELLBOY E O HOMEM TORTO

Sinopse: Hellboy se une a um agente novato da B.P.D.P. na década de 1950 e são enviados para os Apalaches. Lá, descobrem uma remota e assombrada comunidade, dominada por bruxas e liderada pelo sinistro demônio local, conhecido como O Homem Torto. 


OTHELO, O GRANDE

Sinopse: Grande Othelo foi um dos mais brilhantes atores brasileiros do século XX. Negro, órfão e neto de escravizados, ele desafiou o racismo estrutural ao eternizar seus personagens no cinema e na TV, abrindo caminhos para as futuras gerações de artistas negros. 


VOVÓ NINJA

Sinopse: Três irmãos indisciplinados vão passar as férias no sítio da avó, que vive reclusa e tem um estilo de vida zen, depois de alguns anos sem vê-la. Chegando lá, descobrem que ela tem habilidades fora do comum.

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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 5 A 11 DE SETEMBRO DE 2024


SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

Nossa nova cinesemana traz o aguardado último filme do cineasta britânico Ken Loach, que conta uma história de conflitos e superação em O ÚLTIMO PUB. Também entramos no circuito da celebração musical da banda Talking Heads, revisitada no filme-concerto STOP MAKING SENSE, do diretor Jonathan Demme. 

Outra novidade é a pré-estreia de UM SILÊNCIO, filme do diretor belga Joachim Lafosse e protagonizado pelos atores Daniel Auteuil e Emmanuelle Devos. A programação segue com três sucessos absolutos de público: o longa japonês O MAL NÃO EXISTE e os filmes brasileiros MOTEL DESTINO e ESTÔMAGO 2.


Confira nossa programação completa e portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA EDUARDO HIRTZ

PRÉ-ESTREIA

SÁBADO, DIA 7, ÀS 19h45


UM SILÊNCIO Assista o trailer aqui.

(A Silence - Bélgica/França, 2024, 100min). Direção de Joachim Lafosse, com Daniel Auteuil, Emmanuelle Devos, Matthieu Galloux, Jeanne Cherhal. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Astrid é casada com o famoso advogado François há 25 anos e tem uma vida de privilégios. No momento, François atua em um caso em que defende os pais de crianças sequestradas e que tem grande repercussão na mídia – mas, ao mesmo tempo, o equilíbrio do casal é abalado com a chegada de uma figura do passado que também busca justiça. O filme é baseado em um fato que abalou a Bélgica no final dos anos 2000.


13h30 – ESTÔMAGO 2 – O PODEROSO CHEF (NÃO HAVERÁ SESSÃO NA TERÇA, DIA 10) Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 130min). Direção de Marcos Jorge, com João Miguel, Nicola Siri e Paulo Miklos. Paris Filmes, 18 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Quinze anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, Nonato virou o chef dos chefs na prisão, encantando com seu talento culinário tanto o diretor do presídio quanto o veterano líder dos detentos. Até que um terceiro chefão, o mafioso italiano Dom Caroglio, chega para disputar o controle da penitenciária e o privilégio de ser servido pelo carismático cozinheiro. O filme ganhou os Kikitos de melhor filme pelo júri popular, melhor ator, roteiro, direção de arte e trilha musical no Festival de Cinema de Gramado.


15h45 – O ÚLTIMO PUB (NÃO HAVERÁ SESSÃO NA TERÇA, DIA 10) Assista o trailer aqui.

(The Old Oak – Reino Unido/França/Bélgica, 2023, 114min). Direção de Ken Loach, com Dave Turner, Ebla Mari, Claire Rodgerson. Synapse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Um vilarejo do condado de Durham, no norte da Inglaterra, sofre com a falta de empregos e uma inevitável decadência depois do fechamento da mina que era a principal referência econômica. Tudo parece piorar quando chegam algumas famílias de refugiados sírios, que não são bem recebidas pelos moradores. T.J. Ballantyne, dono do pub The Old Oak, tenta ser uma espécie de moderador das muitas histórias e conflitos que se desenrolam no lugarejo. Aos 88 anos, o veterano diretor Ken Loach, conhecido por suas tramas humanistas, anunciou que este será seu último filme.


17h45 – MOTEL DESTINO Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 115min). Direção de Karim Aïnouz, com Fábio Assunção, Iago Xavier e Nataly Rocha. Pandora Filmes, 18 anos. Drama.

Sinopse: À beira de uma estrada do litoral cearense, o Motel Destino recebe amantes a qualquer hora do dia. Mas por trás dos seus muros se desenrola uma história de amor, desejo e poder que envolve um rapaz que foge do seu destino, uma mulher presa em um casamento abusivo e um homem prepotente. O longa, que abriu o Festival de Gramado há duas semanas, participou da competição oficial do Festival de Cannes.

OMENTE NOS DIAS 5, 8 E 11) Assista o trailer aqui.

(Estados Unidos, 1984, 90min). Filme-concerto de Jonathan Demme. O2 Play, 12 anos.

Sinopse: O filme, em versão restaurada, captura a energia visceral da banda americana Talking Heads durante um show no Hollywood Pantages Theatre, em 1983. O grupo toca sucessos como "Psycho Killer", "Take Me to the River" e "Once in a Lifetime".


19h45 – STOP MAKING SENSE (S

19h45 – O MAL NÃO EXISTE (SOMENTE NOS DIAS 6 E 10) Assista o trailer aqui.

(Aku wa sonzai shinai - Japão, 2024, 106min). Direção de Ryusuke Hamaguchi, com Hitoshi Omika, Ryo Nishikawa, Ryuji Kosaka. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Takumi e sua filha Hana vivem em um vilarejo nos arredores de Tóquio, onde a vida das famílias é simples e ditada pelos ciclos da natureza. Mas eles descobrem que duas grandes empresas planejam construir, perto dali, um camping para turistas ricos – o que será uma ameaça ao equilíbrio ambiental da região. O filme foi vencedor do Grande Prêmio do Júri e do Prêmio da Crítica no Festival de Veneza.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Longlegs - Vínculo Mortal'

Sinopse: A agente do FBI Lee Harker é convocada para reabrir um caso arquivado de um serial killer. Conforme desvenda pistas, Harker se vê confrontada com uma conexão pessoal inesperada com o assassino, lançando-a em uma corrida contra o tempo. 

Um filme de horror pode até ter uma trama simples, desde que ela possua uma direção que consiga obter a nossa atenção de forma imediata. Em "Hereditário" (2018), por exemplo, Ari Aster nos apresentou uma trama que não se difere muito de outros dentro do gênero, mas se tornando um dos melhores títulos dos últimos anos ao conseguir fazer com que sentíssemos uma sensação mórbida toda vez que a gente assistia ao longa. "Longlegs - Vínculo Mortal" (2024) segue por um caminho parecido, ao não nos apresentar uma história original, mas cuja direção compensa tudo e muito mais.

Dirigido por Oz Perkins, de "Maria e João: O Conto das Bruxas" (2020), o filme conta a história da agente do FBI, Lee Harker (Maika Monroe), que é convocada para reabrir um caso arquivado de um serial killer em uma cidade tranquila. À medida que Lee mergulha na investigação, ela descobre indícios perturbadores de práticas ocultas ligadas aos crimes, levando-a por um caminho sinuoso e perigoso. Conforme desvenda pistas, agente começa a revisitar o seu passado e se lembrando de momentos perturbadores em que a própria havia se esquecido.

Mais conhecido por ser filho de Anthony Perkins do que pela realização dos seus próprios filmes, Oz Perkins ao que parece irá aos poucos sair da sombra do pai e criar uma carreira em que sua direção autoral falará por si. Ao menos aqui neste filme ele nos dá uma dimensão do que podemos esperar de suas obras futuramente, já que ele consegue construir uma atmosfera pesada, perfeccionista e que quebra a perspectiva daqueles que estão acostumados ao convencional dentro do gênero de horror. Não espere por um filme que siga as regras costumeiras, pois se você for fã de franquias como "Invocação do Mal" lhe adianto que esse não é o seu território.

É bem da verdade que o filme está mais voltado para o estilo de longas que foram lançados na década de noventa, desde "O Silêncio dos Inocentes" (1991) como também "Seven" (1996) e não é à toa que a trama se passe na mesma época. Porém, assim como o já citado "Hereditário", o filme transita pelo lado verossímil até para o mais puro teor sobrenatural ao extremo, mas com doses menos elevadas e fortalecendo assim o lado mais verossimilhante da trama. Há também uma pincelada de ingredientes do que já era visto nos anos setenta e oitenta, onde os cultos satânicos estavam cada vez em maior abundância e o rock não tinha limites com relação a certas letras da música em que o Diabo vivia por ali nas entrelinhas.

Com todos esses elementos em mãos, Oz Perkins cria um filme perfeccionista, onde o enquadramento de determinadas cenas torna tudo bastante claustrofóbico e ao mesmo tempo se casando com os simbolismos visto no decorrer do tempo. Além disso, reparem que sempre haverá diversos elementos em cena que possui algum significado e fazendo a gente sempre querer revistar a obra para fisgar algo novo. Portanto, não se surpreenda quando temos a sensação de há algo ou alguém ao fundo de uma determinada cena, mesmo quando a mesma não confirme a nossa suspeita.

Mas além de uma direção de cenas que funciona, o mesmo pode-se dizer do seu elenco, em especial com relação atriz Maika Monroe. Revelada ao mundo através do filme "Corrente do Mal" (2014), atriz consegue criar para a sua personagem um ser cheio de camadas ao serem reveladas aos poucos, pois logo já em sua primeira cena ela nos passa a impressão que carrega para si um grande peso, como se um passado traumático fosse o suficiente para lhe deixar oca por dentro. Na medida em que a trama avança logo constatamos que ela possui algo próximo aos eventos em que a própria está investigando, mas até lá levantamos as mais diversas teorias, principalmente com relação a figura de Longleg e que é interpretado de forma extraordinária por Nicolas Cage.

Participante de bons e péssimos filmes ao longo da carreira, Nicolas Cage é aquele típico ator que quando atua de forma duvidosa o resultado acaba se tornando péssimo, mas quando atua bem o seu desempenho em cena se torna impecável. Aqui, Nicolas Cage constrói para si um ser peculiar, cuja sua imagem não é vista de forma imediata, sendo Oz Perkins o filma de uma forma que crie dentro de nós uma grande expectativa e cuja sensação ficamos sentindo até o momento em que vemos o seu personagem em sua total plenitude. Aguarde para cena do interrogatório, que não é somente um dos momentos mais perturbadores do filme, como também a melhor atuação de Nicolas Cage em anos.

Embora o final entregue uma solução fácil para tudo o que já havia nos sido apresentado, por outro lado, Oz Perkins consegue que a gente fique com uma certa dúvida no ar com relação a tudo o que havíamos assistido e não facilitando os nossos pensamentos após o encerramento da sessão. Vai ter aqueles que irão dizer que esperavam algo diferente da trama em seu ato final, mas da maneira de como ela foi conduzida até ali já vale o ingresso, assim como a experiência que nos puxa para fora de nossa zona de conforto e fazendo a gente se sentir em um território completamente desconhecido.

"Longlegs - Vínculo Mortal" é um filme que nos leva para uma experiência sensorial e nos provocando sensações que poucas vezes sentimos dentro do cinema de horror.        

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